“Demissão” de Arnaldo Jabor nada tem a ver com o governo de Dilma-PT, e sim com contenção de custos
29 abril 2015 às 15h24
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Recebo todos os dias dezenas de e-mails “garantindo” que, ao contrário do que publiquei, o colunista Arnaldo Jabor foi “demitido” do jornal “O Estado de São Paulo”, o “Estadão”, “a pedido do Palácio do Planalto”, “a pedido da presidente Dilma Rousseff” ou “devido às pressões do PT”. Nada disso é verdade.
O “Estadão” demitiu Arnaldo Jabor, seu mais celebrado colunista e rei de audiência — lido por antipetistas e, também, por petistas, dada sua habilidade com as palavras; é o típico autor de textos excelentes para debates e polêmicas —, não por que tenha sido pressionado pelo governo da presidente Dilma Rousseff ou pelo PT de Rui Falcão e Lula da Silva.
“O Estado de S. Paulo” demitiu — ou não renovou o contrato (não havia carteira assinada) — Arnaldo Jabor porque está numa fase de contenção de despesas e decidiu reduzir o salário dos colunistas. Há uma nova política salarial no jornal. Só isso. O ganho mensal de Arnaldo Jabor estava acima, bem acima, do novo cenário financeiro do “Estadão”. O único responsável pela “demissão” é o jornal.
O próximo problema deve ser Dora Kramer, a colunista política.