Por Euler de França Belém

A cúpula do PMDB de Goiás estuda uma maneira de defenestrar Iris Araújo da presidência da Fundação Ulysses Guimarães. Os luas pretas do partido avaliam que, em termos de planejamento e de visão intelectual, a ex-deputada federal não é moderna e nada produz de concreto para o partido. Mas ressalvam: é ética e bem intencionada.

Com a renúncia do vereador Fernando Cunha Neto, sugeriram que Alexandre Baldy dispute a prefeitura de Anápolis. O parlamentar prefere ficar em Brasília, mas não aceita a filiação e a candidatura do deputado-radialista Carlos Antônio. Segundo um político de Anápolis, Alexandre Baldy não quer concorrência.

Há quem aposte que o deputado federal Alexandre Baldy quer, mais do que tudo, disputar a Prefeitura de Anápolis. Os candidatos a vereador do PSDB e de partidos aliados também querem que o tucano seja candidato. O motivo é o mais prosaico do mundo: a estrutura que o jovem político será capaz de montar para todos os candidatos aliados. Segundo um político anapolino, o que desagrada Baldy é a relação extremamente cordial do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, com o prefeito de Anápolis, o petista João Antônio.

[caption id="attachment_47156" align="aligncenter" width="620"] Foto: Alberto Maia[/caption]
O principal líder da Rede em Goiás, Aguimar Jesuíno, diz que abriu mão de disputar a Prefeitura de Goiânia. “Djalma Araújo é o nosso melhor nome para a disputa. Ele representa bem a Rede, conhece Goiânia como poucos, por ser vereador há mais de uma década. Ele é crítico e posicionado. Sabe o que a cidade precisa.”
Mas Djalma Araújo terá coragem de trocar uma eleição praticamente garantida para vereador por uma eleição incerta para prefeito? “Acredito que sim. Djalma Araújo é um político obstinado.”
Perguntado sobre a saída do deputado estadual Diogo Sorgatto, Aguimar Jesuíno frisou: “Ele ainda não saiu”.

O PSD receberia o deputado estadual Diego Sorgatto de braços abertos. Mas há um problema: se voltar para o PSD, o parlamentar teria de apoiar a reeleição do prefeito Cristóvão Tormin em Luziânia. Com planeja apoiar o candidato do PSDB a prefeito de Luziânia, Marcelo Melo, Diego Sorgatto tende a trocar a Rede pelo tucanato. O deputado chegou a pegar a ficha do PP, mas a perdeu em algum lugar O deputado Célio Silveira é o principal responsável pela atração de Diego Sorgatto e deve bancar sua reeleição em 2018.
Com a renúncia do vereador Fernando Cunha, que garante que não vai disputar, cinco nomes estão sendo mencionados para a disputa da Prefeitura de Anápolis pelo PSDB: Alexandre Baldy, Frederico Jayme, Ridoval Chiareloto, Onaide Santillo e Valto Elias. Carlos Antônio, do Solidariedade, chegou a ser convidado a se filiar ao PSDB. A seguir, o jornal registra a opinião sintetizada de oito políticos de Anápolis sobre os principais nomes do PSDB. Ridoval Chiareloto tem a resistência do grupo de Alexandre Baldy, o que inviabiliza sua postulação. Frederico Jayme é visto como um nome forte, mas que não circula com frequência por Anápolis. Alexandre Baldy é o que mais empolga os candidatos a vereador da base governista, mas teria sido “picado” pela mosca azul da Câmara dos Deputados. Onaide Santillo aparece bem nas pesquisas, mas tem teto e seu tempo político, em termos de disputa para o executivo, teria passado. O professor Valto Elias é visto como articulado, mas não estaria disposto a se candidatar. Carlos Antônio tem capilaridade eleitoral, mas não empolga o grupo de Alexandre Baldy.

[caption id="attachment_24076" align="aligncenter" width="620"] Eronildo Valadares, do PMDB, é prefeito de Porangatu[/caption]
O prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB), disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 11, que, contrariando a expectativa das oposições, tende a ser reeleito. “A eleição de 2 de outubro deste ano será a mais fácil para mim.” Será mamão com açúcar? “Quase.”
O discurso contra o candidato do deputado Júlio da Retífica “está pronto”. “Eles me deram o discurso de bandeja. O PSDB de Porangatu criou uma verdadeira ‘panelinha’. Primeiro, foi Júlio da Retífica. Depois, sua mulher, Gláucia Melo, perdeu para mim em 2012. Agora, a família banca o cunhado para a disputa da prefeitura. Não há espaço algum para a renovação e para quem não é da família. A familiocracia está na ordem do dia, ao menos no PSDB de Porangatu”, critica Eronildo Valadares. “Eles nem precisam de adversários”, ironiza.
Há quem avalie que Odair Amorim pode ser vice de Eronildo Valadares. “Na verdade, não há nada definido. Dou-me muito bem com o meu vice, Galeno Pereira Guimarães, um cidadão exemplar. Mas, de fato, há uma batalha pelo comando do PT entre Galeno e o presidente da Câmara Municipal, José Wilton.” Contornada a crise petista, Galeno Guimarães pode ser mantido como vice.
Inquirido sobre a candidatura de Valdemar Lopes, do PRB, Eronildo Valadares diz saber pouco a seu respeito. “O que sei é que não tem uma chapa de candidatos a vereador. É praticamente impossível ser eleito sem uma chapa consistente de candidatos a vereador. Comenta-se também que seu vice será do PSB.”
Eronildo Valadares informa que o fazendeiro Iris Nunes anuncia que deve ser candidato. “Não sei se está filiado em algum partido.”
O jornal faz uma pergunta que a cidade costuma fazer: “Eronildo Valadares pode apoiar Paulo da Casa do Fazendeiro para prefeito? “Eu defendo a renovação. Posso ser candidato à reeleição, é verdade. Mas, se surgir um nome novo e consistente, poderei apoiá-lo. Se o meu grupo quiser lançar outro nome, não coloco nenhum obstáculo. Sobre o gaúcho Paulo, o que posso dizer é que se trata de um excelente nome. Ele é muito bem-sucedido na iniciativa privada, mas não quer ser candidato, não.”

O senador Ronaldo Caiado é um político sério, mas, quando afirma que Goiás é uma terra arrasada, mostra-se exagerado e, deste modo, perde credibilidade. Críticas moderadas dariam resultados mais positivos para o líder do partido Democratas. Os empresários goianos, que precisa divulgar o Estado, concordam com a tese de “terra arrasada”? Não concordam. Assim, a crítica não encontra eco, exceto entre os convertidos — o que não funciona, nem do ponto de vista eleitoral. Não dá para comparar Goiás com outros Estados do país — como Rio do Grande do Sul, gerido pelo PMDB.

Cotado para disputar a Prefeitura de Santa Helena, Alcides Rodrigues fez breve aparição no programa nacional do PRP. O ex-governador de Goiás trocou o PSB de Vanderlan Cardoso pelo partido dirigido pelo marqueteiro Jorcelino Braga.
O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o secretário das Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha, entregam 500 casas para famílias carentes em Luziânia na segunda-feira, 14. Os recursos são do governo federal.

Vando Vitor é apontado como o favorito para a disputa da Prefeitura de Palmeiras de Goiás. Ele é bancado pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti. Tudo indica que, como radialista, Vando Vitor tem os votos. A grana é com José Vitti.
Lenísia Canedo é subsecretária da Educação de Piracanjuba e, se depender do secretário Thiago Peixoto, deve trocar o PSDB pelo PSD. Devido à sua agressividade, o prefeito Amauri Ribeiro levou Piracanjuba para o noticiário nacional de maneira extremamente negativa. O próximo prefeito tem a missão de recuperar a imagem do setor público. Casada com o líder classista José Lourenço, Lenísia Canedo é uma política equilibrada e moderna.

[caption id="attachment_60795" align="aligncenter" width="620"] Valcênor Braz, Humberto Aidar e Talles Barreto | Fotos: Ascom / Alego[/caption]
O PSD trabalha para atrair três deputados estaduais: Valcenor Braz, do PTB, Humberto Aidar, do PT, e Talles Barreto, do PTB.
Se conseguir a filiação dos três políticos, como está quase acertado, o PSD sai forte do troca-troca partidário.

O deputado estadual Talles Barreto planejou sair do PTB e se filiar ao PSDB, mas, acatando recomendação do governador Marconi Perillo, deve migrar para o PSD, onde será recebido com festa, de braços abertos.

O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, é o principal responsável por atrair Valcenor Braz para o PSD. Cristóvão Tormin e Valcenor Braz estiveram com o governador Marconi Perillo, que deu o sinal verde para o deputado migrar para o PSD. O tucano-chefe quer manter Vilmar Rocha forte na sua estrutura política. Porque o considera um político qualitativo. Cristóvão Tormin está jogando para ampliar sua base política no Entorno de Brasília. Como sua gestão é mal avaliada, e seu principal adversário, Marcelo Melo, é o favorito para a disputa da prefeitura, o líder do PSD está tentando dotar sua estrutura político-eleitoral de mais musculatura. Valcenor Braz, embora ande doente, é um político respeitado em Luziânia.