Por Alexandre Parrode

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Deputados anunciam novo bloco e dividem, ainda mais, base de Temer

Estadão registra que PSB, PP e PR preparam aliança chamada "grupo de parlamentares pluripartidário independente" com 50 deputados

Equipe de Temer debate aumento de impostos para 2017

Coluna Painel da Folha de S. Paulo registra divergência dentro do governo interino sobre carga tributária

11 políticos que usam 2016 como preliminar para a disputa eleitoral de 2018

A eleição para prefeito formata a base política, em todo o Estado, para a eleição seguinte — de deputado, senador e governador. Por isso, vários políticos estão usando, sem nenhum pudor, a disputa de 2016 para iniciar a formatação de seus projetos para 2018. A seguir, uma lista mínima de políticos que conectam as duas eleições. marconi-perillo-foto-facebook Marconi Perillo — O tucano-chefe não pensa não apenas num projeto pessoal — até porque, se não for candidato no plano nacional, deverá se eleger com facilidade para o Senado —, e sim em salvar sua base política, que não tem a mesma compreensão política. Ele está buscando, mais do que manter a atual base política, ampliá-la, com a incorporação de novos personagens. Porque sabe que precisa renovar seu grupo.   [caption id="attachment_47857" align="alignleft" width="150"]Senadora Lúcia Vânia | Foto: George Gianni Senadora Lúcia Vânia | Foto: George Gianni[/caption]   Lúcia Vânia — A senadora nunca articulou tanto quanto em 2016. Porque, ao assumir a presidência do PSB, ganhou mais musculatura política, tornando-se mais sujeito de suas articulações. Ela pretende disputar a reeleição em 2018, é seu projeto número um. Mas pode disputar o governo, sobretudo se Vanderlan Cardoso for eleito prefeito de Goiânia.     wilder Wilder Morais — O senador do PP parece, à primeira vista, uma galinha morta. Mas colou no governador Marconi Perillo e o ajudou a formatar alianças complicadas em várias cidades. Em Aparecida de Goiânia, retirou seu candidato, Silvio Benedito, e o pôs como vice do candidato tucano. Tem dinheiro e está mostrando que é menos amador do que parece. Vai disputar a reeleição ou será suplente de Marconi.   Vilmar Rocha editada   Vilmar Rocha — O presidente do PSD parece rebelado com o governador Marconi Perillo. Na verdade, não está, e ambos se respeitam. Ele está fazendo o mesmo que os outros: como controla um partido, está jogando para 2018, quando pretende disputar o Senado.   thiago-peixoto-foto-fernando-leite-jornal-opcao   Thiago Peixoto — O deputado do PSD articula seu jogo com mestria. Vai para a reeleição e está remontando sua base. Se sobrar um boquinha, pode disputar o governo ou então a vice de José Eliton.   magda-mofatto-camara-deputados   Magda Mofatto — A deputada federal do PR articula em vários municípios, com o objetivo de constituir uma base eleitoral para disputar mandato de senadora. Se perder em Goiânia e Caldas Novas, “mofará” na Câmara dos Deputados.   jose-eliton-foto-SSPAP   José Eliton — Agindo com discrição, o vice-governador e secretário da Segurança Pública (sua avaliação é positiva, sobretudo porque é visto como “presente” e “ativo”) contribui para a reformatação da base em todo o Estado. Seu objetivo, claro, é disputar a eleição para governador em 2018.   ronaldo_caiado (6)   Ronaldo Caiado — O senador do DEM grudou no PMDB. Há quem no PMDB avalie que exige demais e que o DEM não tem estrutura alguma. Mas a estrutura do DEM é o próprio Caiado, que planeja disputar o governo em 2018, com o apoio do PMDB.   daniel-vilela-foto-andre-lima-camara-federalDaniel Vilela — O deputado federal e presidente do PMDB articula com volúpia em todo o Estado. Tem sido visto como um líder presente e firme, ainda que, aqui e ali, desagrade alguns aliados. Seu projeto para 2018 é a disputa do governo. Por isso, colidiu com Ronaldo Caiado em Anápolis. Nesta cidade, o senador do DEM queria o apoio do PMDB para seu candidato a prefeito, Pedro Canedo, mas o peemedebista emplacou Eli Rosa como vice do prefeito petista João Gomes. maguito_vilela (7)Maguito Vilela — Embora seja mais silencioso e mais flexível do que seu filho, Daniel Vilela, o prefeito de Aparecida de Goiânia costura alianças na cidade que administra e noutros municípios, como Jataí, onde emplacou como candidato o empresário Victor Priori (DEM), contra a vontade do enfraquecido prefeito Humberto Machado. Aos aliados afirma que seu projeto é fortalecer o projeto de Daniel. Mas há quem acredite que pretenda disputar o governo do Estado como líder de uma ampla aliança, e, se possível, com o apoio até do tucanato.   oooo   Jovair Arantes — Se for eleito presidente da Câmara dos Deputados, para o biênio 2017-2018, o líder do PTB possivelmente vai disputar mandato de senador, encaminhando seu filho, Henrique Arantes, para a disputa de mandato de deputado federal.

Marconi Perillo começa a remontar o xadrez político para o grande jogo da eleição de 2018

[caption id="attachment_72112" align="aligncenter" width="620"]marconi-perillo-foto- Governador de Goiás, Marconi Perillo[/caption] Política é essencialmente articulação. Mas há momentos em que as articulações são mais lentas e, de repente, aceleram-se — até pela premência das datas, como as das convenções partidários, quando ocorrem os afunilamentos. A urgência assemelha-se ao samba do crioulo doido. Na semana passada, quase do nada — mas é preciso verificar que o PMDB e o PSDB, ao menos tem termos nacionais, irmanaram-se mais uma vez —, setores do tucanato e do peemedebismo chegaram a articular uma aliança em Goiânia. Se estabelecida, seria uma prova de civilização, de que novos tempos chegaram à política de Goiás, com o discurso do ódio, entre iristas e marconistas, cedendo à maturidade dos novos tempos. Entretanto, como houve reações viscerais, notadamente na cúpula do PMDB e do DEM, a aliança foi por água abaixo. Há uma tendência, em alguns círculos, de se avaliar que cada eleição joga sua própria e tem sua singularidade. Não deixa de ser verdade, mas não é a verdade toda. A realpolitik sugere que há um político articulando para além de 2016, ou melhor, vários políticos. O governador Marconi Perillo é um ás da política e sabe que ninguém fica no poder eternamente, sobretudo se não renova o próprio grupo. O exemplo gritante de debacle motivada por falta de percepção tanto da história quanto da dinâmica do presente é a cúpula do PMDB, que jamais soube se renovar. Em cinco eleições, mesmo ficando patente que era preciso mudar, a cúpula estadual bancou apenas dois políticos para a disputa — Iris Rezende, três vezes, e Maguito Vilela, duas vezes. Equivale a 20 anos (que se completarão em 2018). Dife­rentemente dos peemedebistas, Marconi Perillo está de olho no que está acontecendo (e no que pode acontecer) e, mesmo sem que parte de sua base política perceba o que está fazendo, está movendo as peças do xadrez político, tentando atrair novas forças para sua aliança política. Nada é fácil e nem sempre acerta. Em 1998, se tivesse aceitado a aliança com o PSDB, o grupo de Iris Rezende teria se mantido no poder. Em 2018, com a possibilidade de compor com o PMDB, o grupo de Marconi Perillo poderia, quem sabe, manter-se no poder. Como todo político habilidoso, Marconi Perillo não joga tão-somente num front — quase sempre milita entre dois ou três. A aliança com o PMDB não deu certo, mas a jogada política permitiu uma recomposição com Vanderlan Cardoso, candidato do PSB a prefeito de Goiânia — bancado pela senadora Lúcia Vânia. Ao integrar a base governista, ainda que diga que vai manter certa independência, sobretudo em relação aos seus projetos, o líder socialista se tornará, ganhando ou perdendo a prefeitura, um importante aliado do tucano-chefe e de seu candidato a governador em 2018. É uma peça a mais, e importante, na armação do jogo político. Armando Vergílio e o deputado Lucas Vergílio, ao apoiarem Vanderlan Cardoso, não estão dizendo que voltaram para base governista, mas ao menos retiraram o Solidariedade dos braços do PMDB de Iris Rezende.

Itamar Barreto banca Rodrigo Lacerda para enfrentar Ernesto Roller, apontado como favorito

[caption id="attachment_72110" align="aligncenter" width="620"]Foto: Marcos Kennedy Foto: Marcos Kennedy[/caption] Apontado como favorito por nove entre dez políticos de Formosa, o candidato a prefeito Ernesto Roller (PMDB) conquistou o vereador Gustavo Marques para vice. “É jovem, um político consistente e acrescenta pra minha candidatura”, diz o deputado. O prefeito Itamar Barreto e o conselheiro do TCM Tião Caroço bancam a candidatura de Rodrigo Lacerda, do PSB, ex-secretário da Saúde do município. “Tudo indica que Lacerda estava na lista dos inelegíveis do TCM, mas, de repente, apareceu com uma certidão negativa, o que lhe faculta ser candidato. Mas não tem problema não: continuamos trabalhando muito e contamos com o apoio do povo de Formosa, que exige mudança e não quer continuidade.” Roller admite que sua campanha terá menos recursos financeiros. “O grupo de Lacerda tem o controle da prefeitura e seus apoiadores são pessoas muito ricas. Mas, enquanto ele fica com os milhões, eu não me importo de ficar com os tostões, quer dizer, fico com o povão mesmo.”

Lucas Vergílio rompe com Iris Rezende e apoia Vanderlan Cardoso para prefeito de Goiânia

[caption id="attachment_71353" align="aligncenter" width="620"]Deputado federal Lucas Vergílio | Foto: Maria Salim/ Agência Câmara Deputado federal Lucas Vergílio | Foto: Maria Salim/ Agência Câmara[/caption] O Jornal Opção perguntou para Lucas Vergílio: “Por que o Solidariedade trocou Iris Re­zende, candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, por Van­derlan Cardoso, postulante do PSB?” A resposta do deputado: “Porque Vanderlan tem melhores projetos para a capital e a melhor coligação pra vereador. A nossa coligação é com PSB, PRB e PSDB”. Frisa que o SD não faz negociações a partir dos interesses de cúpula e defende os interesses de seus integrantes. Versão do PMDB: “Nossos candidatos decidiram que não iriam trabalhar para eleger Denício Trindade e Joãozinho Guimarães, do SD. Nós rejeitamos a coligação proporcional com o SD, por isso o Lucas rompeu com Iris”.

Líder do PSDB vai coordenar campanha de candidato do PMDB a prefeito de Aparecida

[caption id="attachment_46912" align="aligncenter" width="620"]Gustavo Mendanha e Ozair José: Gustavo Mendanha e Ozair José:[/caption] O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, parece ter “voltado” às origens. Ozair, que se filiou ao PSDB depois de ter sido praticamente expurgado do PT, queria ser prefeito, mas não conseguiu angariar o apoio do partido e, após perder as prévias para Alcides Ribeiro, o tucano voltou seus olhos para Gustavo Mendanha, o candidato do prefeito Maguito Vilela, do PMDB. Assim, foi convidado para assumir a coordenação-geral da campanha de Gustavo. Isso mostra que os dias de Ozair no PSDB estão contados. Candidatos da base de apoio de Alcides já abriram fogo contra o “companheiro de partido”. Maione Padeiro, candidato a vereador pelo PV, diz que Ozair sofre de “bipolaridade política”. “Ozair não teve espaço no PT e foi buscar guarita no PSDB, partido no qual tumultuou os processos políticos. Isso só mostra que não está pronto para ser candidato a prefeito, que é o que ele sempre quis”.

Tucano diz que o deputado Baldy quer derrotar candidato de Marconi em Anápolis

Segundo um tucano, Alexandre Baldy teria dito as seguintes palavras na semana passada: “Faço questão de derrotar o candidato do governador Marconi Perillo em Anápolis”. O tucano frisa que sua “birra” não é com o candidato do PSDB a prefeito, Carlos Antônio, mas com o tucano-chefe. “Parece coisa de menino. Ele quer provar ao governador que tem força política.” O deputado banca Roberto Naves, do PTB, para prefeito.

Liminar que proíbe divulgar nome em lista dos fichas sujas não significa que Adib Elias é ficha limpa

[caption id="attachment_45913" align="aligncenter" width="620"]Deputado Adib Elias | Foto: Renan Accioly / Jornal Opção Deputado Adib Elias | Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption] Os aliados de Adib Elias espalham nos jornais e internet que o candidato do PMDB a prefeito de Catalão não é ficha suja. Não é bem assim. Na verdade, o peemedebista obteve uma liminar para que fosse “proibida” a divulgação de seu nome como ficha suja. Mas é possível que não consiga registrar sua candidatura. Tanto que seus aliados comentam que Adib que tem um plano “b”: pode apoiar outro nome.

Lissauer Vieira e Karlos Cabral formam uma chapa Frankenstein na disputa pela Prefeitura de Rio Verde

[caption id="attachment_71760" align="aligncenter" width="620"]Karlos Cabral, Lissauer Vieira, a esposa, e o prefeito Juraci Martins: palanque inusitado | Foto: reprodução/ Facebook Karlos Cabral, Lissauer Vieira, a esposa, e o prefeito Juraci Martins: palanque inusitado | Foto: reprodução/ Facebook[/caption] Pode até parecer exagero, mas eleitores de Rio Verde dizem, possivelmente em tom jocoso, que a cidade assiste uma aliança política que, na falta de melhor definição, tem sido chamada de Frankenstein. O deputado Lissauer Vieira, candidato do PSB a prefeito do município, buscou como vice o ex-deputado Karlos Cabral, ex-PT e agora integrante da Rede. Ocorre que, em tempos bem recentes, Cabral, um político articulado, desancava o prefeito Juraci Martins, padrinho político de Lissauer, com extrema virulência. Os adversários de Lissauer não terão nenhuma dificuldade para encontrar gravações e entrevistas escritas de Cabral vituperando contra o chefe do líder socialista. “Um é o Frank e o outro é o Stein; juntos, formam a candidatura Frankenstein”, afirma um tucano.

Zé Gomes disputa Prefeitura de Itumbiara, com Gudu Nader como seu vice

[caption id="attachment_72098" align="aligncenter" width="620"]Gugu Nader, o deputado Jovair Arantes, o governador Marconi Perillo e Zé Gomes | Foto: reprodução Gugu Nader, o deputado Jovair Arantes, o governador Marconi Perillo e Zé Gomes | Foto: reprodução[/caption] Zé Gomes da Rocha é uma força da natureza, dizem aliados e adversários. O PTB banca sua candidatura a prefeito de Itumbiara. Popularíssimo, é muito difícil derrotá-lo, mesmo com um peso pesado como Álvaro Guimarães, que começa a ser chamado de “Pesado Guimarães”. O vice de Gomes é o popular Gugu Nader. “Não menosprezamos ninguém, mas nossa chapa é imbatível. Aceitei ser vice para pacificar os ânimos, pelo bem do povo de Itumbiara, que está cansado de brigas”.

Humberto Machado é obrigado a engolir Victor Priori porque não conseguir formatar um sucessor

[caption id="attachment_71817" align="alignright" width="300"]Victor Priori e o prefeito Humberto Machado: DEM e PMDB juntos em Jataí. Ou nem tanto | Fotos: reprodução/ Alego/ Prefeitura de Jataí Victor Priori e o prefeito Humberto Machado: DEM e PMDB juntos em Jataí. Ou nem tanto | Fotos: reprodução/ Alego/ Prefeitura de Jataí[/caption] O prefeito de Jataí, Hum­berto Machado (PMDB) disse que não apoiaria, mas teve de engolir o empresário Victor Priori, do DEM mas ligado ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. Apesar da ira, não se comportou de modo irracional e cedeu: retirou Geneilton Fonseca da disputa, porque dava traço nas pesquisas, e vai subir no palanque de Priori. Por que, embora seja qualificado, Machado não conseguiu produzir um sucessor, acabando por ser atropelado pelos fatos? Os aliados explicam que é centralizador, até autoritário, e que, perto dele, não nasce nem grama. A maioria de seus aliados acaba por não ter personalidade própria, tornando-se meros epígonos.

Sem Djalma Araújo, Elder Dias se fortalece na disputa à Câmara Municipal de Goiânia

[caption id="attachment_72091" align="alignright" width="300"]elder-dias-foto-campanha Foto postada pelo repórter em seu Instagram[/caption] A candidatura de Djalma Araújo (Rede) à Prefeitura de Goiânia deve favorecer um candidato a vereador: Elder Dias, do PTC. A questão é que os dois têm base na Vila Itatiaia, cujo eleitorado é muito bairrista. Em 2008, Elder foi o segundo mais votado no bairro, ficando atrás apenas de Djalma. À época, o primeiro estava no PMN e o segundo no PT. Com Djalma fora do páreo, Elder aposta que conseguirá se viabilizar. O candidato tem um grupo de apoiadores formado por professores, líderes de entidades, advogados, profissionais liberais, entre outros. Para ele, isso mostra uma posição diferente, que não é a tradicional do político como “salvador da pátria”, que decide por si. "Nossas decisões são tomadas em grupo. E fazemos isso para mostrar aos eleitores que eles precisam participar mais e serem coautores, inclusive de uma candidatura. As pessoas não podem ser apenas representadas por um vereador; elas devem participar. Queremos valorizar, para além do discurso, as pessoas e mostrar a elas que político não é autoridade, mas alguém que está no cargo por um determinado período para servir à sua comunidade", relata. Redator-chefe do Jornal Opção, Elder Dias está licenciado para participar da campanha.

Boom da construção civil poderá “matar” a cidade em menos tempo do que se imagina

As dezenas de empreendimentos construídos nos últimos anos rebaixaram o lençol freático da cidade e algumas consequências disso sequer podem ser medidas