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Peemedebistas disseram ao Jornal Opção que Iris Rezende (PMDB) acredita, piamente, que será eleito prefeito de Goiânia, em 2016, com ou sem coligação com outro partido forte ou relativamente forte. Por isso, avalia que pode disputar o pleito com chapa pura — por exemplo, com Agenor Mariano como vice. Durante algum tempo, Iris Rezende articulou para ter o deputado Henrique Arantes (PTB) como vice. Antes, a pedido de Iris Araújo, sugeriu, à sua maneira enviesada, a Armando Vergílio que indicasse o filho, o deputado federal Lucas Vergílio (Solidariedade). Comenta-se que Ronaldo Caiado pode bancar Joel Sant’anna Braga, do DEM, para vice do peemedebista-chefe. Sant’Anna é irmão do deputado Alexandre Baldy. O senador apoia Baldy para prefeito de Anápolis.
O governador e o ex-deputado falaram de política, da disputa pela Prefeitura de Goiânia e sobre a vida

De um tucano de alta plumagem: “Waldir Soares é mais popular, mas Virmondes Cruvinel é mais qualificado”. O mesmo tucano avalia que, na hora agá, se Waldir Soares não sair do páreo, e continuar consistente eleitoralmente, talvez seja possível uma chapa com os dois políticos. Waldir Soares para prefeito e Virmondes Cruvinel para vice-prefeito. O segundo daria mais consistência, em termos de conteúdo, ao primeiro. E o primeiro daria mais consistência, em termos de voto, ao segundo. No momento, o único político da base governista que está na cola de Iris Rezende é mesmo Waldir Soares.

Numa solenidade da Agehab na sexta-feira, 6, a senadora Lúcia Vânia elogiou o governador Marconi Perillo. De maneira entusiástica. Os dois tendem a caminhar juntos em 2018. Em 2016, se Vanderlan Cardoso for para o segundo turno, Lúcia Vânia deve trabalhar para conquistar o apoio do tucano-chefe. Se for contra Iris, o apoio é praticamente certo.

[caption id="attachment_43738" align="alignleft" width="620"] Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption]
Nas conversas com aqueles que avalia como “aliados” — pouquíssimos —, o deputado federal Waldir Soares tem dito, sem meias palavras, que não vai participar das prévias do PSDB. “Quem acredita que irá às prévias não percebe como funciona a cabeça do delegado. Ele acredita que as prévias têm cartas marcadas e o objetivo é segurá-lo no partido e evitar que dispute a Prefeitura de Goiânia por outro partido”, afirma um político que conhece o pós-tucano.
O projeto de Waldir Soares é, sem tirar nem pôr, o seguinte: planeja a eleição de 2016 como opositor ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Sua teoria é que o eleitorado de Goiânia é crítico e maciçamente de oposição e vai escolher um gestor que conseguir se apresentar como independente de todos os grupos e livre de amarras políticas e empresariais.
Há um problema que Waldir Soares não está considerando. A eleição de Goiânia é, em geral, de dois turnos. Se atritar-se na pré-campanha e na campanha com vários grupos políticos, se for para o segundo turno, como vai fazer para conquistar novos apoios? Na política, tão ruim quanto não ter táticas e estratégia, é ter táticas e estratégia demais. Parece ser o caso, quiçá a paranoia, do delegado-deputado.
Os pré-candidatos do PSB e do PSDB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso e Jayme Rincón, são gestores experimentados e são relativamente jovens. Os eleitores possivelmente pensarão nisto em 2016. Perto de Iris Rezende, em termos de idade, a dupla é quase criança.
Há quem aposte que Luis Cesar Bueno (PT) pode ser vice não de Iris Rezende, e sim do candidato tucano em Goiânia. Absurdo? Nem tanto. Hoje, o prefeito Paulo Garcia (PT) está mais ligado ao governador Marconi Perillo (PSDB) do que a Iris Rezende (PMDB), que, em toda oportunidade, sempre diz que o petista-chefe é “esforçado”, o que, em política, é o mesmo que não criativo. A questão de fundo é que Iris Rezende está se aliando ao maior desafeto político do PT em Brasília — o DEM do senador Ronaldo Caiado.

O deputado federal-delegado Waldir Soares pôs duas ideias na cabeça e não as retira nem com fórceps. Primeira: vai ser candidato a prefeito de Goiânia de qualquer maneira. É incontornável. Segunda: as prévias do PSDB “terão cartas marcadas”, quer dizer, foram articuladas para bancar o presidente da Agetop, Jayme Rincón, ou o deputado federal Giuseppe Vecci. Não é assim que pensam o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o presidente do PSDB, Afrêni Gonçalves. Mas é assim que pensa o campeão de votos do Estado. A tese de Waldir Soares é a seguinte: se disputar as prévias e perder não poderá disputar a prefeitura. Porque, se sair do PSDB após disputar prévias, será apontado como traidor. Por isso não vai para as prévias. Vai, isto sim, sair do partido.

[caption id="attachment_45416" align="aligncenter" width="620"] Iris Rezende está bem e seus adversários “podem ficar intranquilos” | Foto: Alexandre Parrode[/caption]
Na semana passada, depois de ouvir de um político e de um marqueteiro que Iris Rezende, possível candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, estaria doente, tendo inclusive viajado para São Paulo para fazer exames médicos, um repórter do Jornal Opção foi a campo conferir a “informação”. “Iris está doente e não vai disputar a eleição”, sublinhou o marqueteiro. “Iris não tem condições físicas de disputar uma eleição altamente competitiva”, frisou o político.
O Jornal Opção ouviu três políticos ligados a Iris Rezende. Todos são habitués de seu escritório político e, eventualmente, de seu apartamento no Setor Marista. Eles dizem que o ex-prefeito de Goiânia “está muito bem de saúde”. Um dos iristas disse: “A saúde de Iris é tão boa que ele ainda vai ‘enterrar’ muita gente boa”.
Um peemedebista histórico corroborou: “Iris Rezende só fica ‘mal’, quando fica, se não está fazendo política. Seu oxigênio e seu alimento mais importante são a política — não há outros. O ex-governador rejuvenesce quando disputa eleições ou mesmo quando apenas discute política”.
O ex-deputado estadual Lívio Luciano, um dos políticos mais ligados a Iris Rezende, é peremptório: “Iris doente? Nada disso. Só se o ‘adoeceram’ por ‘medo’ de enfrentá-lo nas eleições de 2016. Estivemos juntos a alguns minutos e o ex-prefeito de Goiânia estava muito bem. Está mais sadio do que eu, e com uma memória excepcional”.
Lívio Luciano frisa que a “energia de Iris é impressionante”. O ex-deputado garante que ele faz política, ouvindo as pessoas e orientando-as, cerca de 15 horas por dia. “É sua vocação. Iris não para e aprecia conversar com as pessoas.”
Mas Iris Rezende esteve ou não em São Paulo para, discretamente, fazer alguns exames? “Não esteve”, assegura Lívio Luciano. “Seus adversários políticos podem ficar intranquilos”, ironiza o ex-deputado.

[caption id="attachment_38237" align="aligncenter" width="620"] Jayme Rincón (da Agetop) , gestor arrojado e não-burocrático, é o nome chave da base tucana | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Pelas regras eleitorais, não se pode dizer, no momento, que o político “x” ou “y” é candidato a prefeito. Deve-se usar pré-candidato, embora, às vezes, ele nem mesmo pode ser considerado assim. O fato é que, se quiser, o presidente da Agetop, Jayme Rincón, será o candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, em 2016. É definitivo: trata-se do nome preferido do governador de Goiás, Marconi Perillo.
Pode-se dizer que Jayme Rincón, dada sua capacidade como gestor e de escapar aos tentáculos da burocracia, é o nome que o tucano-chefe avalia como capaz de “revolucionar” Goiânia. Trata-se do plano “a”.
Porém, como políticos experimentados não trabalham apenas com um plano, Marconi Perillo, embora não discuta isto abertamente, tem pelo menos mais dois ou três.
O plano “b” seria o deputado federal Giuseppe Vecci — um gestor experimentado e criativo.
Marconi Perillo prefere que o candidato a prefeito seja do PSDB. Mas os planos “c” e “d” incluem integrantes de sua base política — Thiago Peixoto e Virmondes Cruvinel, ambos do PSD. O deputado Waldir Soares, do PSDB ou do PDW (Partido do Delegado Waldir), é outra alternativa — o plano “e”.

Na semana passada, dois políticos exibiam números de uma pesquisa feita em Goiânia (mais para consumo interno). Iris Rezende, do PMDB, permanece em primeiro lugar, com números bem acima do segundo colocado. A surpresa é exatamente o segundo colocado — que não é mais Vanderlan Cardoso, do PSB — e sim o deputado federal-delegado Waldir Soares, do PSDB (mas a caminho de um partido pelo qual posso disputar a eleição). A pesquisa mostra Iris com o dobro de intenções de voto sobre Waldir Soares e este tem quase o dobro em relação a Vanderlan Cardoso. A ascensão do delegado talvez seja o dado mais relevante do levantamento. A deputada estadual petista Adriana Accorsi é a quarta colocada, com menos da metade das intenções de Vanderlan Cardoso. Jayme Rincón, do PSDB, é o quinto colocado. Um deputado conta que o levantamento foi feita por um professor da UFG que é especializado tanto em pesquisas qualitativas quanto quantitativas. “Suas pesquisas são muito criteriosas”, sublinha o parlamentar. Detalhe da pesquisa: mais de 30% do eleitores dizem que não vão votar em nenhum candidato. Sugerem que estão radicalizados. Pode ser uma consequência do petrolão e da desmoralização do PT.

Alerta do presidente da Agetop e pré-candidato em 2016 diz respeito à antecipação de nomes alimentada pelo deputado federal, seu principal concorrente em 2016

[caption id="attachment_45371" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renan Accioly[/caption]
Dois advogados suspeitam que, se estiver condenado por improbidade administrativa — o processo está no Tribunal de Justiça de Goiás —, o empresário Vanderlan Cardoso não poderá disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016.
Talvez seja por isso que Vanderlan Cardoso não demonstre tanto ânimo e teria chegado a oferecer a vaga de candidato para o ex-reitor da UFG Edward Madureira.
No momento, Jayme Rincón é o pré-candidato mais sólido pelo PSDB. Waldir Soares e Giuseppe Vecci são o plano B

Empresário que esteve à frente de Senador Canedo diz que busca projeto político “mais profissional”. Lúcia Vânia filiou-se ao partido com essa missão, segundo relatou