Foto: Fernando Leite
Humberto Aidar (foto: Fernando Leite)

O deputado estadual diz que o PT vai lançar candidato a prefeito da capital e que pode surpreender aqueles que o subestimam

O deputado estadual Humberto Aidar, do PT, disse ao Jornal Opção que já previa a crise política com o PMDB de Iris Rezende. “É provável que parte do partido estique a corda um pouco, para manter a estrutura na Prefeitura de Goiânia, e rompa mais próximo das eleições.” O parlamentar ressalva que, apesar do conflito com o irismo, o PMDB mantém secretarias no primeiro escalão (a de Saúde, por exemplo)  e cargos importantes no segundo escalão. “Ninguém anunciou que vai sair. Acrescento que, em política, governa-se com aliados de verdade. Ninguém administra com adversários que, quando querem, torpedeiam a gestão. O PMDB quer colher o bônus e deixar o ônus para o PT.”

Humberto Aidar aposta que a crise do PMDB com o PT — que levou o prefeito de Paulo Garcia a demitir os comissionados indicados pelo vice-prefeito, o peemedebista Agenor Mariano — é um caminho sem volta. Houve uma ruptura. “Paulo Garcia é tolerante, aceitou as pressões do peemedebismo. Mas acabou irritando-se, e com razão.”

Dada a crise atual — o vice-prefeito Agenor Mariano chegou a dizer que “o PMDB tem de vomitar o PT” —, Humberto Aidar diz que “o PT e o PMDB não devem caminhar juntos no primeiro e muito menos no segundo turno”. Ele acrescenta: “A união com Iris Rezende ‘morreu’ até para o segundo turno”.

“O PT”, afirma Humberto Aidar, “vai lançar candidato a prefeito de Goiânia. Nós estamos sendo subestimados, mas, apesar da crise nacional, o PT pode acabar surpreendendo. De todo modo, a gente não ganha só quando vence uma eleição. O PT precisa ter candidato para se defender e apresentar suas propostas de renovação. É um equívoco avaliar que o PT esgotou-se como partido”. Ele sublinha que, “mais do que nunca, o partido tem de lançar candidato na capital e noutras cidades”.

A gestão de Paulo Garcia está “melhorando”, afirma Humberto Aidar. “Ao se afastar de Iris Rezende, o prefeito ganhou mais autonomia e está deslanchando. As pessoas dizem que sentem a mão do prefeito na cidade, que ele está trabalhando”.