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Por Dr. Adiel Rios*
Toda pessoa carrega uma bagagem de informações, ideias, emoções, valores e crenças que funciona de modo harmônico e coerente, garantindo sua adaptação ao mundo real. No entanto, a cada momento, surge uma nova informação que pode ter de uma a três características: ela é indiferente aos seus interesses, podendo ou não ser absorvida por você; ela é coerente ou consistente aos seus interesses, sendo rapidamente captada, sem maiores preocupações na verificação de sua veracidade; e, por último, ela é incoerente ou incongruente, causando desconforto ou estresse à mente. Nesta terceira situação, a tendência automática é rejeitar ou eliminar esta informação (quer seja verdadeira ou falsa) para que o sistema de informações recupere sua coerência e homogeneidade.
Esta teoria, proposta por Leon Festinger, em 1957, é conhecida como a Teoria da Dissonância Cognitiva. Se, por um lado, a rápida rejeição da informação incoerente permite ao sistema de informações recuperar harmonia e consistência, por outro, esta eliminação sumária da informação independe de sua veracidade ou falsidade.
Do mesmo modo, a informação coerente aos seus objetivos é rapidamente incorporada por você, sem que haja uma prévia avaliação crítica de sua veracidade. Ambas as situações trazem consigo um problema: servem apenas para manter atualização no seu sistema de informações, mesmo que haja alguma distorção ou uma visão enviesada da realidade.
A rápida e quase automática incorporação ou rejeição da nova informação está relacionada, em geral, a uma tomada de decisão de caráter emocional, tal como uma paixão, quando o racional fica em segundo plano. Muitas vezes, a nova informação requer uma assimilação significativa, trazendo insegurança e desconforto.
Na história da humanidade, um exemplo mostra bem esta situação: durante muitos séculos, acreditou-se que a Terra era o centro do universo e que o sol girava em torno dela, até que o astrônomo Nicolau Copérnico demonstrou o contrário - a Terra não é o centro do universo, ela simplesmente gira em torno do sol. A humanidade demorou um bom tempo para absorver tal “dissonância cognitiva”.
E como lidar com uma nova informação incongruente com o seu sistema cognitivo? O primeiro passo é buscar um certo distanciamento emocional. Só assim, é possível fazer uma análise mais racional sobre essa nova informação. Além disso, é preciso buscar outras fontes que auxiliem na compreensão e, nos tempos atuais, que verifiquem se ela é verdadeira. Concluída esta etapa, o desafio seguinte é reformular o sistema de informações de modo que este ganhe um novo patamar de harmonia e coerência.

Podemos extrapolar esse conceito para a cultura do cancelamento, tão evidente nas redes sociais. É óbvio que há comportamentos que não são mais aceitos, e a sociedade cobra por posicionamentos responsáveis, especialmente de quem tem um grande número de seguidores e os impacta com suas opiniões.
Contudo, o processo de banalização, como divergências naturais e opiniões contrárias, também pode ser alvo do ato de cancelar. Ao invés de promover um debate saudável sobre temas importantes e conflituosos, a cultura do cancelamento se reduz à ameaça ao emprego e as formas de sobrevivência de quem é cancelado.
No lugar das críticas construtivas e do diálogo transformador, o que vemos são comentários revestidos de ofensas e acusações igualmente cruéis. A velha máxima volta à tona: “Só acredito e aceito o que você diz, se disser o que eu quero eu ouvir”. Como podemos observar, apesar da cultura do cancelamento parecer ter um caráter de justiça social, os atos de rejeição em massa afetam gravemente a saúde mental das pessoas canceladas.
Adiel Rios é mestre em Psiquiatria pela UNIFESP e pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP

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Deputados e vereadores têm utilizados de chats e videoconferências para legislar, algo que, até pouco tempo, era impensável
[caption id="attachment_244407" align="alignnone" width="620"] Lissauer Vieira, presidente da Alego, em uma videoconferência com parlamentares / Foto: Reprodução[/caption]
Quando a população mundial entrou em 2020, mal imaginava que estaria ingressando num dos anos mais difíceis do século XXI. Com o decreto de pandemia do novo coronavírus por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), os países têm estado temerosos e em constante estado de alerta. As autoridades públicas têm agido de forma a tentar conter o rápido e preocupante avanço do Sars-CoV-2, e o Poder Legislativo tem feito sua parte. Desde que a ameaça do coronavírus provocou um esvaziamento nas Casas de Leis, a tecnologia tem sido a maior e mais forte aliada na contribuição para que as atividades legislativas não parem de vez.
Em Goiás, no intuito de evitar as aglomerações, a Assembleia Legislativa de Goiás e as Câmaras Municipais de Goiânia e Aparecida, por exemplo, suspenderam suas atividades parlamentares presenciais, passando a operar remotamente. Através de videoconferências, os deputados da Alego têm deliberado propostas pertinentes à vida de todos os goianos nessa época de pandemia.
Desde que a decisão de fechar a Alego e transferir as sessões ordinárias para o meio virtual foi tomada, no dia 16 de março, os parlamentares realizaram uma sessão. De casa, os deputados ficam atentos a possíveis convocações para votarem virtualmente qualquer matéria que possa surgir de caráter urgente. Ocorrida no dia 25 de março, quarta-feira, a votação via online aprovou, além da proposta que decreta estado de calamidade pública, a destinação do montante de R$ 10 milhões ao fundo de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19); abertura de crédito especial ao Fundo Financeiro do Regime Próprio de Previdência do Servidor; venda de produtos de higiene pessoal e alimentícios na forma que específica, em razão da situação de emergência de saúde pública e outros projetos relacionados ao momento de caos que o Estado e sua população enfrentam.
Segundo o deputado Coronel Adailton, o sistema de votação via remota tem sido extremamente válido e, em sua ótica, eficaz. Ele explica que uma resolução foi votada para que fosse viabilizado o modelo de sessão por videoconferência, o que inclui a quebra do interstício, que é o intervalo de 24 horas que os deputados devem ter entre sucessivas etapas do procedimento legislativo.
O deputado conta que, durante a votação por videoconferência, o deputado pode, através de um chat disponível no programa usado pelos parlamentares para se conectarem, pedir a palavra por questão de ordem, o direcionamento do voto, assim como usar uma “tribuna virtual”.
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Para o deputado Coronel Adailton, votações por videoconferências têm funcionado bem / Foto: Twitter[/caption]
Apesar de apenas uma sessão ter sido realizada até agora, o deputado destaca que o corpo parlamentar está à disposição do presidente da Casa para votar quaisquer outras matérias em regime emergencial. “É bom que a população saiba que não estamos de férias. Estamos em isolamento social, assim como todo mundo, mas estamos trabalhando em prol das pessoas”, completa.
Já o deputado Vinícius Cerqueira, apesar de também avaliar o sistema de apreciação de matérias via remota como de extrema importância nessa época de pandemia, não demonstrou tanto entusiasmo com ele. O parlamentar defende que nada pode substituir totalmente o embate legislativo que acontece em Plenário. “É bem diferente, complexo, mas é de extrema necessidade. Sinceramente, eu não gostei, porque nada melhor do que o debate olho no olho das discussões no Plenário. Mas isso é necessário”, disse.
A Câmara Municipal de Goiânia, assim como a Alego, também suspendeu temporariamente suas atividades presenciais na Casa. No dia 17 de março, ficou determinado que os vereadores só deveriam comparecer em caso de convocação para votação de matérias urgentes, o que aconteceu no dia 24, quando os parlamentares municipais tiveram que votar o decreto de estado de calamidade pública assinada pelo prefeito Iris Rezende.
A Câmara Federal em período de pandemia
Além das esferas municipal e estadual, a federal também tem cumprido as recomendações contra a proliferação do novo coronavírus. No último dia 25, a Câmara dos Deputados realizou a primeira sessão virtual de sua existência. Os deputados, em grande parte, participaram das deliberações por videoconferência.
De acordo com o deputado federal Delegado Waldir, a adesão ao novo sistema de apreciação de projetos tem tido uma boa adesão, entretanto, o deputado pontua que, mesmo eficaz, as deliberações via videoconferência ainda têm o que melhorar. “A adesão tem sido espetacular. É uma ferramenta válida, mas diminui um pouco o debate [a respeito das matérias a serem votadas], porque o sistema ainda não está aperfeiçoado. O sistema InfoLeg, que é o que a gente quer, ainda não foi colocado em prática, mas a partir do momento que isso acontecer, talvez a gente tenha mais condição de estar participando do debate”, declara.
No momento do contato da reportagem, o deputado federal estava no meio de uma reunião por videoconferência com membros de seu partido, o PSL. Waldir explicou como tem funcionado o esquema de sessão plenária online, e destacou a importância do papel do líder do partido nesse período de quarentena provocado pela pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, apenas os líderes dos partidos estão se reunindo no Plenário da Casa, enquanto os demais parlamentares, por via remota, repassam a eles as orientações e urgência de projetos.
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Delegado Waldir disse que "assistiu de camarote" o rompimento de Caiado com Bolsonaro / Foto: Fernando Leite[/caption]
“Hoje, o papel é principalmente do líder. A gente conversa com o líder do PSL remotamente e passamos nossas orientações e pedidos. Os líderes ficam no Plenário”, esclarece.
O deputado relata que, com exceção do sistema de videoconferência, o sistema de votação, assim como o Regimento Interno da Casa, continua o mesmo. Segundo ele, uma instrução normativa por parte do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, definiu as regras para esse período, o que estabeleceu uma concordância para a realização das deliberações via online.
Além da crise do coronavírus que tem feito o Congresso Nacional adotar medidas que fogem às tradições do Legislativo, o deputado Delegado Waldir falou também sobre o rompimento do governador Ronaldo Caiado com o presidente Jair Bolsonaro.
Um dia após Bolsonaro fazer um pronunciamento em rede nacional se referindo à Covid-19 como uma “gripezinha”, e pedindo o fim do isolamento social – estratégia dos governantes para conter o avanço do vírus -, Caiado, em uma coletiva de imprensa, usou duras palavras para romper com o presidente, chegando a dizer que sua postura era “uma falta de respeito”. Delegado Waldir, que também é ex-aliado de Bolsonaro, disse que a ruptura dos dois políticos não foi uma surpresa.
“Esse rompimento era esperado. Eu simplesmente fiquei assistindo de camarote. Estive ao lado dos dois na campanha de 2018, tanto do Caiado quanto do Bolsonaro, e conheço pessoalmente a personalidade dos dois. Com certeza, eles não conseguiriam sobreviver juntos por muito tempo, esse rompimento iria chegar”, declarou.
Segundo Waldir, as expectativas de Caiado para com o chefe do Executivo federal foram frustradas, uma vez que “Goiás teve zero de ajuda do governo federal”. “O Caiado ficou esperando a aprovação do Plano Mansueto, esperou por recursos, por uma maior facilidade de obter esses recursos, mas tudo o que ele conseguiu foi por meio de decisão judicial”, concluiu.

Com a unificação das edições de sábado e domingo em uma só, jornal procura publicar reportagens mais consistentes para suprir a redução de conteúdo

Articula-se a retirada de Otavinho Lage e de André Rocha da direção da Adial e do Sifaeg

A empresa de Mato Grosso, se assumir, mudará todo o comando editorial O Grupo Zarhan hesita e não sabe se comprará o jornal “O Popular” — que poderia sair de graça, não fosse o custo do maquinário (ao menos uma impressora é de alta qualidade) —, mas, se o fizer, vai indicar novo editor e vai contratar novos repórteres. Os jornalistas apontados como problemáticos, como quase donos da redação, serão os primeiros dispensados.

Autora de algumas das melhores reportagens da revista “Piauí”, a jornalista é a substituta adequada para João Gabriel de Lima

Programa Goiás na Frente, que prova que o governo vence a crise com criatividade, requalifica a imagem do governo e do governador

[caption id="attachment_95179" align="aligncenter" width="620"] Fotos: reprodução[/caption]
O Brasil-Bananão mudou muito nos últimos anos. Em 1930, o presidente Washington Luís foi apeado do poder por um golpe que envolveu políticos, como Getúlio Vargas, do Rio Grande do Sul, e Antônio Carlos de Andrada, de Minas Gerais, e militares, como Góes Monteiro. Em 1945, Getúlio Vargas foi derrubado por um golpe militar que teve apoio de civis. Em 1964, João Goulart foi retirado do poder por um golpe militar com amplo apoio de civis, como Magalhães Pinto, Milton Campos, Carlos Lacerda e Bilac Pinto.
Em 1992, Fernando Collor foi retirado da Presidência por meio de um impeachment. Mas quem o derrubou mesmo foi um motorista, Eriberto França, que contou sua versão sobre um negócio fraudulento do então presidente.
Em 2016, Dilma Rousseff caiu devido, dizem, as pedaladas fiscais. Na verdade, um bichinho insidioso derrubou a petista. Ele atende, quando atende, pelo nome de Corrupção, às vezes Corruptobrás.
Agora, o presidente Michel Temer está na iminência de cair devido a uma gravação feita pelo empresário Joesley Batista, um caipira que se tornou um potentado mundial — inclusive no país mais rico da história, os Estados Unidos.
Os tempos mudaram. E nem se precisa mais de militares, impulsionados por vivandeiras, para golpes políticos. Os tempos institucionais dão força aos cidadãos, ainda, frise-se, que Joesley Batista seja um político nada limpo. Por sinal, o Ministério Público Federal pode contribuir por retirar sujos da política e para manter os sujos no mundo empresarial, caso dos Odebrecht e dos Batista.

Qual o papel do jornalista em um momento histórico em que todos são mídia? Se notícias superficiais, ou mesmo falsas, tomam conta das redes sociais, é hora de a profissão se reencontrar

"O PMDB de todo o Estado exige renovação e, por isso, me sinto incentivado a ser candidato”