Resultados do marcador: Meio Ambiente

Protocolo de intenções entre Governo de Goiás e empresa Anglo American foca em investimentos nos próximos 18 meses na Bacia do Rio Araguaia e apoio durante cinco anos ao projeto

Local abriga espécies protegidas. Inquérito instaurado irá apurar detalhes do crime

Após a fase de apresentação de recursos, de 15 de maio até 14 de junho, a Semad promoverá a análise dos recursos apresentados pelos municípios

Reunião entre Governo de Goiás e parceiros iniciaram planejamento nesta segunda-feira, 9. Entre as ações está previsto o plantio de 150 mil mudas de plantas

Caso seja aprovada e sancionada, lei prevê multa de até 50 salários mínimos ao infrator

Preocupação com a degradação e a viabilização turística do manancial foi debatida na Comissão de Minas Energia, Meio Ambiente e Turismo

Ministério Público Federal entendeu que as licenças ambientais não deveriam ter sido emitidas em virtude da ausência de manifestação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Confira a lista com os principais acontecimentos de 2019 e o que podemos esperar para 2020 em relação a questões ambientais

O objetivo a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental por meio do estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços

Na fase crítica, vazão do rio chegou ao mínimo de 1.500 litros por segundo. Nesta quarta-feira, 11, registrou 11.548 l/s. Governo já inicia planejamento para 2020

Projeto pretende reintroduzir espécies no maior rio goiano e conta com participação de diferentes entidades
[caption id="attachment_223684" align="alignnone" width="620"] Rio Araguaia deve ser repovoado com peixes | Foto: Reprodução[/caption]
Repovoamento de peixes no rio Araguaia é um objetivo que passa pela união de diferentes instituições. Diante disso, representantes da Universidade Federal de Goiás, Pontifícia Universidade Católica (PUC), Associação Goiana de Piscicultura e o deputado federal Elias Vaz (PSB) se reunem na terça-feira, 3, para planejar a melhor forma de reintroduzir população de peixes no maior rio goiano.
O encontro será realizado às 10h na reitoria da UFG e terá a presença do gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Miguel Farinasso, e o engenheiro Hermano Santos, da unidade de recursos pesqueiros e aquicultura.
O recurso já está garantido por emenda parlamentar apresentada por Elias Vaz. “Já temos a verba necessária. Mas podemos ampliar o projeto com a mobilização de outros parlamentares da bancada goiana. Há muitas reclamações de que os peixes no Araguaia estão ‘sumindo’ e não podemos assistir a essa situação de braços cruzados”, afirma o deputado.
No mês passado, Elias se reuniu com o reitor da UFG e professores das universidades goianas especializados em piscicultura, com extensa experiência na área, para falar sobre a viabilidade do projeto. Na ocasião, foi formado um grupo de trabalho para coordenar as ações necessárias para o repovoamento.
Codevasf
Criada inicialmente para atuar na bacia hidrográfica do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf, empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, teve a área de abrangência ampliada em 2017, atendendo também as bacias do Araguaia e do Tocantins. É considerada referência no repovoamento de peixes por especialistas do país inteiro, importância reforçada pelos professores goianos. A Companhia atua na revitalização de bacias hidrográficas, agricultura irrigada, inclusão produtiva e arranjos produtivos locais e se destaca na operação dos Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura.
A seca pela qual a capital passa chama atenção para a situação dos recursos hídricos e revela medidas paliativas e falta de entendimento da situação de fato
[caption id="attachment_214027" align="alignnone" width="620"] Uma das diversas nascentes do Córrego Rosão que alimenta o Meia Ponte tem suas margens degradadas | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Pelo fundo dos bairros Jardim Conquista, Dom Fernando I e Dom Fernando II passa o Córrego Rosão, um dos afluentes do Rio Meia Ponte. Há mais de uma década, o rompimento de uma adutora da Saneago causou um enorme processo erosivo que viria a ficar conhecido como “buracão”. O buracão foi aterrado em 2017 e o esgoto, que era despejado no córrego, foi devidamente canalizado, mas, embora haja decisão judicial para recuperação da área degradada, o local continua sofrendo com invasões, despejo de lixo doméstico e uso ilegal dos recursos hídricos. A situação não é melhor no restante da cidade.
Quando a vereadora Dra. Cristina chamou a atenção para a situação dos moradores da região e conseguiu reparar a erosão com fundos de emenda parlamentar municipal, foi acordado que a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) apresentaria um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), mas nunca o fez. Os moradores que formaram a Associação Comunitária do Jardim Conquista (Ascojaco) relatam que o problema está longe de definitivamente solucionado.
[video width="704" height="480" mp4="https://jornalopcao.com.br/wp-content/uploads/2019/10/TVBRASILCENTRALGOINIAGO-12.38.21-12.41.31-1569945409.mp4"][/video]
Raquel Alves Batista, vice-presidente da Ascojaco relata que o interesse da associação é transformar o local em um parque, com isolamento das nascentes, reflorestamento da vegetação nativa e desocupação de invasões no local. “Até que isso aconteça, vão continuar aparecendo processos erosivos nesta, que já é uma Área de Preservação Permanente (APP). Isso não é respeitado. Hoje mesmo (1 de outubro) a Amma apreendeu uma fábrica de gelo clandestina que retirava água do córrego para vender no centro da cidade”, afirma a vice-presidente da associação de moradores.
[caption id="attachment_214028" align="alignnone" width="620"]
Região ainda não tem um Plano de Recuperação de Área Degradada | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Manda-chuvas
Há 187 mananciais identificados e que estão distribuídos por todas as regiões de Goiânia. Segundo a assessoria de imprensa da Amma, os principais problemas constatados nestes cursos hídricos são: descarte de entulho e lixo doméstico, lançamento clandestino de esgoto, desmatamento de mata ciliar resultante de invasão de APPs. Não há, entretanto, estudo que monitore a qualidade das águas ou verificação do grau de degradação dos mananciais. Gilberto Marques Neto, presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente, afirma que a fiscalização tem sido um dos focos do órgão: “Através de parceria com o Comando de Policiamento Ambiental (CPA) da Polícia Militar, a Amma passou a ter suporte nas abordagens aplicando não apenas medidas administrativas, mas judicializando infratores que podem ser criminalmente processados”. Gilberto Marques Neto afirma também que a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica já facilitou o licenciamento ambiental de 775 processos através do programa Licença Ambiental Fácil. O presidente do órgão espera que, ao modernizar a concessão de licenças, parte da equipe possa ser alocada no monitoramento ambiental. De forma semelhante, a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) também fiscaliza e pune infrações, mas não tem estudos para controlar nível ou qualidade hídrica. Como o licenciamento ambiental é descentralizado – compartilhado entre Governo Estadual e município – ambos os níveis têm a obrigação de supervisionar o uso de recursos hídricos. Entretanto, a estadual Semad tem uma obrigação a mais, pois autoridade sobre as águas subterrâneas é sua, exclusivamente. A autorização para abrir poços artesianos não depende de licenciamento ambiental, mas sim de outorga, que tem encargo estadual. [caption id="attachment_214033" align="alignnone" width="620"]

Conversa com quem entende
[caption id="attachment_189066" align="alignright" width="300"]
Argumento do parlamentar é que os incisos obrigavam os municípios a terem gastos financeiros e a realizarem concursos públicos
[caption id="attachment_194657" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, na última terça-feira, 5, o decreto legislativo 2482/19 de autoria do Deputado Zé Carapô (DC) que desburocratiza o processo de licenciamento ambiental nos municípios.
O decreto susta os incisos III e IV do art. 12 da Resolução nº 02 do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cemam), que estabeleciam que o município que pretendesse se credenciar junto ao conselho, para realização do licenciamento ambiental das atividades de impacto local deveria possuir nos quadros do órgão municipal de meio ambiente, ou profissionais para a realização do licenciamento ambiental contratados através de concurso público.
O argumento do parlamentar é que os incisos obrigavam os municípios a terem gastos financeiros e a realizarem concursos públicos, com profissionais qualificados em nível superior, sem sequer, considerar se os municípios tinham demanda ou suporte financeiro suficiente para estas contratações.
Zé Carapô explicou que a aprovação é importante por desburocratizar e descentralizar o serviço público, além de colaborar com a geração de emprego, renda e receita para os cofres dos municípios de todo Estado de Goiás. “O intuito do decreto é agilizar os processos de licenciamento ambiental, respeitando a competência dos entes federados, com a segurança jurídica necessária para quem busca o licenciamento, priorizando a preservação do meio ambiente”, finalizou.

Paulo Magalhães também apresentou emenda ao Plano Diretor para impedir o excesso de impermeabilização do solo

Mecanismo tributário possibilita aos municípios acesso a parcelas maiores dos recursos financeiros arrecadados pelos Estados através do imposto desde que comprovados critérios ambientais estabelecidos em leis