Resultados do marcador: História

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Os competentes pioneiros da crônica esportiva em Goiás

Os pioneiros, no rádio, transmitindo as partidas, foram os radialistas Heli Mesquita, da Rádio Brasil Central, e Cunha Júnior, da Rádio Clube de Goiânia

Os 65 anos da primeira troika de procuradores de Justiça do MPGO

Um resgate de parte da trajetória de quase 130 anos do Ministério Público de Goiás e da criação, em 1955, dos primeiros três cargos de procurador de Justiça

Livro conta a história do garoto que matou diplomata alemão e foi o pretexto para a Noite dos Cristais

Capturado pelo Gestapo, o garoto de 17 anos relatou uma história, envolvendo sexualidade, que surpreendeu nazistas como Joseph Goebbels

Como Benedito Valadares, futuro padrinho político, conheceu Juscelino Kubitschek

Com uma doença sexualmente transmissível, o governador de Minas chamou o jovem urologista para tratá-lo. Se tornaram amigos e aliados políticos

Domingos Vellasco: herdeiro de Bulhões na política e antagonista de Prestes na esquerda  

Vellasco figura entre os mais preparados parlamentares com atuação no Congresso. Era “homem de notável cultura geral, talvez o mais capacitado de Goiás”

Miranda, herói da Venezuela e paixão de Catarina, a Grande

Ao contrário de Hugo Chávez, Francisco Miranda era considerado um homem bonito e se tornou mais uma paixão da dirigente da Rússia

Mentir foi a ruína do presidente Richard Nixon

As mentiras do líder republicano ficaram insustentáveis e ele foi obrigado a renunciar em 1974, na esteira do caso Watergate

Lyndon Johnson: o presidente dos Estados Unidos que lutou ao lado dos negros por direitos civis

O líder do Partido Democrata acabou com a segregação racial legal, garantiu o direito do voto livre para negros e democratizou a imigração

O tempo que usar terno e gravata era obrigatório

Professores da Faculdade de Direito davam aulas de terno e gravata. Até para viajar a vestimenta era obrigatória. Bons alfaiates eram disputados pelo público

A sugestão do ex-governador Coimbra Bueno para o governador Laudo Natel

O líder goiano disse que a Rodovia dos Imigrantes era muito cara e seria melhor o governo paulista construir um canal entre o mar de Santos e o pé da serra

Gripe espanhola em Goiás: primeira cidade atingida foi Ipameri. Morreram 38 pessoas em 17 dias

A cidade de Catalão também foi atingida. Porque a estrada de ferro “trazia” crescimento econômico e vírus

 A capitania de São Paulo sob o governo de Bernardo Lorena       

Em trabalho exaustivo, que requereu pesquisas em Lisboa, Adelto retrata um dos períodos de maior desenvolvimento da capitania de São PauloA História é um carro alegre/Cheio de um povo contente/Que atropela indiferente/Todo aquele que a negue.” (Canción por la unidad  latinoamericana –  Pablo Milanés) Wil Prado É corrente a assertiva que diz que a História é escrita pelos vencedores. Não estamos aqui para polemizar. Mas não podemos deixar de ressaltar que o bom historiador é aquele que sabe separar o joio do trigo. E é o que faz Adelto Gonçalves neste seu “O Reino, a Colônia e o Poder — Governo Lorena na Capitania de São Paulo 1788-1797” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo). Consciente disso, logo à página 77, ele adverte: (...) “os historiadores precisam se servir de fontes escritas cujos autores, uns mais outros menos, são sempre ligados à cultura dominante. Não que tenham sido todos mentirosos, mas a maneira como encaravam a História sempre os condenava à deturpação. Sem contar que a imensa maioria dos papéis que restaram nos arquivos oficiais só mostram a visão dos poderosos, daqueles que detinham posições de mando”. [caption id="attachment_220527" align="aligncenter" width="407"] Livro do pesquisador Adelto Gonçalves[/caption] Experiente e escrupuloso, ele não se deixa influenciar por vieses políticos e outras tendências deturpadoras da História, que, às vezes, empolgam historiadores mais apressados.  Por outro lado, podemos dizer que Adelto não se deixa fascinar pelo canto da sereia: casos e detalhes pitorescos da vida dos personagens, relevados, que muito despertam a curiosidade do leigo, mas que nada acrescentam aos rumos da História. O que nos acrescentaria saber onde o imperador fez xixi? E outros “achismos” e opiniões manietadas dos ditos revisionistas de plantão. Não. Adelto se atém aos fatos: interpreta-os e os transforma em História. Para escrever a História desse período colonialista que foi o governo de d. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena (1756-1818), consultou arquivos de aquém e de além-mar. O resultado desta vasta e minuciosa especulação foi um grande painel — social, econômico e político — onde se registra o embate entre poderes ligados, mas distintos, como a Igreja, a burguesia e os representantes da Corte, aliás, vistos com desconfiança pelos poderosos locais. E todos, militares, religiosos, burgueses e autoridades administrativas, na dança pelo poder, se ajuntam e traem, em alianças as mais espúrias, com o intuito de aquinhoarem riquezas e se mostrarem bem vistos aos olhos da Coroa. Para termos uma ideia dessa convivência conflitiva ente o poder e o clero, citamos a intriga entre Lobo de Saldanha, governador e capitão-general da capitania de São Paulo (1775-1782), e o influente padre José da Silva de Oliveira Rolim, acusado pelo governador de manter uma vida promíscua. Episódio que, embora desenrolado em outra capitania, a de Minas, respinga na capitania paulista. E não resistimos em transcrever este parágrafo, que é, de fato, uma pérola: “A “vida dissoluta” de que o acusava Lobo de Saldanha, certamente, adviria do fato de que, irmão de Francisca da Silva de Oliveira (1732-1796), a famosa Chica da Silva, havia se envolvido com a filha desta, sua sobrinha putativa. Teria também deflorado a própria sobrinha, Quitéria, arranjando-lhe casamento de conveniência, com o ânimo de continuar a relação ilícita e, em razão da revolta do marido, ameaçou-o de morte, segundo denúncia de Joaquim Silvério dos Reis, delator das movimentações para a projetada revolta de 1789” (pág. 161). Em trabalho exaustivo, que requereu uma longa temporada de pesquisas em Lisboa, Adelto retrata — e podemos dizer que o termo é exato — um dos períodos de maior desenvolvimento da capitania de São Paulo: os nove anos do governo de d. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena. Para tanto, espanou o pó e espantou as traças — se é que os arquivos lusitanos são tratados com o mesmo descaso dos de cá — de documentos seculares, guardados, dentre outros, pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Academia das Ciências de Lisboa, Coleção Pombalina da Biblioteca Nacional de Portugal e o Arquivo Histórico Ultramarino. No Brasil, recorreria ainda ao Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, ao Arquivo Público Mineiro e ao Arquivo do Estado de São Paulo, para citarmos apenas os mais importantes. Sempre que nos referirmos a São Paulo, uma pergunta é recorrente: por que este se tornou o mais rico e desenvolvido Estado brasileiro? Se lermos este volume com cuidado, certamente, encontraremos algumas dicas. E, dentre tantas, ficamos aqui especulando se esta não seria determinante: a “lei do porto único”? Editada em 1789, essa “lei”, assim impropriamente chamada pela historiografia, pois não passava de uma determinação do governador, permitia que o porto de Santos recebesse navios diretamente de Lisboa, sem a intermediação do Rio de Janeiro, o que aumentava o tempo e acrescentava despesas ao preço final das mercadorias. [caption id="attachment_215989" align="aligncenter" width="620"] Adelto Gonçalves: pesquisador, crítico literário e escritor | Foto: Euler de França Belém/Jornal Opção[/caption] Para reforçar essa ideia, transcrevemos este parágrafo à página 361: “Lorena tomou uma decisão que seria fundamental para abrir literalmente o caminho para o desenvolvimento da capitania, determinando que toda carga produzida na capitania teria de passar primeiro pelo porto de Santos. A medida permitiu que o porto de Santos passasse a receber mais navios e a fazer o comércio diretamente com Portugal”. Adelto, porém, não escreve para polir o bronze das estátuas. Ao contrário, algumas saem das suas páginas até um tanto arranhadas. Para darmos apenas um exemplo, citamos o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (ou Diabo Velho, como a ele se referiam os indígenas Goyazes), que, apesar de ter sido considerado um grande descobridor de ouro e prata, a ele colou-se a má fama de “matador de índios”. Por último, é bom lembrar que essas quatrocentas páginas, nas mãos de historiadores burocratas, poderiam se tornar deveras enfadonhas, mas nas mãos de um bom escritor — Adelto é um bom romancista! —, tornam-se leves e atraentes, como se estivéssemos, junto com o autor, descobrindo e desvendando cada falcatrua — oficial ou contrabandeada — de políticos, párocos ou burgueses locais. Infelizmente, ao fecharmos este volume, temos que admitir que o País pouco ou nada mudou dos tempos coloniais de outrora aos novos tempos republicanos de agora: a corrupção, as grandes fraudes e a malversação dos bens públicos continuam a ser a tônica do Estado. Adelto Gonçalves, paulista de Santos, é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa e mestre na área de Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-americana pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor em várias universidades e jornalista desde 1972, atuando como assessor de imprensa na área empresarial. Professor Adelto, como é conhecido e respeitado nos meios acadêmicos e jornalísticos, é um escritor vastamente premiado. Citaremos apenas alguns dos mais importantes: 1986, prêmio Fernando Pessoa da Fundação Cultural Brasil-Portugal, Rio de Janeiro, participando do livro “Ensaios Sobre Fernando Pessoa”, com o trabalho “O ideal político de Fernando Pessoa”; prêmios Assis Chateaubriand, 1987, e Aníbal Freire, 1994, ambos da Academia Brasileira de Letras; em 2000, com a biografia “Gonzaga — Um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), seu trabalho de doutorado em Letras pela USP, o prêmio Ivan Lins de Ensaios da União Brasileira de Escritores e da Academia Carioca de Letras. Como jornalista seu currículo é tão vasto e importante quanto o de acadêmico. Escreveu para “O Estado de S. Paulo”, empresa Folha da Manhã, Editora Abril e “A Tribuna”, de Santos, tendo sido correspondente da revista “Época” em Lisboa (1999-2000). É colaborador da revista “Vértice”, de Lisboa. Escreve regularmente para o quinzenário de “As Artes Entre as Letras”, do Porto, e Jornal Opção, de Goiânia. É sócio correspondente e assessor cultural e de imprensa do Centro Lusófono Camões da Universidade Estatal Pedagógica Hertzen, de São Petersburgo, Rússia. Apesar de todos esses títulos de suma importância, não podemos deixar de destacar a sua face de ficcionista. Sim, ele ainda encontrou disposição e tempo para praticar a grande ficção, com livros de contos, ensaios e romances. Em 1980, com seu romance de estreia, “Os Vira-Latas” da madrugada, ganhou menção honrosa do Prêmio Nacional de Romance José Lins do Rego. E é sobre ele que queremos nos deter, não apenas pela sua qualidade literária, como também pelas condições históricas, posto que foi um dos primeiros a retratar o golpe militar de 1964, mesmo que sem proselitismo partidário, mostrando fatos, como as invasões dos sindicatos dos trabalhadores de Santos e a desumana e vexatória prisão de velhos e respeitáveis sindicalistas, tratados como bandidos comuns. O livro, já em segunda edição, pela Editora Letra Selvagem, de Taubaté-SP, está nas livrarias e, independentemente de quaisquer vieses ideológicos, vale a pena ser conferido, porque seus personagens são, de fato, verossímeis e comoventes. Serviço “O Reino, a Colônia e o Poder: O governo Lorena na Capitania de São Paulo – 1788-1797”, de Adelto Gonçalves, com prefácio de Kenneth Maxwell, texto de apresentação de Carlos Guilherme Mota e fotos de Luiz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 408 páginas, R$ 70,00, 2019. Wil Prado, jornalista, é contista e romancista, autor de “Sob as Sombras da Agonia” (Lisboa, Chiado Editora, 2016) e do e-book “Um Vulto Dentro da Noite” (Amazon). E-mail: [email protected]

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