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Pequenos e microempresários são os mais afetados pela quarentena

Impacto da pandemia de Covid-19 nos negócios deve ser duradouro, mesmo com a retomada gradual das atividades econômicas

Rua da Região da 44 com comércios fechados | Foto: Fernando Leite

A pandemia causada pelo coronavírus, que já matou mais de 22 mil pessoas no Brasil (até a noite de sábado, 22), tem causado um estrago enorme também na economia do País. As projeções dão conta de uma queda de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que seria o maior tombo desde 1962, início da série histórica disponível no site do Banco do Brasil. Neste cenário, os pequenos negócios são os mais afetados.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mais de 600 mil empresas fecharam as portas definitivamente no Brasil após o início da quarentena imposta como alternativa para conter a disseminação do coronavírus Sars-CoV-2, o causador da Covid-19). Em Goiás, existem 341 mil microempreendedores individuais e 244 mil microempresas. São exatamente as que mais têm sofrido o impacto da doença em suas finanças.

É o que revela a pesquisa Impacto econômico do coronavírus nos empresários de Goiás, realizada pela divisão de pesquisa do Grupom Consultoria Empresarial. Na quarta rodada da sondagem, 64% dos MEIs tiveram as atividades completamente suspensas por causa do coronavírus. Nas microempresas, esse índice foi de 54,9% - a título de comparação, apenas 38,5% das grandes empresas tiveram de interromper completamente as atividades, segundo a pesquisa.

Em entrevista ao Jornal Opção, diretor-superintendente do Sebrae, Derly Fialho, disse que os pequenos negócios são mais vulneráveis porque trabalham com fluxo de caixa reduzido. “Os pequenos são mais frágeis, têm mais carência de recursos e clientes voláteis”, afirmou.

Dennis Egídio, do Sindac: "Como manter
empregos com 30% dos clientes?"

Este é o cenário, por exemplo, do setor de academias de ginástica, em que a presença de microempresários e microempreendedores individuais é grande – muitos deles atuam como personal trainer. A previsão do presidente do Sindicato das Academias de Goiás (Sindac), Dennis Egídio Gonçalves, é de que cerca de 50% dos 10 mil trabalhadores do setor, que trabalham em 1,2 mil academias regularizadas (700 delas na Grande Goiânia) percam seus empregos.

Após praticamente dois meses paradas, as academias puderam reabrir as portas na semana passada, graças a uma liminar concedida pelo desembargador Gilberto Marques Filho. Contudo, as restrições não permitem que o funcionamento seja pleno. “Como manter os empregos se o empresário só poderá receber 30% de seus alunos?”, questiona Dennis Egídio, cujo sindicato representa academias, estúdios de pilates, escolas de natação e similares.

Grandes também sofrem

Mas, se os pequenos e microempreendedores são os mais vulneráveis, a pesquisa do Grupom mostra que o estrago nas finanças atinge empresas de todos os tamanhos. Metade dos 1.830 empresários ouvidos pelos pesquisadores afirmaram que tiveram de parar completamente as atividades devido à quarentena.

Assim, mesmo com a liberação da retomada de algumas atividades no último decreto do governo do Estado, muitos deles ainda sentem os efeitos das medidas mais severas adotadas a partir da segunda quinzena de março para conter a pandemia. Entre os entrevistados pelo Grupom, 76,6% afirmaram que as decisões governamentais tiveram impacto forte ou muito forte em suas atividades. Com isso, 80,3% dos empresários declararam que não tinham caixa para manter as portas fechadas por mais de 60 dias.

Paradoxalmente, o apoio ao isolamento social tem aumentado entre os empresários, segundo o Grupom. Na primeira semana de abril, quando foi realizada a primeira rodada da pesquisa, 14,7% eram totalmente contrários à medida. Na última rodada, divulgada na quinta-feira, 23, o índice caiu para 4,8%. Por outro lado, os que se diziam totalmente a favor eram 20,3% em abril e, agora, são 33%.

De acordo com o diretor-técnico do Grupom, Mário Rodrigues Neto, essa aparente contradição pode ser explicada pelo próprio avanço da pandemia em Goiás. Na primeira semana de abril, apenas 9,6% dos empresários conheciam alguém – seja na empresa, entre amigos ou familiares – que apresentaram sintomas da Covid-19. Na última rodada da pesquisa, esse número saltou para 18,2%.

O resultado da crise já pode ser sentido na balança comercial de Goiás. Em abril, houve uma queda de 12% nas exportações goianas. Em março, elas somaram R$ 748 milhões. No mês passado, R$ 611,8 milhões.

Fernando Jorge, da Abrasel: crédito
não chega

Financiamento não chega

Se, por um lado, a atividade econômica demora a voltar ao normal, por outro os empresários que precisam de socorro financeiro têm tido dificuldades para acessar as linhas de créditos disponíveis. Presidente da seção goiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Fernando Jorge estima que até 3 mil estabelecimentos baixem as portas definitivamente no Estado, levando 12 mil pessoas ao desemprego.

Ele critica as linhas de créditos anunciadas pelo governo federal que, segundo ele, não chega na ponta, ou seja, no caixa dos empresários. Fernando Jorge afirma que que os bancos estão ainda mais exigentes em relação à burocracia. “Os bancos sabem das dificuldades dos empresários e dificultam o crédito”, afirma.

A mesma queixa é feita pelo presidente do Sindbares Goiânia, Newton Pereira. “O crédito está muito restrito”, diz. Dono de um restaurante que tem duas unidades, o empresário conta que uma está fechada e a outra funciona em sistema de delivery. O faturamento, no entanto, representa apenas 8% do que havia antes da quarentena.

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