O governo federal tem como objetivo aumentar para 40 o número de Casas da Mulher Brasileira até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas casas têm a função de acolher e acompanhar vítimas de violência doméstica no processo de distanciamento do agressor e conquista de autonomia. Atualmente, existem apenas sete dessas instituições em funcionamento, localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e Ceilândia.

A ampliação da rede das Casas da Mulher Brasileira foi um dos temas discutidos no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira em Brasília. O evento contou com a presença das ministras Cida Gonçalves (Mulheres) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas). Durante o encontro, foram debatidas diretrizes e protocolos de funcionamento das instituições.

Uma das preocupações centrais do governo federal é melhorar o acolhimento oferecido às vítimas, uma vez que dados do Observatório da Segurança de março indicam que pelo menos uma mulher é vítima de feminicídio por dia, e a cada quatro horas uma mulher sofre algum tipo de violência.

Os dados alarmantes também levaram à retomada do programa “Mulher Viver sem Violência”, que tem como principal foco o atendimento prestado nas instituições. As Casas da Mulher Brasileira oferecem atendimento 24 horas às mulheres vítimas de violência. Ao chegarem às unidades, elas recebem acolhimento e passam por uma triagem de saúde. Além disso, têm a opção de ficar no alojamento temporário, que é oferecido para crianças de até 12 anos que as acompanhem.

Na Casa da Mulher Brasileira em Ceilândia, são oferecidos cursos técnicos de gastronomia e estética, além de incentivos para que as mulheres possam abrir seus próprios negócios por meio do espaço “Empreende Mais Mulher”. O local também possui computadores, cozinha equipada, alojamento com 14 camas, sala de TV e brinquedoteca para as crianças e adolescentes que acompanham as mães.

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