Nova substância promete superar Ozempic e Mounjaro ao reduzir peso em até 24%

03 julho 2025 às 15h41

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Uma nova substância para emagrecimento, chamada amicretina, apresentou resultados impressionantes em estudo preliminar publicado na revista científica The Lancet, mostrando redução média de até 24,3% do peso corporal em apenas 36 semanas de tratamento subcutâneo semanal.
A amicretina atua imitando dois hormônios fundamentais no controle do apetite e da saciedade: o GLP-1, que é secretado pelo intestino e reduz a fome ao agir no cérebro, e a amilina, produzida pelo pâncreas, que reforça a sensação de saciedade.
Essa combinação inédita em uma única molécula torna a amicretina uma potencial concorrente para superar medicamentos consagrados como Ozempic (semaglutida), que reduz em média 17% do peso em 68 semanas, e Mounjaro (tirzepatida), que proporciona redução de 20% do peso em 36 semanas.
Os dados do estudo indicam que a amicretina pode se tornar mais eficaz do que outras substâncias em desenvolvimento, como a retratutida, que tem média de 24% de redução de peso em 52 semanas, mas com mecanismos de ação diferentes.
A farmacêutica Novo Nordisk, responsável pelo desenvolvimento da amicretina, observou que o tratamento foi bem tolerado pelos pacientes e apresentou perfil de segurança semelhante ao de outros agonistas dos receptores de GLP-1 e amilina.
Além da versão subcutânea semanal, a empresa também testou uma formulação oral de administração diária, que mostrou perda média de 10,4% do peso em 12 semanas com doses de 50 mg, reforçando o potencial da molécula como tratamento versátil para obesidade.
Entre os possíveis efeitos colaterais observados com a amicretina estão náuseas, vômito, diarreia, constipação, refluxo, dor abdominal, dor de cabeça, indigestão, flatulência, cálculo biliar e sensação de fraqueza.
Os efeitos variam de pessoa para pessoa e não dependem do formato do medicamento, seja subcutâneo ou oral. Pacientes podem se adaptar melhor a uma ou outra forma de administração, mas os estudos mostram que ambos os formatos podem ser eficazes.
Diante dos resultados promissores, a Novo Nordisk anunciou que vai avançar com os testes clínicos da amicretina para a fase 3, etapa essencial para confirmar sua eficácia e segurança antes de solicitar aprovação para uso comercial.
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