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O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), em Goiânia, suspendeu os serviços de anestesiologia devido à inadimplência nos pagamentos ao prestador responsável, segundo informou a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc). Com isso, os atendimentos de porta estão restritos apenas a casos de urgência e emergência classificados como fichas vermelha, laranja e amarela, mediante triagem e encaminhamento via Regulação Municipal para outras unidades de saúde.

Na última terça-feira, 1º, uma reunião entre o prefeito Sandro Mabel, o secretário de Saúde Luiz Pellizzer, a reitora da UFG Angelita Pereira e a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene de Sousa, buscou alternativas para regularizar a situação. A expectativa, segundo a Fundahc, é de que novas negociações com os fornecedores evitem impactos em outros serviços assistenciais.

A fundação ressaltou ainda que mantém diálogo com a Prefeitura de Goiânia, fornecedores e prestadores de serviços, reforçando seu compromisso com a segurança de pacientes e equipes de saúde. O objetivo é viabilizar a retomada dos atendimentos ambulatoriais e eletivos o mais rapidamente possível.

O Jornal Opção entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Veja o posicionamento abaixo.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que já repassou, apenas neste ano, mais de R$ 90 milhões à Fundahc para a gestão das maternidades municipais. Na atual gestão, todos os repasses à instituição foram realizados em dia e acima do valor acordado, de R$ 12,5 milhões/mês, para amortização das dívidas deixadas pela gestão anterior. A negociação e o pagamento a prestadores terceiros é, contratualmente, de responsabilidade da Fundação.

Entenda

A crise nas maternidades de Goiânia se arrasta desde a gestão anterior, do ex-prefeito Rogério Cruz, marcada por atrasos em repasses e problemas contratuais que afetaram diretamente o atendimento a gestantes e recém-nascidos. Durante a campanha e ao assumir o cargo, o prefeito Sandro Mabel prometeu enfrentar a situação, garantindo a revisão dos contratos com prestadores e a regularização dos pagamentos para restabelecer a normalidade nos serviços de saúde materno-infantil na capital.