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Bruno Rocha Lima e Silvana Bittencourt assumem novos “cargos” em O Popular

As demissões de quatro editores provocaram mudanças na edição do “Pop”. Bruno Rocha Lima troca o cargo de editor de abertura pelo editor de fechamento. Silvana Bittencourt passa a ser a editora de abertura. Depois de Cileide Alves, a editora-chefe, são os jornalistas mais prestigiados na atual configuração da redação e, de fato, são do primeiro time. A jovem repórter Daniela Gaia [foto acima, de seu Facebook]é a nova editora do “Magazine”, caderno de entretenimento do jornal. Gabriel Lisita passa a colaborar no fechamento da primeira página. Nova orientação editorial A cúpula do Grupo Jaime Câmara vai cobrar que os editores escrevam mais nas páginas do “Pop”. A teoria deles é a de todos os grandes jornais: só existe uma profissão em jornalismo — a de repórter. Editor não é profissão — é cargo. Um jornalista que, durante um ano, escreve apenas dez textos, e em geral aleatórios, dificilmente será mantido em qualquer redação.

TV Anhanguera vai acabar com o programa Frutos da Terra

O programa “Frutos da Terra”, apresentado pelo publicitário Hamilton Carneiro, sairá da grade de programação da TV Anhanguera. Tido como o programa mais antigo da televisão goiana, o “Frutos da Terra” teria baixa audiência e, sobretudo, baixo faturamento. O Grupo Jaime Câmara pretende faturar mais com o espaço do “Frutos da Terra”. Isto, claro, se não perdê-lo para TV Globo. “Frutos da Terra” é um dos maiores divulgadores da música brasileira, notadamente da produzida em Goiás. [Na foto acima, Hamilton Carneiro aparece ao lado do cantor e músico Marcelo Barra]

Ed Motta disse aquilo que a maioria tem vontade de falar mas é contida pelo populismo caboclo

Jornalistas brasileiros, aderindo ao populismo da política, começam a exigir que as pessoas não tenham preconceitos (todos têm, sobretudo os que dizem não ter). O jornalismo está se tornando polícia. No programa jornalístico “Em Pauta” — no qual a notícia é tratada como entretenimento, com leveza, informalidade e inteligência —, da Globo News, na quinta-feira, 9, Elisabete Pacheco, Guga Chacra (o mais indignado), Sérgio Aguiar e Gerson Camarotti criticaram, de maneira ácida, Ed Motta (como Roberto Pontual faz falta). Na verdade, fizeram discursos contundentes. O curioso é que nunca se viu atacarem um corrupto com tanta virulência. O músico e cantor disse que brasileiros que vão aos seus shows no exterior são “simplórios”, nada sabem sobre sua carreira e preferem uma música mais popularesca. O que há de falso neste aparente gesto de desprezo? Nada. Parte, talvez a maior parte, dos brasileiros que mora no exterior é mesma simplória. Eles vão para o exterior “fazer” a vida, trabalhando em empregos pesados (faxinas, entregas de comida, construção civil). Não estão lá para “melhorar” o gosto. Nem tem tempo para isso. Nem dinheiro. (Ed Motta fará shows, entre maio e junho, na França, Alemanha, Holanda, Irlanda, Inglaterra, Itália, Áustria e Finlândia. Ele vai divulgar o álbum “AOR”.) É provável que a maioria dos brasileiros que moram no exterior, sobretudo nos Estados Unidos, não seja mesmo adepta de uma música mais sofisticada. Por isso prefere a música sertaneja de um Zezé Di Camargo ou o romantismo de um Roberto Carlos. Aquilo que é simplório não mais pode ser chamado assim? Dizer a verdade é ofensivo? Observe que Ed Motta não criticou todos os brasileiros. “Verdade seja dita, que meu público brasileiro de verdade na Europa é um pessoal mais culto, informado, essas pessoas nunca gritaram nada. O negócio é que vai uma turma mais simplória que nunca me acompanhou no Brasil. Público de sertanejo, axé, pagode, que vem beber cerveja barata com camiseta apertada tipo jogador de futebol, com aquele relógio branco, e começa a gritar nome de time”, lamentou Ed Motta. Suas palavras contêm alguma mentira? Nenhuma. É, mais do que uma crítica, uma constatação. Por que é vital discutir “gosto”? Com o único motivo de aperfeiçoá-lo, até mudá-lo. Mas fãs de Zezé Di Camargo e Luciano e de Leonardo dificilmente vão se tornar admiradores de Beethoven, Mozart, Chico Buarque, Billie Holiday e Elis Regina. Aquilo que é fácil de apreender — porque, no fundo, não precisa ser apreendido, e sim apenas ouvido, de maneira imediata e dispersiva — é mais prazeroso, para quem não tem paciência e o mínimo de cultura, do que uma arte que precisa ser ouvida, com atenção, e até estudada. Pode até parecer arrogância, é provável que seja, o músico dizer que não vai cantar nem falar em português nos seus espetáculos. Ele sublinha que não vai cantar “Manuel”, seu primeiro sucesso. “O mundo inteiro fala inglês, não é possível que o imigrante brasileiro não saiba um básico de inglês. A divulgação da gravadora, dos promotores é maciça no mundo europeu, e não na comunidade brasileira”, frisou. Há, aí, algum preconceito ou discriminação? Na verdade, quem mora em qualquer país tem de aprender a língua local, senão fica deslocado, isolado, sem sintonia com as pessoas, com as ruas. Não satisfeito com as primeiras estocadas, Ed Motta “orientou”: “Não gaste seu dinheiro e nem a paciência alheia atrapalhando um trabalho que é realizado com seriedade cirúrgica. Esse não é um show para matar a saudade do Brasil. É um show internacional. Que desagradável ter que toda vez dar explicações, e ter que escrever esse texto infame”. Um internauta disse: “Realmente, ser popular no Brasil é para poucos”. A resposta de Ed Motta, numa rede social: “Pra poucos idiotas”. Alguém que não queira fazer média com o público, apresentando-se como politicamente correto, pode realmente discordar das estocadas de Ed Motta? Ligue os canais abertos de televisão e algumas rádios. As músicas são de baixíssimo nível, com linguagem chula, e com verdadeiro massacre da Língua Portuguesa. Os brasileiros não merecem isto, mas é o que ouvem e pedem para ouvir. Paulo Francis gostava de comentar que Lênin tentou oferecer obras de arte sofisticada para os camponeses e trabalhadores soviéticos, mas eles queriam Repin. Como o Brasil está se tornando a segunda pátria do politicamente correto — a primeira são os Estados Unidos —, é saudável que alguém guarde o bom senso no violão e fale aquilo que precisa e deve ser dito. Ed Motta choca porque não mente.  

Laura Capriglione, Pedro Alexandre Sanches e Eduardo Nunomora lançam #JornalistasLivres

Laura Capriglione [foto acima; de seu Facebook] — repórter de política e geral — e Pedro Alexandre Sanches — crítico de música e repórter cultural — são jornalistas do primeiro time. Juntos e com o apoio do repórter Eduardo Nunomora e do repórter-fotográfico estão apostando no sucesso editorial do #JornalistasLivres, apresentado como rede de coletivos. Manifesto do #JornalistasLivres: “Existimos em contraponto à falsa unidade de pensamento e ação do jornalismo praticado pela mídia tradicional centralizada e centralizadora. Pensamos com nossas próprias cabeças, cada um(a) de nós com sua própria cabeça. Os valores que nos unem são o amor apaixonado pela democracia e a defesa radical dos direitos humanos. Não agimos orientad@s por patrão, chefe, editor, marqueteiro ou censor. Somos noss@s própri@s patrões/patroas, somos noss@s própri@s empregad@s. Almejamos viver em liberdade e vivemos na busca incessante por liberdade”. Criar órgãos tidos como independentes é sempre saudável. Mas em geral o que se descobre é que, no final, alguém precisa chefiar e pôr a mão na massa como organizador. Nada, em jornalismo, seja empresarial ou não, é muito livre. As amarras sempre existem. Os que acreditam em condições de trabalho ideais — e não as possíveis — costumam soçobrar. Porém, ante a qualidade dos jornalistas Laura Capriglione e Pedro Alexandre Sanches [foto acima; de seu Facebook], desejo vida longa à rede.

Amauri Garcia volta para a Rádio 820 para apresentar programa de cultura

Amauri Garcia consegue ser, a um só tempo, jornalista, radialista e artista (músico, cantor) do primeiro time. É competente, criativo e decente. Ele está de volta à Rádio Bandeirantes 820, às sextas-feiras, das 9h10 às 10h, para comandar, ao vivo, o “Sexta Cultural”. O programa terá entrevistas e informações. A estreia, na sexta-feira, 10, terá o cantor Pádua como convidado especial. Imperdível.

Jornalista pede demissão de afiliada da TV Globo e planta bananeira dentro do estúdio

A felicidade às vezes está em pedir demissão — diria, quem sabe, um manual de autoajuda. A jornalista Gabriela Bordasch, apresentadora da RBS TV/repórter do tempo, afiliada de TV Globo no Rio Grande do Sul, pediu demissão e, para comemorar, decidiu plantar bananeira dentro do estúdio e, não satisfeita, postou a cena no Facebook. “Em um belo dia resolvi virar minha vida de cabeça para baixo”, disse. Literalmente, por sinal. Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5xodQvuMiX8

E um belo dia resolvi virar minha vida de cabeça para baixo... :)Depois de pouco mais de quatro anos deixei a RBS. Embora tenha escrito o título acima, não foi de uma hora para outra, não. A decisão foi tomada após meses amadurecendo essa ideia. Resolvi que precisava ir adiante. Sou muito grata à empresa que, além de ter me ensinado grandes lições sobre jornalismo, me presenteou com amigos pra vida inteira e ainda um marido (haha). Nada é por acaso mesmo! Mas agora é hora de dar vida às ideias que sempre me acompanharam até mesmo antes de entrar na faculdade. De tocar projetos que eu realmente acredito.Penso que, para sermos felizes, temos de estar constantemente sentindo frio na barriga. E, definitivamente, quem não arrisca não petisca.Obrigada a todos que acreditaram e torceram por mim até agora. Prometo não decepcionar. Pelo menos a mim mesma. Grande beijo a todos Posted by Gabriella Bordasch on Segunda, 6 de abril de 2015
Na RBS TV há quatro anos, Gabriela Bordasch contou que planejava pedir demissão há algum tempo. “Resolvi que precisava ir adiante. Sou muito grata à empresa que, além de ter me ensinado grandes lições sobre jornalismo, me presenteou com amigos pra vida inteira e ainda um marido”, sublinhou. Ela é casada com o jornalista Daniel Scola. “Agora é hora de dar vida às ideias que sempre me acompanharam até mesmo antes de entrar na faculdade. De tocar projetos que eu realmente acredito”, disse Gabriela Bordasch. A jovem é respeitada pelos colegas como uma profissional “competente e séria”. [Texto baseado em informação do Portal Imprensa]

O jornalismo precisa ser reinventado

["Leitura", de José Ferraz de Almeida Júnior, 1850-1899] Viviânia Araújo Medeiros Hoje [7 de abril], no Dia do Jornalista, tive a honra e a grata surpresa de ser lembrada pela Jacqueline Patrocínio para escrever sobre o tema. E esse convite veio mesmo a calhar, pois há menos de dois dias, falava exatamente sobre isso com o editor de um jornal da nossa cidade, o Jornal Opção, jornalista Euler Fagundes de França Belém, num de seus sempre muito bons posts no Facebook. E o assunto foi suscitado justamente no momento em que o principal jornal diário de nossa cidade, O Popular, tinha acabado de demitir, de uma só vez, seus quatro principais editores de fechamento. Já vinham acontecendo demissões ao longo dos dois últimos anos. Foram desligados diversos jornalistas. Porém, a novidade é que, desta vez, o corte tinha sido mais profundo, na carne. E eu me recordei de uma afirmação de um jornalista muito brilhante a respeito do futuro do jornalismo impresso, Raju Narisetti, há cerca de dois anos atrás, extraída de uma palestra que ele fez a alunos da faculdade de jornalismo da Universidade de West Virgínia, onde ele apontava nove desafios do jornalismo nos próximos anos e afirmava, no primeiro item que “o jornalismo impresso não estava desaparecendo e que, apesar de enxugamentos e cortes nos jornais mais importantes, o jornalismo impresso ainda continuava a oferecer aos anunciantes a maneira mais eficaz de atingir o público em muitos mercados”. Eu, hoje, fiz questão de reler esse artigo e não tenho como não discordar dessa afirmação. Ela é totalmente inócua e equivocada nos dias atuais. E veja que estamos falando de uma opinião que foi manifestada há apenas dois anos atrás. ["Menina lendo", de Vladimir Ezhokov, Rússia, 1975] O fato é que jornais no mundo inteiro estão sendo fechados. E eles são a maior expressão do jornalismo impresso. De fato, durante centenas de anos, eles foram a forma mais segura de retorno para o investimento dos anunciantes e, em muitos casos, a principal fonte de informação dos leitores. Nos dias atuais, não mais. A seção de classificados, por exemplo, foi reduzida praticamente a pó depois da entrada dos novos aplicativos e dos classificados online. Por que se limitar ao jornal impresso do dia tal para anunciar, se posso manter meu anúncio 24 horas no ar? E mais uma grande fonte de arrecadação dos jornais caiu por terra. Na internet, os classificados são online e o melhor, gratuito. Para começar, temos uma crise de identidade e uma crise das línguas faladas, lidas e escritas. A realidade nua e crua do analfabetismo nos países de terceiro mundo, cada vez mais populosos e com desigualdades sociais extremas, e o analfabetismo funcional dos ditos países de primeiro mundo estão impactando diretamente na morte dos jornais. O crescimento populacional experimentado pelas diversas sociedades não foi acompanhado também do crescimento equânime do público leitor. Isso simplesmente não aconteceu. Aliado ao fato de que, num mundo digital, onde tudo é retransmitido praticamente em tempo real, como comprar “notícias velhas”? Ou melhor, por que comprá-las? Alguns jornais estão sobrevivendo por força da tradição e ainda assim com receitas ínfimas. Enquanto isso, os tigres asiáticos foram criando cada vez mais novas tecnologias em hardwares e softwares de comunicação e as pessoas foram se encantando por esse novo mundo que, para atraí-las, investiu pesado em entretenimento pessoal, em especial em jogos e aplicativos cada vez mais interativos. Em relação ao novo continente, às Américas, é quase um segundo novo descobrimento. Talvez mesmo um redescobrimento. A diferença, desta vez, é que a nova descoberta se inseriu numa mudança que atingiu todo o globo terrestre. Com os novos meios de comunicação, temos cada vez mais acessibilidade, o que é ótimo em termos de acesso à informação, porém péssimo a partir do momento que as pessoas passaram a ler cada vez menos e a escrever de forma mais e mais pobre. O vocabulário de um leitor mediano, que já não era lá muito rico, foi sendo cada vez mais minimizado, a ponto de se reduzir a símbolos que pouco ou quase nada significam. Em vez de as populações procurarem melhorar, aperfeiçoar seus idiomas, aconteceu justamente um movimento contrário, a banalização do mesmo. Nem se tratam mais de gírias. Esse foi um primeiro momento. Trata-se de nem sequer mais pensar para escrever. Poucos se preocupam em escrever frases com sentido completo. E muitos até contradizem a necessidade de uma língua culta, bem escrita e bem falada. Vivemos num mundo em tempo real, onde os acontecimentos são compartilhados em questão de segundos. Onde os meios de comunicação de massa perdem espaço dia a dia. A informação produzida pelos grandes grupos de comunicação está sendo questionada o tempo todo pelos atuais internautas e membros das redes sociais, que se multiplicam pelo planeta quase que na velocidade da luz. E com muita justiça. Durante anos a fio, eles foram vítimas de manipulações da imprensa, que detinha todo o poder. A comunicação de massa, durante centenas de anos, constituiu-se num grande e poderoso instrumento de poder utilizado para a manutenção de grupos políticos e interesses de toda ordem. Hoje, com todas as novas tecnologias, a internet e as redes sociais, ficou cada vez mais difícil controlar o público, que não aceita mais assistir a um fato e, depois, ver nos meios de comunicação de massa o mesmo fato, horas depois, interpretado de forma diferente e às vezes até caricata da verdade dos fatos. E não fica só nisso. O próprio público corrige e restabelece a versão correta da informação nas redes sociais, graças aos dispositivos móveis, que revolucionaram a comunicação. Antes, o indivíduo ficava preso a aparelhos fixos, como rádio ou TV, ou dependiam diretamente de veículos impressos para consumir a informação. E até mesmo dependiam dos computadores pessoais. Hoje, esses dispositivos móveis estão cada vez mais potentes e transformam seus proprietários em repórteres em potencial. Imagine essa nova realidade: com apenas um celular, tablet, laptop, iphone, smartphone, qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo pode produzir notícias e viralizá-las em questão de segundos pelas redes sociais. O jornalista não detém mais a produção da notícia. Essa produção agora está compartilhada. A informação está se transformando em commodity e é um processo que não volta mais. A grande pergunta é se os jornalistas estão preparados para enfrentar e conviver com essa nova realidade e a resposta vem na mesma velocidade: não. E não mesmo. Jornalismo já foi símbolo de poder, de status. Hoje, a influência dos meios de comunicação tradicionais na vida do cidadão comum caiu drasticamente. O rádio, que era o meio mais popular e a TV, que o sucedeu, ambos estão passando maus bocados, sofrendo a concorrência direta do conteúdo produzido e disponibilizado ampla e gratuitamente pela internet e redes sociais. Onde poderíamos sonhar, cinco anos atrás, que até mesmo o peão do sítio mais distante, no interior mais longínquo do país, teria acesso a celular, internet? Hoje, cada vez mais, as pessoas buscam conteúdos na internet e não é à toa que as ações do Google não param de crescer. É quase automática a busca por qualquer tipo de assunto nesse provedor, que tem se reinventado dia a dia e se adaptado aos novos tempos. Mas o jornalismo não morreu. O jornalismo tradicional esse, sim, é um senhor moribundo, que está com seus dias contados e o profissional de jornalismo que não se integrar às novas tecnologias, também está ficando morto para o mercado. Daí a necessidade de nos reinventarmos. Assim, como a comunicação, com as novas tecnologias, foi reinventada. O papel do jornalista, de produtor da informação, mudou para analista da informação. O desafio é bem maior, exige muito mais do profissional. Só vão sobreviver aqueles veículos, digitais ou impressos, e profissionais que apresentarem uma análise melhor dessa informação, com argumentos e novas informações. Porém, para isso, é preciso pesquisa, um conhecimento geral maior e um domínio da língua escrita, falada e lida. Mas, e quanto aos jornais impressos, se continuarem trabalhando apenas com foco em notícia? Eles vão nascer todos os dias já mortos. Eles serão sempre notícias velhas e ninguém, nem anunciantes, nem público leitor, quer saber de algo que foi propagado e repercutido exaustivamente no dia anterior. A tendência é que se rendam ao formato eletrônico, e funcionem praticamente no mesmo formato das agências de notícias, com uma equipe mais enxuta, cujo foco deixaria de ser produzir, mas, sim, repercutir as notícias, com uma nova leitura, mostrando outras versões do mesmo fato e acrescentando novas informações. E em relação às revistas impressas, qual a diferença básica delas para os jornais impressos? Isso, sim, é algo curioso. Justamente por não se limitarem às novidades somente, ao imediatismo, as revistas acabaram encontrando um caminho mais estável nessa corrida pelo público leitor. Passaram a produzir conteúdos não perecíveis e foram se adaptando de uma forma muito interessante às novas tecnologias, buscando se integrar a elas, mantendo sites e criando páginas nas redes sociais, onde o assunto continua e onde passaram a publicar outros conteúdos complementares e até inovadores. As redes sociais e a internet são uma extensão das revistas, que souberam se integrar à vida das pessoas, de uma forma bastante inteligente. Então, observamos dois movimentos contrários acontecendo, enquanto os jornais impressos vão morrendo, vemos na mesma velocidade, as revistas tomando um novo fôlego e se reinventando.  Concomitantemente com isso, constatamos uma migração dos anunciantes tradicionais de jornais para as revistas e uma migração ainda mais expressiva para as mídias sociais, inclusive modernizando e diversificando a forma de se colocarem diante do público, com uma grande tendência para formatos mais interativos, com um poder maior de envolvimento e fidelização de marcas. Para continuar na profissão, o jornalista tem à sua frente um grande desafio: não só se adaptar aos novos tempos e às novas tecnologias, como também se reinventar. Felizmente, não existe mais zona de conforto na área de comunicação. Antes pelo contrário. O incômodo e a inovação constante são as nossas únicas certezas e, ao mesmo tempo, nossos novos instrumentos de trabalho. Claro, para quem quiser continuar na profissão. Viviânia Araújo Medeiros, jornalista profissional há 20 anos, é editora da Revista GO&AZ em Goiânia. O artigo foi publicado no site Comunique-se (www.comunique-se.com.br) e republicado no site do Jornal Opção com autorização da autora.

Estadão demite Wilson Baldini Jr., o jornalista que mais entende de boxe do país

Qual o jornalista que mais entende de boxe no Brasil: Wilson Baldini Jr. [foto] ou Eduardo Ohata? Difícil, talvez impossível, responder. Os dois entendem tudo sobre a verdadeira sétima arte. Há pouco tempo, Eduardo Ohata foi afastado da “Folha de S. Paulo”. Agora, o “Estadão” demitiu Wilson Baldini. Os fãs do boxe terão de se contentar com Eduardo Ohata (não sei se ainda está no ar) e Wilson Baldini comentando lutas de boxe na televisão.

O Popular copiou, colou e errou. “Reportagem” sobre aprovação do diploma obrigatório para jornalistas é velha

Luiz Cláudio Hum #‎Relato hoje os famosos CTRL+C e o CTRL+V fizeram uma vista a redação do jornal O Popular. E não poderia ter sido pior, na minha opinião, é claro. O site do jornal O Popular veicula HOJE que: Senado aprova diploma obrigatório para jornalistas... não "péra"... isso foi em 07/08/2012... mas como assim? Requentando matérias, Cileide Alves? Ou foi castigo por terem demitido grandes figuras do jornalismo impresso? Isso mesmo, o jornal O Popular veicula matéria sem se atentar para ‪#‎InformaçõesBásicas e ‪#‎Credibilidade da sua fonte. Apenas copiou e colou... deu no que deu... errou... Hoje estávamos lutando pela aprovação na Câmara dos Deputados. A informação do Senado é velha... bem antiga... lá no "patrásmente"... E o melhor foi ver colegas sendo induzidos ao erro de compartilhar a notícia velha como se fosse atual. ‪#‎SóAchoQue por ser uma redação que tem jornalistas, deveriam estar mais atentos para as lutas de nossa classe. Hoje estávamos lutando NA CÂMARA FEDERAL para a APROVAÇÃO da PEC do Diploma. Qual é mesmo o slogan do Jornal O Popular? Se o jornalista tivesse procurado a fonte mais confiável que é a entidade que o representa não teria cometido este erro: http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=4298 Luiz Cláudio Hum é jornalista profissional. [O texto foi transcrito do Facebook do jornalista. O título é de responsabilidade do Jornal Opção.]

Historiador Norman Finkelstein denuncia a indústria do Holocausto

Tachado de opositor ideológico de Israel, Norman Finkelstein sustenta que o Holocausto nazista foi “recriado” para defender Estado judeu e enriquecer instituições judaicas

Estadão demite Jotabê Medeiros, Roldão Arruda, Lourival Sant’Anna e vai afastar 125 funcionários

O Portal Imprensa diz que “O Estado de S. Paulo” deve demitir 125 funcionários. O Portal dos Jornalistas menciona um número bem maior — 200 pessoas deverão ser cortadas nas redações do jornal em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Entre os demitidos estão estrelas da redação, como Lourival Sant’Anna, repórter especial com experiência internacional, e Jotabê Medeiros [foto acima], experimentado repórter e crítico de música do “Caderno 2”. Roldão Arruda e Fábio Brandt (da sucursal de Brasília), da cobertura política, foram afastados. Saíram também: Sílvio Barsetti, de “Esporte” (sucursal do Rio de Janeiro), Gabriel Perline, do caderno “Divirta-se”, Caio do Valle, de “Metrópole”, e Andrea Pahim, editora de arte. Três repórteres juniores da seção “Guia” do “Caderno 2” estão na lista do passaralho. [Roldão Arruda: um dos mais experientes repórteres do jornal] O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo disse ao Portal Imprensa que os cortes isolados são uma “tentativa de ‘mascarar’ um processo de demissão em massa”. O diretor do "Estadão", Ricardo Gandour", não se pronunciou sobre as demissões. Mas comenta-se entre os demitidos que o Grupo Estado quer trabalhar com equipes mais compactas e mais baratas. Para o público externo, deve-se alegar a crise do país, daí a necessidade de redução de custos.

Estadão demite Lourival Sant’Anna, um dos mais importantes repórteres do país

O “Estadão” demitiu na segunda-feira, 6, um dos mais respeitados repórteres da imprensa brasileira, Lourival Sant’Anna. Formado pela Universidade Federal de Goiás, Lourival Sant’Anna passou uma temporada na Inglaterra e, em seguida, se tornou repórter, editor-executivo e, atualmente, repórter especial de “O Estado de S. Paulo”. Lourival Sant’Anna é brilhante por vários motivos. Dois deles: sua seriedade como repórter é exemplar e escreve muito bem (com livro publicado). Sem a pretensão de fazer jornalismo literário, suas reportagens são geralmente mais densas, aprofundadas e, sem pieguice ou melodrama, “humanas”. No “Estadão”, com mais liberdade (e mais espaço) para escrever, desenvolveu seu imenso talento de contador de histórias, de olhar amplamente perceptivo, avesso a clichês. Notabilizado por suas coberturas internacionais, por exemplo no Oriente Médio, dificilmente Lourival Sant’Anna ficará fora do mercado por muito tempo. O repórter é irmão da ex-deputada Marina Sant’Anna, do PT. Curiosamente, nos últimos tempos, Lourival Sant’Anna se tornou mais crítico do PT.

A lista dos 20 publicitários mais influentes do Brasil. Segundo a revista GQ

A “GQ” listou os 20 publicitários supostamente “mais influentes” do Brasil. Para elaborá-la, a revista consultou executivos das 30 principais agências que atuam no Brasil. A reportagem é de Marili Ribeiro

O rei do basquete Oscar Mão Santa busca apoio espiritual de João de Deus, em Abadiânia

Quando a medicina não é suficiente, recorre-se ao mundo dos espíritos — no fundo, o da esperança, de fato, a última que morre, quando morre. Oscar “Mão Santa” Schmidt, o maior jogador de basquete do país em todos os tempos, trava uma batalha renhida contra um adversário implacável: um glioma, câncer no cérebro. Desde 2011. Na edição de 29 de março do “Estadão”, em entrevista ao repórter Gonçalo Junior, conta que, paralelo ao tratamento oncológico, “consulta” os médiuns Paulo Neto, de Minas Gerais, e João de Deus, de Abadiânia, Goiás. “Já fui no João de Deus (foto acima, com Marisa e Lula no porta-retrato) e no Paulo Neto. Sempre aparece alguma coisa e acabo indo. A gente não pode ficar em casa fazendo só o que os médicos mandam. Também não posso deixar de tomar o Temodal. Aí, eu morro mesmo”, relata Oscar. Como quase todos os brasileiros, Oscar mantém um pé na ciência e o outro na igreja ou no “terreiro”. Perguntado pelo repórter se “acredita nos médiuns”, Oscar diz que é católico e que não vai deixar de ser. “Mas esses lugares [os centros espíritas] têm uma energia muito boa. É de graça. Tem 1300 pessoas que vão lá. Vou e levo uma garrafa de água para ele [o médium] energizar. Vou em quantos aparecerem na minha frente. Sei que tenho a doença, mas se ficar sentado dentro de casa vou morrer. Eu preciso me mexer. Quem cura é você. É a cabeça que cura.” Oscar diz que não se incomoda em falar sobre sua doença. “Todo mundo vai morrer. Minha vida foi linda e cheia de desafios. Esse é mais um. Faço um monte de piadas comigo mesmo, mas ultimamente diminuí porque minha mulher e minha filha não gostam. Elas sofrem mais do que eu.” Além dos medicamentos tradicionais, como Temodal, Oscar usa, no seu jogo mais difícil, remédios naturais, como o mundo espiritual e o humor. “Vou morrer, mas vou atirando. Não vou ficar sentado em casa. O que aparecer de tratamento eu vou fazer. Quem cura é a cabeça”, afirma. O tratamento não impede que Oscar jogue futebol. “Faço até gols de cabeça.”

“Valor” adota linguagem do Jornal Opção e chama Ana Carla Abrão de Levy de Goiás e Mãos de Tesoura

A coluna Bastidores, do Jornal Opção, chamou a secretária da Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, de “Joaquim Levy de Goiás” e “Ana Carla Mãos de Tesoura” — referente ao rigoroso ajuste nas contas do Estado — e o mais importante jornal de economia do país, o “Valor Econômico”, também denominou-a assim na reportagem “Ana Carla Abrão, a ‘Levy de Goiás’, comanda choque de gestão fiscal”. A reportagem de Leandra Peres saiu na edição de sábado, domingo e segunda-feira. Na terça-feira, 7, a coluna “Giro”, do “Pop”, citou o “Valor”, porém esqueceu de mencionar que as criações são do Jornal Opção.