Imprensa
Mesmo durante a competição com a novela “A Regra do Jogo”, da Globo, a novela “Os Dez Mandamentos”, da Record, mostrou vitalidade
A jornalista Valéria Belém foi demitida na quarta-feira, 9, da redação de “O Popular”.
Valéria Belém foi editora do “Almanaque”, suplemento infantil do “Pop”, e é escritora.
O Grupo Jaime Câmara vai demitir mais um funcionário, possivelmente na quinta-feira. Nesta semana, o “Pop” demitiu o editor de Política, João Lemes, o ilustrador Christie Queiroz e o repórter Leandro, do Online.
Em seguida, entre outubro e novembro, a empresa deve afastar mais funcionários, sobretudo na redação do “Pop”. É consenso que não vai ficar ninguém da chamada “velha guarda”.
Sindicato dos Jornalistas está avisado de que o jornal vai demitir mais dois funcionários
Hélika Rios é apresentadora da TV Goiânia e se apresenta como Musa do Goiás Esporte Clube. Ela e o cantor mantiveram uma conversa tão sutil quanto caliente

Aparentemente citando Zigmunt Bauman, Andressa Mendonça diz que, “em um mundo de relações líquidas e fúteis, podemos dizer que [o casamento] deu certo por sólidos cinco anos”
O ministro Celso de Mello condenou o jornalista por crime de injúria. O editor do blog Conversa Afiada chamou o colunista de “O Globo” de “jornalista bandido”
Chama atenção a maior prioridade dada nas provas aos conteúdos relacionados à luta de classes, às relações de trabalho, aos conflitos étnicos, raciais e de gênero

Justiça do Rio de Janeiro sentencia que o radialista deve pagar R$ 98.558,24 à apresentadora de TV. Seus bens devem ser leiloados
Porém, mesmo sem esclarecer direito suas palavras, Mauro Mendonça Filho sugere que existe um “teste do sofá homossexual”
Desculpe, Aylan: a festa não era para você. A festa é sempre dos poderosos
O editor sênior da coluna “Giro”, de “O Popular”, Jarbas Rodrigues, “comeu” duas barrigas gigantes recentemente.
Primeiro, atendendo não se sabe qual plantação, lançou a candidatura do vice-governador de Goiás, José Eliton (PP, quase no PSDB), para prefeito de Goiânia.
Segundo, “informou” que a Polícia Militar estava fazendo pesquisa para definir novas cores de viaturas e uniforme. Pura bola fora. Como não apurou nem checou as “informações”, Jarbas Rodrigues foi desmentido no dia seguinte.

[caption id="attachment_44658" align="alignleft" width="248"] Conceição Freitas: repórter e cronista de primeira linha | Foto: Facebook[/caption]
O “Correio Braziliense” demitiu uma de suas mais qualificadas jornalistas, Conceição Freitas.
Durante anos, Conceição Freitas escreveu reportagens notáveis, deu prêmios a si e ao jornal. Depois, se tornou uma espécie de cronista de Brasília. “Uma”, não; “a” cronista da capital criada por, entre outros, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro e Juscelino Kubitschek. E recriada, com palavras, pela excelente prosadora.
Conceição Freitas parecia saber tudo sobre Brasília. Descrevia indivíduos e objetos com a mestria dos grandes cronistas, como Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. “Descrevia” talvez não seja o termo mais apropriado, pois certamente continuará noutro jornal, ou em algum portal que reconheça o seu imenso talento.
Talvez seja possível sugerir que, como cronista, Conceição Freitas se tornou uma poeta dos homens e cousas de Brasília. Nós, leitores, perdemos com sua demissão. Ao “Correio”, pelo visto, não importa, pois vai economizar alguns caraminguás. Poucos executivos entendem que alguns profissionais não têm preço.
Conceição Freitas começou sua vida profissional em Goiás.

Brilhar numa seleção que tem um rei como Pelé, um príncipe como Tostão, um conde como Carlos Alberto e um visconde como Jairzinho não é nada fácil. Mas o duque Roberto Rivellino — 70 anos em 2016 — foi uma das estrelas dos jogos da Copa de Futebol de 1970, no México, que vi numa televisão preto e branco, com chuvisco e tudo, e ouvi pelo rádio, nas vozes impagáveis de Waldir Amaral e Jorge Curi.
Dotado de forte personalidade, Rivellino cavou seu próprio espaço na seleção de 70 e jogou muito bem. Era tão bom quanto Jairzinho (um dos maiores jogadores da copa). A Patada Atômica também jogou muito bem no Corinthians — era chamado de Reizinho do Parque — e no Fluminense. Driblava, lançava e chutava com rara mestria.
O jornalista Maurício Noriega publica “Rivellino” (Contexto, 208 páginas) para explicar um jogador que, embora excelente, é esquecido pelos biógrafos, que preferem pesquisar a vida de Pelé e até a de jogadores menoríssimos.

O Facebook passa a imagem que está acima da lei, pelo menos na maioria dos países. No Brasil não é mais assim. Como sua base fica nos Estados Unidos, é muito difícil processá-lo noutras nações. Mas, na semana passada, uma decisão do desembargador Alexandre Lazzarini, da 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, mudou tudo. O portal Consultor Jurídico relata que o magistrado “confirmou sentença que condenou o Facebook Brasil a pagar indenização no valor de R$ 20 mil a uma empresa e seu executivo (R$ 10 mil para cada um) em razão da existência de perfis falsos na rede social. A empresa foi condenada, ainda, a remover as páginas e fornecer dados que permitam a identificação dos responsáveis pela criação das referidas contas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil”. Justiça não aceitou o argumento de que o gerenciamento do conteúdo e a infraestrutura não são de responsabilidade do Facebook Brasil, e sim da matriz. O desembargador disse que o argumento é “cômodo” — “haja vista que a ré se apresenta como a fornecedora dos serviços no Brasil (teoria da aparência), participa do grupo econômico e figura como representante nacional do conglomerado de empresas”. O magistrado sublinha que o Facebook é responsável por aquilo que é publicado. “Todavia, a inexistência” do “dever prévio de controle não isenta o provedor de agir pautado pela boa-fé objetiva, princípio que impõe o cuidado de, tão logo ciente da existência de conteúdo ilícito, providenciar a sua remoção e disponibilizar os dados dos usuários responsáveis”, afirmou o desembargador.

[caption id="attachment_44644" align="alignright" width="300"] José Hamilton Ribeiro: perdeu parte de uma perna no Vietnã, mas continuou descobrindo e contando o Brasil[/caption]
Jornalista é assim: adora ser repórter; mas, para ganhar um pouco mais, aceita cargo de editor (como se sabe, só há uma profissão em jornalismo: a de repórter; editor é cargo). O problema é que, quando se torna editor, deixa de ser repórter, quer dizer, jornalista; vira uma espécie de “gestor” e, burocrata, vai perdendo contato com a profissão, por isso irrita tanto os repórteres. José Hamilton Ribeiro é um dos poucos jornalistas brasileiros que, com 80 anos e 60 de profissão, prefere continuar como repórter — dos melhores, por sinal.
José Hamilton Ribeiro ficou mais conhecido porque perdeu parte da perna esquerda ao fazer a cobertura da Guerra do Vietnã. Ele pisou numa mina. Aí acabou se tornando capa da revista na qual trabalhava, a “Realidade”, da Editora Abril. Na biografia (que ainda não li) “José Hamilton Ribeiro — O Jornalista Mais Premiado do Brasil” (Eko Gráfica, 260 páginas), do jornalista Arnon Gomes vai além da história do Vietnã, até porque sua vida profissional continua; é repórter do “Globo Rural”.
Ao compor a biografia, Arnon Gomes perguntou a José Hamilton Ribeiro — a história está no Portal Imprensa — qual é sua reportagem mais marcante. Embora ganhador de sete prêmios Esso, o experimentado repórter não citou nenhum de seus textos mais celebrados, e sim “Coronel não morre”, a história do fazendeiro Chico Heráclio, de Limoeiro, em Pernambuco.
Na quarta-feira, 2, na Série Repórter, organizada por Eliane Brum, Ricardo Kotscho, outro repórter notável, sugeriu que a reportagem está morrendo. José Hamilton Ribeiro admitiu que os jornais não abrem mais espaço para as grandes reportagens. Ele mencionou como exceções as revistas “Piauí” e “Brasileiros”.
José Hamilton apresentou sua “fórmula da reportagem”: GR=[(BC + BF)] x [(T x T)n]. Ou seja, uma grande reportagem (GR) depende de um bom começo (BC) unido a um bom final (BF), combinado com trabalho (T) e talento (T), potencializados com a energia necessária (N).