Aparentemente citando Zigmunt Bauman, Andressa Mendonça diz que, “em um mundo de relações líquidas e fúteis, podemos dizer que [o casamento] deu certo por sólidos cinco anos”

Apontada como uma das mulheres mais bonitas de Goiás, Andressa Mendonça abalou a República ao trocar o senador Wilder Morais (migrando para o PP) pelo empresário Carlos Cachoeira, suspeito de contravenção. Quando Cachoeira foi preso, a jovem foi de uma lealdade ímpar. Agora, confirmando o que o Jornal Opção publicou, admite que o amor foi eterno enquanto durou: está se separando do poderoso Cachoeira. Como se tornou uma pessoa famosa, decidiu divulgar um comunicado explicando o que aconteceu. Curiosamente, menciona, sem citar o nome, até um conceito do celebrado sociólogo Zygmunt Bauman. A seguir, confira o comunicado.

Comunicado de Andressa Mendonça, a ex-mulher de Carlos Cachoeira

“Há quem costume julgar relacionamentos por tempo de duração, avaliando que somente casamentos que ‘só a morte os separe’ são os que dão certo. Eu discordo. Relações podem ser bem sucedidas independentemente do tempo que levam. Meu casamento com Carlos é um exemplo. Durou cinco anos. Foram cinco excelentes anos de sucesso e boa convivência. O fato de ter chegado a um ocaso não reflete qualquer fracasso. Ao contrário: em um mundo de relações líquidas e fúteis, podemos dizer que deu certo por sólidos cinco anos.

“Nos separamos há pouco, mas seguimos juntos com diversos sentimentos em comum como o respeito e a admiração mútuos. Somos adultos, maduros e sabemos compreender as diferenças sem anular nossas virtudes. Deixamos um ao outro melhor do que quando nos encontramos e esperamos que a vida continue nos brindando com aquilo que perseguimos e com o que desejamos um ao outro e a todos: o melhor.”

Vale a pena ler o célebre poema de Vinicius de Moraes


Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.