Ariane mandou áudio para a mãe antes de ser assassinada; ouça

30 agosto 2023 às 09h08

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Ariane Bárbara, de 18 anos, avisou a mãe que iria sair com os amigos momentos antes de ser esganada e morta a facadas em agosto de 2021, no Setor Jaó, em Goiânia (ouça áudio abaixo). A mensagem veio à tona durante as investigações que culminaram nas prisões de Jeferson Cavalcante, Raissa Nunes, Enzo Jacomini Carneiro Matos (vulgo Freya), além da apreensão de uma adolescente. Jeferson e Raissa, inclusive, foram condenados nesta terça-feira, 29. Enzo já havia sido julgado e condenado.
No áudio, a jovem aparece alegre dizendo a mãe, Eliane Laureano, ter sido convidada pelos amigos para comer um lanche.
“As meninas me chamaram para comer lá no Jaó. Vão pagar a broca hoje, aí eu estou indo. Elas vão me buscar de carro, mãe. Aí eu vou, né?! Vai pagar comida, vai me buscar de carro e me deixar em casa, sou besta!?”, afirmou Ariane.
Ela, porém, acabou sendo atraída para a morte. Ariane foi esganada e morta a facadas dentro do veículo de Jeferson. O corpo da jovem foi encontrado dias depois em uma área de mata fechada no Setor Jaó. Durante o júri, inclusive, tanto Jeferson quanto Raissa confessaram o crime. Jeferson pegou 14 anos e 10 dias multa, enquanto Raissa cumprirá 15 anos e 10 dias multa. Enzo, por outro lado, já havia sido condenado a 15 anos de prisão.
Relembre o crime
O assassinato teria sido cometido em 24 de agosto de 2021 para testar a psicopatia de Raissa Nunes Borges, à época com 19 anos. Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate. O grupo queria saber se Raissa sentiria algum tipo de arrependimento após o crime.
Ariane foi atraída por eles ao ser convidada para comer um lanche. Ela chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descreveu o delegado que investigou o caso.
Os acusados a buscaram de carro e, assim que ela entrou no veículo, deram início ao plano de assassinato. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência.
Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.
A vítima foi estrangulada e, em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
O corpo de Ariane foi encontrado em 31 de agosto, sete dias após ela ser considerada desaparecida.
