Acusado de matar Priscila Brenda é condenado a 26 anos de prisão

19 março 2025 às 07h53

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Depois de dois dias de julgamento, o júri condenou Paulo Vitor Azevedo, acusado de matar e ocultar o corpo da adolescente Priscila Brenda, em Catalão, a 26 anos de reclusão nesta terça-feira, 18. A vítima, de 14 anos, desapareceu em 2012 após entrar no carro de Paulo – namorado da menor na época.
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O réu chegou a ser condenado a 18 anos de prisão, mas a sentença foi anulada em 2023 depois que a Justiça descobriu que um dos jurados pedia justiça por Priscila nas redes sociais. Essa postura comprometeu a imparcialidade do júri, conforme o Judiciário.
Naquele momento, Claudomiro Marinho Junior, amigo de Paulo, foi inocentado de ter envolvimento nos dois crimes praticados contra a garota. O júri, então, foi remarcado para fevereiro deste ano.
No começo do mês, o julgamento de Paulo foi adiado depois que uma testemunha passou mal. Já no último dia 25, foi a vez de um jurado não se sentir bem. O júri, então, foi remarcado para 17 de março e terminou ontem à noite.
Relembre o caso
Priscila Brenda desapareceu no dia 11 de dezembro de 2012. Na época, testemunhas informaram à Polícia Civil de Goiás (PCGO) que a jovem foi vista pela última vez entrando no carro de Paulo Vitor, que estava acompanhado do amigo Claudomiro.
Em 2014, a delegada responsável pelo caso, Alessandra Maria de Castro, afirmou que, embora o corpo da jovem nunca tenha sido encontrado, havia fortes indícios de que ela tenha sido assassinada e que, por isso, a dupla foi indiciada por homicídio e ocultação de cadáver.
O namorado chegou a ter o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça em dezembro de 2013, mas não foi preso por estar foragido. O mandado foi revogado quando o suspeito se apresentou espontaneamente em fevereiro de 2014.
Durante o depoimento, Paulo Vitor afirmou que esteve com Priscila no dia, mas que a adolescente não entrou em seu carro nem saiu da cidade na companhia dele. Paulo Vitor e Claudomiro foram presos em 2014, mas acabaram soltos para responder ao processo em liberdade até o julgamento, que ocorreu em abril de 2023.
No júri, Paulo Vitor foi condenado, e Claudomiro foi inocentado. No entanto, a sentença do ex-namorado foi anulada. Posteriormente, um novo júri foi marcado para fevereiro deste ano.