Bastidores
José Roberto Arruda (PR) é apontado como favorito para o governo do Distrito Federal. O advogado Kakay sustenta que ele pode disputar, que não há nenhum empecilho e que não será preso a qualquer momento. Mas tem-se a impressão de que todo mundo está fugindo de Arruda, exceto o senador Gim Argello, que deve disputar a reeleição na sua chapa. Porém, com a impopularidade do governador Agnelo Queiroz (PT), cresce o marineiro Rodrigo Rollemberg. Ao conquistar o deputado federal José Antônio Reguffe para sua chapa, como candidato a senador, tido como imbatível, Rollemberg ficou muito sedimentado na classe média brasiliense. Se o líder do PSB continuar o apoio da deputado Eliana Pedrosa, do PPS, a chapa fica ainda mais forte. Arruda também quer Eliana na sua chapa.
O Entorno do Distrito Federal vai lançar mais candidatos a deputado estadual do que a maioria dos regiões goianas. A lista dos favoritos incluem, não necessariamente nesta ordem: Luiz Alberto Jiribita (PTB, Águas Lindas), Cassiana Tormin (PT, Luziânia), Lêda Borges (PSDB, Valparaíso), Sônia Chaves (PSDB, Novo Gama), Valcenor Braz (PTB, Luziânia), Ernesto Roller (PMDB, Formosa). Fabrício Paiva (PRTB, Formosa), Alex Batista (PHS, Cidade Ocidental). Também são citados: Dr. Metódio (PHS, Águas Lindas) e Narciso Pereira de Carvalho.

A turma de Joaquim Roriz, aquele que confunde Kafka com comida árabe, é onipresente nos governos do Distrito Federal. Sai Roriz, sai Arruda e entra Agnelo Queiroz, o governador atual, e os rorizistas continuam firmes, impávidos. Weligton Moraes, ex-lua cinza, virou luta vermelha de Agnelo. Os dois são carne e unha. Um não dorme sem ligar para o outro.
[caption id="attachment_7089" align="alignright" width="300"] Sandro Mabel: sua missão será desburocratizar a Prefeitura de Goiânia e torná-la mais ágil | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Sandro Mabel (PMDB) desistiu do Parlamento. Tomou birra. Passou cerca de 70 a 80% de suas bases para o candidato a deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) e cerca de 20 a 30% para os candidatos a deputado federal Daniel Vilela (PMDB) e Marcelo Melo (PMDB). Ele planeja ser prefeito de Goiânia, a prioridade, ou de Aparecida de Goiânia, se conquistar o apoio do prefeito Maguito Vilela (que teria compromisso firmado com o vice-prefeito, Ozair José, do PT).
No segundo semestre, possivelmente em agosto, Sandro Mabel deve deixar o mandato de deputado federal e deve ocupar uma secretaria na Prefeitura de Goiânia. Convidado pelo prefeito Paulo Garcia, vai fazer sobretudo a intermediação entre o governo federal e a capital, além de participar da articulação política. Não será nenhuma surpresa se Mabel se filiar ao PT, como outros empresários, para disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016. “Mabel é um político de qualidade e tem condições de ajudar Paulo Garcia a desburocratizar a prefeitura”, diz um aliado do prefeito.
A disputa para deputado estadual em Rio Verde tem sua primeira guerra na pré-campanha e terá sua segunda guerra na campanha. Há pelo menos sete pré-candidatos trabalhando, mas a tendência é afunilar para cinco. O município tem 120 mil eleitores, mas em geral votam 100 mil. Cerca de 75% dos votos vão para políticos locais e pelo menos 25% são distribuídos para os chamados paraquedistas. Se a eleição fosse hoje, estariam na disputa Lissauer Vieira (PSD), Karlos Cabral (PT), Maria José (PSDB), Leonardo Veloso (PRTB), José Henrique (PMDB), Paulo Henrique Guimarães (PMDB) e Chico do KGL (PDT). São sete nomes. A tendência é que fiquem: Lissauer Vieira, Karlos Cabral, Leonardo Veloso, Maria José e um nome do PMDB. Os favoritos são Lissauer Vieira, Karlos Cabral, Leonardo Veloso. Paulo Henrique — tem o apelo da juventude — é mais forte do que José Henrique (foi um grande vereador, ético e rigoroso). Se sair dois pelo PMDB, nenhum se elege.

O mestre discreto e moderado foi vereador pelo PT em Goiânia

Júnior Friboi põe o nome no jogo. Mas o empresário pode bancar Leandro Vilela ou Marcelo Melo para governador
O presidente do DEM de Mozarlândia, João Grandão, recebeu comunicado da direção regional do partido informando que o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) havia comunicado ao candidato do PSDB a presidente da República, Aécio Neves, que iria compor com o candidato a governador de Goiás pelo PMDB, Iris Rezende. Caiado será candidato a senador. Na conversa, foi informado que as conversas com Vanderlan Cardoso, do PSB, estão bem adiantadas. Vanderlan é cotado para vice de Iris Rezende. Se não aceitar, o vice será Armando Vergílio, do Solidariedade.
A deputada federal Flávia Morais procurou políticos do PDT, como o prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, e confirmou que vai participar da coligação do governador Marconi Perillo. A aliança, já oficializada, vai ser anunciada brevemente. O acordo da pedetista Flávia Morais não inclui aliança em Trindade. O prefeito do município, Jânio Darrot, do PSDB, vai apoiar Sandes Júnior, do PP, e Giuseppe Vecci, do PSDB, para deputado federal. Dioji Ikeda, mesmo filiado ao PDT, deve apoiar o pré-candidato do PT a governador, Antônio Gomide.
Um líder do DEM sustenta: “O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) vai fechar mesmo com Iris Rezende (PMDB). Primeiro, porque tem simpatia pessoal pelo peemedebista. Segundo, e talvez mais importante, não há como compor com o governador Marconi Perillo dada a imensa resistência de sua base política”. O democrata afirma que, “pela primeira vez, há quase um acordo formal entre Iris e Ronaldo Caiado. Eles se reuniram e se entenderam. Houve um convite formal de Iris e caminha mesmo para um acordo. As negociações estão sendo bem amarradas. E Iris não desistiu de Vanderlan Cardoso, do PSB. O PMDB vai jogar pesado para atrair o aliado do presidenciável Eduardo Campos”. Marcos Cabral, aliado de Caiado, diz que “não tem informações objetivas” sobre o acordo.
Uma fonte do Partido Democratas insiste que o deputado federal Ronaldo Caiado ainda não fechou com o pré-candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende. O presidente do DEM no Estado seria candidato a senador. “Caiado ‘ainda’ [ele frisa a palavra “ainda”] não está fechado com nenhum grupo. Sua aliança política não descarta os grupos em jogo, exceto o PT de Antônio Gomide, por motivos óbvios. Na verdade, todas as correntes políticas, não apenas o DEM, estão articulando em várias frentes. Os deputados federais Armando Vergílio, do Solidariedade, e Flávia Morais, do PDT, estão articulando em tempo integral tanto com o governador Marconi Perillo quanto com Iris Rezende, Antônio Gomide (PT) e Vanderlan Cardoso.” A fonte democrata diz que, em termos de chapa majoritária, o DEM não deve fechar aliança neste momento. “Nós vamos esperar mais.” E acrescenta: “Estou com Caiado, mas, se ‘levar’ o deputado, Iris não ‘leva’ a maioria dos integrantes do DEM, que, ao menos no momento, prefere apoiar a reeleição de Marconi”. Sobre o encontro de Caiado com Iris e Michel Temer, vice-presidente da República, a fonte é categórica: “É invenção de um jornalista de um diário”. Por que o “Giro”, do “Pop”, insiste que Caiado está fora da base de Marconi Perillo? “Interesses inconfessáveis de um jornalista”, afirma a fonte. O fato é que a composição com Iris não é impossível. Se fechar com Iris, Caiado enfrenta um problema: vai subir no palanque da presidente Dilma Rousseff? Tudo indica que vai subir no palanque de Aécio Neves, o pré-candidato tucano a presidente da República. Outro fato verdadeiro é que há resistência ao nome de Caiado como candidato a senador na base governista. O vice-governador José Eliton (que quer continuar como vice), o deputado federal Vilmar Rocha (que planeja ser candidato a senador) e o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura, são totalmente contrários a uma composição com Ronaldo Caiado, exceto se o democrata optar por disputar a reeleição.
Tecnicamente, o tucano e a petista estão empatados. Mas o dado novo é a queda da presidente
Vanderlan Cardoso aparece em terceiro lugar e Antônio Gomide é o quarto colocado

O empresário veta qualquer apoio a Iris Rezende, mas libera seus aliados para apoiar Vanderlan Cardoso, Antônio Gomide e Marconi Perillo

Um aliado do pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, disse ao Jornal Opção que não há qualquer possibilidade de composição com o pré-candidato do PMDB a governador, Iris Rezende. “Vanderlan não vai compor com o ‘velho’ e, sobretudo, não vai se aliar com um candidato que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff.”
Ele afirma que a prova de que Vanderlan Cardoso será candidato a governador é que sua chapa majoritária está praticamente montada. “Vanderlan disputa o governo. O deputado estadual Francisco Gedda, do PTN, deve ser o vice. O procurador da Advocacia Geral da União Aguimar Jesuíno será o candidato a senador”, frisa o vanderlanista.