Opção cultural

Livro “A Superindústria do Imaginário: Como o Capital Transformou o Olhar em Trabalho e se Apropriou de Tudo Que É Visível”, de Eugênio Bucci, traça um painel da sociedade atual e faz o leitor “ver além”

Poemas de Heloisa Helena, Lêda Selma, Luiz de Aquino, Ítalo Campos, Sandra Maria, Maria Helena Chein, Edival Lourenço, Antônio César, Solemar Oliveira

Trata-se de obra concisa, sobretudo, dotada de um teor poético tocante, intelectual e susceptível, aos preceitos de uma lírica imponente

Amei Lou Andreas. O poeta precisa de cismas, avatares. Bebo água, ao invés de cicuta. Se o castelo faltasse, escreveria mesmo na choupana simples do bosque

A jornalista e artista multimídia Lillian Bento apresenta performance para debater o "ser mulher em tempos de fascismo no Brasil"

Seu Carmo contava histórias do passado, comunicando com o presente e com os olhos postos no futuro. E assim Ivany aprendia a malícia de viver

Ele ressurge luminoso na turva profundidade de nós mesmos: Ao Vencedor, as Batatas! Ave, Assis!

“Você com seu bonezinho típico, as pontas dos cabelos escapando dos beirais do chapéu, totalmente nu passeava pelo apartamento com minha calcinha dependurada no...”

Autor Wildon Lopes lança livro, que reúne 172 páginas de sensibilidade e reflexão sobre o universo e as emoções das almas humanas

Dizes ser um fingidor, mas não sabe fingir, pois, fingindo embora, trazes à tona a verdade

Estou ficando assustado... não me sinto nada bem. E não parece coisa de gripezinha... é algo maior... mais sério... sim... é Covid... estão me levando para uma sala grande...

O livro contém poemas de Delermando Vieira, Miguel Jorge, Edival Lourenço, Maria Helena Chein, Tarsilla Couto de Brito e Maria Clara Dunck

Sou feita de muitas coisas e nenhuma. Sou um misto de “camponesa e estrela do céu”

À medida que o filme avançava, a inafastável conclusão de que era para ser ouvido, a narrativa, pelas qualidades vocais do narrador e dos poemas incidentais, de Camões, Pessoa e de Alberto Araújo
Luiz Cláudio Veiga Braga
O embaixador Lauro Moreira, goiano, diplomata de carreira, lusófono, ator e diretor de teatro, intelectual de boa cepa, não se constrange em despertar a inveja, ainda que o faça de forma involuntária, sempre que coloca em exposição as suas múltiplas atividades, inclusive quando transita pela arte cênica, a exemplo da atuação no filme “Vazio Coração”, do cineasta e poeta Alberto Araújo, onde conviveu com elenco estelar, Lima Duarte, Othon Bastos, Bete Mendes, Murilo Rosa.
Em recente vinda a Goiânia, para a outorga do título de cidadania, merecidamente conferido a esse goiano de expressão internacional, exibiu a um seleto grupo de convidados a sua mais recente incursão pela sétima arte, ao protagonizar o filme “Volta à Casa Paterna”, de Alberto Araújo, motivo da minha aventura de saudar o “road movie”, o que faço sem a pretensão de crítico de cinema, pela ausência de qualidades para esse desempenho, a cargo de especialistas, a exemplo do professor Lisandro Nogueira.
A exibição do filme foi precedida da apresentação da equipe técnica e de belo discurso de história da criação da República Portuguesa, passando à projeção da película, cujas primeiras cenas já determinavam a absoluta atenção do assistente, porque inaugurada pela voz forte, clara e doce do ator narrador, descrevendo o seu retorno à “Pátria Mãe”, berço dos seus ancestrais, minudenciando o sentimento que o invadia ainda nas asas de Ícaro, intensificando na contemplação do Tejo.
[caption id="attachment_273099" align="aligncenter" width="620"] Lauro Moreira: diplomata, ator e diretor | Foto: Reprodução[/caption]
À medida que o filme avançava, a inafastável conclusão de que era para ser ouvido, a narrativa, pelas qualidades vocais do narrador e dos poemas incidentais, de Camões, Pessoa e de Alberto Araújo, diretor poeta, as imagens construídas se compatibilizavam com a audição, as belas paisagens de Portugal projetas eram a reafirmação daquilo que mentalmente já se descortinara, no emocionado e emocionante texto que ecoava pela sala de projeção composta por uma plateia embevecida.
O filme toca, emociona e aferra a atenção de quem o ouve e o assiste, pela sensibilidade na sua elaboração, ainda que quase artesanal (“um celular na mão e uma ideia na cabeça”), pelo primor do texto e dos poemas, pela voz inconfundível do protagonista narrador, pelas belas imagens do eterno Portugal, das suas seculares construções, inserindo o assistente nas pequenas e grandes cidades, a partir de Lisboa, permitindo conhecer ou revisitar “A Casa Paterna”.
Luiz Cláudio Veiga Braga é desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

Kafka encontrou os escritos que queimou. Estavam lá, intactos, prontos para serem queimados novamente, mas não existia nada que pudesse gerar alguma chama