Opção cultural

Livro
“Poemas Negros” evoca imagens marcantes da obra do poeta que passou pelo parnasianismo, verso livre e sonetos até chegar à épica-lírica, com “Invenção de Orfeu”.
Poemas Negros
Autor: Jorge de Lima
Preço: R$ 29,90
Alfaguara Brasil
Música
Disco de estreia e lançado inicialmente em 2006, quando o artista ainda era conhecido como “Criolo Doido”, “Ainda Há Tempo” ganhou uma nova versão.
Ainda Há Tempo
Intérprete: Criolo
Preço: R$ 19,90
Pommelo Discos
Filme
Com Ben Affleck e Henry Cavill no elenco, “A Origem da Justiça” retrata um dos maiores confrontos de super-heróis dos quadrinhos, Batman vs Superman.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
Direção: Zack Snyder
Preço: R$ 39,90
Warner Home Video

Abaixo, caro leitor, você confere as músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção. É só dar play! Beton – Konvoj Britney Spears feat. G-Eazy – Make Me Brvnks – Don't George Shearing – Conception James Vincent McMorrow – Wicked Game Paul Rodgers – Simple Man Pearl Jam – Given To Fly Runnin' (Lose It All) feat. Beyoncé e Arrow Benjamin – Naughty Boy Taylor Swift – Out Of The Woods Twenty One Pilots – Heathens

[caption id="attachment_70487" align="alignnone" width="620"] Reprodução/Tumblr[/caption]
Nesta Terça Poética, caro leitor, você conhece “Escárnio”, versos de Victor Gonçalves. De Santa Catarina, o jovem de 17 anos dedica-se ao blog “Avesso do Avesso”. Reflexo das canções de Criolo e da poética moderna de Drummond, almeja ser no futuro um letrado. Quer participar do “Terça Poética”, um projeto que borda de poesia suas tardes de terça-feira? É só enviar seus poemas para o e-mail [email protected]. Eis “Escárnio”.
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Victor Gonçalves
Preto-velho, bravo como Ogum
Viveu e morreu no engenho
nas senzalas, nas mãos de indumas
respirava ar branco, com nariz negro.
decifrava Berliet ao longe pelo ruído mascado.
ao cantar dos pássaros acorrentados,
tinhas em seus olhos o reflexo dos campos
das seivas, canaviais, machambas.
A dor incessante da pele e da carne urdia sua alma.
o esplendor jazia, não o via.
na pele as marcas de três séculos
que aguça o ímpeto da segregação.
prostrado, acudia na sombra dos escombros,
nas paredes nuas que o fecham.
um oriundo com rigidez nas mãos,
correntes nos pés, máscaras de flandres,
agonizava aos meios de infantarias.
Das batalhas a suor frio, a amargura da existência,
devido sua emanação na África e sua ascensão em Moçambique.
seu idioma dá lugar ao pidgin nas senzalas
Às vozes lodaçal, negro cessava sua lamúria
e em sua avidez, lutavam Mandela e Luther King.

Reconhecido escritor brasileiro é o último convidado da série de oficinas promovida pela União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás

22ª edição do evento de música independente mais antigo da capital acontece entre os dias 1º e 7 de agosto na Vila Cultural Cora Coralina e no Centro Cultural Oscar Niemeyer

“A terceira margem do rio”, conto de Guimarães Rosa, é a metáfora perfeita para o que é tradução atualmente: buscar criar outra língua, uma que esteja entre a original e aquela para qual se traduz

Em “Às Cegas”, o incomparável ensaísta recorre à ficção e narra, assim, a utopia desastrada do coveiro de um mundo morto

[caption id="attachment_70420" align="alignright" width="300"] Divulgação[/caption]
Realizado pelo Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam), o festival de cinema nacional de curta-metragem Goiânia Mostra Curtas se prepara para mais uma edição. O prazo de inscrições de produções para a mostra, que visa à democratização audiovisual, a qualificação profissional e formação de público, chega a suas últimas semanas. As produções, realizadas em 2015 e 2016 e de até 25 minutos, devem ter cópia em formato digital e ser inscritas até o dia 28 de julho. Com uma programação totalmente gratuita, o festival, que é constituído por mostras, oficinas, seminários, debates, encontros, lançamento literário e exibições em praça pública, tendo exibido mais de 1,6 mil filmes nos seus 15 anos de vida, será realizado de 4 a 9 de outubro, no Teatro Goiânia. Não dá para perder.

[caption id="attachment_70282" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A Vila Cultural Cora Coralina recebe mais uma edição do Mercado das Coisas. Especial de férias, o evento é a última edição do semestre. Das 15h às 20h do sábado, 16 de julho, a Vila reúne o melhor da moda, arte, decoração e design. Além de diversas marcas de roupas, acessórios, arte e alimentação, o Mercado conta com as oficinas “Brinquedos Sustentáveis”, de Suellen Lima, e “Malabares Sustentáveis”, de Thaty Cunha. É só se achegar.

[caption id="attachment_70277" align="alignleft" width="620"] Reprodução / Facebook[/caption]
A bailarina e fundadora da companhia Maria Kong de Tel Aviv, em Israel, Luciane Fontanella vem a Goiânia para uma troca de experiências que potencializem o movimento, o espaço e o fluxo vital do corpo humano. De 18 a 20 de julho, Fontanella ministra um workshop de repertório da Maria Kong, na Casa Corpo. De Ribeirão Preto, ela, que já passou pela Galili Dance da Holanda, Balé da Cidade de São Paulo e, dentre outras, a Quasar Cia de Dança, compartilha do método Ilan Lev, o qual vê o corpo em movimento e este como a própria vida — “o movimento é a fonte da vida”. Realizado das 19h às 22h, a oficina tem o valor mínimo de investimento de R$ 200 e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected].

[caption id="attachment_61659" align="alignright" width="300"] Divulgação/El Club[/caption]
Julho já está na folhinha e, desde seu início, o clube mais animado e o bar mais glorioso de Goiânia tem uma programação caprichada de segunda-feira para a semana inteira morrer de inveja.
É a festa Palafita que está de volta no calendário da cidade. Lembra-se do esquema? Tudo começa com um happy hour no Glória Bar e a folia continua no El Club.
O melhor? Dobradinha do chopp Glória e da também goiana Colombina e ainda tem P di Pizza. A dobradinha segue no El até à 1h da manhã e a noite, por lá, fica por conta dos DJs Alexandre Perini, Raul Majadas e Salomão Rezende.

Livro

A escritora Rosa Amanda Strausz reuniu as diversas vozes femininas brasileiras em prosa, verso e aforismos. Clarice, Lygia, Rachel e Ana Cristina Cesar são só algumas delas.
Elas por Elas
Autora: Rosa Amanda Strausz Preço: R$ 29,90 Nova FronteiraMúsica

On My One
Intérprete: Jake Bugg Preço: R$ 29,90 UniversalFilme

Pasolini
Direção: Abel Ferrara Preço: R$ 39,90 Imovision
[caption id="attachment_70239" align="alignright" width="400"] Reprodução[/caption]
Ao poeta e cronista Luiz de Aquino
Adalberto de Queiroz
Das idas a Corumbá de Goiás, posso lembrar-me com alegria. A minha memória ainda guarda um destes passeios, como um dia ainda envolto na neblina do tempo, descendo como um vaporzinho sobre a alma plena de alegria, como o café da tarde de hoje faz subir a razão em sua fumaça alçada da xícara como o gênio da lâmpada. Para o menino que eu fui, fazia calor, mas a lembrança de hoje tem algo da friagem dos junhos cinquentões.
A tarde de hoje talvez fosse azul, como no poema lido já adulto, em outra circunstância, tateando a cidade grande como a evitar que o corpo deixasse a alma se recolher ao covil da falta de alegria. O ondeado do verdolengo das matas em torno ao salto d'água logo se impôs ao olhar do menino como um desafio. Hoje, a onda fraca dos pingos d'água ricocheteia de uma chuveirada quentinha.
Tremia por dentro, naquela viagem (quando viagem era ir de Anápolis ao Salto de Corumbá) — tudo por conta de uma conversa, no caminho. Haveria lá, diziam os grandes, uma prova de resistência e só alguns de nós conseguiria subir ao mais alto da cachoeira; na verdade e tecnicamente, considerado apenas um “salto”: o Salto de Corumbá.
Eu, que sempre fui um medroso renitente, enxerguei logo o gigante negro e fantasiei a minha impossibilidade de realizar a subida; mentalizei o horror que seria para todos os demais vitoriosos e a chacota em que me tornaria diante — principalmente, a das meninas da caravana.
Chegamos e nos despimos. Pedi à minha irmã para me manter com a camiseta. Autorizado, senti a alegria da decisão, quando os mosquitos se esparramavam em meio à massa de meninos e meninas do convescote, como urubus diante de carniça nova. Estávamos todos mais ou menos certos de que haveria provas difíceis pelos sermões antecipados, que nos pregaram antes da aventura. Só não havíamos nos afeito às precauções naturais dos pequenos habitantes da savana goiana — os menores que mais incomodam, aprenderia mais tarde também.
Despidos braços e pernas e cabeças ao sol, serpenteamos em meio às árvores numa subida que parecia impossível de se completar. A penitência parecia maior porque nós, os pequenos; íamos ao rabo da fila indiana e sempre sobrava uma cipoada de um mais atrevido que segurava o galho até ao exato minuto da nossa passada... e seguia sorrindo para alternar-se com outro gaiato que abriria caminho à meninada.
Por dentro de mim, já havia tantas reclamações quanto arranhões no rosto. O que me salvou foi aquela camiseta que, embora puída, salvou-me de mais uma cicatriz entre as sete adquiridas à peine para tornar-me o homem que escreve esta croniqueta.
Finalmente, chegamos ao topo. Tendo obtido o êxito que os grandes esperavam ou desejavam que eu não conseguisse, senti-me um completo mateiro em meio aos maiorais. Deu-se, no entanto, que não estava a missão terminada. Lá do alto, começaram os graúdos a escorregar pelo mato, descendo o longo declive como se tivesse cada qual uma prancha sob seu corpo.
— Valha-me, deus — pensei.
Nem tempo de uma prece tive quando me senti empurrado ladeira abaixo. Aos poucos, venci o barranco e a camiseta velha parecia um trapo pronto para virar pano-de-chão, quando a água fria do rio Corumbá me gelou as carnes e o espírito. Que alívio!
Nunca mais me esqueço de que um salto não é uma cachoeira e que mosquitos não gostam de certas horas do dia à flor-d'água. Ali, fiquei tiritando calado e pensando: “Que despautério essa espécie de piquenique, não fosse a beleza do que eu via daquela mirada especial: de baixo para cima era compensador” — até mesmo para os arranhões que levaria comigo semana adentro.
Deram-nos um pão com salame e uma caneca de suco. Foi tudo que se salvou daquela tarde, mas nem por isso o café que me aquece nesta tarde de julho deixa a alma atrelada ao corpo — como a presa de um covil. Sorrio por dentro, mangando do menino medroso que visitou o Salto de Corumbá pela vez primeira, sabendo que dele não puderam maldar os mais crescidos.

Com início na sexta-feira, 8, o evento conta ainda com o Encontro dos Colecionadores das Cattleyas do Cerrado
[caption id="attachment_70235" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
Parte do calendário nacional da Coordenadoria das Associações de Orquidófilos do Brasil (CAOB), a Exposição Nacional de Orquídeas de Goiânia chega a mais uma edição e, desta vez, reúne cerca de 350 orquidófilos de todo o país no Bosque dos Buritis. Serão expostas mais de 1,5 mil plantas de 500 espécies diferentes.
Além das orquídeas, o evento contará com 13 stands de venda que reúnem mais de cinco mil plantas de aproximadamente mil espécies floradas para decoração e mudas para cultivo. Ainda serão ministrados três cursos gratuitos de cultivo de orquídeas e visitas programadas ao Orquidário da Associação e de associados.
Encontro
Paralelamente a 23ª edição da exposição, será realizado, numa parceria entre a CAOB, a Orchid Garden e Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), o I Encontro de colecionadores de Cattleyas do Cerrado, que contam com a participação de 15 colecionadores do centro-oeste, Minas Gerais e São Paulo. Parte do encontro, serão vendidas ainda mudas e plantas adultas; além de palestras técnicas sobre cultivo, produção, histórias e genealogia e mercado das cattleyas do cerrado.
Serviço
23ª Exposição Nacional de Orquídeas de Goiânia
Quando: de 8 a 10 de julho
Local: Bosque dos Buritis
Entrada franca

Bora descobrir quais as músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção? É só dar play. Ave Sangria – Hey Man Break of Reality – B.Y.O.B. cover Bruna Mendez – Calor, sol e sal Coldplay – Everglow Courtney Barnett – Dead Fox Fergie – M.I.L.F. $ Kings Of Leon – Pyro Natiruts – Meu Reggae é Roots Ozzy Osbourne - Paranoid