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A TV Anhanguera se tornou a freguesa preferencial da TV Serra Dourada, sobretudo do Jornal do Meio Dia

Há dois anos, sem tirar nem pôr, que o excelente “Jornal do Meio Dia”, apresentado pelos competentes e empáticos Jordevá Rosa e Luciana Finhold — conhecida como a miss simpatia da televisão goiana —, está em primeiro lugar nas pesquisas do Ibope, superando, de longe, o “Jornal Anhanguera”. A TV Anhanguera já mexeu, rebolou, contratou um novo diretor de Jornalismo, Orlando Loureiro, mas, quando a pesquisa do Ibope sai, está lá nas “papeletas”: o “Jornal do Meio Dia” venceu por nocaute.

Não se sentindo valorizada, a repórter de política Thaís Romão pede demissão de O Popular

O “Pop” perdeu uma de suas melhores repórteres de política — Thaís Romão. Um repórter do jornal afirma que a profissional pediu demissão por não se julgar valorizada pela chefia da redação. Jornalistas que acabaram de chegar, postos na categoria dos que trabalham em período integral, estão ganhando quase o dobro dos que já estão há anos na empresa.

O comunismo reprimia, mandava até para o Gulag, mas o povão não parava de fazer piadas sobre seus líderes, diz pesquisador

Layout 1Comunismo — O historiador Walter Laqueur sugere que os sovietólogos não perceberam a queda do comunismo porque estavam de olho mais nas estatísticas (superestimadas) do que nas pessoas. Na União Soviética, que forçava a igualdade, eliminando a diferença, sobretudo se genial, os indivíduos foram parando aos poucos e o país também foi paralisando. A ação deles, somada à inépcia dos dirigentes, como Leonid Brejnev, toupeira em forma humana, decretou a morte do socialismo engatilhado por Lênin e disparado por Stálin. O livro “Foi-se o Martelo” (Record, 432 páginas, tradução de Marcio Ferrari), de Ben Lewis, procura capturar a história do comunismo de modo bem-humorado. Segundo a editora, “as piadas sobre o comunismo são o mais estranho, engraçado e talvez até o mais significativo dos legados daqueles oitenta anos de experimentação política, na Rússia e no Leste Europeu. Ben Lewis conta o que realmente aconteceu nesse período por meio das piadas e das histórias das pessoas que as contavam — muitas delas acabaram no Gulag, embora outras tenham desfrutado de altos cargos ou se tornaram estrelas do teatro e do cinema”. “Foi-se o Martelo” é, além de livro, um documentário da BBC4.

Intocável não é a biografia definitiva do artista americano Michael Jackson

42151555Iúri Rincon “Intocável — A Estranha Vida e a Trágica Morte de Michael Jackson” (Companhia das Letras, 880 páginas) nem de longe é a biografia definitiva do múltiplo artista. Fragmentada, com idas e vindas em excesso, histórias que não fecham e uma longa, chata e desnecessária narrativa dos infindáveis problemas jurídicos do rei do pop, “Intocável” pelo menos é corajosa e não foge dos defeitos do astro. Provavelmente homossexual, insatisfeito com sua imagem, revoltado com a família (exceto a mãe), prisioneiro do sucesso, do seu staff, ainda era um bom pai, trabalhador, inquieto e talentoso. O livro sugere que Michael tinha duas personalidades, uma pública e outra nos negócios privados, chegando até a mudar de voz quando tratava com a indústria musical e advogados. Vencer suas mais de 800 páginas em letra pequena, entretanto, é quase uma façanha, apesar de bem escrito. Mas, pra começar, tá bom demais. Iúri Rincon é jornalista, pesquisador na área de história, poeta e crítico de música bissexto.

Dana White zela da saúde de Minotauro ao demiti-lo

roy-nelson_capa Minotauro, agora mais conhecido como Minitouro, foi nocauteado pelo rechonchudo Roy Nelson e, mal saiu do chão, disse que quer uma “revanche” com Frank Mir. Não terá, se depender de Dana White. O chefão do UFC disse que esperou que o lutador brasileiro dissesse, depois do nocaute mais vexatório do ano, que se aposentaria. Como não disse, o empresário decidiu aposentá-lo, ao dizer que não quer mais vê-lo lutar. A franqueza de Dana White certamente choca os brasileiros, sempre enrolando para dizer a verdade, evitando o conflito, até explodir quando não é mais necessário. Mas o que disse é o que todos aqueles que apreciam MMA — novela para homens que começa a agradar as mulheres — gostariam de dizer. Ninguém quer Minotauro, um lutador de bela história, apanhando, sobretudo sendo surrado, no primeiro round, por um lutador forte, mas do segundo time, limitado. Na luta contra Roy Nelson, o que se viu no octógono foi um Minotauro sem ritmo, sem noção de distância e apático. Em suma, um poste, ou melhor, um saco de pancadas dolorosamente humano. Ao demitir Minotauro, Dana White está zelando de sua saúde e colaborando para que os brasileiros não fiquem vermelhos — sim, de vergonha, ou, quem sabe, de raiva — depois de suas lutas. Espera-se que, com seu bom senso habitual, o grande Minotauro não se transforme no novo Mirko “Cro Cop” Filipovic. Ele não tem mais idade para ser escada e sparring. Que fique, pois, como mestre, o que é, e dos bons.

Rachel Sheherazade, o silêncio que incomoda

Não há como nem disfarçar o caráter político do ¨cala-boca¨ à jornalista Rachel Sheherazade. Não há como. Rachel foi calada pela nova norma do jornalismo do SBT, que simplesmente optou por acabar com os comentários em seu telejornal. Foi a melhor decisão diante do caos que representa esse “cala-boca”. As alternativas eram a demissão da profissional ou o enquadramento – leia-se censura direta – de seus comentários. O SBT entregou os dedos e os anéis, mas preservou minimamente a dignidade. Uma deputada do PCdoB carioca foi autora de uma denúncia contra Rachel na esteira de reação censora incentivada nas redes sociais. Num dos primeiros casos de espancamento de marginais registrados no Brasil recentemente, Rachel disse ¨compreender¨ o ato coletivo de cidadãos comuns, que bateram no marginal e o amarraram num poste até a chegada da polícia. Rachel não disse em nenhum momento que a população estava certa ao fazer o que fez. Disse apenas que compreendia o momento de ira. No final do comentário, como era/é seu estilo, provocou: ¨tá com pena (do marginal agredido), leve para sua casa¨. Um comentário absolutamente claro e transparente: ela compreendia a razão de um grupo de populares ter reagido violentamente contra o marginal e não tinha nenhuma pena dele. Foi isso que matou a liberdade de opinar no jornalismo do SBT? Claro que não. Rachel foi acusada e condenada por grupos por suas opiniões a respeito do governo e da política. Não teve qualquer relação com a bandidagem. Muito mais dramático que a compreensão de Rachel e de sua falta de falsa compaixão pelo marginal são os comentários diretos de apresentadores de programas policiais nas TVs de todos os quadrantes da nação. Para ficar em um só exemplo que vale para o Brasil inteiro, Rachel jamais foi tão ousada quanto José Luiz Datena em sua ojeriza contra a marginalidade e os marginais que infestam a realidade brasileira. O problema de Rachel e de seus comentários é outro. Vai numa outra linha. O que realmente desencadeou a reação contra ela tanto nas redes sociais como pela deputada federal do PCdoB foram os comentários até sarcásticos contra os desmandos e equívocos do governo federal. Cabe a pergunta: conseguiria ela dizer o que já disse contra o governo e governantes se o Brasil ainda estivesse sob o regime ditatorial de 64? Certamente, não. Pois a partir de agora, em plena democracia, ela também não poderá falar. A diferença entre as duas épocas é o pau-de-arara. O silêncio é mesmo. Direitos humanos? Não. O problema foram os direitos políticos. Rachel foi, sim, calada por se manifestar contra o governo. Se há alguma dúvida quanto a isso, que se faça uma comparação entre ela e seus comentários a respeito do marginal agredido e um outro jornalista, também da TV e dono de um blog na internet, que foi acusado de racismo contra um colega de profissão, e condenado pela Justiça. Acusada por populares e pela deputada, Rachel foi calada. O racista condenado pela Justiça continua com seu blog e apresentando faturas mensalmente contra estatais do governo federal. Ela era/é a ácida crítica ao governo, ele é da tropa de ataque a oposicionistas e um bunker da defesa governista. PS – é óbvio, mas ainda assim julgo necessário ressaltar, que neste site, afonsolopes.com, há ¨uma visão dos fatos¨. Não é a visão definitiva, nem a pretensiosamente mais inteligente. E nem se invoca aqui a desgastada – por mau uso – tese da ¨liberdade de expressão¨. Melhor do que essa tal liberdade para expressar a forma como se pensa é semear a pluralidade das ideias. Sem que nenhuma ¨visão/voz¨ tenha que ser calada. O silêncio sempre incomoda. (publicado no site www.afonsolopes.com/category/blog)

Anões do Orçamento: o dia que a revista Veja pagou 1 milhão de reais por uma entrevista e a IstoÉ levou de graça

crime O jornalista Marcos Linhares lança a segunda edição do livro “Não Existe Crime Perfeito”, no qual conta os bastidores de crimes célebres, como o assassinato de Ana Elizabeth Lofrano dos Santos pelo marido José Carlos Alves dos Santos, ex-chefe da Assessoria de Orçamento do Senado. Texto da repórter Gabriela Ferigato (quinta-feira, 17), do Portal Imprensa (http://bit.ly/1pdTbde), conta uma história interessante envolvendo José Carlos Alves, as revistas “Veja” e “IstoÉ” e a polícia. “Preso, José Carlos Alves teria cobrado R$ 1 milhão da revista ‘Veja’ para conceder uma entrevista e entregar os anões do Orçamento. A publicação topou, mas a condição imposta pela polícia é que os repórteres, após a conversa, passassem algumas informações para ajudar na apuração”, relata o portal. “Os jornalistas não cumpriram a promessa, mas a polícia já sabia que ia ser traída e” grampeou “a cela. Então”, os policiais “ligaram para a ‘IstoÉ’ e disseram: ‘Olha, a ‘Veja’ pagou pela entrevista, nós vamos entregar de graça para vocês’”, diz Marcos Linhares. As duas publicações saíram com capas idênticas, o que, certamente, deve ter irritado os repórteres e editores da “Veja”.

Município de Rio Verde é proibido de produzir vídeo institucional no valor de R$ 200 mil

A decisão judicial considerou a atual situação financeira e orçamentária do município

Romeu Tuma Junior desmente Veja e diz que não faturou 700 mil reais com vendagem de livro

A coluna "Radar" (da revista "Veja" que está nas bancas), assinada por Thiago Prado (e não por Lauro Jardim, o editor tradicional), informa que o livro "Assassinato de Reputações" rendeu 700 mil reais ao delegado de polícia e ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Junior. O livro permanece na lista dos mais vendidos há semanas. Na lista da "Veja", a desta semana, está em terceiro lugar. É um fenômeno editorial-comercial. Tuminha, filho do falecido senador Romeu Tuma, o Tumão, detona o PT, especialmente o do ex-presidente Lula da Silva. Mais: o delegado, que está prestes a se tornar o homem de 1 milhão de reais da indústria editorial brasileira, está escrevendo, em colaboração com um jornalista, o segundo volume, com o mesmo objetivo: dissecar as ações, tidas como policialescas, do PT no poder. O fato é que, até agora, não conseguiram desmentir as denúncias publicadas pelo delegado. No Twitter, Romeu Tuma corrige a informação publicada pelo Jornal Opção, que baseou-se em nota da "Veja". Ele escreveu: "Bem que eu merecia. Mas a diferença entre seu 'chute' e a realidade é abissal." Sabe-se que, no Brasil, quem ganha mesmo com as publicações são as editoras, quando ganham. Os autores em geral ganham 10% das vendas. Em poucos casos, como o de Fernando Morais, há adiantamentos e participação maior no faturamento. Como livro se tornou um dos maiores best sellers do país, há, possivelmente, uma disputa entre editoras pelo volume 2. "Há um jogo de interesses entre editoras tentando editar o 2 volume. Não estou preocupado com ganhos, mas sim com a história e minha honra", afirma Tuma Junior, no Twitter, em resposta ao Jornal Opção.

Novela da Globo mostra uma Goiânia que não existe mais

Ao retratar o goiano como uma espécie de aborígene, “Em Família” despertou a discussão sobre a formação da identidade de quem vive fora do centro de desenvolvimento do país

Irismo aposta que Júnior Friboi vai jogar a toalha mas friboizismo rejeita tese

[caption id="attachment_2100" align="alignleft" width="300"]Iris Rezende e Júnior Friboi: um tem de mimar o outro. É inescapável Iris Rezende e Júnior Friboi: um tem de mimar o outro. É inescapável[/caption] Na semana passada, repórteres que sondaram os bastidores do PMDB perceberam que, apesar do feriado e da Semana Santa, iristas e friboizistas estavam em pé de guerra, mas disfarçando. No seu quartel-general, acolhendo orientação de Duda Men­donça, Júnior Friboi recomendou aos seus luas-bois que fizessem um voto de silêncio e, sobretudo, que parassem de chamar Iris Rezende de “político do século passado”. O empresário não quer ampliar as arestas com o decano peemedebista. No bunker de Iris, havia recomendação similar. Os iristas foram aconselhados a não “humilhar” nem a “bater” em Friboi. O que, de fa­to, está ocorrendo. Os friboizistas desmentem de pés juntos e garantem que, na possível reunião de terça-feira, 22, o empresário, um dos pré-candidatos a governador do PMDB, não vai jogar a toalha para hipotecar apoio integral à candidatura de Iris Rezende a governador. Em Brasília, há dois tipos de comentários. Num deles, entre peemedebistas, afirma-se que Iris dobrou Friboi e que será “o” candidato e que Friboi será o seu vice. Se eleito, Iris deixaria o governo em abril de 2018, e Friboi, como seu vice, assumiria o governo. Noutro comentário, mais na seara petista, afirma-se ter certeza de que Friboi será candidato a governador. Ar­gumenta-se que o empresário já montou uma estrutura, inclusive uma chapa de candidatos a deputado estadual e federal, para a disputa. Se não for candidato, a estrutura será facilmente desmontável, mas com a possível desistência de alguns candidatos. Iris e Friboi jogam de maneiras idênticas, com objetivos diferentes. Iris sabe que, se for candidato, mas com Friboi amplamente descontente, o PMDB não será estrutura financeira adequada e, com isso, será presa relativamente fácil para o governador Mar­coni Perillo (PSDB). E Friboi sabe que, se for candidato, porém com Iris descontente e humilhado, seu nome terá de ser modificado para José Batista “Pirro” Júnior. Friboi precisa dos votos de Iris. E este precisa do dinheiro daquele. É simples assim.

Segredo do sucesso do governador Marconi Perillo é a sintonia com a modernidade e o interesse pela ciência

[caption id="attachment_2097" align="alignleft" width="620"]Marconi Perillo: as oposições criaram uma caricatura do tucano e por isso não conseguem combatê-lo com precisão e proveito | Rodrigo Cabral Marconi Perillo: as oposições criaram uma caricatura do tucano e por isso não conseguem combatê-lo com precisão e proveito | Rodrigo Cabral[/caption] O Jornal Opção perguntou a três pesquisadores e a um marqueteiro a razão da longevidade política do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os quatro disseram que, por ser tão debatida e conhecida, a política não tem segredos. Mas admitem que aqueles políticos que são atentos aos detalhes e não se acomodam, mantendo um olho aberto mesmo quando aparentemente dormem, se tornam vencedores. Marconi, de 1998 para cá, não perdeu nenhuma eleição majoritária — e não enfrentou nenhum Olaria ou Vila Nova. Pelo contrário, só enfrentou pesos pesados, como Santos, Flamengo, Cruzeiro e Corinthians, quer dizer, políticos barra-pesada como Iris Rezende e Maguito Vilela, ambos do PMDB. Não foram vitórias fáceis. Todas foram apertadas. Mas, como se sabe, o que importa é vencer — não é relevante se o placar foi de 1 a 0 ou de 5 a 0. Mas por que Marconi derrota os pesos-pesados do PMDB há 16 anos — sem nenhuma derrota? Qual é sua mágica? Não há nenhuma “mesmerismo”, dizem os entrevistados. O segredo principal de Marconi é que não dorme no ponto. A política é sua principal atividade — não é lazer. Ele é um político vocacionado, profissional, na acepção do sociólogo alemão Max Weber. Marconi trabalha com “inteligência” política — há muito desistiu daquilo que, na falta de melhores palavras, chamam de “intuição” e “feeling”. O tucano-chefe se tornou um “investigador” rigoroso da atividade política, até de suas filigranas. Pesquisa intensamente a política e a sociedade. Aprecia saber o que a sociedade pensa e como pensa. Por isso busca interferir na realidade tão-somente depois de ter informações mais precisas sobre o terreno em que está “pisando”, em que está se movendo. Além disso, frisaram os pesquisadores, Marconi tem uma disposição para o trabalho que impressiona. Alguns políticos jogam cartas, pescam e vão ao estádio. Marconi faz política — é sua segunda pele. Quando vai ao estádio, diverte-se, é fato, mas lá, como em quaisquer outros lugares, faz política, observa detalhes do local e conversa com as pessoas. É tremendamente perceptivo. Há outra questão que diferencia Marconi de alguns políticos. Ele é focado. Mira numa questão e procura resolvê-la — sem dispersão. Não foge dos problemas reais. Outra característica, uma virtude, é a capacidade reunir equipes competentes e, sobretudo, saber liderá-las. Os pesquisadores sugerem que tem “autoridade”. À sociedade cada vez mais está se apresentando, e sendo aceito, como gestor — e menos como político. Pode-se dizer que Marconi usou a gestão para despolitizá-lo e, com isso, acabou por politizá-lo ainda mais. Noutras palavras, conferindo o que pensa a sociedade, Marconi concentrou-se na gestão e, com isto, obteve (mais) sucesso político. Do ponto de vista estritamente político, Marconi articula com habilidade, agregando grupos políticos e indivíduos isolados — tendo a percepção exata do valor dos partidos e dos líderes. Ele valoriza como pouco as alianças políticas. Os políticos que estão próximos dele até reclamam de auxiliares, mas, quando tem acesso direto ao governador, geralmente conseguem discutir e resolver seus problemas. Quanto ao seu marketing, tanto de governo quanto do político, cerca-se do que há de mais moderno. Detesta amadorismo e nunca é enganado pelos palpiteiros de plantão. Outra de suas virtudes é capacidade de decidir com rapidez e eficiência. Para fazer uma obra não prescinde de um planejamento de qualidade. As oposições não têm percebido com inteligência e clareza como Marconi é um político que tem usado, de maneira ampla e irrestrita, a razão para se manter no poder. As oposições contentam-se com explicações parciais e falhas — como sugerir que investe muito em publicidade (a presidente Dilma Rousseff investe muito também e está caindo nas pesquisas). Atenção às coisas da modernidade — é dos poucos políticos que usam com desenvoltura, e sem precisar necessariamente de auxiliares, as redes sociais — é outra das virtudes do tucano-chefe. Em suma, aqueles que quiserem combater Marconi com eficiência precisa entendê-lo sem parti pris ideológico. A crítica perceptiva, entendendo-o na sua integralidade, é a única que pode combatê-lo de verdade. Nos últimos anos, as oposições têm combatido mais uma espécie de caricatura, que elas próprias criaram, e muito pouco o político real de carne e ossos. Como têm sido lentas na formulação, quando tentam “capturar” Marconi, o governador, como as águas de Heráclito, o pai da dialética, está noutra fase. Portanto, a capacidade do tucano de reformular-se, de não ficar paralisado e de usar a ciência em defesa de seu projeto político têm sido bastante úteis. Pode-se dizer que, enquanto Marconi está na fase da informática de ponta, seus opositores estão na idade da pedra polida. Hoje, o político que mais se aproxima do tucano, em termos de modernidade, é o petista Antônio Gomide. Os demais estão muito atrás do tucano-chefe e, por isso, se tornaram fregueses contumazes. Ao contratar Duda Mendonça, Friboi quer capturar o Marconi Perillo real para criticá-lo de modo apropriado e eficaz. Porém, até agora, Friboi tem passado ao largo — assim como Vanderlan, Iris Rezende e, até, Gomide, este, ressalve-se, o mais atento.

Caiado e José Eliton declaram a terceira guerra mundial. Tudo a ver com uma vaga na chapa majoritária de Marconi

[caption id="attachment_2092" align="alignleft" width="300"]José Eliton: vice articula, e bem, permanência na chapa majoritária | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção José Eliton: vice articula, e bem, permanência na chapa majoritária | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] José Eliton começou a carreira política como aliado de Ronaldo Caiado (DEM). Mas, quando o deputado federal decidiu romper com o governador Marconi Perillo, o vice-governador decidiu ficar ao lado do tucano-chefe. Houve um rompimento brusco, de caráter incontornável. Em seguida, Eliton trocou o DEM, partido pelo qual se elegera, pelo PP, do qual se tornou presidente regional. Caiado decidiu tomar-lhe o mandato, mas, apesar do questionamento do Ministério Público, a legislação ampara o vice. O que está de fato em jogo? O governador Marconi Perillo propôs uma chapa “provisória” para a disputa de 2014: ele vai à reeleição, Eliton permanece na vice e o deputado Vilmar Rocha disputa mandato de senador. É uma chapa técnica e ideologicamente consistente, mas eleitoralmente, se retirado o nome de Marconi, perde densidade. A rigor, os votos de Eliton e Vilmar já “pertencem” ao tucano-chefe. Por isso, políticos como Jovair A­rantes(PTB) e Magda Mofatto (PR) sugerem que Caiado seja incorporado à chapa majoritária, como candidato a senador. Motivo: atrai voto novo, sobretudo do eleitorado dito independente e crítico. Porém, na chapa majoritária, Caiado significa a exclusão de Eliton, porque Vilmar seria o candidato a vice. Engana-se quem pensa que Eliton, por ser um político jovem, não tem capacidade de articulação. Tem, sim, e movimenta-se com rara habilidade. Entre seus aliados, diretos e indiretos, estão o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB), os deputados federais Vilmar Rocha (PSD), Thiago Peixoto (PSD) e Sandes Júnior (PP), o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), o prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Kennedy Trindade, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios Sebastião Caroço Monteiro e o economista Giuseppe Vecci (PSDB). Trata-se de uma rede azeitada. Eliton, portanto, tem condições de se manter como vice de Marconi para a disputa deste ano. Porém, dependendo do resultado das pesquisas, assim que forem definidas as candidaturas, notadamente entre maio e junho, o governador vai interferir no processo — doa a quem doer, pois a política é a arte do pragmatismo absoluto. Numa conversa com dois editores do Jornal Opção, no Palácio Pedro Ludovico, o governador disse que, em 2014, gostaria de fazer por Caiado o que este fez por ele em 1998. O jovem tucano vai colocar o interesse da base aliada acima do interesse pessoal de “A” ou “B”. Mas tudo será muito bem conversado, para evitar arestas instransponíveis. Entretanto, como se sabe, não há como fazer política, da grande à pequena, sem arestas e conflitos. Ressalte-se que o apreço de Marconi por Eliton não é apenas político — chega ao plano pessoal. Para terminar uma frase de Matheus de Albuquerque para ilustrar o conflito entre Eliton e Caiado: “Todo homem superior precisa de três ou quatro inimigos, para não ficar sepultado na unanimidade dos louvores”.

Peemedebismo avalia que, unidos, Iris e Friboi vão enquadrar Antônio Gomide. Mas o petista rejeita a tese

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e outros líderes do PMDB sugerem que, unidos, Iris Rezende e Júnior Friboi podem conseguir o que parece impossível: o enquadramento do PT de Antônio Gomide. Peemedebistas sugerem que a união de Iris e Friboi, difícil mas não impossível, pode retirar o impacto da candidatura de Gomide a governador. O resultado é que, ao menos no entendimentos dos líderes do PMDB, o ex-prefeito de Anápolis acabaria por aceitar ser candidato a senador. Gomide pensa exatamente o oposto: permanece candidatíssimo a governador de Goiás. Está circulando por todo o Estado e, apesar da escassa estrutura, não mostra nenhum desânimo.

Segredo de uma bem-sucedida campanha para governador é ter candidatos a deputado que são “puxadores” de voto

[caption id="attachment_2087" align="alignleft" width="300"]Vanderlan Cardoso: candidato não tem “puxadores” de votos | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção Vanderlan Cardoso: candidato não tem “puxadores” de votos | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Quem acompanha o processo político fica com a impressão, lendo os jornais, que só importa mesmo o candidato a governador. Especialistas em campanhas eleitorais pensam diferente. Quatro deles disseram praticamente a mesma coisa ao Jornal Opção. Frisaram que, se o candidato a governador for ruim, não há solução. Apontaram que o PT tem um excelente candidato, Antônio Gomide, mas falta-lhe uma rede sólida de candidatos a deputado federal e estadual. Ressaltaram que o caso de Vanderlan Cardoso (PSB) é ainda mais grave, pois, ao menos até agora, não apresentou nenhum candidato consistente a deputado federal. Mesmo a deputado estadual, não tem um puxador de votos. Os especialistas dizem que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), sempre faz a coisa certa, articulando para montar grandes chapas de candidatos a deputado estadual e federal. Porque são eles que “puxam” a campanha. É sempre complicada uma campanha sem “puxadores” de voto. Os craques na arte de fazer campanha, de articular e conectar apoios, disseram ao Jornal Opção que um dos pré-candidatos a governador pelo PMDB, Júnior Friboi, está bem orientado. Porque começou sua pré-campanha trabalhando para montar a chapa para deputado estadual e federal. Os especialistas sugerem que quem está orientando o empresário entende do riscado. Quem não tiver uma boa chapa de candidatos a deputado, afirmam os arquitetos das campanhas, terá dificuldade na campanha. Quem vai recebê-los no interior e reunir as pessoas para ouvi-los?