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[caption id="attachment_2841" align="alignright" width="620"] O candidato peemedebista, Iris Rezende, obteve apenas 4,59% dos votos anapolinos e a proposta de aliança política para o segundo turno não favorece sua candidatura no município[/caption]
No é segredo que o PMDB não é bem visto no município anapolino. O governo de Maguito Vilela (PMDB), de 1995 a 1998, deixou resquícios. A cidade não foi prestigiada pelo então governador como um polo industrial em expansão. E o resultado novamente apareceu nas urnas neste ano: o candidato ao governo de Goiás pelo PMDB, Iris Rezende, obteve apenas 9 mil votos (4,59%) em Anápolis. Nessa conta, alguns fatores interferiram. Primeiro, a gratidão do eleitorado anapolino pelo governo municipal do petista Antônio Gomide. O imbróglio com o então vice Tayrone Di Martino que renunciou à candidatura na última semana antes das eleições, não tirou Gomide do páreo e o petista levou 56,41% dos votos de Anápolis, quase 111 mil eleitores.
Segundo, o tucano Marconi Perillo soube bem destacar as obras que fez no município. A aprovação se mostrou nos 34,13% dos votos, ou seja, cerca de 65 mil eleitores votaram no candidato tucano. Porém, o voto útil foi conversa fiada. Marconi não levou os votos de Gomide e tampouco derrotou Iris no primeiro turno, como pré-anunciado.
E para o segundo turno, diferentemente do terceiro colocado em número de votos, Vanderlan Cardoso (PSB), que se posicionou neutro, Gomide e o PT estadual decidiram creditar apoio à candidatura de Iris. O prefeito do município, João Gomes (PT), desmentiu a informação dos bastidores de que apoiaria o tucano-chefe, com quem tem amizade e aliança antigas. De todo modo, João Gomes disse que não participou da reunião que resultou no apoio da sigla a Iris. “As decisões são muito rápidas, pois é um período muito curto entre primeiro e segundo turnos. Meu trabalho é dedicado à prefeitura. Meu expediente começa às sete da manhã e saio às dez horas da noite. Por isso, faremos o que for possível, fora do expediente”, afirmou o prefeito João Gomes.
O vice-presidente do PT, Ceser Donisete, comentou que a proposta de apoio é campanha de rua. Enquanto o material gráfico não fica pronto, como bandeiras e adesivos, o presidente informa que o partido tem mobilizado as lideranças de todo o Estado. Segundo ele, a aposta é valorizar os jovens, as mulheres, os professores e firmar a bandeira de Iris e da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), não apenas em Anápolis, mas em todo o Goiás.
O “porém” é que, ainda que seja preferência do eleitorado anapolino, Gomide não consegue transferir votos e, muito menos, o foco do atual prefeito é em prol de Iris. Além disso, a campanha tucana será proativa e propositiva. Segundo o presidente do PSDB de Anápolis, Valto Elias, houve uma conversa com as lideranças e com a base aliada na última semana. Ficou definido que, a partir desta semana, a campanha estará nas ruas. “Ressaltaremos o que foi feito, como os investimentos no polo industrial, as obras do aeroporto de cargas e do Centro de Convenções, que fortalecem a cidade. E nós também mostraremos o que poderá vir com a reeleição de Marconi Perillo. Já existem 40 empresas na espera de uma vaga no Daia 2”, conclui.

A recente startup Diminuto nasceu de três jovens goianos e já leva literatura a mais de 900 usuários
Não há a menor dúvida de que Manoel de Oliveira usou o assassinato de seu filho, Valério Luiz, para ser o candidato a deputado estadual mais bem votado desta eleição. Porém, Manoel de Oliveira não pode esquecer que, noutro pleito, recebeu uma votação monstro, mas, com uma atuação apagada e folclórica na Assembleia Legislativa, foi derrotado na eleição seguinte, recebendo uma votação pífia. A morte brutal de Valério Luiz merece a condenação de todos e os mandantes e executantes devem pegar as penas mais altas possíveis.
A companhia de dança Quasar Jovem apresenta os espetáculos Fica Comigo e Lupita em uma mesma sessão, nesta segunda-feira, 13, no Instituto Federal de Goiás, em Anápolis. “São espetáculos bem juvenis e gostosos de assistir” ressalta a coordenadora do grupo, a bailarina mexicana Martha Cano. Segundo ela, o objetivo, além de lotar o teatro, é atrair os anapolinos para que “prestigiem e valorizem essa arte que é muito deleitosa.” Os espetáculos foram coreografados, respectivamente, por João Paulo Gross e Daniel Calvet. Com 40 minutos de duração, Fica Comigo é um espetáculo mais denso que rememora as lembranças de um homem. Já Lupita, com 45 minutos de dança, é uma dança de luz, figurino e música alegre ou, como diz Martha, é “totalmente uma novela mexicana.” Com 7 anos, a Quasar Jovem é um projeto de formação de bailarinos. O elenco, composto por dez bailarinos goianos com idade entre 17 e 21 anos, iniciou o processo criativo e laboratorial em março. Diferentemente, Martha explica que a companhia Quasar é um grupo profissional: “A Quasar ‘velha’, como brincamos, é um grupo de bailarinos profissionais. Eu e meus companheiros já passamos por várias companhias. Na Quasar Jovem, nós formamos os bailarinos”. A entrada para os espetáculos é franca.
[caption id="attachment_17795" align="alignleft" width="320"] Profissionais de saúde e assistência social percorrem a cidade e disponibilizam cuidados em saúde às pessoas em situação de risco[/caption]
Com base em um acompanhamento feito através do programa nacional “Crack, é possível vencer”, coordenado pelo Ministério da Justiça, a diretora de Saúde Mental de Anápolis, dra. Marinalva Ribeiro Neto Almeida, afirma que uma grande parcela da população nacional é, historicamente, desassistida e que, no município, a situação não é diferente. Para mudar esse quadro, a prefeitura anapolina, em parceria com a secretaria municipal de Saúde, realiza um programa da Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o “Consultório na rua”. Há mais de um ano, o veículo transporta uma equipe itinerante que disponibiliza cuidados em saúde aos moradores de rua e às pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Médico, psicólogo, assistente social, técnico em higiene bucal, terapeuta ocupacional, enfermeiro e técnico de enfermagem atendem essas pessoas em situação de risco e propõe ampliar o tratamento para o alcoolismo e uso de drogas. Os profissionais mapeiam os principais pontos de uso de drogas em locais públicos. A equipe realiza os atendimentos e encaminha os usuários para os demais serviços de saúde oferecidos. Marinalva explica que a ação é feita em duas vias: “Essas pessoas não costumavam chegar até as unidades de cuidado, seja por não buscarem o serviço ou porque, quando o buscavam, o serviço não estava preparado para atendê-las. Por isso, temos levado essa população para as demais unidades de saúde e temos preparados os profissionais para recebê-la”. A ação também reintegra essas pessoas em situações extremas à sociedade e os apoia com moradia e trabalho. Segundo Marinalva, o resultado já é muito positivo.
Prova de que o deputado federal Vilmar Rocha é um político diferenciado, moderno e nada rancoroso: o presidente do PSD perdeu a eleição para senador, depois de obter uma votação consagradora, mais de 1 milhão de votos, mas não anda lamentoso pelos cantos culpando os eleitores e os aliados. Nada disso. Vilmar Rocha é adepto da tese de bola para frente e afirma que só tem a agradecer aos eleitores e aos aliados. As pesquisas apontavam o parlamentar com menos de 20% das intenções de voto, mas, ao final, obteve quase 40%. É provável que, como mais dez dias de campanha, tivesse derrotado Ronaldo Caiado. Político moderno, democrático, Vilmar Rocha não tinha rejeição alta. Seu problema, até o final da eleição, é que não era muito conhecido do eleitorado. Este não chegou a avaliá-lo com precisão. Na medida em que eram acessados ou tocados pelas ideias de Vilmar, e pelo seu comportamento de democrata, os eleitores começavam a avaliá-lo positivamente. Na campanha, muitos sugeriram que o líder do PSD abaixasse o nível, mas ele disse “não” todas as vezes em que era instigado. Vilmar, civilizado e refinado, não aceita campanha afeita aos mais baixos instintos. Como qualquer político, ele queria e quer eleito, mas não a qualquer custo. Este é o verdadeiro e admirável Vilmar — um político de bem e do bem. Daqui a quatro anos, mais conhecido, Vilmar Rocha pode ser candidato a senador novamente.
A Secretaria Municipal de Cultura divulgou na quinta-feira, 9, que estão abertas as inscrições para o programa Bolsa Cultura, que disponibiliza sete vagas para o Corpo de Baile (4 vagas), Orquestra Jovem (1 vaga para piano e 1 para trombone ou flauta) e Companhia Anapolina de Teatro (1 vaga). O processo seletivo é para pessoas acima de 16 anos. As inscrições continuam abertas até o dia 22 de outubro. No dia 25, os artistas participarão de uma audição, realizada por uma banca especializada. O resultado sairá até o dia 30, também desse mês. Criada pela Prefeitura do município, a Bolsa Cultura disponibiliza uma bolsa de R$ 400 por 12 meses a cada artista selecionado. O benefício contempla, ao todo, 50 pessoas que utilizam o recurso em ensaios, montagens e apresentações. Em contrapartida, os beneficiados disponibilizam dez horas semanais a projetos de formação artística, desenvolvidos pela Secretaria de Cultura.
O Departamento de Transporte Escolar da Secretaria de Educação de Anápolis gerencia uma frota com mais de 50 veículos, que transporta, mensalmente, mais de três mil estudantes de quatorze escolas municipais, dez estaduais e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Na quarta-feira, 8, o serviço recebeu aprovação em todos os itens inspecionados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Realizada desde 2011, em parceria com o Ministério Público de Goiás, a inspeção garante segurança e qualidade do serviço em todo o Estado. A coordenadora do Departamento de Transporte Escolar, Cecília Ázara, ressalta a importância de uma manutenção preventiva e corretiva da frota e a formação dos condutores: “Esses cuidados garantem a qualidade dos serviços e a segurança dos nossos estudantes, e isto é comprovado pelo resultados das vistorias, na qual temos conseguido de 90% a 100%”.
Com algumas surpresas, as eleições para o Legislativo de Goiás apresentou certa renovação neste ano
Candidato a governador de Goiás, o peemedebista-chefe Iris Rezende faz o impossível para descolar sua imagem da do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que é mal avaliado pela população. Iris Rezende evita até mesmo mencionar o nome de Paulo Garcia, para que os eleitores não identifique os dois como aliados e, nas visitas aos bairros, sempre faz questão de “esquecer” o petista. O peemedebista também faz questão de insinuar que Paulo Garcia não é um gestor eficiente. Iris Rezende garante que deixou 200 milhões de reais no caixa e o petista-chefe assegura que a prefeitura tem uma dívida de quase 400 milhões de reais. Quem está falando a verdade?
O prefeito de Anápolis, João Gomes, é empresário e um político atento. Ele sabe, como todos sabem, que o município não tolera Iris Rezende e o PMDB. Tanto que o partido morreu na cidade. Como quer ser candidato à reeleição em 2016, João Gomes disse que está apoiando a presidente Dilma Rousseff, mas não declarou voto em Iris Rezende. Na verdade, amigo pessoal o governador Marconi Perillo, seu voto pessoal vai para o tucano-chefe. Porém, devido a ser filiado ao PT, não vai fazer campanha direta para Marconi. João Gomes sabe que, se apoiar Iris Rezende para governador, pode encomendar caixão e vela preta como postulante à reeleição. O prefeito mostra que sua inteligência política é refinada e, sobretudo, demonstra personalidade para enfrentar setores do PT que, na prática, se tornaram servos do irismo.

O que explica o fato de o PMDB estar na bica de emplacar sua quinta derrota seguida na disputa pelo governo do Estado e mesmo assim continuar sendo a principal referência da oposição?
O prefeito Paulo Garcia insiste que Iris Rezende (PMDB) vai ser eleito prefeito e que a presidente Dilma Rousseff vai ser reeleita. O petista garante que 2015 será o ano da “virada”. Com dinheiro em caixa, e apoio do governo federal, sobretudo se Dilma Rousseff for reeleita, garante que vai terminar as obras e construir outras, além de organizar o transporte coletivo da capital. Não se pode dizer que o prefeito Paulo Garcia é mal intencionado e corrupto. Não é. O que falta mesmo é um ajuste mais forte na máquina administrativa e coragem para afastar auxiliares que, mesmo improdutivos, passam o dia mentindo para o prefeito e dizendo que as coisas estão ótimas e que a culpada pela crise da prefeitura é imprensa.
O petista Gugu Nader, de Itumbiara, vai apoiar o governador Marconi Perillo no segundo turno. Modernidade. Gugu cansou de perder eleições e agora quer ficar mais próximo do governador goiano.

Possível vitória do governador este ano abriria um leque de possibilidades políticas no Estado em 2018
[caption id="attachment_17777" align="alignright" width="620"] Daniel Vilela, Vanderlan Cardoso, José Eliton, Ronaldo Caiado e Júnior Friboi: nomes que já despontam para a disputa de 2018 pelo governo estadual[/caption]
No último domingo deste mês, dia 26, os goianos vão voltar às urnas para escolher entre Marconi Perillo e Iris Rezende. A se julgar por tudo o que aconteceu até aqui nas campanhas, e levando especialmente em conta a enorme diferença nas votações recebidas pelos dois candidatos no primeiro turno, Marconi é favorito absoluto para bisar seu mandato, o que o colocará imediatamente fora do processo eleitoral de 2018 diretamente. Ao contrário, caso Iris consiga a proeza muito pouco provável, de virar a eleição neste segundo turno, o próximo jogo sucessório poderá contar com todas as forças políticas atualmente envolvidas, inclusive com a participação palaciana de Iris.
Esse quadro, embora óbvio, está sendo levado em conta atualmente pelos principais personagens da política estadual. Iris tem o histórico de sempre recorrer a candidatos inusitados quando não concorre à reeleição. Em 1994, por exemplo, o favorito interno do PMDB era o então deputado federal Naphtali Alves. Ele era o preferido da esmagadora maioria dos prefeitos e vereadores do partido, mas Iris fez impor o seu desejo pessoal e indicou o então vice-governador Maguito Vilela à sua própria sucessão.
Mais recentemente, em 2010, quando disputou a reeleição como prefeito de Goiânia, o líder peemedebista influenciou internamente até o PT no processo de escolha de seu vice, selando a aliança entre os dois partidos com a indicação de Paulo Garcia. Essa opção de Iris em 2010 ficou ainda mais evidente na eleição municipal de 2012, quando Iris aniquilou politicamente o diretório metropolitano do PMDB, que pregava candidatura própria, e assegurou apoio à reeleição de seu aliado petista Paulo Garcia.
Essa característica de Iris, de apoiar candidatos à sua sucessão ligados pessoalmente a ele, significa que seria fortíssima a possibilidade de, no caso de uma vitória neste segundo turno, a fórmula ser repetida, caso não fosse ele próprio candidato à reeleição. É assim que ele sempre agiu em suas articulações políticas. É seu modus operandi.
Na outra trincheira está Marconi Perillo. Suas ações apontam exatamente na direção oposta à estratégia de Iris. Em 2006, quando terminou seu segundo mandato de governador e disputou a única vaga para o Senado que estava em jogo naquele ano, era clara a sua preferência pessoal por uma candidatura do PSDB, especialmente de alguns nomes ligados diretamente a ele, como Giuseppe Vecci ou o golden boy José Paulo Loureiro. Mas a manifestação de que o vice-governador Alcides Rodrigues também desejava se candidatar mudou o jogo completamente. Marconi recuou e passou a apoiar a pretensão de Alcides.
Antes disso, nos processos de escolha dos candidatos a prefeito de Goiânia dentro da base aliada comandada por ele, Marconi jamais impôs o seu candidato. Em 2000, ele trabalhava de comum acordo com o então prefeito Nion Albernaz, que não quis disputar a reeleição. A então deputada federal e hoje senadora Lúcia Vânia não era o nome preferido por Nion, mas acabou sendo ungida graças ao trabalho de pacificação realizado por Marconi com a ala nionista.
Em 2004, os nomes do Palácio das Esmeraldas para a Prefeitura de Goiânia eram o do ex-peemedebista Barbosa Neto e Jovair Arantes, do PTB. Não deu nem um nem outro. Marconi, para compor a chapa aliada majoritária, acabou aceitando e apoiando Sandes Júnior, do PP.
Essa diferença de atuação política entre Marconi e Iris também está em jogo neste segundo turno. Das urnas deste ano já saíram nomes bastante expressivos para o mercado especulativo da sucessão de 2018, como o deputado federal Daniel Vilela, a grande estrela peemedebista e ainda em ascensão, o senador eleito Ronaldo Caiado e Júnior Friboi, que jamais esconderam seus sonhos de governar o Estado. Além desses, 2018 também poderá ver novamente na disputa Antônio Gomide, do PT, que mesmo derrotado permanece na crista da onda estadual petista, e Vanderlan Cardoso.
A reeleição de Marconi neste segundo turno, que tem todos os ingredientes para se concretizar, evidencia essa clara tendência de abrir o leque de opções para 2018, incluindo também o vice-governador José Eliton. Com Iris, o jogo da sucessão não teria esses contornos evidenciados, inclusive porque não estaria previamente descartada a sua própria possibilidade de reeleição. Além, é claro, de significar maiores e imediatas dificuldades para uma candidatura inserida no grupo Vilela, leia-se Daniel.
Tudo o que se coloca nesta Conexão exerce natural influência na composição de alianças neste segundo turno. Pode-se alegar que os processos sucessórios atual e futuro são composições distantes um do outro, mas não é exatamente dessa forma que o mundo político se comporta. As bases das futuras disputas são montadas com antecedência, e é isso também que está em jogo este ano. E é exatamente dessa forma que se percebe e entende melhor as negociações e acordos feitos agora. Para além das aparências e posicionamentos políticos assumidos para o grande público, uma renhida luta por situações futuras também está em curso neste segundo turno.