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De um vereador do Sudoeste Goiano: “Se mudarem o nome de Rio Verde para Rio Verde dos Buracos Sagrados nenhuma viv’alma vai discordar. O prefeito Juraci Martins não está conseguindo organizar uma operação tapa-buraco eficiente”. Por que “Sagrados”? “Porque o prefeito não quer tapá-los”. Nas proximidades do Atacadão (do grupo Carrefour), a buracolândia impera. Os buracos estão até ganhando nomes. O mais erado e chamativo, parece ter até bigode, é conhecido como Dr. Juraci Buracudo Martins. Ele quebra até caminhões, jipes e caminhonetes. O buraco mais ou menos, que quebra automóveis e motos, é chamado de Heuler Buracolândio Cruvinel. O buraco menor, que só quebra bicicletas, é denominado de Lissauer Buraquito Vieira. Os três, os buracos, não as personas, são feios de doer.
O Jornal Opção ouviu oito vereadores e perguntou: “Nas várias negociações ocorridas na Câmara Municipal de Goiânia, durante as votações de projetos, qual é o vereador que mais faz jogo duplo?” Os oito listaram o vereador Paulo Borges como o vereador que mais jogou duplo. Os colegas não querem dizer, com isto, que é desonesto ou que vende seu voto. Nada disso. Eles querem frisar, apenas, que o vereador muda de lado com frequência. E pelo menos dois afirmam que o peemedebista não tem muito interesse em continuar na Câmara. “Parece que desanimou depois dos problemas que enfrentou com a polícia, o Ministério Público e a Justiça”, afirma um peemedebista.
Samuel Belchior confidenciou a dois peemedebistas que planeja deixar o comando do PMDB de Goiás o mais rápido possível. Para cuidar de seus loteamentos em várias cidades e pelo menos em dois Estados. Trata-se de um negócio de vários milhões de reais. Se pudesse sairia em março, ou melhor, renunciaria hoje. Já. Um dos motivos é que, embora seja o presidente, quem manda mesmo é Iris Rezende. O jovem político se tornou meramente um preposto. Que nem pode renunciar, porque o peemedebista-chefe não deixa.
Três conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios podem se aposentar em 2015: Virmondes Cruvinel, Sebastião “Caroço” Monteiro e Honor Cruvinel. Eles ainda podem ficar mais alguns anos no TCM, mas, dada a possibilidade de negociação política — anteriormente, foram beneficiados pelo mesmo esquema —, podem deixar a instituição brevemente. A disputa pelas três vagas, embora feita mais nos bastidores, está gerando uma guerra. O deputado Cláudio Meirelles buscou o apoio de seus pares, na Assembleia Legislativa, e garante que a próxima vaga é sua e ninguém tasca. Procede que a AL fará a indicação e que Meirelles, brigão e complicado, tem o apoio de deputados até das oposições. Sobretudo, o parlamentar quer evitar a indicação de Joaquim de Castro, com quem tem rivalidade antiga. Pode-se dizer, até, que são inimigos. Meirelles, aliado da prefeita de Jussara, Tatiana de Castro, ataca Joaquim de Castro com frequência. Leonardo Vilela, Júnior Vieira, Sandes Júnior e Sérgio Cardoso são cotados para as outras duas vagas.
[caption id="attachment_24076" align="alignleft" width="300"] Eronildo Valadares, do PMDB, é prefeito de Porangatu[/caption]
O prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB [foto]), foi salvo pelo gongo na semana passada. O peemedebista só conseguiu emplacar o presidente da Câmara Municipal porque contou com o apoio de Robledo Rezende e Francisco Bento (leia-se Júnior Friboi). Os vereadores do Pros garantiram a maioria para o novo presidente, Edmilson de Andrade (PMDB).

[caption id="attachment_24073" align="alignleft" width="620"] Entrevista do procurador da República Helio Telho repercutiu no País[/caption]
A entrevista do procurador da República Helio Telho foi a mais lida desde que o Jornal Opção criou seu portal na internet. Apontado como um dos mais qualificados procuradores do País, tanto pela competência quanto integridade, ele revelou aos jornalistas Cezar Santos e Elder Dias que, depois do mensalão e do petrolão, o próximo escândalo da República vai envolver o BNDES, o banco que criou uma espécie de Bolsa Família para empresários patropis. A instituição bancária contesta o procurador.
A notícia repercutiu em todo o Brasil e jornalistas de jornais e revistas de São Paulo e Rio de Janeiro passaram a semana à caça de Helio Telho. Em seguida, a revista “Veja” divulgou que está sendo articulada uma CPI para investigar as ações do BNDES. Falta investigar também os fundos de pensão.
Prefeito tem de mudar sua história em 2015, porque 2016 já será o ano de sua sucessão
[caption id="attachment_24062" align="alignright" width="620"] Carlos Lamarca: o capitão do Exército desertou e, aliado a esquerdistas, contribuiu para matar pessoas inocentes.
Resultado: foi valorizado pelos governos da esquerda
Foto: Wikipédia[/caption]
Verdades sobre a dita Comissão Nacional da Verdade: todas as “verdades” que a Comissão Nacional da Verdade vem de proclamar por meio de seu relatório publicado no presente mês, já eram esperadas, desde o dia em que se instalava com pompa a dita cuja, mais de dois anos atrás. Não há surpresas. São “verdades” sabidas — e contestadas — antes mesmo de seu levantamento (melhor seria dizer de seu “preparo”) e sua publicação. O relatório é um ovo de réptil, jamais um ovo de pássaro. As afirmações dele constantes, feitas de encomenda para inculpar os militares e desculpar os terroristas, não podem ser tomadas como verdades, pura e simplesmente. Quando muito serão meias verdades, e o que há de positivo nelas — como a condenação das torturas e da subtração às famílias de desaparecidos do direito de sepultar seus mortos — perde muito do valor, pela omissão dos crimes do terrorismo, que a comissão escondeu. Se as “verdades” do relatório não podem ser tomadas inteiramente como tal, as verdades abaixo enunciadas não poderão ser contestadas. Se alguém provar que alguma delas merece desmentido, caro leitor, vou me penitenciar.
Verdade 1
Embora criada pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011, que, conforme seu artigo 6º, exige o respeito à Lei de Anistia, a dita Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório, propõe que se ignore essa anistia, mas apenas para os agentes do Estado (vale dizer, para os militares), mantendo integralmente seus benefícios para os terroristas. Mesmo que a validade da Lei de Anistia tenha sido até reafirmada pelo Supremo Tribunal Federal (em abril de 2010), ainda que a anistia seja hoje além de benefício legal (Lei 6.683, de 28 de agosto de 1979) e também tenha sido incorporada à Constituição pela Emenda Constitucional nº 26, de 27 de novembro de 1985, o relatório da dita Comissão da Verdade nega todo esse aparato legal, já na segunda recomendação das 29 que faz: “[2] Determinação, pelos órgãos competentes, da responsabilidade jurídica — criminal, civil e administrativa — dos agentes públicos que deram causa às graves violações de direitos humanos ocorridas no período investigado pela CNV, afastando-se em relação a esses agentes, a aplicação dos dispositivos concessivos de anistia inscritos nos artigos da Lei 6.683, de 28 de agosto de 1979, e em outras disposições constitucionais e legais.”Verdade 2
Nenhum dos componentes da dita Comissão Nacional da Verdade é figura de respeito geral da nação por serviços prestados ou por elevadas qualidades culturais ou morais; têm como característica a identidade com o pensamento de esquerda. Isso não os deixa isentos para um exame de conflitos (armados, principalmente) entre esquerdistas e militares, durante os anos de vigência do regime militar. Não há entre os membros da dita Comissão, por exemplo, um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, ou um membro das Academias Brasileiras de Letras ou de Ciências. Não está ali presente nenhum historiador de renome. São apenas figuras apagadas da burocracia, do academicismo ou da política menor. Falta-lhes pois, além do conhecimento, a grandeza, que em geral vem acompanhada da visão mais larga, da seriedade e da isenção que a tarefa exigia. [caption id="attachment_24063" align="alignright" width="333"]
Verdade 3
Mesmo acionada por terceiros inocentemente envolvidos nos fatos que deveria apurar, a dita Comissão da Verdade evitou que fossem responsabilizados terroristas vivos ou mortos, mesmo diante de claras evidências de violação de direitos humanos. Citemos um exemplo — apenas um, de muitos — dos fatos graves de violação desses direitos promovidos por terroristas e ignorados deliberadamente pela CNV, como foi relatado por Cardênio Jaime Filho: em 2 de setembro de 1971, um comando terrorista assaltou a Casa de Saúde Dr. Eiras, em Botafogo, no Rio de Janeiro, para roubar o dinheiro do pagamento dos funcionários. Os terroristas buscavam fundos para a luta armada, que suas organizações articularam a mando de Cuba, cujo regime sonhavam importar para o Brasil. Chegaram atirando, e mataram no ato três vigilantes, entre eles o pai de Cardênio. Só nessa operação, a luta armada deixou 22 órfãos, de famílias pobres, que jamais tiveram, como têm muitos terroristas ou seus familiares, dinheiro das “bolsas ditadura” distribuídas com prodigalidade pelos governos de esquerda. Cardênio procurou recentemente, segundo relatou ao jornal “O Globo”, a dita Comissão Nacional da Verdade, buscando uma tardia reparação, ainda que fosse apenas moral, para a família. Ouviu que a Comissão não tomaria conhecimento do assassinato de seu pai, pois só cuidava de casos em que militares e policiais eram culpados. Os terroristas já haviam sido julgados e condenados. Mas Cardênio tinha o nome de todos (eram 11), que nunca haviam sido incomodados. Dois ainda eram vivos, e um tinha até uma sinecura na Câmara dos Deputados. Nem assim foi ouvido. Mandaram-no catar coquinhos, ou lamber sabão, ou ainda pentear macacos, sei lá. “Grande” Comissão Nacional da Verdade. Vale lembrar que até o diretor da ONG Human Rights Watch, o chileno José Miguel Vivanco, alguém que jamais poderá ser chamado de direitista ou simpatizante de militares, disse à “Folha de S. Paulo”, no dia 14 deste mês, que a Comissão Nacional de Verdade erra, e adota dois pesos e duas medidas, ao investigar os militares e esconder os terroristas, no apurar abusos aos direitos humanos.Verdade 4
O relatório da dita Comissão Nacional da Verdade menciona detalhadamente 434 mortes e desaparecimentos que considera promovidos por agentes do Estado, quase todos entre as organizações de esquerda que inauguraram a luta armada. Mesmo os que morreram fora do Brasil ou que se suicidaram, como os que morreram em combate, com armas na mão, têm suas mortes debitadas aos agentes do Estado, o que para a CNV significa os militares. Até em homicídios praticados por pistoleiros, em conflitos de terras, a dita Comissão Nacional da Verdade vê responsabilidade dos militares. Há no relatório uma descrição detalhada da vida de cada um desses militantes. Nem um dos cerca de 120 mortos pelas esquerdas, na maioria inocentes, apolíticos, sem credo ideológico, foi sequer mencionado. Os mortos pela esquerda brava não mereceram indenizações ou apoio. Suas famílias foram ignoradas. Nem sequer tiveram uma menção ou memória da dita Comissão Nacional de Verdade. Não sendo de esquerda, nada do que lhes foi feito, por mais cruel que tenha sido, foi classificado como “grave violação dos direitos humanos”. São brasileiros de segunda classe, e nem merecem lágrimas, para os membros da dita Comissão Nacional da Verdade.Verdade 5
Ao citar o presidente Ernesto Geisel, no relatório, como “responsável político-institucional” por violações de direitos humanos, a dita Comissão Nacional da Verdade apenas mostra sua ojeriza aos militares. Mesmo militantes de esquerda mais equilibrados, inteligentes e isentos, veem em Geisel o presidente que em primeiro lugar eliminou a tortura dos porões do regime, e em segundo lugar promoveu a volta à democracia plena. Geisel teve a coragem de enfrentar a parte mais extremada de seus colegas de farda, e demitir o comandante do II Exército, Ednardo D’Ávila Mello, quando constatou a prática de tortura, contrariando suas determinações, nas dependências de unidade sob seu comando. Foi ele também quem demitiu o ministro do Exército, Sylvio Frota, que se insurgia contra a abertura e dava cobertura aos “duros” do regime, únicos que poderiam ter responsabilidade em excessos no combate ao terrorismo, dentro dos quartéis.
Em agosto deste ano, o magistrado Joseli da Silva foi advertido devido à sua “falta de senso de urbanidade”

Massacre de crianças no Paquistão choca o mundo na semana em que EUA e Cuba reatam laços diplomáticos
[caption id="attachment_24015" align="alignright" width="620"] Jair Bolsonaro: estilo ofensivo que representa muita gente, diz jornalista Foto:Wilson Dias/ABr[/caption]
Elzenúbia Moreira
Uma ofensa do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) proferida em 2003, enquanto os dois discutiam em um corredor da Câmara, voltou a ser notícia nas últimas semanas: ao responder a um discurso da deputada sobre a ditadura militar, o parlamentar voltou a declarar que ele só não a estupra porque ela “não merece”.
Maria do Rosário não é a primeira nem tampouco será a última mulher a ser alvo das ofensas de Jair Bolsonaro. A ministra Eleonora Menicucci [Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres], a senadora Marinor Brito (PSol-PA), a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) a cantora Preta Gil e inclusive a presidente Dilma Rousseff já foram atacadas por palavras agressivas do parlamentar.
Bolsonaro não cessou seu discurso ácido e, em entrevista à “Zero Hora” fez nova ofensa: “Ela não merece [ser estuprada] porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia. Não faz meu gênero. Jamais a estupraria.” Isso equivale a dizer que o estupro é uma questão de merecimento, onde a mulher “deseja ser violentada” e, quando o estuprador o faz, está premiando a mesma. Estupro não é prêmio ou castigo, é crime e violação dos direitos das mulheres.
Mas o que mais assusta neste lamentável episódio é saber que existem milhares de Bolsonaros na sociedade brasileira, já que ele foi eleito para seu sétimo mandato de deputado federal nas eleições deste ano, sendo o mais votado no Rio de Janeiro e com o terceiro lugar geral no País. São mais de 460 mil brasileiros que concordam com opiniões e atitudes de um político que não tem condições de representar o povo.
Bolsonaro extrapola a liberdade de expressão e os limites da dignidade humana, ignora os direitos humanos e os das mulheres, e trata com desrespeito os colegas. Mas isso não o intimida, porque o deputado não teme processos judiciais e representações que serão apresentados contra ele no Conselho de Ética. Ele irá responder a essas acusações como já fez em tantas outras; vai ser absolvido ou ver o processo ser arquivado, graças à imunidade e à inviolabilidade garantidas aos parlamentares pela Constituição Federal.
Contudo, o que aconteceu na semana passada serviu para direcionar nosso olhar à sociedade brasileira e vermos que o Brasil vive um momento de retrocesso em questões importantes, em que pessoas protestam a favor do retorno da ditadura militar, atacam e ofendem os nordestinos como se eles fossem os únicos responsáveis pela reeleição da presidente Dilma Rousseff e, segundo uma pesquisa do Ipea [Institudo de Pesquisas Econômica Aplicada], 58,5% dos entrevistados concordam com a ideia de que se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros.
Isso demonstra que a sociedade brasileira ainda precisa avançar muito em questões como o combate à intolerância, ao preconceito e ao machismo, porque, infelizmente, Bolsonaros só são eleitos porque representam pessoas como eles.
Elzenúbia Moreira é jornalista.
“Considero o Jornal Opção acima da média”
Fábio Coimbra Parabéns a este belo e sensacional jornal. Aqui, de Barcelona, custa-me acreditar que um Estado como Goiás, desconhecido no País (não tenho certeza, mas meus amigos de São Paulo não o conhecem) e no mundo, tenha feito um jornal de tão alta qualidade. Desde que descobri o jornal, considero-o acima da média. Leio toda semana o caderno de Cultura e a coluna Imprensa, e eventualmente os editoriais, que são estupendos. Fábio Coimbra é doutor em Ciências Sociais e trabalha para instituições de pesquisa europeias.[caption id="attachment_24053" align="alignright" width="620"] Ascensão de Elismar Veiga à liderança municipal tem por objetivo fazer com que ele se cacife politicamente e fortalecer o partido para 2016[/caption]
A diretriz nacional do PHS para 2016 é de que a sigla deve lançar candidatura nos municípios. Nesse sentido, na quarta-feira, 17, o então vice-presidente da sigla em Anápolis, Elismar Veiga, ascendeu à presidência e mostrou que a diretriz valerá para a cidade. O nome de Elismar foi indicado para concorrer à cabeça da possível chapa pelo partido. O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, esteve presente na cerimônia. Além dele, o cogitado candidato para concorrer à Prefeitura pelo PSDB, Alexandre Baldy, também prestigiou a posse.
Segundo Elismar, ainda que Baldy seja um amigo e um representante anapolino na Câmara Federal, a diretriz está valendo. “O PSDB tem toda liberdade de traçar seu caminho, como o PHS também tem. O nosso partido tomou esse posicionamento. Se houver necessidade de um diálogo lá na frente, para um primeiro turno, para juntar a base do governador, isso será resultado de uma conversa de todos os partidos da cidade”, disse.
O caso é que, neste ano, o PHS mobilizou sua base para reeleger o tucano Marconi Perillo. Assim, o anúncio da possível chapa do PHS em Anápolis não inviabiliza, por exemplo, uma coligação com o PSDB de Baldy em 2016, seja na cabeça ou na vice. Como informou Elismar, conversas serão feitas.
O agora presidente anapolino comentou ainda que a disputa pela Prefeitura de Anápolis está “completamente” aberta e que, diferentemente da eleição passada, não há um candidato com aprovação da maioria da cidade. “Como a disputa está muito aberta, ela será acirrada, com muitos candidatos e, certamente, vai se sobressair quem tiver a melhor proposta para cidade”, afirmou. Nesse sentido, o partido já tem alguns planos para 2015.
Elismar contou que a sigla propõe formar uma chapa competitiva e qualificada de candidatos à Câmara Municipal. “Temos bons nomes. Por exemplo: dra. Gina Troconi, que já foi vereadora; e Ananias Júnior, que é um jovem talentoso e com muita habilidade política.
Além disso, a sigla tem conversado com outros partidos para montar um bloco. O objetivo, explicou, é oferecer um projeto qualificado para o município: “Já começamos o diálogo com diversos outros partidos, no sentido de montarmos um bloco para trabalharmos juntos, pensando em um projeto coletivo, para que seja bom para cidade”. Ainda que alegue ser prematuro comentar quais são as siglas, Elismar cita o PHS, cuja proximidade é grande e o PSDC, presidido por Isaias Carvalho, que também esteve presente na cerimônia de posse.
O prefeito João Gomes (PT) se reuniu no início da semana com a presidente do sindicato dos professores, Jocilene dos Santos, e com a secretária municipal de Educação, Virgínia Melo. No encontro, Gomes aproveitou para anunciar que Virgínia continuará à frente da pasta em 2015. O objetivo era discutir a regulamentação da jornada de trabalho dos professores. “Atualmente, os professores trabalham 32 horas e recebem por 40. A proposta é que seja reduzida para 28”, explicou a secretária. Segundo ela, é necessário seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal, porém o que o sindicato propõe não há como cumprir. Espera-se que já em 2015 ambas as partes cheguem a uma definição. Gomes destacou as conquistas já feitas, como o plano de cargos e salários e a capacitação do profissional, e pontuou que é necessário discutir os pontos financeiro e legal de cada reivindicação. O número de profissionais também foi pauta na reunião. “Nosso planejamento já conta com mais esta ação. Entendemos que será preciso mais profissionais para atender a demanda”. Ainda no início da semana, a Prefeitura publicou, no Diário Oficial, o edital do concurso público para professores de diversas áreas. São mais de 200 vagas.
[caption id="attachment_24049" align="alignright" width="620"] Vereadores questionaram o projeto do Executivo que previa um aumento de mais de 860% para alguns setores Foto: Ismael Vieira[/caption]
A Câmara Municipal de Anápolis aprovou, na terça-feira, 16, o projeto de aumento linear de 20% na alíquota do IPTU/ITU da cidade. Na Sessão Extraordinária, os vereadores questionaram o projeto do Executivo. A matéria inicial previa um aumento de mais de 860% para alguns setores. “Junto com a parte jurídica da Câmara, nós optamos pelo aumento de 20%, que é razoável, não lesa o contribuinte e ainda aumenta a arrecadação do município”, explicou o relator do projeto substituto, o vereador Jean Carlos (PTB). A matéria, que teve tramitação em Comissão Mista, foi aprovada com nove votos contrários, 12 favoráveis e uma abstenção. Frei Valdair (PTB) comentou que o ajuste foi feito de forma justa: “O texto original seria muito pesado para a população”.
Entre os que votaram contra, estão os vereadores Mirian Garcia (PSDB) e Vespasiano dos Reis (SD). A tucana Mirian explicou que a Prefeitura de Anápolis deve adequar suas despesas à receita e não o contrário. “O aumento do salário mínimo é de 8%; a comida subiu; a inflação está alta. Pode ser um aumento de R$ 1, que serei contra. O cidadão não aguenta mais aumento”, afirmou.
Já Vespasiano considera a arrecadação municipal alta e que, portanto, não poderia apoiar uma nova alta.

[caption id="attachment_24039" align="alignright" width="620"] Vereadores da oposição comemoram com manifestantes a derrota do projeto que aumentava o IPTU/ITU | Foto: Assessoria/Thiago Albernaz[/caption]
Depois de muitas discussões e polêmicas envolvendo o reajuste na Planta de Valores Imobiliários, que define o valor dos imóveis da capital e também reflete no aumento do IPTU e do ITU, a matéria foi rejeitada pela Câmara Municipal, na sexta-feira, 19. Foram 17 votos contra e 16 a favor. Com a rejeição da matéria, o aumento dos impostos para os goianienses será referente, apenas, ao acréscimo do índice inflacionário, que deve ser de aproximadamente 7%. Os vereadores chegaran a aprovar, no dia anterior, (por 16 votos a favor e 15 contra, com três abstenções) o reajuste da alíquota em primeira votação. O valor aprovado havia sido de 39,8% para 2015 e 29,7% para o ano seguinte. Porém, o projeto seguiu para a Comissão de Finanças, onde recebeu uma emenda que reduziu o índice do próximo ano para 25% e manteve o de 2016. A Casa rejeitou, em segunda e última votação em plenário, o aumento de 25%. Os 33 vereadores estavam presentes na sessão. Apenas Rogério Cruz (PRB), que não foi na primeira votação do projeto, não compareceu.