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A repórter Carol Pires está escrevendo um perfil do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para a revista “Piauí”. Como o perfil não será laudatório, por isso não o ajudará no contencioso com o governo da presidente Dilma Rousseff e com a Procuradoria Geral da República, Eduardo Cunha não se interessou em conversar com a jornalista. Porém, como é uma repórter notável e, como Gay Talese, não desiste ante a primeira barreira, Carol Pires ouviu adversários e aliados de Eduardo Cunha e certamente escreverá um perfil preciso do Ulysses Guimarães da savana ou do deserto.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é uma espécie de trator político. Acossado, reage batendo. Entrevistado pelo jornalista Mario Sergio Conti, do programa “Diálogos”, na GloboNews, o peemedebista adotou um estilo agressivo, levemente ameaçador, mas não deu certo. Mario Sergio Conti, ex-editor da revista “Veja” e da revista “Piauí”, além de tradutor de Marcel Proust, comportou-se de maneira tranquila, sem nenhuma agressividade, e não permitiu que Eduardo Cunha se comportasse como se estivesse admoestando um deputado novato na Câmara dos Deputados. Fez as perguntas apropriadas e praticamente obrigou Eduardo Cunha a dizer mais do que estava disposto. Eduardo Cunha sustenta que não faz oposição à presidente Dilma Rousseff. De fato, não faz, pois não quer romper. O que o deputado e seus principais aliados, como o mais hábil Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, querem é outra coisa: subordinar o frágil governo da petista-chefe. Não querem romper, porque não sabem sobreviver na oposição. São homens do poder, quer dizer, nasceram para viver grudados nos que estão no poder.
Alberto Dines Quatro circunstâncias foram decisivas para convencer a equipe do programa de TV do Observatório da Imprensa a pautar o Caso SwissLeaks na edição levada ao ar na terça-feira (10/3, remissão abaixo): [relacionadas artigos="31252, 31255 "] 1. O enorme interesse suscitado pelo megavazamento na imprensa internacional, sobretudo europeia, e a decisão do Comitê de Redação do prestigioso Le Monde de publicar a lista de todos os correntistas, a despeito do veto simbólico dos acionistas majoritários. 2. A visível hesitação da grande mídia brasileira em entrar com vontade no assunto apesar de sua evidente importância. 3. O ineditismo dos procedimentos adotados pelos detentores da lista (Le Monde) entregando-a ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), entidade formada por 185 repórteres investigativos em 65 países, desde que cada nome fosse previamente investigado pelas seções nacionais a fim de evitar equívocos e injustiças. A decisão contrariava frontalmente a práxis vigente em nossos jornais de reproduzir integralmente – sem qualquer averiguação preliminar – as denúncias secretas que chegavam às redações com dossiês, vídeos, cassetes e fitas. O fenômeno levou este observador, em fins dos anos 1990, a batizá-lo como “jornalismo fiteiro” – em que o repórter é apenas um intermediário passivo. 4. Ao saber que o jornalista Fernando Rodrigues, ex-colunista da Folha de S.Paulo, responsável por um blog no portal UOL e um dos mais empenhados criadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) fora escolhido pelo ICIJ para coordenar a operação brasileira, a produção do programa prontamente assegurou a sua participação e, logo em seguida, a da ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, que já tratara do assunto em coluna recente (em 1/3, ver “Teoria conspiratória nº 8.667”). Garantidas as participações em Brasília (FR) e São Paulo (VGM), faltava ao time um debatedor carioca, vaga logo preenchida quando a produção foi informada que o repórter investigativo do Globo Chico Otávio, profissional premiado e participante habitual do programa, acabara de ser convidado pelo ICIJ para participar da rede de investigadores.
Primado da independência
O programa foi exibido na terça-feira (10/3) e tratou principalmente das questões centrais: o prudente procedimento adotado pelo consórcio detentor da megalista, contrariando a velha rotina do “jornalismo fiteiro” adotada arbitrariamente pelos porteiros de nossas redações ao publicar denúncias sem um mínimo de investigação prévia. A outra questão atendia às insistentes reclamações de outros profissionais independentes, principalmente blogueiros, que consideravam injusta a exclusividade concedida aos dois conhecidos jornalistas. Queriam a socialização do “furo”. Quatro dias depois (sábado, 14/3), o Globo publicou com grande destaque na capa e página inteira do primeiro caderno a lista dos 22 empresários de mídia, herdeiros e cônjuges que mantêm ou mantiveram contas numeradas no HSBC suíço, além de sete jornalistas. Entre estes, e apresentados como “Família Dines”, os quatro filhos deste observador residentes no exterior há três décadas (menos um), sem contas bancárias no país, sem rendimentos locais. Classificados honrosamente como “jornalistas independentes”, apenas dois são formados em jornalismo, porém afastados da profissão há pelo menos 15 anos. [Veja abaixo a íntegra da contestação deste observador publicada neste OIna noite do mesmo sábado.] Até o momento o Globo não se retratou, achou perfeitamente válido o seu aberrante código de ética e seus critérios editoriais exibidos com tanta desfaçatez. No entanto, passada uma semana do programa, seu editor-responsável e apresentador assume um grave erro: escapou do debate um dado crucial – o quadro de associados do ICIJ é restrito a JORNALISTAS, não está aberto a JORNAIS, empresas com seus interesses nem sempre os mais nobres. E o que aconteceu naquele sábado foi uma clara intervenção da direção do jornal O Globo no trabalho do seu veterano repórter Chico Otávio. Ele, sim, jornalista independente, sem aspas. A matéria foi editada e manipulada por ordem do “aquário”. Isto salta à vista quando se compara o estilo narrativo do repórter – incisivo, factual, claro – com a montagem infanto-juvenil no estilo de infográfico publicada no sábado. Chico Otávio é professor de jornalismo na PUC-Rio, repórter puro-sangue, seus chefes/editores não têm o direito de macular seu currículo utilizando um autêntico jornalismo marrom no estilo da revista Escândalo, denunciada pelo falecido Diário da Noite (Rio) e fechada pela polícia em 1963. Além da desobediência à cláusula pétrea do Consórcio Internacional de JORNALISTAS Investigativos, configura-se outra transgressão: o sistema de pool empresarial é antijornalístico, inconfundivelmente monopolista e corporativista. Os jornalistas associados ao ICIJ têm o direito de compartilhar informações, as empresas nas quais trabalham (ou das quais são parceiros), não podem fazer jogadas combinadas. Isso é lobismo. Prova: na sexta-feira (13/3), véspera da patifaria, o Globo revelou em manchete que o crime organizado e a contravenção tinham dinheiro na Suíça (págs. 3 e 4). A matéria é vintage Chico Otávio. A Folha não a reproduziu. Mas reproduziu secamente, à sua maneira, no dia seguinte, as informações sobre contas de empresários, cônjuges, herdeiros de grupos de comunicação e jornalistas (sem citá-los, caderno “Mercado”). Está evidente que houve uma combinação entre os jornais para explorar o mesmo tema simultaneamente. Embora Fernando Rodrigues tenha nomeado em seu blog os mesmos não-jornalistas, evitou inferências infames a respeito dos sobrenomes. O Brasil tem o dom de avacalhar tudo. Inclusive um magnifico exemplo de cooperação jornalística internacional. O ICIJ vai ser informado. Jornalismo investigativo deve ser obrigatoriamente independente. Se não é independente não pode ser plenamente investigativo.O UOL e “O Globo” publicaram os vazamentos do SwissLeaks sobre os brasileiros que têm ou tiveram contas no HSBC na Suíça (ressalve-se que ter contas no exterior não é crime, desde que estejam declaradas à Receita Federal e notificadas ao Banco Central). São pelo menos 22 empresários e sete jornalistas. Mona Dorff nega ter conta no HSBC. Alguns já morreram. [relacionadas artigos=" 31252, 31253 "] Alexandre Dines — Filho do jornalista Alberto Dines; Aloysio de Andrade Faria — Grupo Alfa (Rede Transamérica); Anna Bentes — Foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete; Arnaldo Bloch — Jornalista de “O Globo”; Arnaldo Dines — Filho de Alberto Dines; Carlos Cadeira Filho (falecido em 1993) — Grupo Folha; Debora Dines — Filha de Alberto Dines; Dorival Masci de Abreu (morto em 2004) — Foi proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras); Edson Queiroz Filho (falecido em 2008) — Grupo Edson Queiroz; Fernando João Pereira dos Santos — Grupo João Santos (TV e Rádio Tribuna — no Espírito Santo e em Pernambuco — e o jornal “A Tribuna”); João Jorge Saad (morto em 1999) — Fundador da Rede Bandeirantes; João Lydio Seiler Bettega — dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná; José Roberto Guzzo — Jornalista, diretor editorial da Editora Abril e colunista da revista “Veja”; Lenise Queiroz Rocha — Grupo Edson Queiroz (TV Verdes Mares e “Diário do Nordeste”; Liana Dines — Filha de Alberto Dines; Lily de Carvalho (morreu em 2011) — Viúva de Horácio de Carvalho (“Diário Carioca”) e de Roberto Marinho (Organizações Globo); Luiz Fernando Ferreira Levy — Foi proprietário do jornal “Gazeta Mercantil”; Luiz Fernando Luiz Vieira de Mello (falecido em 2001) — Ex-Rádio Jovem Pan; Luiz Frias — Presidente da Folha e CEO do UOL (conta encerrada em 1998); Maria Helena Saad Barros (falecida em 1996) — TV Bandeirantes; Mona Dorff — jornalista; Octavio Frias de Oliveira (morto em 2007 — Grupo Folha (edita a Folha de S. Paulo, UOL e Valor Econômico); Paula Frota Queiroz — Grupo Edson Queiroz; Ratinho (Carlos Roberto Massa) — Dono da Rede Massa (afiliada ao SBT no Paraná); Ricardo Saad — Filho de João Jorge Saad; Silvia Saad Jafet — Sobrinha de João Jorge Saad; Solange Martinez Massa — Mulher de Ratinho; Yolanda Vidal Queiroz — Grupo Edson Queiroz.
Alberto Dines [Publicado originalmente em 14/3/2015] Para mostrar-se isento, imparcial, impecável e imaginando que fazia história, a edição de sábado (14/3) de O Globo resolveu escancarar suas culpas e revelar os nomes dos empresários de mídia, herdeiros, cônjuges e jornalistas que mantinham contas secretas na Suíça. Entre os sete profissionais vivos estão os quatro filhos deste observador agrupados como “Família Dines”. Embora classificados como “jornalistas independentes”, adultos e efetivamente independentes, aparecem identificados pelo nome do pai que apenas se prontificou a prestar esclarecimentos ao repórter já que três deles vivem no exterior há cerca de 30 anos, não têm conta bancária nem declaram rendimentos no Brasil. O mesmo e perverso sistema que consiste em identificar as proles pelo nome dos pais não foi usado ao mencionar a conta secreta da falecida Lily de Carvalho, viúva do também falecido Roberto Marinho, cujos três filhos comandam o mais poderoso grupo de mídia da América Latina. Seguindo a infame lógica que levou o jornal a colocar este observador no meio de supostos infratores, também os filhos de Roberto Marinho – o primogênito Roberto Irineu Marinho, o filho do meio João Roberto Marinho e o caçula José Roberto Marinho (ou um deles em nome dos demais) – deveriam ter sido nomeados e feito declarações para explicar os negócios da madrasta. O certo seria dar voz a João Roberto Marinho (que fala em nome da empresa e dos acionistas majoritários além de comandar o segmento da mídia impressa) para dar as explicações que o Globo generosamente preferiu encampar no próprio texto da matéria para não macular a imagem do grande chefe. João Roberto Marinho é uma figura decente, este observador assim se considera igualmente. João Roberto Marinho foi poupado pelos subordinados; já este observador foi incluído numa relação precária, suspeita, e que, além disso, diz respeito apenas a correntistas e/ou beneficiários.
História suja
[relacionadas artigos=" 31253, 31255 "] Onde está a equidade, a isonomia? Ficou no aquário da redação alimentando a hipocrisia e a onipotência dos que se sentem senhores do mundo e da verdade. Ao jornalista profissional, crítico da mídia, persona non grata para os barões da imprensa e seus apaniguados, o rigor deste insólito código que se serve de um sobrenome para avacalhar todos os que também o usam. Nas contas deste observador há no Brasil outros oito membros da honrada família Dines que nada têm a ver com o caso HSBC. Ao falar de Roberto Marinho ou Octavio Frias de Oliveira, suas respectivas proles – por cavalheirismo – foram poupadas. Este observador vive do seu salário de jornalista há 63 anos. Numa idade em que outros vivem dos direitos autorais, poupança ou investimentos, este profissional vive dos rendimentos de um PJ (pessoa jurídica) sem direito a férias, plano de saúde e outras regalias dos celetistas. Há 17 anos consecutivos é obrigado a passar dois dias por semana no Rio e nos demais trabalhando dez ou doze horas diárias para obter o suficiente para viver com algum conforto. Se os meus filhos fossem “laranjas” como alguns idiotas das redes sociais tuitaram, as obras de sua casa no Rio – único bem que possuo –, paradas há mais de um ano, já estariam terminadas e o estresse das viagens, eliminado. Meus filhos são adultos, com mais de 50 anos, solteiros, independentes. Nunca perguntei quanto herdaram, quanto guardavam, nem onde. Não tenho conta na Suíça, não tenho poupança, CBDs, ações, investimentos nem no Brasil nem em lugar algum. Meus filhos têm mais de 50 anos, vivem no exterior há cerca de 30 anos (exceto o caçula, no Rio, beneficiário dos irmãos). Os valores foram herdados da mãe, com quem fui casado em regime de total separação de bens, e de quem me separei em 1975. Eles estão pagando por causa das trapalhadas dos parentes maternos (a família Bloch) e o pai, que deles se orgulha, envolvido numa história suja armada por empresas jornalísticas que, para limpar o seu nome, não se importam em macular a vida, carreira, escrúpulos e sacrifícios de outros. Pretendo continuar a viver da minha profissão, renda ela o que render, porque para mim jornalismo não é apenas sobrevivência. É opção de vida limpa, digna, honesta.Em Tempo
O que significa ‘jornalista independente’? Na relação das “contas secretas” no HSBC suíço divulgadas no sábado (14/3) pelo Globo e pelo blog de Fernando Rodrigues no UOL há 22 empresários de mídia e sete jornalistas: quatro deles classificados como “jornalistas independentes” e com o sobrenome Dines. Qual o critério que norteou esta classificação profissional se apenas dois deles têm diploma de jornalismo, mas deixaram o seu exercício há pelo menos 15 anos? A explicação é simples: se arrolados em outra relação, a lista dos profissionais sairia ainda mais mirrada e a dos empresários ganharia ainda mais relevância. Para equilibrar e mostrar que empresários e jornalistas são farinha do mesmo saco foi preciso forçar uma qualificação profissional enganosa só porque com o mesmo sobrenome há um conhecido jornalista na ativa. Vale tudo.João Domingos Araújo
Pessoas, durante um período razoável amadureci a ideia de deixar o jornalismo diário. Conversei seguidamente a respeito com minha companheira, Elza Pires, com meus filhos Maíra Cirineu e Saulo Cirineu Araújo. Deles recebi apoio total desde o primeiro momento em que manifestei a intenção de me afastar do jornalismo diário, uma das únicas coisas que me viram fazer durante toda nossa convivência.
Dos meus 58 anos de vida, 36 foram na reportagem. Destes, 22 no Estadão, sendo oito numa primeira etapa (1990 a 1998, dois anos em O Globo e um na Gazeta Mercantil) e 14 na segunda etapa, de 2001 até agora. Gosto do que fiz, gosto do que faço. Saio num momento bom, o que é muito bom. Saio sem atritos dentro do Estadão. Ao contrário, ficam o coleguismo, o respeito e muita admiração, como, por exemplo, por Tania Monteiro, com a qual trabalhei entre 1985 e 1988 na Folha de S. Paulo, nós dois tão jovens. Eu agora entreguei os pontos, ela não. Ainda trabalha como uma louca.
No período em que maturei a possibilidade de sair, tive longas conversas com Marcelo de Moraes sobre dúvidas que me passavam pela cabeça e coisas semelhantes. Quase sempre recebi dele uma bronca sincera, além das sugestões para que eu pensasse e repensasse o que pretendia fazer. Cheguei mesmo a imaginar que não conseguiria arrancar o "sim" do chefe (ô descasamento difícil). No final, minha persistência o cansou. Marcelo tem uma grande mão de comando. E uma grande equipe para comandar. Mescla repórteres experientes com jovens, jovens que são excepcionalmente bons e que trabalham tanto que muitas vezes não têm tempo para adoecer.
A vida de um repórter tem altos e baixos, todos devem ter consciência disso. E nem sempre é uma festa. Mas o que fica na lembrança é a da festa. Por isso, vou sentir muita saudade das portas do Renan, do Temer, do Alvorada, de qualquer uma. É nesses momentos de tempo infinito debaixo de sol e de chuva que muita gente se conhece. E eu, nesses oportunidades, e já com meus 58 anos, pude fazer contato com meninos e meninas mais novos que meus filhos - e se eu brincasse um pouco mais, daqui a pouco da idade do meu neto.
Acho que chegou a hora de deixar para eles, a garotada que chega, o espaço que terão de buscar, porque é essa nova geração que vai definir o futuro do jornalismo, se será como o conhecemos hoje ou alguma coisa muito mais sofisticada, se em preto e branco ou em 3D - e tomara que a coisa funcione, porque o 4G é uma merda. Sentirei saudades das portas, como disse, e talvez até dos plantões de fim de semana, com aqueles dias ensolarados e a gente dentro de uma redação trabalhando. Sentirei saudades sim dos plantões, mas terei a certeza de que não terei mais de produzir notícias quentes e inéditas. Ah, isso já me dá uma satisfação danada.
Nos últimos dois dias, recebi ligação telefônica de quase todos os colegas do Estadão. Até de um, Ricardo Brito, que estava na fila do embarque para Turim. Vou pagar a todos eles com uma galinhada com pequi uns dias mais à frente. Também recebi manifestações por parte de colegas de quase todos os outros jornais, revistas, online, etc.Me lembrei que no começo, há 36 anos, a gente trabalhava numa máquina de escrever. Redação nenhuma tinha tantas para tantos repórteres. Então, um azarava a máquina do outro até ela quebrar. Hoje todos têm seus laptops, seus smartphones e seus dedos ágeis para escrever a matéria ali, ao vivo, enquanto a autoridade fala.
Do período da máquina de escrever para cá travei uma séria batalha contra os chavões e lugares comuns. Quase sempre perdi. Mas não posso deixar de dizer para os que estão chegando: evitem qualquer tipo de chavão e lugar comum. Verão que o texto vai ficar muito melhor. De resto, obrigado a todos os que se manifestaram e também para os que não se manifestaram. Sai uma geração, entra outra. Eu, amigos, vou curtir a vida. Estava na hora. Bjs a todos.
João Domingos Araújo, ex-repórter do “Estadão”, trabalhou em Goiás. O texto foi extraído de seu Facebook.

[caption id="attachment_31247" align="alignnone" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Corre que ainda dá tempo! É que as inscrições fecham nesta terça-feira, 24. Ah, claro, as inscrições para os cursos técnicos do Basileu França, ofertados por meio do Centro de Educação Profissional, a partir da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás. Os cursos são de habilitação profissional técnica de nível médio em artes, com formação em três anos.
Legal, não é? São 247 vagas nas áreas de música, teatro, dança e artes visuais. Leve seus documentos pessoais (copias e originais), uma foto 3x4, comprovante de escolaridade (pois, é necessário estar cursando ou ter cursado o ensino médio ou equivalente), mais a quantia de R$ 60 na secretaria do Basileu, ali no Setor Universitário, e prepare-se para as provas teóricas e de habilidades específicas, aplicadas a partir do dia 27 deste mês. E, ó, muita sorte!

[caption id="attachment_31494" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Que tal ver Thelma e Louise nas telonas? A jovem dona de casa Thelma, interpretada por ninguém menos que Geena Davis, e a garçonete quarentona Louise Sawyer, interpretada — também por ninguém menos que — Susan Sarandon, pegam a estrada, abandonando a vida monótona que levam.
Daí, você pode agitar a hora do almoço, pois as sessões são 12h30, exibidas do dia 23 ao dia 27 de março, no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro. Aproveite!

Economia ladeira abaixo, corrupção, inflação, popularidade derretendo, PMDB ditando o ritmo da governabilidade e com isso a presidente refém de Eduardo Cunha e Renan Calheiros...

- Desde 2012, a banda Granfieira bota a cultura de gafieira na pista de dança e te convida para dançar a dois. Nesta quinta-feira, 26, a festa é ali no Bolshoi Pub.
- Em tributo a Dolores Duran, Cláudia Garcia preenche os palcos do Sesc Centro com a intensidade e independência da compositora de “Por Causa de Você”, canção que dá nome ao show. É nesta sexta-feira, 27, às 20 horas, na rua 15.
- Com curadoria de Eugênio Carmona, “Picasso e a Modernidade Espanhola” ganha o Centro Cultural BB de SP e fica em cartaz daté o dia 8 de junho com cerca de 90 obras.

Livro

Música

Filme


Com exibições de filmes e debates, a 4° edição da Mostra tem como objetivo ampliar a participação social no espaço acadêmico
A experiente bancada de opositores na Assembleia Legislativa prometia balançar o coreto governista, mas não foi além da banda de música

Nega Lilu, R&F Editora dão lições de “como fazer livro” e os escritores Edival Lourenço e Kaio Bruno Dias acrescentam: “Não é nada fácil”
Não vamos falar das manifestações do dia 15 de março. Elas falam por si mesmas. Só não ouve quem não quer, como o governo federal e o PT. O pior surdo é o que não quer ouvir.