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Queiram ou não seus críticos, das duas, uma: ou a operação vence ou sobrevive o Brasil antigo e viciado

A prefeita de Bela Vista, Nárcia Kelly (PTB), trabalha com afinco e é uma política decente. Mas aliados alegam que “não atende telefonemas” e tem o hábito de “desaparecer”. E, como o prefeito anterior, não está cuidando direito dos livros doados pelo crítico literário e poeta Gilberto Mendonça Teles. Prometeu construir uma biblioteca, mas, até agora, nada.

[caption id="attachment_84127" align="aligncenter" width="620"] Karlos Cabral assumiu mandato na Assembleia em dezembro de 2016 | Foto: Ruber Couto[/caption]
Os articuladores políticos do governo Marconi Perillo admitem que Karlos Cabral, do PDT, é um deputado consistente e debate bem os temas. Mas ponderam que até agora não entendeu que quem diz pertencer à base aliada deve se comportar como integrante desta base.
Karlos Cabral, no dizer de seus críticos governistas, “apresenta-se como situação, mas comporta-se como oposição”. Ele estaria fazendo “jogo duplo”: “Tenta beneficiar-se das ações do governo, mas não vota matérias polêmicas. Nas suas bases, também estaria criticando o governo”.
“O deputado é casado, mas quer levar vida de solteiro”, afirma um aiado do governador Marconi Perillo.

Demóstenes Torres e Lúcia Vânia estão embolados no terceiro lugar, mas quem cresce é o ex-senador

Não há como excluir de um cânone mínimo Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, na prosa, e Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, na poesia

Adversário de Iris Rezende no primeiro turno da eleição passada, deputado do PSD constata falta de ousadia na administração do peemedebista, principalmente nas áreas de mobilidade e saúde
[caption id="attachment_89312" align="alignleft" width="620"] Francisco Júnior: “Mobilidade urbana e saúde continuam sem soluções” | Foto: Arquivo / Jornal Opção[/caption]
Na sexta-feira, 7, o prefeito Iris Rezende abriu o terceiro mutirão da sua atual gestão, em estrutura montada no Parque Municipal Campininha das Flores, no Bairro de Campinas, aproveitando o aniversário do setor. Mutirão é uma forma de levar ações e serviços para a população, o que é útil, mas é também um recurso antiquado e ultrapassado num contexto de modernidade.
A cidade precisa de soluções estruturadas, principalmente em questões cruciais como mobilidade urbana, saúde e educação. Mas soluções estruturadas, em consonância com o moderno ferramental tecnológico, é o que não se vê na gestão de Iris Rezende. Mais que isso, a administração do decano peemedebista está “patinando” na falta de resolutividade.
A constatação é do deputado estadual Francisco Júnior, do PSD, um dos adversários de Iris Rezende na eleição do ano passado. Francisco não passou para o segundo turno, mas seu plano de governo alcançou grande repercussão, numa evidência concreta de que suas propostas estavam ganhando aceitação por parte dos eleitores. O pessedista, que figurava na maior parte das pesquisas em quinto lugar, cresceu e chegou a superar a candidata do PT, Adriana Accorsi, apoiada pelo então prefeito Paulo Garcia, e que teve a máquina da Prefeitura ao seu dispor.
Francisco Júnior faz uma avaliação crítica, mas realista, da gestão de Iris Rezende. Lembra que, na campanha, o peemedebista se compromissou com várias ações que agora não estão sendo realizadas. Ele destaca especialmente duas áreas, a saúde e transporte/trânsito, em que a situação continua como antes. “Aliás, o que vemos nessas áreas são problemas.”
Francisco avalia que o prefeito deve estar tentando: “A gente vê na imprensa uma ou outra notícia, mas não percebemos ainda o resultado de melhoria dos serviços para a população. Na verdade, a administração de Goiânia está patinando”, avalia o deputado.
Ele lembra que essas áreas que já estavam mapeadas como problemáticas na campanha. Diante dessa constatação, cabe a pergunta: O que Francisco Júnior estaria fazendo de diferente de Iris se tivesse sido eleito?
“Dentro do nosso plano de governo tínhamos ações previstas nessas áreas. Na mobilidade, tínhamos um programa de investimento. Eu defendo que parte do transporte público seja subsidiado, financiado pelo carro. É preciso fazer a gestão do estacionamento, a gestão do carro na cidade. É preciso uma definição clara da aplicação dos recursos provenientes das multas na educação do trânsito, mas também no financiamento da mobilidade, dos investimentos necessários”, diz o parlamentar.
Ao mesmo tempo – afirma o deputado -- é necessário rever a aplicação dos contratos do transporte. “Vê-se na imprensa, constantemente, que as empresas não estão cumprindo o contratado. É preciso verificar como está o cumprimento dos contratos, a manutenção dos terminais, a qualidade, o conforto, a segurança. E daí é preciso investir nisso, para causar impacto direto na mobilidade.”
Falta estímulo à bicileta
O deputado faz algumas perguntas diretamente relacionadas à questão: Cadê o estímulo ao transporte compartilhado? Cadê o investimento em modais alternativos? Onde o estímulo mais inteligente no uso da bicicleta, para que ela substitua pelo menos um trecho do ônibus? O cadê o estímulo ao uso da bicicleta na periferia e não só no centro da cidade?
Segundo o parlamentar, Iris Rezende deveria fazer uma revisão do consórcio intermunicipal de transporte, das linhas, das demandas. “Falta pesquisa do uso das linhas, para mapear a questão de origem e destino, o que pode racionalizar o sistema. Essas coisas, eu não sei se está acontecendo, não vi divulgação. Mas isso fazia parte do nosso plano de governo.”
Francisco Júnior discorre também sobre o outro nó administrativo, a saúde. Lembra que tinha o projeto Mais, que preconizava mais rapidez e mais qualidade no atendimento. O sentido, explica, era otimizar os recursos, investindo em central de exames, racionalizando a carga horária dos médicos.
O plano do PSD era fazer uma integração da saúde com a mobilidade para facilitar o acesso, entre outras ações, para acabar com as filas. Mais transparência na divulgação das vagas – e até há um projeto na Assembleia nesse sentido.
“Prevíamos um investimento significativo no primeiro biênio em saúde, para causar impacto mesmo no setor. Entendemos que isso é necessário, inclusive com parcerias com a saúde privada, para diminuir as filas. São alguns exemplos. E o fato é que não vejo nada disso na gestão atual. Lamentavelmente, a saúde continua tão deficiente quanto antes”, diz o deputado.
Tem de sair da redoma
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Luiz Bittencourt: “Cidade em caos” | Foto: Arquivo / Jornal Opção[/caption]
Com mandatos de deputado estadual e federal no currículo, o engenheiro Luiz Bittencourt (PTB), político que já disputou a Prefeitura de Goiânia e que tem um profundo conhecimento da cidade, também é crítico da gestão de Iris Rezende. Ele diz que, em resumo, Iris teria de melhorar a cidade já no primeiro dia de gestão, o que não fez nestes seis meses de governo. “A verdade é essa. Não vale a desculpa de que pegou a cidade em situação financeira difícil, e que foi eleito para administrar por quatro anos e ainda só tem seis meses. Isso é um chavão.”
Segundo Bittencourt, o prefeito tem de “sair da redoma”. Iris ganhou e se isolou, afirma, nem tem líder na Câmara, não conversa com os vereadores. “Ele tem de sair da redoma e resolver os problemas, ter humildade para ouvir as pessoas na busca de soluções, ouvir o que as pessoas estão falando.”
O ex-deputado não tem dúvida em dizer que a cidade está um caos no trânsito. A crítica se estende também à saúde, que “está ruim demais”. Igualmente complicado, diz, é a área da educação das crianças. “Os professores e servidores da educação estão defasados. E há muita burocracia, muitos impostos. Iris tem de cumprir os compromissos de campanha, fazer o que disse que iria fazer.”
Segundo Luiz Bittencourt, o peemedebista não cumpriu nada do que prometeu. “E ele poderia ter tomado uma série de medidas já no primeiro dia de mandato. Modelo de gestão hoje tem de ser dinâmico, ágil. E Iris Rezende não está atento a isso. Ele não percebeu que tem de fazer as coisas acontecerem. Como não está fazendo, a cidade continua no caos. Infelizmente, essa é a nossa realidade.” l

O escritor siciliano, que morreu há 60 anos, deixou uma obra-prima que obteve sucesso entre o público exigente sem deixar de ser popular. Biografia revela que tinha um amigo no Brasil, o engenheiro Guido Lajolo

Em etapa preliminar na Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), diagnóstico realizado por grupo de trabalho será o primeiro passo para elaboração da minuta do Projeto de Lei a ser apresentado pela prefeitura

É mais fácil ler uma reportagem sobre o Rio de Janeiro, feita por alguma agência, do que uma reportagem sobre Rio Verde na imprensa de Goiânia
Em meio à polêmica sobre a exigência de magistrados morarem na comarca onde estão lotados, no dia 26 de junho o plenário da Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) aprovou a resolução que regulamenta a moradia de juízes nas comarcas do interior. Mas talvez outra polêmica, ainda maior, esteja batendo às portas do Judiciário: a ausência de notários, tabeliães e registradores nos cartórios por que deveriam responder. A titularidade de um cartório é outorgada por meio de delegação do Poder Judiciário, onde se subentende que o titular deva responder à sociedade quando for procurado. Todavia, tal fato é exceção, principalmente nos maiores cartórios do Estado de Goiás. É bastante improvável que o cidadão que paga pelos serviços cartoriais consiga falar com alguns titulares de cartórios goianos. [relacionadas artigos="99585"] Há indícios, inclusive, de cartorários morando no exterior, o que com certeza não deve ser difícil de ser constatado pela Corregedoria de Justiça, bastando requisitar os passaportes dos titulares para comprovar tal fato. Quanto a notários morando em outros Estados isso não chega a ser novidade; tanto é verdade que os próprios servidores do cartório às vezes informam que o titular mora em outro Estado. Se o titular detém uma delegação do Poder Judiciário, será que o mesmo também não estaria obrigado a prestar serviço na serventia? Não podemos admitir que titulares se afastem dos cartórios delegando eternamente suas funções a terceiros sem a devida prestação de serviços à comunidade a qual prestou compromisso. Ou será que o concurso para titular de cartórios extrajudiciais serve tão somente para enriquecer seus titulares, a ponto de sequer ao menos prestarem serviços à comunidade e ainda comandarem seus subordinados por meio de notebooks, morando em outros países e Estados, desfrutando dos prazeres que as altíssimas despesas cartorárias lhes propiciam? Para que as autoridades não passem despercebidas a esse problema, este colunista e advogado protocolou pedido junto à Diretoria do Foro da Comarca de Goiânia, requisitando que sejam esclarecidas tais circunstâncias e tomadas as devidas providências, bem como encaminhará cópia da reclamação ao presidente do TJ-GO, ao corregedor-geral de Justiça, ao presidente da Associação Brasileira de Advogados - Seção Goiás (ABA-GO), à Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) e à seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO).

Para a maioria dos analistas de mercado e economistas, o Brasil conseguiu, sim, escapar da sua pior tragédia econômica da história, mas recuperação plena ainda será demorada

Estabelecer parcerias e promover uma gestão coletiva estão entre as ações principais para o reitor eleito encarar seu terceiro mandato à frente da instituição

Presidente da Câmara intensifica contatos no mercado financeiro, para mostrar que está pronto para assumir quando o peemedebista cair

Uma vestal em casa de moças de reputação suspeita. Parece ser essa a imagem que o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), tem de si. Mesmo distante milhas e milhas, diretamente de Edmonton (Canadá), onde participou da abertura da segunda edição dos Jogos Indígenas, na terça-feira, 4, o prefeito vociferou novamente nas redes sociais, desta feita, contra a políticos do Estado do Tocantins.
“Os caras sendo indiciados, denunciados, por crimes que todos sabemos que na maioria dos casos são verdadeiros, têm a coragem de pedir voto”, disparou Amastha. Segundo o prefeito, “de trabalho, de projetos, de melhorar a vida da população, ninguém fala”. “Vamos cobrar meu povo (sic). Incompetência, roubalheira, tem que acabar”, alfinetou o gestor.
Tudo começou quando o chefe do Executivo comentou sobre a pressão para as definições sobre a disputa do pleito 2018. O prefeito disse que não quer saber disso no momento e que, na hora certa, tomará “alguma decisão”.
"Monte de gente enchendo paciência falando de 2018. Não quero saber. Tenho um diamante para polir. Na hora certa tomarei alguma decisão. Agora não”, postou. Ato contínuo, Amastha ressaltou: "Por isso o Tocantins não sai do buraco”. "Bando de políticos, na maioria vagabundos, que apenas pensa nisso. E o povo ainda vota neles. Até quando?”, questionou.
O ataque histérico gerou reações imediatas, dentre elas, o seu mais ferrenho crítico, o deputado Wanderlei Barbosa (SD). O parlamentar disse que vai enviar ofício a todos os prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e associações da classe política para informá-los da declaração do prefeito de Palmas, nas redes sociais. "Ao atingir políticos do Estado, o Amastha xinga prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores”, avaliou Wanderlei.
Para o parlamentar, o prefeito tenta fazer uma jogada de marketing político pessoal. "Não sei se tem orientação para isso, mas, dessa forma, ele fecha as portas para toda a classe política do Estado, não tenho dúvida”, afirmou o deputado.
Wanderlei disse repudiar esse tipo de comportamento porque ele generaliza e coloca todos no mesmo balaio. "Isso não é ruim para ele, é ruim para o Estado, que tem os seus líderes totalmente achincalhados por alguém que não tem compromisso com muitas cidades do Estado, mas com seu próprio telefone e com o que diz nas redes sociais”, criticou.
"Inclusive, o Amastha desrespeita ele mesmo e o grupo político dele, que conta com Tiago Andrino, Júnior Coimbra, Alan Barbiero e Ricardo Ayres, e sua base na Câmara de Palmas, composta por políticos antigos, como Jucelino Rodrigues, Folha, que tem três mandatos, Marilon Barbosa, Major Negreiros. Todos foram chamados de vagabundos”, afirmou Wanderlei.
Já o deputado federal Cesar Halum (PRB), em discurso na solenidade de lançamento do programa “Meu Lote Legal”, na quarta-feira, 5, no Palácio Araguaia, ressaltou que, quem quer parceria não pode ir às redes sociais e chamar todo mundo de vagabundo. “Aqui nesta mesa não tem vagabundo, só tem gente séria”, defendeu.
Para o parlamentar, Amastha não pode generalizar. “Precisa dar os nomes dos ‘vagabundos’, isso, sim, que é ser corajoso”, alfinetou o deputado.
Amastha fala em indiciamentos, denúncias e roubalheiras. “Ora, ora, o prefeito parece ter esquecido de lembrar da Operação Nosotros, que apurou fraudes em licitações e vasculhou seu apartamento, apreendendo dólares e documentos, enquanto ele estava em viagem à cidade de Barcelona; da investigação do TCU que barrou as futuras obras do BRT de Palmas, por indícios de licitações fraudulentas; ou mesmo que abriga no Paço Municipal, na condição de secretário municipal, o ex-deputado federal Junior Coimbra, envolvido até o pescoço nas delações da Odebrecht.”
O certo é que o tiro pode ter saído pela culatra, porque quem tem teto de vidro não pode atirar pedras para cima.

[caption id="attachment_99432" align="aligncenter" width="620"] Foto: Lucas Nascimento[/caption]
Na terça-feira, 4, tomou posse como presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o desembargador Marco Villas Boas, juntamente com os demais membros da mesa que ficarão à frente do órgão até 2019. Ao voltar ao comando do órgão que presidiu de 2011 a 2013, o magistrado exaltou a administração desembargadora Ângela Prudente e afirmou que dará continuidade ao trabalho dela.
Villas Boas destacou os avanços da Justiça Eleitoral e o aprimoramento das ações, citando que em 2005 o TRE iniciou a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade. “Em seguida iniciamos a biometria e encerramos o biênio 2011-2013 com 36% de eleitores. Recebo da minha antecessora um tribunal melhor ainda. Temos muito trabalho pela frente. Muito nos preocupa a situação política pela qual passa o Brasil”, disse.
Sobre a área administrativa e a gestão, Villas Boas destacou a realização de ações planejadas e participativas. “O TRE é um tribunal aperfeiçoado, bem planejado. Há algumas décadas nós estamos trabalhando o processo de qualificação, com um planejamento estratégico de qualidade, estabilidade no processo da coleta do voto do cidadão de forma que possa exercer com a maior liberdade possível, livre de constrangimento e de qualquer atividade espúria no processo eleitoral.”
Segundo ele, as perspectivas que tem em relação à gestão que se inicia é de dar continuidade ao trabalho sedimentado durante os anos. “Procuraremos desenvolver os melhores projetos, eu já tenho excelentes ideias e a primeira delas é copiar tudo aquilo que está nesse compêndio de Ângela Prudente”, brincou o presidente ao elogiar o relatório apresentado pela antecessora. “A gestão da desembargadora deixa um legado, assim como cada um de nós vem deixando após concluirmos nossos biênios como gestores.”
O presidente destacou que o Estado terá um processo eleitoral mais seguro, em 2018. “Teremos mais segurança em relação à identidade do eleitor e esperamos que os cidadãos caminhem para as urnas com maior consciência, com uma análise mais amadurecida de todo o processo político partidário em que vivemos e que nós consigamos ter uma organização partidária melhor, que os partidos políticos cuidem disso, para que tenham gestões efetivas e que possam ter atividades planejadas, isso é muito importante para a democracia. Sem partidos políticos bem organizados e livres de corrupção, nós não teremos uma democracia viável”, defendeu Villas Boas.