Bastidores
Eduardo Zaratz frisa que o ex-parlamentar é um nome consistente e testado política e eleitoralmente
Franco Martins, Sérgio Bravo e Divino Lemes podem compor com o prefeito? Difícil, até muito difícil, mas não impossível
Popularidade do prefeito do Partido Progressista paralisa a oposição no município
A prefeita Lucimar Nascimento anunciou, em carta, que não vai disputar a reeleição em outubro
O senador é cotado para disputar o governo do Distrito Federal em 2018
O jornalista é responsável pela comunicação atenta e sempre presente
Apontada como executiva eficiente, com larga visão do mercado financeiro, Marise Fernandes de Araújo, a chefona da Caixa Econômica Federal em Goiás, é cotada para disputar mandato de deputada federal em 2018.
Vários partidos, do PT ao PSDB, estão na sua cola. Todos querem lançá-la. Marise Fernandes não aparece muito na imprensa, mas é bastante conhecida em todo o Estado.
Marise Fernandes é uma executiva diplomática e atende todos bem, com eficiência. Os vários grupos políticos frisam que seu trabalho é técnico e não se preocupa com ideologias partidárias.
[caption id="attachment_46672" align="alignleft" width="620"] Marconi, Aécio e José Eliton: trio para 2018 | Foto: Wilder Barbosa[/caption]
Um pesquisador experimentado tem feitos levantamentos sobre a disputa para governador em 2018. Ele admite que está cedo para fazer pesquisas, exceto para orientação de possíveis candidatos, mas afirma que os dados são reveladores.
O quadro de 2018, se configurado como se apresenta hoje, pode repetir o de 1994—prejudicando as oposições. Em 1994, a divisão entre Lúcia Vânia e Ronaldo Caiado, que faziam oposição ao PMDB, contribui para a vitória de Maguito Vilela. Caiado e Lúcia Vânia chegaram a figurar em primeiro e segundo lugares, mas acabaram derrotados pelo terceiro colocado, Maguito Vilela.
Em 2018, com o DEM bancando Ronaldo Caiado e o PMDB lançando Daniel Vilela para o governo, pode se repetir o quadro de 1994? É possível. Ronaldo Caiado e Daniel Vilela dividirão a oposição e o beneficiado pode ser José Eliton, do PSDB, que, em 2018, possivelmente estará no governo, disputando a reeleição.
Dois marqueteiros experimentados, supostamente procurados por integrantes da família de Iris Rezende, em 2015, teriam dito que não têm interesse em fazer a campanha do decano peemedebista para prefeito de Goiânia na eleição de 2 de outubro. Os nomes? Peemedebistas dizem que são Hamilton Carneiro (foto acima) e Luiz Felipe Gabriel. Eles já trabalharam para o ex-prefeito. Luiz Felipe Gabriel, profissional experimentado, é conhecido como "marqueteiro do PMDB" (o que não procede. Ele é um profissional).
Qual é o problema-chave? Primeiro, é muito difícil receber dinheiro de candidatos peemedebistas. Segundo, Iris Rezende, nas campanhas, não costuma respeitar as táticas formuladas pelos marqueteiros. Ele costuma seguir sua própria intuição, dando pouca importância às pesquisas e às orientação de marqueteiros experimentados.
De um irista juramentado: “Quero ver o que os adeptos de Daniel Vilela vão fazer se Iris Rezende não disputar a Prefeitura de Goiânia e o PMDB não conseguir eleger o próximo gestor da capital. Sem Goiânia, e só com Aparecida de Goiânia e Jataí, o próximo candidato a governador de Goiás pelo partido terá pouca musculatura”.
Por que Iris Rezende desistiria da disputa, contrariando de políticos a cientistas políticos, que apostam que vai concorrer? “Por vingança”, afirma o irista. “Iris foi traído por políticos que, durante anos, ajudou com cargos”.
De um dos articuladores do nome do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, para a disputa da prefeitura da capital: “Não há a menor dúvida de que Anselmo é político competente e conhece a cidade como poucos. Mas, com sua pré-candidatura posta, o homem vai curtir lua de mel na Rússia! Assim, ninguém vira candidato a nada”.
O prefeito de Aparecida de Goiânia, o moderado Maguito Vilela, pode contribuir para amortecer as críticas de Daniel Vilela, seu filho, ao governador Marconi Perillo.
Na verdade, o veterano político não vai impedi-lo de fazer oposição, mas vai orientá-lo a fazer uma oposição mais qualitativa e, diferentemente de Iris Rezende, sem ranço raivoso.
[caption id="attachment_58021" align="alignleft" width="620"] Daniel Vilela: novo líder do PMDB Foto: Alexandre Parrode/Jornal Opção[/caption]
Os formuladores da linha política do marconismo avaliam que a eleição de Daniel Vilela para presidente do PMDB é positiva.
Primeiro, porque o deputado federal, ao contrário de Iris Rezende, não tem ódio pelo governador Marconi Perillo (PSDB).
Segundo, porque é um político tido como moderno, com o qual dá para dialogar.
A decadência do irismo pode acabar com o ódio extremado na política de Goiás.
O governador Marconi Perillo visita, na Austrália, um dos maiores exportadores de carne do mundo. Lá, um dos grupos dominantes é o brasileiro (na verdade, uma multinacional) JBS — exportador para a China e a Malásia. Os restaurantes australianos “prestigiam” a carne do Friboi.
A senadora Lúcia Vânia não esquece que, em 1994, quando precisou do apoio de Ronaldo Caiado, no segundo turno, o democrata, na época no PFL, desapareceu do mapa — contribuindo para a vitória do peemedebista Maguito Vilela para o governo de Goiás.