Bastidores
De um peemedebista, irista de verdade: “Não se sabe o que Sandro Mabel e Barbosa Neto estão realmente coordenando”.
O irista sugere que estão coordenando os próprios interesses. Uma coisa é certa: iristas de carteirinha não querem pôr grana nas mãos da dupla. Não se sabe por quê, pois tanto Mabel quanto Barbosa são honestos, ricos e não precisam do dinheiro do irismo para sobreviver.
No programa de rádio, Vanderlan Cardoso é apresentado como moderno. Porém, quando fala, acentuando errado algumas palavras, como déficit, o eleitor fica com a impressão de que é caipira.
Como sabe o marqueteiro de Vanderlan Cardoso, Jorcelino Braga, o corpo fala. Não adianta garantir que é moderno, mas apresentar-se com um português de segunda e com uma fala arrastada, engolindo as letras finais das palavras.
Vanderlan Cardoso é, na verdade, um empresário moderno. Porém, do ponto de vista da linguagem, como sugere o “professor” Sandro Mabel, precisa ser “adestrado”.
Lucas Vergílio, candidato a deputado federal mais jovem destas eleições, tem intensificado sua campanha na região do Nordeste Goiano.
O candidato, de 27 anos, é orientado pelo pai, deputado federal e candidato a vice de Iris Rezende (PMDB) ao governo, o experimentado Armando Vergílio (SD), a fortalecer sua presença naquela região — considerada estratégica ao projeto político do líder do Solidariedade.
Armando foi responsável por levar várias emendas parlamentares para a região consideradas a mais carente de Goiás, e caberá a Lucas Vergílio a continuação deste trabalho que tem como projeto principal a construção de um hospital regional de grande porte na cidade de Posse. A unidade de saúde vai atender a demanda dos moradores do Nordeste Goiano que, hoje, precisam se deslocar até Brasília ou Goiânia para atendimento médico especializado.
Outro projeto em pauta é a implantação de cursos técnicos profissionalizantes em escolas públicas, para a qualificação da mão de obra da região, o que facilitaria mais investimentos privados e mais geração de mais emprego, renda e desenvolvimento.
Aécio Neves, o Chico Bento de Ipanema, dormiu candidato a presidente pelo PSDB e acordando entendendo que o partido o trocou por Marina Silva, do PSB. José Serra e Fernando Henrique Cardoso deixam a impressão de que são “marineiros” desde criancinhas.
Entretanto, tanto o cristianizado Aécio Neves quanto FHC e José Serra — que deve ser ministro do Meio Ambiente ou da Saúde de um possível governo marineiro — entendem que não é positivo, para o PSDB, que Marina Silva seja eleita no primeiro turno. Por isso, Aécio Neves será mantido no páreo, para garantir o segundo turno e, assim, fortalecer a posição tucana no jogo político.
Os tucanos querem que Marina Silva os procurem no segundo turno, porque, assim, poderão participar de seu ministério.
A candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva, vai apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso, do seu partido, a governador de Goiânia. Mas sem uma presença física e ideológica mais ostensiva. Por vários motivos. Apresentemos dois.
Primeiro, a ligação umbilical de Vanderlan Cardoso com Ronaldo Caiado desagrada profundamente Marina Silva. Quando a candidatura o vetou na aliança com Eduardo Campos, Vanderlan procurou o então candidato a presidente e tentou atropelá-la. Marina Silva jamais esquece este tipo de conduta. Segundo, Vanderlan não defende suas ideias ambientalistas.
“Marineiro” de primeira viagem, Vanderlan Cardoso não agrada em nada a turma de Marina Silva, que, por pragmatismo político, vai tolerá-lo.
Em Brasília o eleitor parece que não quer apoiar nenhum candidato cujo nome tenha seis letras e comece e termine com vogais — Arruda e Agnelo. No caso “Arruda” deu azar para o José Roberto. E o Queiroz é chamado de “Argh!nulo” pelo leitor.
A capital se tornou a terra das consoantes. Para governador, candidato que tende a ser eleito é Rodrigo Rolemberg. Para senador, o mais cotado é José Reguffe. Lá, sem Arrudazar e Agnulo, é a terra do “R”.
Peemedebista diz que Barbosa Neto desafia Frederico Jayme a provar que Iris enriqueceu ilicitamente
O PSDB é um PT mais moderado e com menos inserção na sociedade e nos movimentos sociais e sindicais. Por isso dificilmente conseguiria arrancar o PT de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff do poder. É provável que iria se tornar freguês durante anos, até desistir de disputar e apoiar o candidato de outro partido. Ao bancar Aécio Neves, que não deslanchou, ficou evidenciado que o problema não era a chatice paulista de José Serra. O problema é o PSDB com sua falta de enraizamento na complexa sociedade brasileira.
O que se percebe com a ascensão de Marina Silva é que, para ganhar do PT, precisa, isto sim, de uma ex-petista, de alguém que conhece seus meandros e sabe como conquistar o eleitorado, acrescentando sua pitada de novidade. Não é à toa que a turma de Lula da Silva, mais agressiva que a turma de Dilma Rousseff, chama Marina Silva de “operação cavalo de Troia”.
Júlio da Retífica e José Mário Schreiner fazem defesa candente do agronegócio e dos produtores rurais
Jânio Quadros, presidente do Brasil por oito meses, até renunciar no fatídico agosto de 1961, era professor de português, dos mais clássicos. Sua filha, Dirce Tutu Quadros, era uma intelectual e chegou a ser deputada federal. Ela morreu na quinta-feira, 28, aos 70 anos, nos Estados Unidos. Tinha enfisema pulmonar. Seu corpo será cremado. Tutu Quadros, que divergia de seu pai, foi deputada na elaboração da Constituição de 1988. Foi uma das fundadoras do PSDB. Em 1996, candidata a deputada federal pelo PMDB, não foi reeleita. A ex-deputada tinha cinco filhos — Ana Paula, Ana Cláudia, Ana Laura, Jânio Quadros Neto e Michel — e três netos. Ela era bióloga formada nos Estados Unidos.

Fica-se com a impressão de que o PT, ou parte do PT, está agradecendo aos deuses pelo ressurgimento de Marina Silva. Os petistas que não toleram a presidente Dilma Rousseff, que a avaliam como apenas meio-petista, há algum tempo que defendem a candidatura de Lula da Silva para presidente da República. A ascensão da candidata do PSB, que para muitos petistas é incontrolável, exceto se seu rival for Lula da Silva, pode mexer no tabuleiro das eleições. Sim, Lula pode ser o novo candidato do PT a presidente. A mudança pode ser feita até 15 de setembro, especialmente se Dilma Rousseff "despencar". O colunista “Paulo Sant’Ana, do “Zero Hora”, de Porto Alegre, publicou um artigo, “A volta de Lula” (quinta-feira, 28), que merece ser lido integralmente. O Jornal Opção transcreve-o abaixo. A volta de Lula Paulo Sant’Ana O avanço da candidatura de Marina Silva nas pesquisas pode provocar uma pororoca na sucessão presidencial. Diante das pesquisas que vêm dando como certa a eleição de Marina no segundo turno, ela que vem se distanciando nas consultas à frente de Dilma no segundo turno, eu posso prever a possibilidade de que o PT, amedrontado com a perspectiva de vir a perder o poder, pode substituir Dilma por Lula como candidato à Presidência. Raciocinem comigo: se Dilma estiver prestes a ser derrotada por Marina Silva no segundo turno, o PT pode tomar uma providência urgente e estrutural, lançando Lula como candidato ao cargo. Eu avalio Lula substituindo Dilma como candidato como uma bomba de nitroglicerina mais potente do que foi a morte de Eduardo Campos, que afinal catapultou Marina para a liderança dela nas pesquisas de segundo turno. Eu falo nisso porque alguns políticos estão sendo desarquivados. Pedro Simon voltou espetacularmente a ser candidato ao Senado, depois de ter jurado que tinha abandonado a carreira política. Com Olívio Dutra se dá o mesmo, mas não deixa de ser surpresa que o PT o tenha arrancado da cartola para evitar que Lasier Martins venha a ser eleito senador. Tenho certeza de que, para não estancar as três últimas e consecutivas vitórias do PT nas eleições presidenciais, duas vezes com Lula e uma vez com Dilma, Lula não vacilaria em lançar-se no lugar de Dilma, num gesto desesperado para salvar a superioridade do PT nas eleições supremas. Lula iria então alegar que estava a serviço do seu partido e Dilma seria convencida a declarar que dava lugar a Lula na corrida presidencial em nome de uma causa maior: a manutenção pelo PT do poder soberano na escala política nacional. Se Lula fosse assim eleito pela terceira vez à Presidência, esse seria um fato inédito na história da República e os petistas saboreariam uma tal vitória como a maior de todas as glórias em sucessões presidenciais. Esta minha cogitação flerta espetacularmente com a lógica, baseada estritamente num só ponto: a tentativa dramática do PT de se manter no poder e não dar lugar a uma derrota que poderia afastá-lo definitivamente do sonho de supremacia eleitoral em eleições presidenciais mais duradoura de todos os tempos. Tomem nota disso em seus apontamentos e não sejam surpreendidos por essa reviravolta estupenda nas eleições. O fato é que Marina Silva tem subido nas pesquisas como uma pirâmide em demanda do infinito. Paulo Sant’Ana é colunista do “Zero Hora”.

Resta saber se José Roberto Arruda consegue transferir votos para Flávia Carolina Peres ou para o senador do PTB
O texto abaixo é de responsabilidade da assessoria de comunicação da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. O prefeito Maguito Vilela esclarece sobre o apoio de vereadores, até do PMDB, à reeleição do governador Marconi Perillo
Aparecida de Goiânia é um dos calcanhares-de-aquiles do governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição. Mas o quadro, a depender de um verdadeiro exército eleitoral que está montado na cidade, pode estar mudando. A base marconista, sob a coordenação geral do deputado estadual e ex-prefeito Ademir Menezes (PSD), foi dividida assim: o ex-deputado Chico Abreu e Maione Padeiro coordenam as ações na Vila Brasília; o ex-prefeito José Macedo e o médico Valdir Bastos agitam os militantes no Setor Garavelo e, no Centro, atuam Tatá Teixeira e Divino do Ajax. Maione garante que o trabalho tem sido intensificado. “A receptividade ao nome do governador Marconi é alta.” “Nas últimas eleições, Marconi perdeu em Aparecida e, por isso, seus líderes não foram contemplados no primeiro escalão do governo. É possível que, este ano, o quadro seja outro. É provável que o governador seja o mais bem votado no município”, afirma Maione. “Da população mais pobre ao empresariado, há o consenso de que Marconi é o que há de mais moderno para gerir Goiás. Ele é o gestor que faz, que trabalha, e não fica só criticando.” Dos 25 vereadores de Aparecida, diz Maione, pelo menos 16 já estão na campanha de Marconi. “O vereador é uma espécie de pulmão da política de uma cidade. Os vereadores que estão na campanha de Marconi funcionam como agentes multiplicadores, com suas estruturas políticas”, afirma o tucano. Na semana passada, Marconi reuniu-se com empresários de Aparecida. Eles fizeram algumas reivindicações, que serão estudadas pelo governador. Os empresários querem a remoção do presídio Odenir Guimarães (Cepaigo), porque, afirmam os dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, estaria atrapalhando o desenvolvimento do polo empresarial. Os bloqueadores de celulares do presídio atrapalham as ligações telefônicas dos empresários. Outra reivindicação foi bem aceita: a colocação de vapt vupts empresariais nos dois polos industriais do município. Os empresários querem postos do Detran na área industrial. Uma reivindicação depende mais do governo federal: os empresários cobram que seja construído um anel viário para retirar a BR-153 do perímetro urbano.