Em julgamento do ‘Brasil Paralelo’, Moraes fala de segunda geração de fake news
13 outubro 2022 às 16h17
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Durante o julgamento de veiculação de vídeo pelo site Brasil Paralelo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que há uma nova modalidade de fake news. Ele chamou de segunda geração da desinformação, utilizando-se “mídia tradicional aluguel”. Por quatro votos a três, os ministros da Corte determinaram a imediata remoção de publicações compilando matérias jornalísticas com falas consideradas descontextualizadas.
Para ele, a primeira modalidade é a manipulação, que tem como exemplo o caso do Brasil Paralelo. Isto é, segundo o ministro, partem de fatos verdadeiros para conclusões falsas. A segunda seria a utilização de mídias tradicionais para plantar fake news. “[Essas mídias] Supostamente estariam fazendo uma matéria jornalística, mas estão divulgando notícias fraudulentas. A partir disso, as campanhas replicam essas fake news dizendo: ‘Não, mas isso é uma notícia que foi publicada’”, pontuou.
Moraes entende que notícias fraudulentas não surgem apenas nas redes sociais, onde todos têm acesso para fazer publicações, no entanto, há implantação de informações nos meios tradicionais. “Não se pode admitir mídia tradicional de aluguel, que faz uma suposta informação jornalística absolutamente fraudulenta para permitir que se replique isso”, alertou.
Com a decisão judicial, o Brasil Paralelo foi obrigado a remover imediatamente o vídeo citando Lula, sob multa, em caso de descumprimento de R$ 10 mil.