Opção cultural

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Para Além das Margens, de Isabela Discacciati, é tour pelas cidades da Tetralogia Napolitana de Elena Ferrante

“A tetralogia napolitana compila em suas mais de 1.700 páginas um retrato, se não fidedigno, ao menos muito próximo da história da Itália, a partir do pós-guerra”

Conto “O Jovem Mestre Brown”, de Nathaniel Hawthorne, inspirou Stephen King

O escritor americano Edgar Allan Poe descreveu o conto “O jovem mestre Brown” como "produto de um intelecto realmente imaginativo”

A poesia do macabro em A Luz das Velas de Sebo, de Delermando Vieira

Escritor cosmopolita, dialogando com literaturas do mundo todo, Delermando sabe que fantasmas não são privilégio apenas de casarões góticos franceses ou charnecas inglesas

O homem que foi esfaqueado por causa de um papagaio que falava palavrões

O papagaio Zé, da pá-virada, chamou um homem de “filha da p...”. O brutamontes enfiou a faca no Gouveia, acreditando que era o autor do xingatório

Cantagalo, livro-alegoria do Brasil de 1900, é premiado em Portugal. A autora é mineira

Fernanda Teixeira Ribeiro superou 168 concorrentes de 15 países, a maioria de sexo masculino. Lançado no país de Camões, o livro chega ao Brasil em 2025

CINEMA
O preço de uma vida e a ambiência do mal em “Longlegs: vínculo mortal”

Osgood Perkins é um cineasta que cada vez mais se posiciona em um patamar de muito destaque no cinema de terror contemporâneo

CRÔNICA
Ai de ti, Parque Altamiro

Ouvi no restaurante, enquanto almoçava, que agosto é o mês do desgosto, relato relacionado aos incêndios diversos ocorrendo no país. Senti vontade de fazer uma observação à mulher, dizendo-lhe que agosto é também tempo da florada de ipês, cega-machados, mangueiras... Não desperdicei as pérolas e fiz delas um colar para adorno do meu silêncio. E outra que a conversa não era comigo

Ademir Hamú lança livro sobre Pedro Gomes na quarta-feira, 28, no Instituto Histórico de Goiás

A biografia do escritor e professor Pedro Gomes inclui as interpretações de Gilberto Mendonça Teles e Bernardo Élis e um conto inédito

Telma Romão Maia lança livro de poesia na Livraria da Vila na quarta-feira, 28

A obra “aborda temas do cotidiano e questões pessoais, como envelhecimento e feminilidade, por intermédio da poesia”

Livro imperdível de Wallace-Wells explica que cerca de um terço da Terra ficará inabitável

Timothy Snyder diz sobre “A Terra Inabitável’, de David Wallace Wells: “Se você não quer que nossos netos nos odeiem, você precisa ler este livro”

Otelo, de Shakespeare: o inimigo dentro de nós — 3ª parte

“Pergunte a Shakespeare”, do filósofo Cesare Catà, passa longe da receita de bolo dos livros de autoajuda. É um livro sério

Conexões das diferenças: a literatura de Dante e Joyce incorporam a ciência à arte

Para o italiano Dante Alighieri as estrelas são uma estrada larga para Deus. Para o irlandês James Joyce obviamente não

Bárbaro e barbárie civilizada: na visão de Löwy e Bauman, ressignificando Benjamin, Kafka e Luxemburgo

Benjamin definia que uma política revolucionária deveria ser “a organização do pessimismo” — um pessimismo em todas as linhas: desconfiança quanto ao destino da liberdade e do povo europeu

Nos detalhes
Todo homem precisa de uma mãe

Por Catherine Moraes

Essa música, é, com certeza, a que eu mais ouvi depois que o Matheus nasceu. A voz dos Veloso tocou baixinho no quarto dele e mais que isso, tocou grandão no meu coração. Eu, que nunca quis ser a mãe de um homem, tô aqui apaixonada pelo presente que Deus me deu. Quando a Cecília nasceu, uma Catherine morreu pra nascer outra que nunca mais seria igual. Agora, outra versão surge e o mistério é se reconhecer. Todo homem precisa de uma mãe. O que eu não sabia, é que eu também precisava de você.

Eu chorei ao descobrir a gravidez. Chorei de novo quando peguei sozinha o teste de sexagem fetal e li masculino. Deus, eu seria capaz de ser mãe de um homem? Lá no fundo eu sabia a resposta. Claro que sim. E foi aí que conversando sobre isso, uma amiga me disse: “Que bom que você vai ser a mãe de um menino. É de mães como você que homens precisam. É a certeza de que vamos mudar as próximas gerações”. Será? Será que em um mundo machista e homofóbico com homens que não conseguem fazer serviços básicos ou assumir responsabilidades pequenas e são pra sempre chamados de meninos, que eu, euzinha conseguiria fazer diferente?

Mas aí o Matheus nasceu e eu descobri o óbvio: antes de ser um homem, ele é um bebê. Não tem um segredo enorme. E se eu fizer o mesmo que eu fiz com a Cecília? Se eu encher ele de amor, afeto e dar a oportunidade de ele administrar os próprios sentimentos. E se eu ensinar que depois de comer o prato precisa ir pra pia e que a gente precisa ser gentil com as pessoas? E se ele perceber que na nossa casa não existem serviços de homem ou de mulher e que quando o pai e a mãe, exaustos, param de trabalhar, eles se unem para uma faxina. Será que ele aprende olhando? vivendo?

Barriga, dois irmãos.

Eu sempre quis ter dois filhos, desde quando adolescente eu brincava imaginando o futuro. Eu queria casar, queria ser mãe, ter uma família, viajar, me formar. E eu sempre me imaginei mãe de menina: brincar de boneca, maquiagem, usar as mesmas roupas e sapatos como eu fiz com a minha mãe, com a minha irmã. Mas eu achava que não ia rolar, que essa vontade era grande demais pra acontecer.

Escolhemos o nome Matheus quando engravidei pela primeira vez. Se fosse menina, a gente escolhia depois. Lá no fundo do meu coração, eu sonhava com a minha garota. E ela veio, confirmada com 12 semanas: Cecília. Pronto, eu que cresci numa casa cheia de mulheres, trazia mais uma ao mundo. Meu sonho estava ali no meu colo e hoje está completando 9 anos.

Mas eu queria outro filho, outra filha. Guardei roupas que amarelaram. Perdi as contas da quantidade de testes de gravidez. Escolhi o nome: Maria. E levei 6 anos para tentar e pra desistir dela. Doei tanto, vendi roupas, sapatos e enxoval para depositar o dinheiro na poupança da Cecília. Refiz a rota, mudei de planos, marquei pra colocar um DIU. Criei uma nova lista de desejos. E foi aí que Matheus apareceu. Eu precisei desistir da Maria para que o Matheus viesse. E que bom que ele veio.

Eu sei que o amor por um filho nasce de diversas formas. O meu nasceu na barriga de ambos, mas se fortaleceu ali, no parto. Mas ainda não era um amor completo. A gente ama ainda mais quando se conhece, quando se entende. Comigo essa regra também funciona para as crianças, as minhas crianças. Eu amo os dois a cada dia mais. E quando parece que não cresce mais, esse amor transborda.

Que você, meu menino, seja um homem digno de orgulho e que eu seja a mãe que você precisa e merece! Te amo!

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O filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras explicará por que o brasileiro lê pouco. O poeta lança “O Cálice de Orfeu”