Opção cultural

A exposição, realizada na Galeria Cultura e Cidadania, segue até 9 de outubro
[caption id="attachment_45166" align="alignleft" width="300"] "Espero que meus quadros não sejam, no futuro, lembranças que nossa geração terá da maioria de nossos animais", diz o artista[/caption]
A Galeria Cultura e Cidadania, na sede do Procon Goiânia, recebe a partir da quarta-feira, 9, a exposição Araras de Marcos Severino. A mostra apresenta quinze obras que evidenciam a arara, uma das aves mais admiráveis da fauna brasileira. Cores vibrantes e diferentes técnicas de pintura são características das obras do artista, que transmitem harmonicamente as peculiaridades da arte e as diversas espécies da ave.
Com a exposição, o artista propõe chamar a atenção da população a respeito da extinção de alguns animais. “Nós estamos destruindo o nosso habitat e acabando com as nossas minas de água potável. Espero que meus quadros não sejam, no futuro, lembranças que nossa geração terá da maioria de nossos animais”, disse.
Marcos Severino, que também é servidor da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), tem 48 anos e pinta desde criança, sendo autodidata. Nasceu na cidade de Goiás, onde viveu até os 18 anos, quando começou a viajar pelo norte do Brasil. Além das araras, Severino gosta de pintar cavalos e cachorros. O artista tem obras expostas também no Canadá e deseja levar sua exposição para outras galerias.
Serviço
Exposição “Araras por Marcos Severino”
Data: de 09 de setembro a 09 de outubro
Horário: 8h às 18h, de segunda à sexta-feira
Local: Procon Goiânia

Com a participação de oito grupos teatrais, todas as atividades do Festival, que segue até o dia 14 de setembro, são gratuitas
[caption id="attachment_45162" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Capital nacional das orquídeas e terra natal da atriz Telma Reston, de extenso currículo no teatro e cinema brasileiro, além da participação em inúmeras novelas da TV, Piracanjuba acreditou na força da cultura e deu sequência ao projeto do Festival Piracanjuba...Açu, que teve sua primeira edição no ano passado.
O II Festival de Teatro de Piracanjuba, que tem início na noite da quarta-feira, 9, segue até a segunda, 14 de setembro. Com a participação de oito grupos filiados a Federação de Teatro de Goiás (FETEG), todas suas atividades são gratuitas.
Oito peças, seis oficinas de teatro e show da Banda Ciranda da Gente ocuparão três espaços da cidade de Piracanjuba, oferecendo espetáculos para todos os gostos e idades. As oficinas estão à cargo de talentosos e experientes profissionais do teatro goiano filiados à FETEG. Eles demonstram o quanto a linguagem cênica pode servir de instrumento para o autoconhecimento, o estímulo à criatividade e o senso crítico, além de demonstrar o quanto é importante trabalhar em equipe.
Em um momento em que a juventude se vê cercada pelos desígnios de uma sociedade de consumo elitista e individualista, o teatro com sua trajetória milenar esclarece que uma sociedade se desenvolve no avanço de todos os seus personagens.
Realizado pela prefeitura de Piracanjuba, através da secretaria de Cultura, o Festival conta com a parceria da FETEG, em seu projeto de descentralização da produção teatral, estímulo a novos talentos e formação de plateias.
Serviço
II Festival de Teatro de Piracanjuba
Dias: 9 a 14 de setembro
Local: Cidade de Piracanjuba
(Teatro Paulo França, Largo da Igreja/Arena e Praça do Relógio)
Atividade Gratuita
Grupos participantes: Cia Anthropos, Cia Benedita, Cia Teatro Destinatário, Cia Licença Poética, Cia Plenluno, Cia Teatro que Roda, Grupo Trupicão, Grupo Zabriskie
Classificação indicativa: Livre para todas as idades
Veja abaixo a programação completa
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Clique na imagem para ampliá-la[/caption]

[caption id="attachment_45042" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
O médico e fotógrafo brasileiro Rafael Perini , que desde 2001 vive no Canadá, lança na quarta-feira, 9, o livro "Villa Boa de Goyaz". Segundo o artista, o livro não foi preconcebido. As fotografias que o compõem foram colhidas em 2011, durante inesquecíveis férias na Cidade de Goiás, quando ao percorrer seus becos e ladeiras, pode relembrar a infância e compartilhar com os filhos suas aventuras vividas na cidade. Dedicado a companheira de sempre, Milena Perini, e aos filhos Isabella e Luca, "Villa Boa de Goyas" é uma redescoberta da fotografia e do sentido da memória impressa. Com apresentação de J. L. Galvão Jr., que escreve "são lindas as imagens por méritos do autor e da cidade. As imagens poesia e as poesias escritas compõem um pas-de-deux delicioso, alçando o necessário vôo literário, tremendamente maior que a simples soma de fotos e textos", o livro traz também escritos de poetas somados aos registros de Perini. O lançamento da obra será realizado às 20h, no Sesc Centro.

Que a agenda do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) não para não dá para negar, não é mesmo? E o melhor, a galera de goiana tem realizado no espaço eventos para lá de legais. E, se não rola nada por lá, tem skate e patins para todo lado, certo? Pois, se liga, no domingo, 13, além dos rolês esportivos, acontece o Bananada Party. Agora advinha o headline. Certíssimo, Criolo volta para o CCON acompanhado da banda paulistana “Aldo, The Band”, a carioca “Dônica” e o rapper local “Gasper”; além de DJ sets do El Club. Realizado pela Construtora Música e Cultura, o evento começa às 17h. Os ingressos custam R$ 40, a meia, que você descola com a doação de 1kg de alimento não perecível.

Além do papo com Tulipa Ruiz, o Jornal Opção conversou com Baleia. Ambas atrações do Vaca 2015 [gallery type="slideshow" size="large" ids="44544,44545"]
“Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas” – Manoel de BarrosYago Rodrigues Alvim Já tinha dedicado suas canções a namorados ou paixonites breves feito espirro –– um susto. Tinha também secado lágrimas ou se encharcado mais ainda, entremeado soluços. Foi assim até descobrir outras letras corriqueiras, até gostar mais da gostosura esbranquiçada das coisas corriqueiras –– não deixando nunca “Sushi”, “Do amor”, nada disso. Até provou de “Víbora” e doutras canções de Tulipa, a moça que viu umas duas vezes, nem que fosse para uma palinha a cappella. Entendeu, enfim, outras delícias dos três álbuns daquela que já era uma de suas mulheres favoritas da nova MPB. Foi com tal zelo que emendou perguntas ao telefone, ouvindo de cá, o barulho do carro, que levava Tulipa sabe-se lá para onde; talvez para cá, em Goiânia, onde ela cantaria suas canções. Parte dum festival que já assopra velinhas de 14ª edição, o show era o principal duma das noites do Vaca Amarela. Ali, um de circuitos favoritos de música, como ela conta. Tulipa conta de muitas coisas. De seus discos, de seu “eu lírico”, de seu irmão, Gustavo Ruiz, de Barros, conta até de seus desenhos. Desde 2010, quando lançou “Efêmera”, acompanho seu trabalho. Mais solar, o terceiro trabalho, “Dancê”, como você diz, é “um disco para se ouvir com o corpo. Para se deixar levar”. Como tem sido seu caminho e como é o novo disco? Eu acabei de lançar “Dancê”, o terceiro disco e é a primeira vez que vamos a Goiânia com este trabalho e estou muito feliz. Desde quando lancei “Efêmera”, eu não parei de viajar com a banda, o que tem sido muito legal. Do último álbum, nós temos recebido um retorno do público muito bacana. As pessoas estão muito interessadas pelo disco. Nos shows, o pessoal tem dançado muito. Pensando em imagens, o “Efêmera” é um disco muito pontual, específico em relação às coisas cotidianas. A própria música “Pontual” fala de uma pessoa que é atrasada. O “Tudo Tanto” é de um plano um pouquinho mais aberto. O “Dancê” é mais aberto ainda. É como se o “Efêmera” fosse um plano detalhe, “Tudo Tanto” um plano americano e o “Dancê” um plano geral. O terceiro disco é um desdobramento de tudo que tem acontecido desde o primeiro show do “Efêmera”. É uma consequência do trabalho em equipe, do trabalho da banda na estrada. Você comentou sobre a equipe. Eu gostaria de perguntar da sua parceria com Gustavo Ruiz, seu irmão, que me parece mais forte no último álbum. Como foi este trabalho, dividindo composições, além da produção? Realmente se tornou mais forte, pois nos tornamos parceiros na autoria da maioria das músicas. Nós funcionamos bem, temos um jeito prático de trabalharmos juntos. Quando nos encontramos para fazer música, nós rendemos. E nós nos propomos, para o último disco, uma coisa que não tinha rolado ainda. Nós viajamos e ficamos reclusos em um retiro, só pensando em música e no disco. Isso fez com que a nossa parceria aumentasse na hora das composições. Foi por conta disto, de uma imersão muito grande. [caption id="attachment_44543" align="alignleft" width="300"]


[caption id="attachment_44669" align="alignleft" width="620"] Por telefone, um dos vocalistas da banda, Gabriel Vaz, contou sobre a banda, de como se formou, de seu som e também do primeiro álbum, o “Quebra Azul” | Divulgação[/caption]
“Minha casa é simples/Mas é forte todavia
Chove todo dia/Uma calma solidão
Vento que arranca/dos varais uma lembrança
Tudo que me alcança/Era sonho, agora, não
Ninguém nunca vê a minha casa/Ninguém nunca entra
Onda que me lança/Nunca quebra, só avança
Faz da dor bonança/Soa o sino, agora, sim”
Baleia
Yago Rodrigues Alvim
Cantam assim os primeiros versinhos pelos quais me apaixonei: “Máquina de escrever/Boneca velha lembra a plástica/De remendar, colar o braço do jiraiya”. E mais o refrão, que pedia: “Me desculpe essa dor do encanto/Pois encanto é alucinação/Trocaria figuras colantes por comandos em ação/Que me calem com um bombardeio”. Se não a ti, a mim me lembrava da infância de datilografar em tinta vermelha e salvar Power Rangers, deixando os em hospitais, salvando os com chaves philips ou de fenda do caixa de ferramentas do pai. Ainda que amarelada de início, a paixão foi ficando cada vez mais azulada, enquanto descobria a infinidade das letras e arranjos de “Quebra Azul”. Baleia me pegou de vez. Piscou também para mim. Na sexta, 4, o grupo apresentaria toda sua maré musical nos palcos do Festival Vaca Amarela. Gabriel Vaz, que batuca percussões, arranha violões e cuida de estabilizadores, e junto da irmã, Sofia Vaz, assume os vocais, me contou da banda. Contou de Cairê Rego e seu baixo, de David Rosenblit com suas teclas em preto e branco, das guitarras e violinos de Felipe Ventura, dos pratos e baquetas de João Pessanha. Gabriel Vaz me contou de Baleia.
Conheci Baleia recentemente e me apaixonei muito pelas canções e letras. Primeiro, pergunto sobre vocês. Baleia é um coletivo; como é isso? E quando e como a banda começou, já que “Quebra Azul”, o primeiro álbum, é de 2013? Como tem sido a jornada desde então?
Nós começamos um pouco informais, uma brincadeira entre amigos. Éramos músicos órfãos de banda e começamos algumas versões de música sem pretensão alguma. Tocávamos em festa de amigos, estas coisas. E, aos poucos, despertamos que cada um tinha influências muito interessantes, cada um conseguia colocar uma personalidade legal nas músicas e, assim, começamos a criar um material autoral. Foi isso, fomos descobrindo as músicas que queríamos fazer ao longo dos primeiros anos de banda, que culminou, em 2013, no “Quebra Azul”. A questão do coletivo é por não ter uma liderança, cada um tem seus pontos fortes, todos influem em todos os aspectos. Cada um toca um instrumento e, mesmo assim, todos acabam metendo a mão no trabalho de todos e não tem muito aquela coisa da individualidade.
Vocês, então, eram músicos órfãos de banda e trazem influências que são muito interessantes. Quais são as influências de Baleia? E, quanto à questão de músicos, fale um pouco mais da instrumentalidade que marca muito a banda, que tem um som orquestral e, ao mesmo tempo, pop e rock. Como é isso?
A banda, como um todo, tem um gosto sem amarras. Nós gostamos tanto de Beyoncé quanto de Radiohead. Tem os dois lados. Conseguimos reconhecer ambos os universos. Gostamos muito de fazer uma música pop, de ter uma linguagem pop e também gostamos muito de experimentar e explorar novos caminhos, de forçar os limites dos gêneros, porque é aí que você consegue fazer uma coisa nova, reconstruir uma coisa nova e que, ainda assim, comunica. Vai seguindo essa linha; nós não temos certeza de caminho nenhum. Nós gostamos de fazer música bonita e que, ao mesmo tempo, instigue e mobilize. Uma música que provoca e que não deixe de ser acessível e ser humana, para que possamos dividir com todos.
“Quebra Azul”, o álbum de estreia do Baleia. Pode falar um pouquinho sobre ele?
Claro, o “Quebra Azul” é uma combinação da exploração de grupo, que começamos a fazer desde o início da banda. Nós não sabíamos muito o quê iriamos fazer, que rumo iriamos tomar; nós estávamos apenas fazendo as músicas, que se diferem muito em estilos, de certa forma, e, ao mesmo tempo, estão amarradas por algum tipo de proposta que eu não sei explicar exatamente. Nós buscamos uma coisa que seja nossa, genuína. Então, “Quebra Azul” acabou sendo um disco meio desamarrado de um gênero específico e que tem uma explosão, algo de atirar para todo lado, que tem o que nós gostamos, dos caminhos diversos, de juntar os gêneros. É um disco que, no final das contas, nos ajudou muito a entender o caminho que queremos tomar e que ditou muito o lugar para onde estamos evoluindo, agora, no segundo disco. O segundo disco, que lançaremos provavelmente em novembro, é um “Quebra Azul” mais seguro, porque nós estamos mais seguros, mais com os pés no chão. É um disco mais sólido e confiante. Ainda não tem nome (sorri). Estamos tentando descobrir.
Como foi gravá-lo ao vivo no Maravilha8?
O ao vivo foi uma experiência muito legal, pois as músicas adquiriam uma roupagem muito diferente do álbum em estúdio, que foi gravado na Biscoito Fino. Nós queríamos registrar essa dimensão das músicas, pois nós gostamos muito do resultado; ficou mais rock, mais pesado e, assim, muito interessante. Muita gente não tem a oportunidade de ir a um show nosso e nós queríamos gravar, de uma forma legal, a experiência do show para as pessoas, também, verem esse outro lado da banda, que é diferente. Baleia ao vivo é bem diferente do que é Baleia em estúdio.
Como que nascem as letras que parecem dizer de tantos lugares, de tantas coisas diferentes?
A letra da música “Jiraiya”, por exemplo, quem escreveu foi o Cairê. O nome vem do desenho japonês, do super-herói. Eu e a minha irmã escrevemos a maior parte das letras, mas elas nascem de todos da banda. “Sangue do Paraguai” é do baterista. Com as letras, nós fomos criando um universo da banda. Nós não costumamos fazer letras muito diretas, sobre coisas cotidianas; estamos sempre explorando coisas mais poéticas e filosóficas. Nós gostamos de falar de coisas maiores e não sobre “Quando você me deixou/E não sei o quê” (sorri).
Baleia vem pelo Vaca Amarela, na sua primeira apresentação em Goiânia. Qual o valor, a importância dos festivais de música independente para vocês?
Para nós, é o melhor ambiente para apresentar o nosso trabalho, principalmente em festivais como o Vaca Amarela. Nós percebemos que existe uma força tão grande, um movimento artístico, que está crescendo cada vez mais no Brasil, no meio independente. Tem gente que propõe saídas para a música brasileira, que está estagnada. Festivais assim são os melhores, pois junta público de todas as bandas e as bandas trocam entre esses públicos e os públicos entre si e as bandas também trocam entre si. E, assim, começamos a construir este cenário tão importante, que é o cenário da música independente brasileira. Não é um mercado grande, mas é um mercado médio e que existe fortemente nos Estados Unidos e na Europa. Aqui, ainda é um pouco frágil. Portanto, os festivais são um presente para nós. Eles são o lugar onde queremos estar, onde queremos fazer o nosso melhor.

A revista portuguesa Forma Breve reavivou, recentemente, o tema e seus subgêneros: short story, vignette e tuiteratura

[caption id="attachment_44678" align="alignleft" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
Já escutou “Chão de Giz | Zeca Baleiro canta Zé Ramalho”, novo álbum de Zeca? Se não, pluga num canal de streaming e aumenta o volume. “É muito bom ter a chance de dedicar um show inteiro à obra de um ídolo como o Zé. É um trabalho instigante e prazeroso”, comenta Zeca sobre o álbum, criado apenas para o projeto BB Covers, que acabou ganhando corpo e uma edição de CD e DVD. O cantor maranhense traz para os palcos do Teatro Rio Vermelho os sucessos do cancioneiro Zé, através de sua turnê de lançamento. Você poderá ouvir ao vivo “Chão de Giz”, “Vila do Sossego”, “Taxi boy”, “A Terceira Lâmina”, “Eternas Ondas” e “Avohai” na voz e estilo únicos de Zeca. A apresentação é na sexta-feira, 11, às 21h. Os ingressos podem ser adquiridos online, pelo site compreingressos.com, e custam R$ 45, a meia na plateia superior, e R$ 60, na plateia inferior.

[caption id="attachment_45041" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
Com concerto para violoncelo e orquestra em Si Menor de Antonín Dvorák, sinfonia nº 3 em Mi bemol Maior “Renana” de Robert Schumann no programa, a Orquestra Filarmônica de Goiás está de volta com a Quinta Clássica. Regido por Neil Thomson e com solo de Antonio Del Claro, o concerto tem início às 20h30 da quinta-feira, 10. A apresentação será no Teatro Goiânia e a entrada é franca.

[caption id="attachment_45219" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
- A Cia de Teatro Sala 3 apresenta o espetáculo Yerma no Teatro Sesc Centro, na quarta e quinta-feira, 9 e 10 de setembro. A peça é baseada no poema dramático de Federico García Lorca, que aborda a esterilidade de um casal pela perspectiva feminina. A apresentação começa às 20h e os ingressos custam R$ 5, a meia-entrada.
- Os músicos Adriano Pinheiro e Andrea Teixeira, que já viajaram pelo Brasil e Europa, apresentam o “Duo Canto e Piano” em Goiânia, no sábado, 12 de setembro. Parte do projeto “Concertos Sesc Partituras”, a apresentação tem entrada franca e será realizada nos palcos do Teatro Sesc Centro.

Livro
Ovelha – Memorias De Um Pastor Gay
Autor: Gustavo Magnani
Preço: R$ 29,90 - Geraçao Editorial
Com apenas 20 anos, o idealizador do maior blog literário do país, o Literatortura, Gustavo Magnani, lança “Ovelha”, um romance polêmico e provocante sobre fé, paixão, sexo e loucura.
Música
O quarto álbum de estúdio da banda inglesa, “What Went Down”, traz a ferocidade de Foals antes vista somente nos palcos.
What Went Down
Intérprete: Foals
Preço: R$ 35,90 - Warner Music
Filme
De 1991, o clássico “Mentes Que Brilham”, longa dirigido e protagonizado por Jodie Foster, ganha nova edição em DVD.
Mentes Que Brilham
Direção: Jodie Foster
Preço: R$ 29,90 - Classicline

[caption id="attachment_44564" align="alignleft" width="300"] "Irina", do designer e ilustrador Lucas Ruiz[/caption]
Luana Borges
Especial para o Jornal Opção
Cheguei bem perto da zebra e a olhei. Como seriam seus olhos por entre o riscado do corpo?
Os olhos eram uma pergunta em meio ao preto e branco e branco e preto do pelo da pele. Eram duas poças d'água no meio do caminho riscado.
Se você andasse pelo corpo da zebra, ia tonteando entre um caminho e outro, entre uma listra e outra, ia se riscando de preto e branco até que chegasse a elas: às poças. Irremediavelmente, o espelho d'água faz parar o passo, faz olhar. Ninguém sai incólume ou sem se molhar, sem se mirar.
Os olhos eram a pergunta. Uma reflexão em meio ao amontoado de listras e traços. Os olhos eram uma tristeza. Eram uma dúvida. Uma dádiva. Eram úmidos e em torno tinha, exatamente, poeira de terra seca e vermelha no corpo da zebra. Os olhos empoeirados nos cílios e nas margens – dentro líquidos – eram lembranças da passada savana.
Os olhos tinham uma remela que era visgo puro de vida. Os olhos eram a fala. Eram a linguagem da zebra.
Os olhos eram “A Zebra”.
Olhei-os e me parei toda no caminho. Segui sem respostas, perdendo os traços demarcados, segui.
Tendo vivido. Tonta.
Apressei o passo e comprei duas pipocas. Uma doce, outra salgada. No jardim zoológico. Com esforço tremendo para esquecer, nada adiantava!, ainda me brotavam perguntas depois de ter mirado às poças: eram dóceis, mas choravam? ou gritavam entre as grades em preto e branco e segredavam doçura?
Pus na boca uma de doce, outra de sal. Mastiguei com caninos raivosos, apressados. Milhinho duro, maldito! Tentei esquecer e reestabelecer minha antiga ordem.
Luana Borges é jornalista e mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás.

Bora de Playlist? Até porque o final de semana está aí e com ele o feriado supimpa de 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Além de ler, quiçá repensar o atual momento político brasileiro, é para bom descansar, pôr a casa no lugar, dar um up em séries e filmes e, claro, escutar uma boa música. Por isso, as músicas mais tocadas por aqui, na redação do Jornal Opção. Baleia – Jiraiya Beach House - Better Times Beyoncé – Get Me Bodied Criolo e Emicida – Outras Palavras Epica – Cry For The Moon Legião Urbana – Faroeste Caboclo Nirvana – The Man Who Sold The World Sepultura – Da Lama ao Caos Velvet Underground – Who Loves the Sun

[gallery size="large" type="slideshow" ids="44399,44398,44397,44396"] As cidades de Anápolis, Caldas Novas, Goiânia e Jataí recebem neste mês de setembro os concertos do “Sonora Brasil”, que tem como tema “Sonoros ofícios — cantos de trabalho”. Entre os grupos que se apresentam, três representam formas tradicionais relacionadas a trabalhos rurais: Destaladeiras de Fumo de Arapiraca (AL); Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA) e Quebradeiras de Coco Babaçu (MA); e o Grupo Ilumiara (MG), que é formado por músicos pesquisadores e apresenta repertório recolhido em pesquisas sobre diversas vertentes do tema. “Sonoros ofícios — cantos de trabalho” representa o canto como expressão musical relacionada às atividades laborais, fato social presente na cultura brasileira, tanto no ambiente rural quanto no urbano, com registros que confirmam a sua existência já no século 18. Na maioria das vezes uma prática coletiva, os cantos de trabalho podem cumprir funções diferenciadas, de acordo com as características do trabalho ao qual estão relacionados e com os determinantes culturais e sociais de cada região ou localidade. Normalmente entende-se que o papel de aliviar o desgaste físico e aumentar a produtividade é preponderante, mas também pode servir como modo de externar o lamento e a crítica. As apresentações tem entrada franca. Serviço Grupo Ilumiara (MG) Jataí Data: 03 de setemrbo, às 20h Local: Pátio da UFG/Unidade Riachuelo Goiânia Data: 05 de setembro, às 20h Local: Teatro Sesc Centro Anápolis Data: 06 de setembro, às 20h Local: Auditório do Sesc Anápolis Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA) Goiânia Data: 02 de setembro, às 20h Local: Teatro Sesc Centro Anápolis Data: 03 de setembro, às 20h Local: Auditório do Sesc Anápolis Caldas Novas Data: 04 de setembro, às 21h Local: Anfiteatro Odorico Nery no Sesc Caldas Novas Jataí Data: 06 de setembro, às 20h Local: Pátio da UFG/Unidade Riachuelo Quebradeiras de Coco Babaçu (MA) Goiânia Data: 03 de setembro, às 20h Local: Teatro Sesc Centro Anápolis Data: 04 de setembro, às 20h Local: Auditório do Sesc Anápolis Caldas Novas Data: 05 de setembro, às 21h Local: Anfiteatro Odorico Nery no Sesc Caldas Novas Jataí Data: 07 de setembro, às 20h Local: Pátio da UFG/Unidade Riachuelo Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL) Goiânia Data: 04 de setembro, às 20h Local: Teatro Sesc Centro Anápolis Data: 05 de setembro, às 20h Local: Auditório do Sesc Anápolis Caldas Novas Data: 06 de setembro, às 21h Local: Anfiteatro Odorico Nery no Sesc Caldas Novas Jataí Data: 08 de setembro, às 20h Local: Pátio da UFG/Unidade Riachuelo

[caption id="attachment_44394" align="alignnone" width="620"] A abertura da exposição é na sexta-feira, 4, às 18h, com o DJ Pedro Marques | Foto: Divulgação[/caption]
Entre os dias 4 de setembro e 15 de outubro, a cidade goiana experimentará uma dose de vivência e transição da vida dos artistas Marcelo Dakí e Heiridiane Milhomem, com a exposição Reviramento, cuja abertura será na sexta-feira, 4 de setembro, às 18h no Evoé Café com Livros, e contará com ambientação musical pelo DJ Pedro Marques.
Marcelo Dakí aborda em seu trabalho uma temática de relação do interior e exterior. Desde seus mapas sensoriais expressos em desenhos ou telas, ele exprime uma visão interna e sua localização em uma revolução política de justiça social. Acompanhado de uma imagética primitiva, suas telas de cores vibrantes são repletas de elementos simbólicos e referências históricas. O uso do texto de uma forma gráfica completa a história de suas obras.
Dakí passa de uma fase peculiar e recolhe estas memórias formando produtos visuais. Tem em sua trajetória algo marcante para o seu novo passo estilístico. Teve seu ateliê, aonde nas paredes marcava o excesso de tinta, pintado completamente de branco. E desta forma começa novos caminhos na arte e na vida.
Heiridiane Milhomem traz maduras manchas e riscos pretos no branco. Seus trabalhos contam histórias alucinógenas e caminham em uma realidade mutante. Heiri, como a artista é carinhosamente chamada, ainda jovem já mostra técnica aprimorada e sabedoria na composição. Seus quadros confundem a visão e aguçam a imaginação.
Serviço
Exposição Reviramento de Marcelo Dakí e Heiridiane Milhomem
Abertura: 4 de setembro, das 18h às 23h
Ambientação Sonora: Pedro Marques
Valor: R$10
Visitação: 4 de setembro a 15 de outubro
Curadoria: Marcus Turíbio
Local: Evoé Café com Livros