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Ives Gandra Filho, favorito ao STF, é estudioso de J.R.R. Tolkien

[caption id="attachment_85610" align="aligncenter" width="620"] Ives Gandra tem livros sobre a obra de J.R.R. Tolkien | Fotos: Gláucio Dettmar / Reprodução[/caption] Uma das grandes incógnitas do Brasil atualmente é saber quem será o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha é importante e pode influenciar assuntos primordiais para o País, como o destino da Operação Lava Jato. A escolha deverá ser feita pelo presidente Michel Temer (PMDB) em breve, mas nomes de possíveis candidatos já surgem e o último apontado para a vaga deixada por Teori Zavascki, morto na semana passada, é Ives Gandra Filho. Atual ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra é também um estudioso de literatura. Seu pai, o famoso tributarista Ives Gandra Martins, é poeta e também um grande leitor (diz ter lido as obras completas de Júlio Verne, José de Alencar e Machado de Assis antes de completar 15 anos e, depois, não parou: de Camões a Charles Dickens, de Dostoiévski a Faulkner, de Geraldo Vidigal a Mário de Andrade, já leu tudo). A influência de Ives Gandra Martins vem do pai, José da Silva Martins, que era afeito às letras e gostava principalmente do escritor estadunidense Orison Swett Marden. Dessa forma, não era de estranhar que Ives Gandra Filho recebesse do pai essa influência, tornando-se, a exemplo do pai e do avô, também um leitor ávido. E ele possui uma paixão literária específica: a obra do escritor britânico J.R.R. Tolkien, de quem acabou se tornando um estudioso, tendo inclusive livros sobre ele. O principal é "O Mundo do Senhor dos Anéis", cuja primeira edição foi publicada em 2002 pela Editora Madras, e que tem edição mais recente pela Martins Fontes, editora oficial de Tolkien no Brasil. O livro é uma espécie de guia para os leitores de Tolkien e contém tabelas (muitas que fazem comparações sobre as traduções dos nomes de personagens e lugares), resumos de fatos ocorridos (e são muitos dentro do universo tolkieniano), além de textos explicativos e ilustrações de Hildebrandt e Ted Nasmith — no site de Ted é possível ver algumas das ilustrações "tolkienianas" do artistas. São belíssimas). O ministro possui outros livros, jurídicos e filosóficos — em alguns, chega a citar Tolkien e em outros traz o autor como tema de comparação, caso de “Ética e Ficção: De Aristóteles a Tolkien”, lançado em 2010. Além disso, Ives Gandra Filho é colunista do site Valinor.

Goianos são convidados para abrir shows de banda alemã no Brasil

Representante do hardcore em Goiânia, Lattere se apresentará em dois concertos no mês de março com os germânicos da Wolf Down

Oscar, Mostra de Cinema de Tiradentes e a era dos festivais

[caption id="attachment_85563" align="aligncenter" width="620"] Mostra de Tiradentes caminha ao lado de festivais considerados como “alternativos” e isso é importante para o cinema nacional[/caption] Todo ano, e cada vez mais, milhões de olhos afoitos acompanham a divulgação da lista de filmes indicados ao Oscar. Mais do que mera concorrência, os preferidos da Academia acabam virando referencial do que o mercado tem de melhor a oferecer, e simbolizam o posto máximo a ser aspirado por qualquer realizador do audiovisual. Não é à toa que o prêmio virou referência também em outras áreas (e, assim, o “Eisner” virou o Oscar dos quadrinhos, “Grammy” o Oscar da música e o “Emmy” o Oscar da televisão). Mas a estratégia não é inocente, por óbvio. Questões artísticas, não raro, são cotadas à margem na escolha dos melhores. O mercado está por trás de tudo. O resultado é que frequentemente nos questionamos se os escolhidos para concorrer em cada categoria realmente são merecedores de tamanha atenção. Seríamos todos tão leigos a ponto de não perceber a beleza escondida em “Crash - No Limite” (ganhador de melhor filme em 2004), a genialidade de “Shakespeare Apaixonado” (vencedor na categoria principal em 1998), ou a justiça de 14 indicações a “La La Land” neste ano? [relacionadas artigos="85503, 85490"] Seja o que for, aqui abaixo do Equador, há duas décadas nadando contra a maré, a Mostra de Cinema de Tiradentes chega à sua 20ª edição e se firma como um dos principais festivais do Brasil. Com a abertura em 20 de janeiro passado, o festival anunciará os vencedores neste sábado, 28, mantendo firme o propósito de fomentar o cinema nacional. Em gritante e irônico contraste com a maior premiação de cinema do mundo, a Mostra de Tiradentes escolheu, especialmente esse ano (mas em perfeita consonância com os ideais originários do festival), prestigiar o chamado cinema de resistência e reação. Conscientes de que vivemos em tempos obscuros, com a crise econômica batendo à porta, os realizadores buscaram cultivar um espaço para as produções independentes, ou que dependessem de meios alternativos de captação de recursos — os tradicionais seriam aqueles advindos de editais, leis de incentivo, concursos etc. À parte a questão orçamentária, o que se busca é a valorização do cinema dito livre, com maior liberdade de criação e velocidade de reação. Com esse objetivo, a Mostra caminha ao lado de festivais considerados como “alternativos” ou com um viés independente, como o Festival de Sundance, criado na década de 80 pelo ator e diretor Robert Redford, por exemplo. Mas qual a importância de nadar contra a maré? Historicamente, o cinema brasileiro se desenvolveu a partir de uma relação tumultuada com o mercado. Inicialmente com parcos recursos, fomentou-se a produção sem que se preocupasse com o mercado consumidor. A preocupação dos produtores brasileiros era atingir o padrão de qualidade da indústria hollywoodiana. Assim, grandes estúdios da primeira metade do século passado, como a Atlântida Cinematográfica, a Companhia Vera Cruz ou a Cinédia, responsáveis por obras icônicas da chanchada nacional, acomodaram-se em recursos de fácil assimilação pelo público (como o humor grosseiro, a paródia e as marchinhas de carnaval) para que fosse possível a popularização das obras. O resultado foi o cultivo de um público pouco exigente, ainda afeito majoritariamente às produções gringas. Em oposição, anos mais tarde, o Cinema Novo veio com uma proposta intencionalmente pobre de recursos — em que pese rica de significados (a chamada “estética da fome”) — causando um distanciamento ainda maior do cinema nacional com o público de massa. O Cinema Marginal, logo em seguida, tentou reatar a relação com o mercado popular, e participou do início da difícil transição para o que viria a ser o modelo de produção nacional pelas próximas décadas: a Embrafilme, empresa estatal de fomento e produção instituída na ditadura. Durante todo esse tempo, o cinema nacional falhou em sua grande empreitada, que foi a instituição de um vigoroso e estável mercado consumidor. Em compensação, galgou degraus cada vez mais altos rumo ao que seria uma “identidade do cinema nacional”. Entendida essa realidade, é possível verificar a importância que os festivais de cinema têm na definição dos rumos do cinema nacional e internacional. Os mercados estão sendo constantemente construídos, e os festivais são a vitrine do que é produzido em determinada época — a nossa época. Nacionais ou internacionais, grandes ou pequenos, todos têm o seu valor, mas o público — nós — devemos nos conscientizar do nosso papel na definição do que seja “o melhor”, porque nós somos o mercado. É preciso saber olhar o que nos é exibido. Nadar contra a maré nada mais é do que voltar os olhos ao que a indústria majoritária não tem interesse em que vejamos. Mais do que nunca, vivemos na Era dos Festivais. Nesse contexto, o Oscar merece tanta atenção quanto o “Troféu Barroco”, cujos vencedores, em 5 categorias, serão anunciados neste domingo na cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. João Paulo Lopes Tito é advogado e estudante de Cinema e Audiovisual

Goiânia recebe evento sobre dança jamaicana

[caption id="attachment_85514" align="aligncenter" width="620"] Evento contará com oficinas de dança | Foto: Oswaldo Neto[/caption] No próximo fim de semana, 28 e 29 de janeiro, acontecerá o Dancehall Brazil Weekend 2017, um evento que tem por objetivo oferecer palestras, workshops e aulas sobre o estilo musical jamaicano Dancehall — que teve origem nos anos 1970. Concebido por Mare Rela e Thiago Spósito, coreógrafos goianos, o evento será realizado no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), das 8h às 22h, e contará com a presença de Blacka Di Danca, um dos mais populares e criativos coreógrafos do circuito Dancehall. Os interessados em participar do evento deverão enviar nome completo e telefone com DDD para [email protected]. O investimento é de R$ 220, feito por meio de depósito bancário. O e-mail será respondido pela organização com os dados bancários e demais informações.

La La Land iguala recorde de Titanic em indicações ao Oscar. Veja lista completa

[caption id="attachment_85509" align="aligncenter" width="480"] Dizem que o pessoal de La La Land já está comemorando[/caption] A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou, na manhã desta terça-feira, 24, os indicados ao Oscar 2017. Os vencedores serão anunciados no dia 26 de fevereiro, em Los Angeles. E o musical "La La Land" igualou o recorde de indicações de "Titanic" (1997) e "A malvada" (1950); são 14, em 13 categorias. Veja a lista dos indicados: Melhor filme "A chegada" "Até o último homem" "Estrelas além do tempo" "Lion" "Moonlight: Sob a luz do luar" "Cercas" "A qualquer custo" "La la land: Cantando estações" "Manchester à beira-mar" Melhor diretor Dennis Villeneuve ("A chegada") Mel Gibson ("Até o último homem") Damien Chazelle ("La la land: Cantando estações") Kenneth Lonergan ("Manchester à beira-mar") Barry Jenkins ("Moonlight: Sob a luz do luar") Melhor ator Casey Affleck (“Manchester a beira mar”) Denzel Washington (“Cercas”) Ryan Gosling (“La La Land – Cantando estações”) Andrew Garfield (“Até o Último Homem”) Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico") [relacionadas artigos="85994, 86072, 86119, 86358, 87306, 87768"] Melhor atriz Natalie Portman (“Jackie“) Emma Stone (“La La Land - Cantando estações“) Meryl Streep (“Florence: Quem é essa mulher?“) Ruth Negga (“Loving“) Isabelle Huppert (“Elle“ ) Melhor ator coadjuvante Mahershala Ali (“Moonlight: Sob a luz do luar“) Jeff Bridges (“Até o Último Homem”) Lucas Hedges ("Manchester à beira-mar") Dev Patel (“Lion: uma jornada para casa”) Michael Shannon ("Animais noturnos") Melhor atriz coadjuvante Viola Davis ("Cercas") Naomi Harris ("Moonlight: Sob a luz do luar") Nicole Kidman ("Lion") Octavia Spencer ("Estrelas além do tempo") Michelle Williams ("Manchester à beira-mar") Melhor fotografia "A chegada" "La la land" "Moonlight" "O silêncio" Melhor filme em língua estrangeira "Land of mine" "A mand called Ove" "O apartamento" "Tanna" Toni Erdmann" Melhor roteiro original "La la land: Cantando estações" "Manchester à beira-mar" "A qualquer custo" "O lagosta" "20th century woman" Melhor roteiro adaptado "Moonlight" "Lion" "Cercas" "Estrelas além do tempo" "A chegada" Melhor documentário "Fire at sea" "I am no your negro" "Life, animated" "O.J. Made in America" "13th" Melhor curta-metragem "Ennemis Intérieurs" "La femme et le TGV" "Silent night" "Sing" "Timecode" Melhor curta-metragem de animação "Blind Vaysha" "Borrowed time" "Pear Cider and Cigarettes" "Pearl" "Piper" Melhor documentário em curta-metragem "Extremis" "41 miles" "Joe's violin" "Watani: My homeland" "The white helmets" Melhor edição "A chegada" "Até o último homem" "A qualquer custo" "Moonlight: Sob a luz do luar" Melhor edição de som "A chegada" "Deepwater horizon" "Até o último homem" "La la land: Cantando estações" "Sully: O herói do rio Hudson" Melhor mixagem de som "A chegada" "Até o último homem" "La la land: Cantando estações" "Rogue One: Uma história Star Wars" "13 Hours: The secret soldiers of Benghazi" Melhor design de produção "A chegada" "Animais fantásticos e onde habitam" "Ave, Cesar!" "La la land: Cantando estações" "Passageiros" Melhores efeitos visuais "Deepwater horizon" "Doutor Estranho" "Mogli" "Kubo and the two string" "Rogue One: Uma história Star Wars" Melhor canção original "Audition (The fools who dream)" ("La la land: Cantando estações" "Can't stop the feeling" (Trolls") "City of stars" (La la land: Cantando estações") "The empty chair" (Jim: The James Foley Story") "How far I'll go" ("Moana") Melhor trilha sonora Micha Levi ("Jackie") Justin Hurwitz ("La la land: Cantando estações") Nicholas Britell ("Moonlight: Sob a luz do luar") Thomas Newman ("Passageiros") Melhor cabelo e maquiagem "A man called Ove" "Star Trek: Sem fronteiras" "Esquadrão suicida" Melhor figurino "Allied" "Animais fantásticos e onde habitam" "Florence: Quem é essa mulher?" "Jackie" "La la land: Cantando estações"

Confira a lista das piores produções cinematográficas de 2016

[caption id="attachment_85511" align="aligncenter" width="996"] E os super-heróis não parecem ter ficado muito satisfeitos com as indicações...[/caption] Na segunda-feira, dia 23, foi divulgada a lista dos indicados ao Framboesa de Ouro, que, desde 1981, premia os piores filmes, atores, atrizes, etc. Batman vs. Superman: A Origem da Justiça é um dos mais cotados para o prêmio de pior filme. Zoolander 2, estrelado por Ben Stiller, recebeu oito indicações! Será que o filme é ruim?! Confira a lista completa abaixo: Pior filme Batman vs. Superman: A Origem da Justiça Tirando o Atraso Deuses do Egito Hillary’s America: The Secret History of the Democratic Party Independence Day: O Ressurgimento Zoolander 2 Pior ator Ben Affleck (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça) Gerard Butler (Deuses do Egito e Invasão à Londres) Henry Cavill (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça) Robert  de Niro (Tirando o Atras) Dinesh D’Souza (Hillary’s America: The Secret History of the Democratic Party) Ben Stiller (Zoolander 2) [relacionadas artigos="85503"] Pior atriz Megan Fox (As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras) Tyler Perry (BOO! A Medea Halloween) Julia Roberts (O Maior Amor do Mundo) Becky Turner (Hillary’s America: The Secret History of the Democratic Party) Naomi Watts (A Série Divergente: Convergente e Refém do Medo) Shailene Woodley (A Série Divergente: Convergente) Pior atriz coadjuvante Julianne Hough (Tirando o Atraso) Kate Hudson (O Maior Amor do Mundo) Aubrey Plaza (Tirando o Atraso) Jane Seymour (50 Tons de Preto) Sela Ward (Independence Day: O Ressurgimento) Kristen Wiig (Zoolander 2) Pior ator coadjuvante Nicolas Cage (Snowden) Johnny Depp (Alice Através do Espelho) Will Ferrell (Zoolander 2) Jesse Eisenberg (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça) Jared Leto (Esquadrão Suicida) Owen Wilson (Zoolander 2) Pior dupla em tela Ben Affleck e seu pior inimigo para sempre Henry Cavill (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça) Quaisquer dois deuses egípcios ou dois mortais (Deuses do Egito) Johnny Depp e seu figurino vibrante de dar náusea (Alice Através do Espelho) O elenco inteiro de uma vez atores respeitáveis (Beleza Oculta) Tyler Perry e aquela mesma peruca acabada (BOO! A Medea Halloween) Ben Stiller e seu amigo quase engraçado Owen Wilson (Zoolander 2) Pior diretor Dinesh D’Souza e Bruce Schooley (Hillary’s America: The Secret History of the Democratic Party) Roland Emmerich (Independence Day: O Ressurgimento) Tyler Perry (BOO! A Medea Halloween) Alex Proyas (Deuses do Egito) Zack Snyder (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça) Ben Stiller (Zoolander 2) Pior prelúdio, remake, cópia ou continuação Alice Através do Espelho Batman vs. Superman: A Origem da Justiça 50 Tons de Preto Independence Day: O Ressurgimento As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras Zoolander 2 Pior roteiro Batman vs. Superman: A Origem da Justiça Tirando o Atraso Deuses do Egito Hillary’s America: The Secret History of the Democratic Party Independence Day: O Ressurgimento Esquadrão Suicida  

Enquanto Doria enche São Paulo de tinta cinza, cidade holandesa espalha poesia por seus muros

Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza A palavra no muro ficou coberta de tinta Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza Só ficou no muro tristeza e tinta fresca. O trecho da música "Gentileza", de Adriana Calcanhotto, serve bem para retratar a ação da Prefeitura de São Paulo de cobrir todos os grafites e pichações da cidade. E todo o desgaste recai sobre o prefeito tucano, João Dória, principal responsável pelo mar de tinta cinza que está cobrindo São Paulo. [relacionadas artigos="85493"] Daniel Dago postou, em seu Facebook, uma comparação interessante. Ele, que é tradutor de holandês, revela que em Leiden, na Holanda, há centenas de poesias de diversas nacionalidades espalhadas pelos muros da cidade — e todas no alfabeto original. O tradutor completou a postagem com "Só dizendo, São Paulo...", em crítica a Dória. São mais de cem muros/poesias em Leiden. Entre os poetas está Carlos Drummond de Andrade, mas outros também podem ser lidos, entre eles, o russo Aleksandr Blok, o espanhol Federico García Lorca, o grego Konstantínos Kaváfis, o argentino Jorge Luis Borges, o francês Guillaume Apollinaire e o sírio Adonis. Veja algumas das fotos: [gallery type="slideshow" size="large" ids="85474,85475,85476,85477,85478,85479,85480,85485,85486"]

Morre Suely Paschoal, famosa voz das noites goianas

[caption id="attachment_85468" align="aligncenter" width="533"] Foto: reprodução/ Diário de Goiás/ arquivo pessoal[/caption] Morre Suely Paschoal, a cantora que fez fama nas noites goianas. Dona de uma voz ímpar, ela era conhecida por suas interpretações de músicas românticas, assim como boleros. Suely lutava contra um câncer já há alguns meses. A cantora, que também foi chefe de Cerimonial do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), era casada com Luvanor, o ex-jogador do Goiás que é lembrado até hoje por seu desempenho em campo. O velório está acontecendo no Cemitério Jardim das Palmeiras desde as 6 horas e o sepultamento será em Catalão, cidade na qual a cantora nasceu.

Enquanto você estava de férias, bandas goianas apresentaram novidades

Atomic Winter, Carne Doce, Boogarins, Overfuzz, Luziluzia e Black Lines lançaram clipes, discos, EPs e foram incluídas em coletânea internacional

Veja cena do filme que causou vômitos e desmaios no Festival de Toronto

“Raw”, filme da jovem e premiada diretora francesa Julia Ducournau, causou uma polêmica danada no Festival de Toronto no fim do ano passado, quando alguns espectadores desmaiaram e vomitaram durante a exibição do longa. O filme conta a história de uma caloura vegetariana que, após ser obrigada a comer carne crua  (aparentemente rim de coelho) em um trote, passa a ter transtornos e uma vontade crescente de consumir carne crua, até tornar-se canibal. Uma cena que mostra o início do trote universitário que causa a reviravolta na vida da protagonista foi divulgada recentemente. Veja: https://www.youtube.com/watch?v=PJpHktljM60

E daí se o título do novo Star Wars traz um spoiler?

A Lucasfilm anunciou agora há pouco o título oficial do episódio VIII de Star Wars. O filme se chamará "Star Wars: The Last Jedi". Mal o título foi divulgado e muitos fãs já estão reclamando. A alegação: o título traria um grande spoiler, que seria a morte de Luke Skywalker, que foi o mote do episódio VII, o "Despertar da Força", e reapareceu no fim do longa. A questão levantada pelos fãs (que tiveram apenas alguns minutos para pensar a respeito do assunto): Luke, que é o único jedi existente na trama desde "O Império Contra-Ataca" (quando Yoda morre), treinaria a jovem Rey e morreria, deixando para ela o legado dos Jedi. Aí eu me pergunto: isso faz algum sentido? Faz. Luke poderia mesmo morrer no próximo episódio. E daí? Seria até bom, pois deixaria todo o protagonismo para a Rey. A presença de Luke, mesmo não física (vide o episódio VII), atrai para ele o centro das atenções. Afinal, é de Luke Skywalker de quem estamos falando. Agora, e daí se o título traz um spoiler? Amigos, sou da época em que o episódio mais esperado de Dragon Ball Z trazia o seguinte título: "Freeza perde a luta". Cresçam. Star Wars: The Last Jedi estreia em 14 de dezembro de 2017.

Assista a filmes de graça nos cineclubes goianos. Confira!

[caption id="attachment_85405" align="alignnone" width="620"] "Pequena Miss Sunshine" é o primeiro filme a ser exibido pela União dos Cineclubes[/caption] A União de Cineclubes de Goiânia divulga a programação dos cineclubes goianos, começando pela sessão exibição do filme “Pequena Miss Sunshine” do diretor  Jonathan Dayton, que ocorrerá no dia 25 de janeiro, quarta-feira, às 19h. O local de exibição será o Cineclube Depressão, em parceria com a Vila Cultural Cora Coralina. O Depressão é coordenado pelo estudante de cinema da UEG e arquiteto Sergio Junior. No fim de semana dos dias 28  e 29 de janeiro, ocorrerá o 1º Encontro de cineclubes de Acreúna. Por iniciativa do Instituto Brasileiro de Cultura de Acreúna e da União de Cineclubes de Goiânia (Ibrac), haverá debates sobre temas como a criação da União de Cineclubes Goianos, uma entidade para definir politicas e estratégias que fortaleçam os cineclubes de Goiás, e a Lei 16.003, que estabelece a obrigatoriedade de exibição de duas horas de cinema nacional nas escolas de ensino fundamental. No mês de fevereiro, os Cineclubes estão presentes e atuantes, começando no dia 2, quinta-feira, o Cineclube Catedral das Artes apresenta no seu espaço, localizado na Rua Campo Verde, número 15, setor Santa Genoveva, a partir das 19h30, o documentário realizado por  Pedro Augusto de Brito, “Agente fazendário, uma classe que ocupa seu espaço”. O Catedral é coordenado pelo artista plástico Noé Luiz da Mota e, no dia 9, realizará “O Circuito Cineclube Imigração – Catedral”, exibindo  o filme de Weslle Fellippe de Araújo, da cidade de Faina, e contará, na sequência, com mesa-redonda sobre educação e cultura. No dia 18, o será realizada  a “1ª Feira do Cinema Goiano”, com um Encontro de Cineclubes de Goiânia, Oficinas de produção e cineclubismo e Mostras de cinema Goiano. Na sexta-feira, 3, o Cineclube Bau Haus exibirá o filme “Mon Oncle”, do francês Jacques Tati. O Bau Haus é coordenado pela arquiteta Leticia David, e sua programação conta com produções sobre a influência da arquitetura e do urbanismo na vida das pessoas. Mesmo sendo um cineclube temático, ele está aberto a todo espectador e também a estudantes e especialistas na área. As sessões acontecem mensalmente na Vila Cultural Cora Coralina, às 19h. Já o Cineclube Imigração iniciou suas atividades com o Ciclo de Cinema Político em janeiro, com um público de 67 pessoas. O Imigração tem parceria com a produtora chilena “Imagen y Sonido”, do realizador Nicolas Pienovi. Nicolas vem para realizar uma coprodução chileno-goiana, com a finalidade de gravar o documentário “Fragmentos de Goiás”, que será exibido em cineclubes chilenos. Na sexta-feira, 17, às 19h, realizaremos uma sessão de cinema, na Vila Cultural Cora Coralina, com os documentários “Refugiados” de Nicolas, que retrata a experiências dos refugiados no Chile, e “Chilenos em Goiás”, uma produção de Francisco Lillo, que retrata a vida da comunidade chilena em Goiânia. A União de Cineclubes de Goiânia ressalta que todos os eventos e atividades dos cineclubes são gratuitos e para todo público.  

“Capitão Fantástico” mostra como é difícil viver em sociedade sem tentar aniquilar uns aos outros

Filme de Matt Ross coloca à prova a capacidade que cada indivíduo tem de pertencer a uma sociedade cada vez mais heterogênea sem tornar inválida a existência alheia [caption id="attachment_85347" align="aligncenter" width="620"] Ben Cash dispensa aos filhos uma educação extremamente rígida, vivendo longe das mazelas do mundo contemporâneo, mas até que ponto a ordem é mais importante que a liberdade?[/caption] Capitão Fantástico (2016) é um filme interessante. De cara, é possível dizer se trata de um filme de (e para) pais e filhos. Os pais choram ao final, revendo o tipo de educação que impuseram aos filhos até aqui, mas recordando também quanto amor esteve envolvido. E os filhos, embevecidos com o tipo de criação libertária que conhecem na tela, aspiram as habilidades quase super-humanas dos seis pequenos coadjuvantes. Ben (que, ironicamente, lega a seus filhos o sobrenome “Cash”) carrega consigo fortes convicções ideológicas anti-estabilishment. Os valores familiares que propaga são “Power to the people! Stick it to the man!”, lemas populares de grupos socialistas, pacifistas, anarquistas e minorias em luta pelo reconhecimento de seus direitos nos anos 50 e 60. Seu profeta, Noam Chomsky (Jesus seria apenas um elfo mágico, fruto de mentes doentias). [relacionadas artigos="84231"] Carregando essas convicções ideológicas, com a cumplicidade da esposa (que aparece apenas como memória do protagonista ou como cadáver — e isso tem um papel fundamental no sentido do filme), dispensa aos filhos uma educação extremamente rígida, vivendo na selva, longe da civilização e das mazelas do mundo contemporâneo. Mas enxergar o segundo longa de Matt Ross — antes, um pouco prolífico ator de Hollywood, mas agora, depois de faturar o prêmio de melhor direção na mostra “Un Certain Regard” em Cannes, diretor em ascensão — apenas como uma comédia romântica sobre educação infantil é pouco. O Capitão se propõe a discutir os caminhos do poder e seus custos individuais. Quando William Golding escolheu crianças para protagonizar o seu “Senhor das Moscas”, em 1954, muito provavelmente queria utilizá-los como metáfora ao conceito de “estado de natureza”, aquele estado do indivíduo selvagem, ainda sem o compromisso de viver em sociedade. Os adultos do livro, todos mortos, simbolizariam as leis, o Sistema. E nesse contexto em que não existem regras pré-estabelecidas, sobreviver é o mote principal para qualquer decisão. Nessa condição natural, todos os homens são potencialmente iguais, e suas características diferenciadoras compensam-se. Na obra de Golding, o carisma de Ralph ou a inteligência de Porquinho eventualmente compensariam a força bruta e a austeridade de Jack. Como cada um utilizaria essas características para se manter vivo — o que inclui dominar a maioria e estabelecer um “reinado” — já é outra história. O sangue e o ímpeto selvagem das imagens iniciais do filme nos levam equivocadamente a crer que a família de Ben vive a liberdade plena. O perfeito “estado de natureza”. Só que, ao contrário do que ocorre no “Senhor das Moscas”, existe um adulto ali infiltrado. Alguém que reina absoluto e impõe suas regras àquele pequeno grupo de pseudo-selvagens — regras como treinos de condicionamento físico pesados todos os dias, horário para leitura de clássicos, prática musical, agricultura de subsistência, defesa pessoal e até proibição de ficar nu perto de pessoas que estão comendo dão forma àquela micro sociedade. Não são selvagens. São membros de uma comunidade alternativa que renega o sistema, com todas as suas cocas-colas venenosas, celulares e videogames alienantes e cumprimentos simpaticamente hipócritas. “Stick it to the man”. Mas a grande questão do filme está escondida nessas entrelinhas aí: o cara que governa essa comunidade não tem um Contrato Social prévio. “The Man”. O presidente nunca foi aclamado. E, como diria Rousseau, se a lei não é auto-imposta, a liberdade vira escravidão. É bom perceber como Ross — que também escreveu o roteiro da obra — apresenta seu plano maligno. Primeiro, constrói a ideia de sistema perfeito. Depois, o desconstrói aos poucos, mostrando suas imperfeições e nos incutindo a desconfiança, inclusive expondo-o num embate com o sistema capitalista que todo mundo conhece. Essa desconfiança também contagia os filhos de Ben, “os súditos”. Surge o questionamento, seguido da indignação — nossa e dos moleques. Já dizia John Locke, o liberal, que quando o Estado quebra o pacto com os seus cidadãos, há motivo mais do que suficiente para a ruptura. No decorrer das cenas, somos inevitavelmente levados a questões como “até que ponto a ordem é mais importante que a liberdade?”, “Qual o custo individual para se manter a ordem coletiva?”, “Os sacrifícios valem à pena?”. Se levarmos em consideração o tumultuado momento político pelo qual passamos, em que a legitimidade de um Presidente da República é questionada pela forma como ascendeu ao poder (no Brasil), ou o impacto que bandeiras polêmicas levantadas podem causar na coesão social (nos Estados Unidos), o filme toma uma profundidade ainda maior. E o protagonista sintetiza toda a angústia que surge no momento em que os anseios de um grupo se dissociam das convicções de quem o lidera — legítima ou ilegitimamente. Aliás, o que determina essa legitimidade? Em que momento surge, ou deixa de fazer efeito? Capitão Fantástico, sem dúvidas, tece uma crítica irônica à sociedade de consumo e à forma como criamos nossas crianças nos dias de hoje. Mas seu grande mérito está em colocar à prova como cada um, individualmente, enfrentará os desafios de pertencer (ou não se sentir como parte) a uma sociedade cada vez mais heterogênea, onde cada um é obrigado a encontrar a melhor forma de sobreviver sem tentar, a todo custo, aniquilar “o outro”. Pensando melhor, “interessante” é uma qualificação proibida para esse filme. João Paulo Lopes Tito é advogado e estudante de Cinema e Audiovisual

Secos e Molhados: que fim levaram todas as flores 45 anos depois

Com exuberantes roupas e sensuais coreografias, o trio de rostos pintados formado em 1970 é um dos maiores nomes da MPB e segue para sempre inesquecível

Os diálogos com a Ibéria hebraica na poesia de Moacir Amâncio

Com trajetória singular na Literatura Brasileira, o autor paulista já publicou de obra romanesca de raízes populares à de refinada poesia, levando sempre o leitor a uma viagem através da língua