Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza
A palavra no muro ficou coberta de tinta

Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca.

O trecho da música “Gentileza”, de Adriana Calcanhotto, serve bem para retratar a ação da Prefeitura de São Paulo de cobrir todos os grafites e pichações da cidade. E todo o desgaste recai sobre o prefeito tucano, João Dória, principal responsável pelo mar de tinta cinza que está cobrindo São Paulo.

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Daniel Dago postou, em seu Facebook, uma comparação interessante. Ele, que é tradutor de holandês, revela que em Leiden, na Holanda, há centenas de poesias de diversas nacionalidades espalhadas pelos muros da cidade — e todas no alfabeto original. O tradutor completou a postagem com “Só dizendo, São Paulo…”, em crítica a Dória.

São mais de cem muros/poesias em Leiden. Entre os poetas está Carlos Drummond de Andrade, mas outros também podem ser lidos, entre eles, o russo Aleksandr Blok, o espanhol Federico García Lorca, o grego Konstantínos Kaváfis, o argentino Jorge Luis Borges, o francês Guillaume Apollinaire e o sírio Adonis.

Veja algumas das fotos: