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LGBTfobia: quem tem medo de morrer?

Brunno Falcão* Nestas eleições marcadas pela polarização e pela agressividade, a pauta LGBT é utilizada por ambos os lados que seguem na disputa pela presidência da República para atacar um ao outro. De um lado, apontam o partido rival como promotor da homossexualidade e do assim chamado “kit gay”. Do outro, acusam o candidato concorrente de homofóbico e de estimular o ódio às minorias. Enquanto isso, os ânimos se exaltam e propostas reais sobre o grave problema da LGBTfobia no Brasil ficam de fora das discussões. Mas qual a importância de políticas públicas sobre o assunto? Comecemos do início. A LGBTfobia ocorre quando uma pessoa sofre algum tipo de discriminação, constrangimento ou qualquer tipo de violência por ser julgada lésbica, gay, bissexual, transgênero, travesti etc., mesmo que não seja, como no caso de pai e filho que foram brutalmente agredidos por um grupo de cerca de 20 pessoas, apenas por se abraçarem, no interior de São Paulo, em 2011. A fobia pode se manifestar de diversas formas, como, por exemplo, palavras ofensivas, diferença/recusa de tratamento, recusa de emprego, assédio moral, bulliyng, violência verbal e física em diversos graus, até o assassinato. No ano passado, segundo o relatório da organização não governamental Human Rights, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e outros abusos contra a população LGBT somente no primeiro semestre. Também em 2017, o Brasil bateu recorde: de acordo com levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), houve 445 mortes por LGBTfobia no país. O número representa uma vítima a cada 19 horas. [relacionadas artigos="141382,141543"] Ainda de acordo com o relatório 2017 do GGB, as mortes dos 445 LGBTs foram assim: 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111 foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 ocorreram após espancamento e 22 foram mortos por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do rosto. Esses dados alarmantes são prova da LGBTfobia que assola o País em todos os níveis, reforçando com sangue as relações de poder que identificam a heteronormatividade como regra que jamais deve ser quebrada. Mas por que os suicídios são considerados nas estimativas de morte por LGBTfobia? Um estudo realizado pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, em 2012, mostrou que jovens gays são cinco vezes mais propensos a tentar o suicídio, quando comparado a jovens heterossexuais. O mesmo estudo também aponta que cerca 30% dos suicídios de jovens são cometidos por gays. A pesquisa da Universidade de Columbia concluiu que o convívio social é determinante: quando a família, a escola e outros ambientes em que o indivíduo esteve inserido receberam de forma natural sua orientação sexual, foram registrados menos casos de suicídio. Fica claro, assim, que não é a homossexualidade que leva ao suicídio, mas a maneira como ela é encarada pela sociedade e o convívio em ambientes opressores. Outro argumento comum para tentar descreditar os dados sobre LGBTfobia é o de que os crimes não passam de “briga de gay em boteco”. Aqui, tomo como exemplo o caso de João Donati, jovem de 18 anos que foi encontrado morto em um terreno baldio de Inhumas-GO, em 9 de setembro de 2014. A morte ganhou repercussão internacional, sendo tratada como mais um fruto da homofobia. Ao concluir o inquérito, o delegado responsável pelas investigações, Humberto Teófilo, afirmou que o lavrador Andrie Ferreira da Silva, de 20 anos, entrou em luta corporal com João porque não queria ser passivo durante a relação sexual que os dois mantiveram. Em seguida, Andrie preencheu a boca da vítima com sacolas plásticas. João morreu por asfixia. À polícia, Andrie negou ser gay ou ter ódio a homossexuais, mas que já havia se relacionado com outros homens. Esta é uma das piores faces da LGBTfobia: aquela que é internalizada e faz com que os próprios membros da comunidade neguem a livre expressão de suas sexualidades, por medo do preconceito e como modo de se auto afirmar numa sociedade estruturalmente LGBTfóbica, como é a brasileira. Fomos, todos, por meio de elementos sociais e culturais, criados para acreditar e reforçar que apenas as relações tradicionais entre os papéis de homem e mulher são válidas. Por outro lado, também fomos ensinados a negar e repudiar relações e/ou manifestações que fujam à “regra”. Isso tudo foi cristalizado por meio de representações midiáticas estereotipadas, que apenas reforçam essas relações de poder; e discursos perigosos, como o propagados mais comumente entre as camadas mais conservadoras da sociedade, que clamam coisas como “se vir dois homens se beijando na rua, vou bater”, ou que “o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele”, ou, ainda, que prefere “que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”. Discursos como esses reforçam o preconceito; o intensificam e validam. Especialmente quando partem de figuras representativas, como, por exemplo, um pai de família, um artista ou candidato à presidência, legitimam o preconceito implantado naqueles que são seus seguidores. As consequências são avassaladoras. Agressões que muitas vezes terminam em morte. E, de morte, já estamos cheios. Ao contrário do que afirma o texto “Quem está em pânico com Bolsonaro?”, publicado neste mesmo veículo, a LGBTfobia não é um mito. É uma realidade dolorosa para quem a vive. Agora, precisamos reconhecer o problema, que não é individual, mas coletivo e arraigado em nossa sociedade. A partir daí, discutir: o que fazer para evitar que mais pessoas, amparadas pela mesma Constituição que ainda nos rege, morram apenas por ser e amar diferente da maioria?

Brunno Falcão é jornalista, com MBA em Comunicação Empresarial e Gestão do Conteúdo Transmídia. Atualmente, trabalha como assessor de imprensa.

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