Estudantes de Catalão ocupam reitoria da UFG em protesto por moradia estudantil
10 outubro 2018 às 14h10

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Administração da universidade disse que foi surpreendida com ação que “caracteriza uma ruptura com o diálogo em curso”

Alunos da unidade de Catalão ocuparam, nesta quarta-feira (10/10), o prédio da reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Samambaia, em Goiânia. O protesto é para tratar da questão da moradia estudantil no município.
De acordo com os estudantes, a universidade prometeu destinar as verbas de 2018 para a Casa de Estudante Universitário (CEU) da regional da cidade, o que não ocorreu. Até o momento, os trabalhadores não foram autorizados a abandonar o prédio.
Em nota, a administração superior da UFG disse que foi surpreendida com a ação que caracteriza uma ruptura com o diálogo em curso. “Uma reunião com os estudantes para tratar da questão da moradia estudantil em Catalão já havia sido marcada para esta quarta-feira, às 16h. A ocupação é uma iniciativa desrespeitosa e antidemocrática, uma vez que antecipa uma atitude de radicalização antes mesmo de se manter o diálogo com os gestores”, disse o comunicado.
Veja a nota na íntegra:
A administração superior da Universidade Federal de Goiás foi surpreendida na manhã de hoje (10/10) com a ocupação do prédio da Reitoria por um grupo de estudantes da Regional Catalão/Universidade Federal de Catalão, em um ato de ruptura com o diálogo em curso.
Uma reunião com os estudantes para tratar da questão da moradia estudantil em Catalão já havia sido marcada para esta quarta-feira, às 16h. A ocupação é uma iniciativa desrespeitosa e antidemocrática, uma vez que antecipa uma atitude de radicalização antes mesmo de se manter o diálogo com os gestores. A Reitoria da Universidade Federal de Goiás vem mantendo negociações com o Ministério da Educação, juntamente com a direção da Regional Catalão, para garantir os recursos necessários para a construção da moradia estudantil. Todos os procedimentos administrativos (projetos e licitação) já foram concluídos, dependendo apenas da liberação de recursos pelo MEC.
A ocupação do prédio da Reitoria inviabiliza atividades acadêmicas e administrativas, bem como o atendimento às demandas e obrigações relacionadas a estudantes, servidores e comunidade em geral. Neste momento, impede o fechamento de folha de pagamento de servidores e bolsistas, provoca atrasos no pagamento de fornecedores e empresas terceirizadas, dentre outros serviços, resultando em graves prejuízos à comunidade acadêmica.
A administração superior reforça que sempre esteve disponível para o diálogo, rompido pela ação de um grupo de estudantes, e que continua a envidar esforços junto ao MEC para assegurar a liberação de recursos para a contratação da obra ainda neste ano. Reitera que a ocupação prejudica, sobretudo, a própria comunidade universitária e ressalta a importância da imediata desocupação do prédio.
Reitoria da UFG