Imprensa
Nada Será Como Antes” (Master Books, 424 páginas), do jornalista Julio Maria, do “Estadão”, é a biografia da maior cantora (popular) brasileira. Trata-se de um livro autorizado pela família — o que não quer dizer edulcorado ou hagiográfico. “Furacão Elis”, de Regina Echevarria, não agradou aos familiares. O livro chega às livrarias no dia 17 deste mês. Para matar a curiosidade dos leitores, publico a sinopse fornecida pela editora no site da Livraria Cultura: “O livro ‘Elis Regina — Nada Será Como Antes’ narra a vida de Elis desde seus primeiros dias em Porto Alegre, quando cantava ‘Fascinação’ ao lado das amigas nas escadarias de um colégio, até sua despedida trágica, aos 36 anos, quando estava prestes a, de novo, mudar tudo em sua vida. “Ao todo foram quatro anos de entrevistas e pesquisas em arquivos. A ideia de escrever a biografia surgiu por meio de um convite da editora ao autor. No começo, o perfil do livro era uma homenagem, mas conforme o autor foi descobrindo mais histórias e avançando nas entrevistas, viu que havia muito mais o que contar. Pessoas importantes que até então nunca haviam se pronunciado — como dezenas de músicos que tocaram com ela. “Depois de dois anos em campo — durante esse tempo foram inúmeros arquivos consultados e 126 entrevistas, a maioria delas feitas pessoalmente —, o autor começou a colocar a história no papel. ‘Mesmo quando parei para escrever, as histórias continuavam a aparecer, e o livro ganhava novas partes de tempos em tempos. Ele ficou vivo o tempo todo. E confesso que, se pudesse, estaria neste momento colocando mais histórias’, conta. “‘Não vivi a era de Elis. Quando ela faleceu, em janeiro 19 de janeiro de 1982, eu tinha 9 anos de idade, e diante dessa personagem gigante, fui o que sou há 16 anos — repórter. Me joguei com o respeito que a história merecia, mas sem nenhuma tese a defender. Creio que o olhar descontaminado de paixões ou ódios ajude a traçar um perfil mais humano e menos divino’, diz o autor.”
O leitor Sérgio Murillo pergunta: “Li no jornal ‘O Hoje’, na edição de quarta-feira, 25, o título ‘Paralizações já prejudicam setor produtivo goiano’. O certo seria paralisações? O jornal precisa paralisar, de vez, o uso de ‘paralizações’?” O “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa” explica, na página 2129: “Paralisação — Ação ou efeito de paralisar(se)”. Com “s”, é claro. O “Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa”, de Antônio Geraldo da Cunha, amplia o entendimento (página 580): “Paralisar — Entorpecer, tornar inerte”. A palavra “paralysar” (com “y” e com “s”) teria surgido em 1844. É uma “adaptação do francês paralyser”. Já “paralisação” surge no século 20. Paralisia deriva de “parelisia”, do século 14. A derivação é do latim “paralísis”, que “saiu” do grego “parálysis”. Portanto, o leitor está certo, e o jornal, errado. “O Hoje” deve escrever, a partir de agora, “paralisações”.
Do ponto de vista corporativista do sindicalismo, o “Estadão” cometeu uma heresia na semana passada: demitiu um jornalista, Alessandro Giannini, editor assistente de internacional, que integra a diretoria do Conselho de Diretores do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Teoricamente, o “Estadão” não poderia afastá-lo — porque diretores de sindicatos têm estabilidade no emprego — e agora terá de enfrentar o sindicato e a Justiça Trabalhista, que certamente cobrará a reintegração do profissional. O “Estadão” está demitindo, mas não em massa. São demissões pontuais. Segundo o Portal dos Jornalistas, as demissões seguem a “tendência que vem se consolidando em alguns veículos de comunicação de evitar cortes em escala, a fim de, entre outras razões, não ter que negociar compensações com o sindicato”.
Recebi a fotografia acima e, como humor não faz mal a ninguém, divulgo-a. Para deixar o espírito mais leve e descontraído. Divertida, não é, leitor, a criatividade dos brasileiros?
Um juiz "confiscou" um Porsche e um piano do ex-empresário bilionário Eike Batista. Aí alguém, esperto e rápido, criou o "quadro" acima.
Na edição de domingo, 22, de "O Popular" constava o nome de Luiz Fernando Rocha Lima como diretor editorial, logo abaixo do nome do diretor superintendente, Tasso Câmara. Na edição de segunda-feira, 23, o nome do executivo desapareceu do espaço que sinalizava que dirigia a redação do jornal, acima da editora-chefe, Cileide Alves.
A partir de agora, Cileide Alves responde diretamente ao vice-presidente do Grupo Jaime Câmara, Maurício Duarte, o principal executivo da empresa, abaixo apenas do presidente do Conselho de Administração, Jaime Câmara Júnior, e do presidente, Cristiano Roriz Câmara.
Embora tenha perdido o comando da redação, Luiz Fernando Rocha Lima, o Nandão, permanece no GJC, como diretor. Ele, que cumprirá "missões especiais", pertence ao grupo de Júnior Câmara, mas não ao de Cristiano Câmara. A velha geração está definitivamente fora do comando executivo dos empreendimentos. Ronaldo Borges Ferrante é apontado como o último dos moicanos.

[caption id="attachment_27139" align="aligncenter" width="620"] Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR[/caption]
- Política: "Para um presidente brasileiro ser cassado, ele deve fazer algo flagrantemente errado. Mas muitos fazem isso e sobrevivem", começa o autor [Jonathan Wheatley]. Para ele, entretanto, o que realmente conta é a perda de apoio no Congresso.
- Petrobras: Com todos os escândalos envolvendo a estatal, o pessimismo do mercado diante do governo apenas aumenta e pressiona ainda mais a presidente. Ele destaca que, se em algum momento o Congresso decidir fazer algo para um impeachment, "a Petrobras forneceria o pecado flagrante". "Dilma foi presidente do conselho de administração, quando a maior parte da suposta corrupção aconteceu", ponderou.
- Confiança do consumidor: "Os consumidores estão extremamente saturados", diz o jornal, ao mencionar um estudo da FGV que aponta a queda no índice de confiança do consumidor para o menor nível desde 2005.
- Inflação: A publicação reitera que há 20 anos a inflação no Brasil já foi de cerca de 3000% ao ano. "Muitos são jovens demais para lembrar, mas outros não", diz o texto, complementando que "alguns temem que o governo abandone a meta de inflação", que está em 4,5% ao ano.
- Desemprego: Segundo o Financial, a perda de 26 mil empregos em janeiro, além da recente greve de caminhoneiros pelo país, apontam que "o desemprego é um grande desafio de popularidade para Dilma".
- Confiança do investidor: O texto diz também que o governo está sendo forçado a vender cada vez mais títulos de contratos de dívida de curta duração, por conta da preocupação dos investidores com a capacidade do governo em cumprir metas orçamentárias.
- Orçamento: O FT menciona o primeiro déficit orçamentário primário em mais de uma década em 2014, "efetivamente levando o país de volta aos dias sombrios antes de começar a implementar pelo menos uma aparência de disciplina fiscal".
- Economia: Os investidores esperavam que a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda iria mudar, diz. "Mas a tarefa parece cada vez mais difícil". "Levy tem aparecido como uma figura solitária", completa.
- Água: A seca na região Sudeste também é apontada como um motivo para o impeachment de Dilma: "a sensação de aproximação do apocalipse no Brasil é sublinhada por uma escassez de água que atinge a cidade de São Paulo", diz.
- Eletricidade: O FT cita a derrota do PSDB para o PT em 2002, dizendo que, "na última vez em que um governo foi derrubado (embora nas urnas, e não por impeachment), a principal causa foi o racionamento de energia elétrica".
O presidente do Grupo Jaime Câmara, Cristiano Roriz Câmara, indicou Maurício Duarte, vice-presidente, para ser o principal responsável pela área de jornalismo de seus empreendimentos. O executivo assume as funções que cabia ao diretor de Jornalismo, Luiz Fernando Rocha Lima. Ele já se tornou interlocutor junto ao maior anunciante do GJC, o governo do Estado de Goiás. Luiz Fernando Rocha Lima permanece no GJC e vai cuidar de missões especiais. A cúpula sublinhou que a editora-chefe, Cileide Alves, ao contrário do que sugerem especulações, permanece prestigiada.
A jornalista Maria Golovnina [foto acima], de 34 anos, diretora de redação da agência Reuters para o Paquistão e o Afeganistão, morreu na segunda-feira, 23, em Islamabad. Colegas a encontraram desmaiada, na redação, e a levaram a um hospital da capital do Paquistão. Ainda não se sabe a causa.
Maria Golovnina trabalhava havia dez anos na Reuters e era considerada uma profissional experimentada. Escreveu reportagens sobre conflitos no Uzbequistão, no Tadjiquistão e na Rússia. A correspondente da agência no Paquistão, Katharine Houreld, lamentou a morte da colega: “Ela era ótima chefe. Calorosa, com um coração enorme. Uma pessoa que realmente se importava”.
O editor-chefe da Reuters News, Stephen Adler, corrobora a opinião de Houreld: “Todos nós da Reuters choramos a morte prematura de nossa querida colega Maria. Ela era uma de nossas melhores jornalistas, combinando destemor com um entusiasmo contagiante que inspirava confiança, respeito e afeição de todos ao seu redor. Ela deixará muita saudade”.
E. L. James, autora do romance “Cinquenta Tons de Cinza”, quer escrever o roteiro, ou pelo menos ser a autoridade final na elaboração, da segunda parte do filme homônimo. A notícia na “Variety”.
A Universal, dona dos direitos de filmagem da trilogia escrita por E. L. James, ainda não decidiu o que fazer, mas não aprova a excessiva intromissão da autora. Porém, a Universal assinou um contrato que beneficia a autora. O texto assinado garante o controle da história.
A diretora Sam Taylor-Johnson não aprova a interferência da autora e, por isso, não sabe se vai dirigir os dois próximos filmes.
Na primeira versão, E. L. James decidiu sobre a transcrição fiel dos diálogos e exigiu que as cenas de sexo fossem mais tórridas — o que certamente não desagradou Hollywood nem os espectadores.
Dada a posição intransigente de E. L. James, a sequência de “50 Tons de Cinza” deve atrasar. Deve chegar, se chegar, aos cinemas apenas no final de 2016 ou no começo de 2017. Hollywood está em polvorosa, porque o filme está rendendo uma bilheteria sensacional — com mais de 220 milhões de euros, num único fim de semana, em termos mundiais.
A única coisa certa: o filme será feito. Porque ninguém abandona uma mina de ouro devido a princípios.
O problema está nos livros “Prazeres Ilimitados”, do filósofo Fernando Muniz, e “Pecar e Perdoar”, do escritor Leandro Karnal
A “Folha de S. Paulo” publicou uma reportagem, “Subsidiária de estatal pagou R$ 3 mi a Collor, diz doleiro”, assinada por Estelita Hass Carazzai e Flávio Ferreira, na terça-feira, 24. O jornal afirma que não conseguiu ouvir o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB). Porém, quando da primeira denúncia, de que Alberto Youssef teria mandado entregar-lhe R$ 50 mil, Collor contestou-a. O depoimento de um dos chefes do esquema corrupto que assolou a Petrobrás foi concedido à Procuradoria-Geral da República.
Segundo a “Folha”, a propina de R$ 3 milhões resulta “de negócio da BR-Distribuidora, subsidiária” da Petrobrás. “Segundo o doleiro, a operação com a BR Distribuidora foi intermediada por um emissário de Collor e do PTB, o empresário e consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos. Nessa ocasião, segundo Youssef, Ramos trabalhou como um operador do esquema, intermediando suborno”.
Youssef, beneficiário de delação premiada, sustenta, de acordo a “Folha”, que “a propina resultou de um contrato no valor de R$ 300 milhões assinado em 2012 entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora. O negócio era para que a rede deixasse uma marca de combustíveis e passasse a integrar o grupo de revendedores da BR Distribuidora. (...) Em 2012, foi nesse tipo de operação que teria negociada a propina no valor de 1% do total do contrato, o que corresponde a R$ 3 milhões. O valor, segundo Youssef, foi arrecadado nos postos em dinheiro vivo, em três parcelas de R$ 1 milhão, e depois repassado a Leoni. O dinheiro era destinado a Collor, afirma o doleiro”.
O doleiro garante que “todos sabiam que Leoni era um emissário do senador”. “O empresário Pedro Paulo Leoni Ramos afirmou que desconhece o depoimento de Youssef e ‘nega qualquer envolvimento em esquema na BR Distribuidora’”, relata a “Folha”.
Sem avaliar o mérito da denúncia — por que o doleiro mentiria? —, há um problema na reportagem. A “Folha” diz que contatou a assessoria de Fernando Collor na segunda-feira, 23, e foi informada que “o ex-presidente ‘estava em deslocamento para Brasília”, por isso, “impossibilitado de atender a ligações telefônicas’”. É provável que tenha sido assim. Mas o jornal não teria o número de celular do senador ou não deveria ter insistido mais vezes, até o fechamento da edição?
Fernando Collor costuma apresentar-se como “vítima de uma campanha difamatória” da imprensa. Por certo não há uma campanha difamatória. Há, porém, uma certa má vontade da imprensa e do senador.
Cristiane Diógenes trabalhava no Ministério Público, no Sesi e era auditoria do Ipasgo
O jornalista Almiro Marcos está trocando a redação do “Correio Braziliense” pela chefia de comunicação setorial da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) do governo de Goiás. Almiro Marcos foi repórter de “O Popular”.
Almiro Marcos é tido como um profissional brilhante.
Se não se aposentar, Antonio Silva deixa, em definitivo, de ser Pezão para se tornar, para-oficialmente, Sacão de Pancada do UFC. Se tem alguém precisando retornar, não aos bons tempos, mas aos tempos medianos, basta chamar o Sacão, opa, Pezão. Ele se aposentou? Oficialmente, não. Porém, se for esperto o suficiente, o fará agora, antes que se machuque gravemente ou seja defenestrado pelo poderoso chefão do UFC, Dana Write.
As derrotas para Andrei Arlovski — recém-saído do túnel do tempo dos lutadores dráculas — e Frank Mir, dois atletas em franca decadência, mas absolutamente charmosos (“lendas”, como gostam de dizer os palavrosos, divertidos e imprecisos comentaristas-torcedores do canal Combate), foram vexatórias sobretudo porque Sacão-Pezão não lutou. Entrou no octógono como se fosse o personagem K., do romance “O Processo”, do tcheco Franz Kafka. Não sabia o que estava acontecendo e, depois do nocautaço, saiu do octógono sem saber se havia sido atropelado por uma Scânia ou por um trator. Havia sido atropelado por um Fusca, talvez da década de 1970, mas ainda com força nas mãos. Frank Mir, experimentado, percebeu que estava diante de um lutador que não reagia, que não queria luta.
Há um truísmo: nas lutas de MMA quem fica parado, inteiramente na defensiva, se torna, em poucos minutos, amigo preferencial da lona. Em menos de 2 minutos, Pezão estava no chão, meio desmaiado, sendo socado por Frank Mir. Desculpe, leitor, a linguagem algo grosseira, mas Pezão se tornou uma espécie de Viagra dos lutadores decadentes sem elegância do UFC. Agora só falta ser nocauteado por Roy Nelson.
A luta, se o termo apropriado é luta — passeio talvez seja menos impreciso —, entre Pezão e Frank Mir ocorreu, em Porto Alegre, na madrugada de domingo, 22, para segunda-feira, 23. O dia não foi bom para os brasileiros, que pareciam sonados e amantes da lota.
A dentista Cristiane Diógenes do Nascimento, de 38 anos, filha do jornalista Ary Diógenes, sofreu um AVC e está internada em estado gravíssimo no Hospital Amparo, no Setor Bueno, em Goiânia. Cristiane do Nascimento deu à luz uma menina há 16 dias e sofreu complicações pós-parto. Ary Diógenes é o decano dos jornalistas que cobrem as ações dos governadores de Goiás. É uma referência para todos que querem saber das histórias, fantásticas ou não, do Palácio das Esmeraldas.