Imprensa
O jornalista trabalhou nas revistas Veja e IstoÉ e no Jornal da Tarde. É autor de livros-reportagem de qualidade
Em 648 páginas, o historiador britânico e professor de Oxford explica e interpreta o que o comunismo fez nos países que dirigiu e sua influência em todo o mundo
Robinho, o ex-craque, arrastou-se em campo, meio parrudo, e só Willian parecia não ter medo da bola
O prosador norte-americano faleceu nos Estados Unidos. Seu último romance, “Tudo Que É”, vai sair pela Companhia das Letras

Morto sob tortura, Milton Soares de Castro era ligado a Brizola, havia sido filiado ao PC do B e decidiu fazer guerrilha na Serra do Caparaó

O historiador britânico sugere que generais alemães não tiveram coragem de contestar Hitler e por isso batalharam nas Ardenas
O professor Sérgio Paulo Moreyra, da Universidade Federal de Goiás (e orientando de Sérgio Buarque de Holanda na USP), consegue ser historiador rigoroso, intérprete posicionado (mas objetivo) e escritor de texto delicioso. Ele está lançando dois livros pela Editora UFG: “Relações de Trabalho no Campo — O Caso da Escravidão Por Dívidas em Goiás” (236 páginas) e “Vida Sertaneja: Aspirações Metropolitanas — Alunos da Universidade de Coimbra Nascidos em Goiás” (235 páginas; a edição é primorosa).
Cuidadosa e criticamente, Sérgio Paulo disseca “a indiferença dos homens públicos de Goiás em relação ao destino do trabalhador ‘livre’. Quase sem exceção, os grandes nomes da política regional se mantiveram indiferentes diante do estratagema e do artifício legal montado pelos patrões contra os camaradas, como de resto se mantinham indiferentes à exclusão social da massa trabalhadora rural”.
Ao fazer o registro do quadro geral, Sérgio Paulo analisa, com rara felicidade, os principais personagens políticos de Goiás na Primeira República. Há personagens interessantíssimos, como o (quase) iluminista João Alves de Castro (pai de Aguinaldo Caiado de Castro, o coronel da FEB que comandou a tomada de Monte Castello na Itália, e bisavô do superintendente de Cultura do governo de Goiás, Aguinaldo Coelho). “Realizou o mais notável governo de Goiás na Primeira República.”
No livro “A Conquista do Brasil — 1500 a 1600” (Planeta do Brasil, 272 páginas), o escritor e jornalista Thales Guaracy torna a história mais viva.
É como se nós estivéssemos vendo os fatos acontecerem — no exato instante em que estão acontecendo — e, mesmo, participando deles. O jornalista pesquisa como historiador e escreve como os melhores escritores.

O historiador Paulo Cesar Araújo não vai republicar a biografia “Roberto Carlos em Detalhes”, para evitar novo conflito com os advogados do Rei.
Vai escrever uma nova biografia, com detalhes novos, quiçá mais picantes, e atualizados. O livro vai sair pela Editora Record.
É provável que, depois do terceiro livro sobre o cantor, o pesquisador terá de frequentar sessões com um psicanalista para livrá-lo da obsessão.

[caption id="attachment_38548" align="aligncenter" width="620"] Neymar treina no Monumental em Santiago para o jogo contra Colômbia | Foto: Rafael Ribeiro / CBF[/caption]
Depois do jogo em que a seleção brasileira foi derrotada pela seleção colombiana na quarta-feira, 17, por 1 a 0, o narrador esportivo Galvão Bueno, ao fazer a pergunta “por que Neymar anda tão nervoso?”, por certo não leu as reportagens “A sujeira do jogo bonito” (título da capa; o interno é “Cartão amarelo para Neymar”) e “Goleada de inconsistências”, da revista “Época”, que também pertence ao Grupo Globo.
A “Época” conta que Neymar (da Silva Santos Jr.) e seu pai, também Neymar, estão sendo investigados pela Receita Federal e pelo Ministério Público Federal no Brasil. Na Espanha, são réus num processo rumoroso.
O jogador e sua família estariam no time dos sonegadores. As “ações do Fisco devem culminar na maior multa já aplicada pela Receita a um esportista” brasileiro. O procurador federal Thiago Lacerda também denuncia o clã Neymar por falsidade ideológica.
A seleção brasileira, deveriam acrescentar Galvão Bueno, Caio e Casagrande, está jogando muito mal não apenas devido à chamada “teoria da neymardependência”. De fato, o time depende da criatividade do craque do Barcelona. Mas o problema central é que, ao contrário do time espanhol — que tem Messi e Suarez —, a seleção brasileira é fraca. Neymar às vezes entrega um diamante para um colega e, adiante, recebe um cascalho.
Depois da saída do diretor de redação Hélio Gurowitz, com a ascensão de João Gabriel de Lima (ex-“Veja”), a “Época” perdeu o ar burocrático e está com matérias mais densas e, ao mesmo tempo, mais criativas. A revista está menos amarga. Jornalismo é uma atividade amarga, ao menos no geral. “Época” está provando que pode ser um pouco mais bem-humorada.
O quadrinista revela que, em agosto, o jornal será publicado com novo formato
Christiane Pelajo passou por cirurgia de reconstrução da face, está bem mas ainda não fala
De maneira enviesada, o autor de "Macunaíma" fala em discrição mas admite que é homossexual
“O Popular” demitiu o cartunista Mariosan, alegando, mais uma vez, contenção de despesas e necessidade de renovação dos quadros do jornal.
No Facebook, o cartunista Jorge Braga (o moicano) lamentou: “Meu amigo-irmão cartunista Mariosan Gonçalves Gonçalves já não faz parte do quadro de funcionários do jornal ‘O Popular’. Não tenho como dizer o quanto estou triste”.
Masiosan e o “Pop” têm profunda identidade, pois estiveram juntos por vários anos (só Jorge Braga tem mais identidade com o jornal). O cartunista e caricaturista é dono de um traço de qualidade, que não fica a dever aos melhores profissionais do país.
[Acima, Mariosan e Jorge Braga. Foto do Facebook do cartunista Jorge Braga]