Bastidores
O tucano foi um dos prefeitos premiados pelo Sebrae pela criatividade de sua gestão
Selma Bastos reconhece o apoio do governador à sua gestão, sem discriminação política
Britz Lopes e Diogo Luz são repórteres experimentados e entendem de política como poucos

[caption id="attachment_55307" align="aligncenter" width="620"] Ana Carla e Thiago Peixoto: a primeira deixou o Estado mais enxuto para atravessar a crise nacional e o segundo criou programas para incentivar o crescimento e o desenvolvimento de Goiás[/caption]
O Jornal Opção ouviu alguns presidentes de partidos políticos, deputados, vereadores, economistas e perguntou: “Qual foi o melhor secretário do governo de Goiás em 2015?” Das 30 pessoas ouvidas, entre segunda-feira, 21, e quarta-feira, 24, a maioria disse que é muito difícil avaliar sem conhecer detalhes da atuação de cada secretário. Um economista assinalou: “Sem saber detalhadamente o que todos fizeram, tenho dificuldade de avaliá-los de maneira equânime”. Mesmo assim, a partir do que leu em jornais e ouviu em encontros com políticos e auxiliares do governador de Goiás, Marconi Perillo, decidiu opinar.
Os secretários da Fazenda, Ana Carla Abrão, e de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, empataram em primeiro lugar. Na sequência, o terceiro mais citado foi o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eliton.
Ana Carla é apontada como uma secretária corajosa, que decidiu enxugar a máquina do Estado e enfrentar inclusive empresários poderosos. Operando com o apoio dos auditores fiscais, que perceberam que têm apoio integral para autuar sonegadores, em geral aqueles que são contumazes em não pagar impostos, a doutora em economia organizou as contas do governo, ao menos dentro do que era possível. Se o quadro de Goiás é bem melhor do que o de outros Estados — muitos estão atrasando salários, parcelando 13º, deixando de pagar o serviço da dívida —, isto se deve, em larga medida, à sua determinação e competência técnica. Esta é a opinião, sintetizada, de todos os entrevistados. Um economista apresenta uma ressalva: “Ana Carla precisa ser mais proativa, falar menos em crise. Não que a crise vá acabar por causa disso, mas injetar ânimo, o fato psicológico, contribui para aumentar os investimentos”.
Thiago Peixoto é visto como um secretário que formula e que, em tempo de crise, percebe novos caminhos para o desenvolvimento do Estado. Economista, fala pouco em crise e aposta que o crescimento econômico depende da vontade dos agentes do Estado. O Consórcio Brasil Central e o Goiás Competitivo são algumas de suas intervenções vistas como positivas. É um dos poucos que conseguem ter uma visão técnica e política do processo.
José Eliton é visto pelos entrevistados como um secretário equilibrado e que tem “imenso peso político”. O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, foi elogiado pela eficiência e pela discrição. Vilmar Rocha foi mencionado por ter contribuído para a melhoria das relações do governo goiano com o Ministério das Cidades — o que vai representar um investimento de 508 milhões de reais em saneamento no Estado. A secretária da Educação, Raquel Teixeira, é apontada como eficiente. Mas ressalva-se que demorou a se empolgar com as organizações sociais na Educação e que isto contribuiu para o aumento e cristalização das críticas.
O secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, é visto como um profissional que entende do assunto, mas não é “assimilado” pelas políticas Militar e Civil. É notado como um “corpo estranho”.
Embora não seja secretário, e sim presidente da Agetop, Jayme Rincón foi citado como um dos auxiliares mais eficientes do governo. Ele é mencionado como um executivo que faz, com o perfil de profissionais da iniciativa privada. É tido como um dos poucos que conseguem vencer a burocracia, arrancar as ideias do papel e transformá-las em obras.
O Jornal Opção optou por manter os nomes dos votantes no anonimato. Porque, se alguns liberaram a publicação de seus nomes, outros optaram por não divulgá-los. Uns alegam razões de amizade com secretários não citados ou citados mais positivamente em comparação a outros auxiliares do governador tucano. Outros sugerem que, se citados, poderiam contribuir para gerar uma crise até partidária.

O ano de 2015 acabou e deve estender sua crise a 2016. Em termos de Goiás, há sinais de que a política passará, daqui pra frente, por uma grande renovação. A mudança começa em 2016, mas vai se acentuar a partir de 2018.
Com o apoio de marqueteiro, cientistas políticos, pesquisadores e políticos, o Jornal Opção elaborou uma lista de políticos promissores para 2016, 2018, 2020 e 2022.
Alguns devem soçobrar ao longo da história, abandonados pelos eleitores e por suas próprias faltas de perspectiva. Mas muitos dos listados devem ocupar espaços importantes na política de Goiás. A listagem não significa que políticos mais velhos ou mais experimentados estarão fora do jogo, e sim que outros players estão chegando — e com força — ao processo político.
Eis a lista (as fotos são de arquivo do Jornal Opção, reprodução do site da Assembleia Legislativa de Goiás e da página pessoal dos citados nas redes sociais):
Adriana Accorsi (PT), deputada estadual;
Alexandre Baldy (PSDB) deputado federal;
Antônio Gomide (PT), ex-prefeito de Anápolis;
Bruno Peixoto (PMDB), deputado estadual;
Cristina Lopes (PSDB), vereadora de Goiânia
Daniel Vilela (PMDB), deputado federal;
Diego Sorgatto (Rede), deputado estadual;
Eduardo Machado, presidente do PHS;
Edward Madureira (PT), primeiro suplente de deputado federal;
Ernesto Roller (PMDB), deputado estadual;
Eurípedes Júnior (Pros), presidente do Pros;
Evandro Magal (PP), prefeito de Caldas Novas;
Fábio Sousa (PSDB), deputado federal;
Fernando Cunha (PSDB), vereador em Anápolis;
Francisco Júnior (PSD), deputado estadual;
Giuseppe Vecci (PSDB), deputado federal;
Gustavo Mendanha (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia;
Gustavo Sebba (PSDB), deputado estadual;
Heuler Cruvinel (PSD), deputado federal;
Humberto Aidar (PT), deputado estadual;
Issy Quinan (PP), prefeito de Vianópolis;
Jayme Rincón (PSDB), presidente da Agetop;
Jean Carlo (PHS), deputado estadual;
José Antônio (PTB), deputado estadual;
José Eliton (PSDB), vice-governador;
Leandro Vilela (PMDB), ex-deputado federal;
Lincoln Tejota (PSD), deputado estadual;
Lissauer Vieira (Rede), deputado estadual;
Lucas Calil (PSL), deputado estadual;
Luis Cesar Bueno (PT), deputado estadual;
Marcelo Melo (PSDB), ex-deputado federal;
Pedro Chaves (PMDB), deputado federal;
Rodrigo Zani (PSDB), presidente da Juventude do PSDB;
Tayrone di Martino (PSDB), vereador em Goiânia;
Thiago Albernaz (PSDB), vereador em Goiânia;
Vinicius Luz (PSDB), vereador em Jataí;
Virmondes Cruvinel (PSD), deputado estadual;
Waldir Soares (PSDB), deputado federal

[caption id="attachment_53038" align="aligncenter" width="620"] Daniel Vilela: o jovem mostrou coragem e derrotou Iris Rezende |
Foto: André Costa[/caption]
O PMDB de Goiás não ganha eleição para governador há cinco eleições — de 1998 a 2014. Em 2018, completa 20 anos que está fora do poder no Estado. Um dos motivos é que o partido não se renova. Iris Rezende — que quase todo peemedebista, até seus aliados, critica — disputou três eleições contra o governador Marconi Perillo e perdeu todas. Em nenhum momento o peemedebista-chefe quis abrir espaço para a renovação. Continua mandando no PMDB com pulso de ferro. Permanece mesmo? Não é bem assim.
Em 2015, contra as previsões dos políticos acomodados do partido, o deputado Daniel Vilela decidiu enfrentar o velho cacique de 82 anos e pôs seu bloco na rua, quer dizer, no Diretório Estadual do PMDB. Iris Rezende encasquetou que Nailton Oliveira, anódino e teleguiado político do interior, deveria ser presidente do partido em Goiás. Daniel Vilela e Pedro Chaves articularam em Brasília, dialogaram com Michel Temer e derrotaram o irismo. O PMDB nacional indicou Pedro Chaves para presidente da comissão provisória. Por isso, o jovem peemedebista Daniel Vilela é a revelação do partido em 2015. Se ele não tivesse reagido, Pedro Chaves não seria hoje o comandante do partido.
Pela primeira vez, em muitos anos, um político do PMDB impôs uma vitória sobre Iris Rezende. O motivo é prosaico: o deputado federal é o futuro do partido, e pode até ser candidato a governador em 2018. Enquanto Iris Rezende se tornou um político municipal, quer dizer, de Goiânia. Tanto que deve ser candidato a prefeito da capital e, provavelmente, será sua última disputa.
Politicamente, em termos estaduais, Iris Rezende está morto. Mortíssimo. Mas enganam-se aqueles que avaliam que não tem chance de ser eleito prefeito de Goiânia. Tem — e muita.

[caption id="attachment_55302" align="aligncenter" width="620"] Deputados Adriana Accorsi e Luís César Bueno e o ex-reitor Edward Madureira | Fotos: Jornal Opção / Alego / reprodução[/caption]
O PT deixou de ser um partido cinco estrelas para ser, digamos, no máximo duas estrelas. Mas pelo menos três estrelas do partido brilharam em Goiás em 2015. Adriana Accorsi, deputada mais bem votada do partido em 2014, apresenta um trabalho consistente na Assembleia Legislativa e mantém uma ação propositiva com segmentos organizados da sociedade. É cotada para disputar a Prefeitura de Goiânia.
O deputado Luis Cesar Bueno, reeleito, atua com firmeza na Assembleia Legislativa e pretende disputar a Prefeitura de Goiânia. Pode agregar a base partidária. O terceiro destaque é o professor Edward Madureira. Sem nunca ter disputado mandato político, lançou-se candidato a deputado federal em 2014 e obteve quase 60 mil votos, ficando na primeira suplência.

[caption id="attachment_48592" align="aligncenter" width="620"] Deputado federal Alexandre Baldy | Renan Accioly[/caption]
A candidatura de Alexandre Baldy (PSDB) a prefeito de Anápolis já foi vista com olhares mais positivos pelo Palácio das Esmeraldas. O deputado federal é apontado como aquele aliado que, a todo momento, é preciso perguntar se é aliado mesmo. O parlamentar se tornou cansativo para os políticos que convivem com o governador Marconi Perillo. A aproximação com João Gomes (PT) é um recado que o deputado tucano parece não entender.

[caption id="attachment_46052" align="aligncenter" width="620"] Waldir Soares aposta que tucanato pode bancá-lo para prefeito de Goiânia[/caption]
O delegado Waldir Delegado Soares teme que a cúpula tucana esteja trabalhando para alijá-lo da disputa para a Prefeitura de Goiânia em 2018? Aliados do deputado federal acreditam que, de maneira “solerte”, o tucanato teria conseguido impedir sua entrada no Partido da Mulher Brasileira (PMB)? Na verdade, três questões devem ser apontadas.
Primeiro, a cúpula nacional queria duas mulheres para dirigir o partido em Goiânia e em Goiás. Segundo, o delegado Waldir poderia até assumir o partido, mas não teria o direito de controlar o fundo partidário — o que o teria deixado arrepiado. Terceiro, o tucanato avalia que, se Waldir sair do páreo, cresce a expectativa de Iris Rezende ganhar no primeiro turno. Portanto, nenhum tucano perspicaz quer retirá-lo do páreo.
O delegado Waldir aposta todas as suas fichas, se não conseguir migrar para outro partido, que os pré-candidatos da base aliada — como Giuseppe Vecci, do PSDB, e Virmondes Cruvinel, do PSD — não vão deslanchar e, deste modo, a cúpula irá buscá-lo em casa para disputar a prefeitura.
Isto é possível?, perguntou o Jornal Opção para um tucano de bico erado. “É, sim.” Por quê? “Porque o governador Marconi Perillo, se perceber que só pode derrotar Iris Rezende com a candidatura do delegado Waldir, vai hipotecar todo seu apoio a ele.” Qual é o lance? “O lance é o seguinte: se Iris Rezende for eleito prefeito da capital, o nome do senador Ronaldo Caiado ficará muito forte para a disputa do governo de Goiás em 2018. Portanto, entre fortalecer o presidente do DEM e eleger o delegado Waldir, se isto for possível, nós, tucanos, vamos ficar, é claro, com a segunda possibilidade. Uma coisa que político detesta é o chamado ‘suicídio burro’.”

Um grupo avalia que o deputado estadual Luis Cesar Bueno, mais motivado, deve ser o candidato do PT a prefeito de Goiânia em 2016. Mas a tendência dirigida pelo prefeito da capital, Paulo Garcia, avalia que, em termos de popularidade, como tem comprovado as pesquisas, o nome mais consistente é o da deputada estadual Adriana Accorsi.
Em praticamente todas as pesquisas, apesar do desgaste nacional do PT, sempre aparece com 5% a 6% das intenções de voto. Fica-se com a impressão de que a crise do PT não a atinge com intensidade. Por quê? Há duas explicações. Primeiro, como deputada, faz um trabalho consistente e produtivo com segmentos da sociedade organizada. E é respeitada pela seriedade de seus propósitos. Segundo, um de seus temas candentes é segurança pública, um dos maiores apelos eleitorais do país, não só de Goiânia. Acredita-se, assim, que, contra Iris Rezende e o delegado Waldir Soares, o PT bancar a delegada.

[caption id="attachment_51077" align="alignleft" width="300"] Marconi e o prefeito Jardel Sebba | Foto: Wesley Costa[/caption]
O prefeito Jardel Sebba (PSDB) tem sobre sua mesa pesquisas que apontam a recuperação de sua popularidade em Catalão. As pesquisas são animadoras porque mostra o tucano crescendo e Adib Elias (PMDB) ora estagnado, ora caindo.
Jardel Sebba está animado com o projeto de reeleição e cumpre extensa agenda de inauguração de obras nos bairros. Os aliados do peemedebista Adib Elias estão com as barbas de molho. O eleitorado começa a dizer, nas pesquisas qualitativas: “Por que trocar o que está funcionando?”
O que os eleitores mais temem é o “ódio” propalado por Adib Elias. Os eleitores querem um político mais pacífico e que esteja em sintonia com o governador Marconi Perillo (PSDB).
As organizações corporativas são democráticas, não há a menor dúvida, mas promovem um verdadeiro cerco aos Estados, em defesa de seus interesses. Há várias questões em jogo; apontemos ao menos três. Primeiro, o corporativismo está cada vez mais organizado nas redes sociais, divulgando verdades e, às vezes, distorções sobre políticos e gestores. Segundo, eventualmente defende todos os servidores públicos, mas em geral tem seus próprios interesses. Terceiro, paralelamente à pauta reivindicativa, há o jogo político e as forças corporativas não raro são subordinadas a partidos políticos e, mesmo, a políticos isolados. O que ocorre em Goiás está ocorrendo noutros Estados.

O empresário Vanderlan Cardoso comentou com um aliado que está mais preocupado com as eleições de Senador Canedo. Sua tese: a chance de ser eleito prefeito de Goiânia pelo PSB é mínima, mas a chance de eleger um candidato no município vizinho é palpável. “Para Vanderlan, é mais factível um pássaro na mão do que dois voando”, afirma o aliado.

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (PSDB), anunciou para os aliados que está fora do jogo para a disputa da Prefeitura de Goiânia. Mas vai manter o nome na Imprensa para ganhar mais força política. O que ele quer é ser vice, mas, como admite que é praticamente impossível, vai ser candidato mesmo é a vereador. O tucano sugere que, como postulante a prefeito, consegue arrecadar mais dinheiro para a campanha para a Câmara.

O Jornal Opção pediu para um grupo de tucanos, de bicos erados e de bicos menores, avaliar o desempenho dos presidentes do PSDB estadual, Afrêni Gonçalves, e do PSDB metropolitano, Rafael Lousa.
A maioria disse que, num partido com um líder tão marcante quanto o governador de Goiás, Marconi Perillo, a tendência é que as grandes questões passem por sua órbita. “Marconi é o Sol do PSDB goiano”, define um deputado. Mas todos disseram que, apesar disso, Afrêni Gonçalves e Rafael Lousa não comprometem como líderes. “O PSDB goiano e o PSDB goianiense estão bem em suas mãos”, garante um tucano de bico longo.
Tanto Afrêni Gonçalves quanto Rafael Lousa são vistos como líderes que sabem ouvir, que demonstram equilíbrio e que não discriminam os filiados, sejam de muita importância, de média importância e de pouca importância eleitoral. Ouvem todos os integrantes do partido, propõem caminhos conciliatórios e democráticos e não decidem de maneira monocrática.
O que todos comentam também é que Afrêni Gonçalves e Rafael Lousa são líderes presentes. Eles são apontados como líderes que participam dos eventos do partido. O primeiro recebe integrantes do partido na capital e também viaja às cidades do interior para ouvi-los. Não chega com fórmulas prontas. Ouve detalhadamente e, se oportuno, oferece uma orientação. Em Goiânia ocorre o mesmo: Rafael Lousa é visto como um líder democrático, acessível e tranquilo. “Veja-se o caso do delegado Waldir Soares. Ele faz críticas ao partido e ao governo do Estado. Ainda assim, é bem tratado tanto por Afrêni quando por Rafael. Por quê? Porque sabem que é preciso tratar bem todos os integrantes do partido e Waldir Soares é um campeão de votos.”
Os entrevistados sublinham que uma das virtudes mais louváveis de Afrêni Gonçalves e Rafael Lousa é que defendem o partido e seus integrantes. “Em Goiânia, por exemplo, afirmam que o PSDB terá candidato a prefeito e trabalham para que isto se torne, mais do que desejo, uma realidade”, afirma um ex-deputado. Um ex-vereador complementa: “Como não têm mandato e não estão postulando mandatos nas eleições de 2016, os dois são independentes e respeitados pelos possíveis candidatos. São isentos e são hábeis na arte de articular. Afrêni é experiente, foi deputado. Rafael é cristão-novo, mas, como filho de Olier Alves, uma raposa política, não tem deixado a desejar”.
Noutras palavras, apesar de as decisões mais importantes passarem mais pelas mãos do governador Marconi Perillo, a conclusão dos tucanos é que o partido, com Afrêni Gonçalves e Rafael Lousa, está muito bem representado.