Bastidores

No caso de novas eleições em Senador Canedo, o ex-prefeito Divino Lemos, vetado pela Justiça Eleitoral, deve bancar sua mulher, Laudenir Lemes, para prefeita.
Divino Lemes é, eleitoralmente, forte. Resta saber se vai conseguir transferir votos para sua mulher, uma ex-deputada estadual.
Enquanto a Justiça Eleitoral não decide, Zélio Cândido, o segundo mais votado, comenta com aliados que assumirá a prefeitura no dia 1º de janeiro de 2017.

[caption id="attachment_47458" align="aligncenter" width="620"] Prefeito João Gomes[/caption]
O vereador Jakson Charles, reeleito pelo PSB, diz que o candidato do PT a prefeito de Anápolis, João Gomes, “não tem responsabilidade pelos problemas nacionais no partido”, como a corrupção na Petrobrás.
“João Gomes deveria se apresentar ao eleitorado e dizer assim: ‘O PT pecou no âmbito nacional, no chamado petrolão investigado pela Operação Lava Jato. Mas não pecou em Anápolis. Observe a nossa administração, nos últimos oito anos, e diga, com seu voto, se a aprova ou não. Mas não julgue a minha candidatura por aquilo que aconteceu no país’”, sugere Jakson Charles.
Não se trata de romper com o PT, orienta Jakson Charles. “Trata-se, isto sim, de distinguir responsabilidades. O que o PT faz em outros Estados não é de responsabilidade do PT em Goiás. Sei, porém, que, como o deputado federal Rubens Otoni e o ex-prefeito Antônio Gomide são muito ligados ao PT, à sua ideologia, eles não autorizam João Gomes a fazer a distinção”, frisa o vereador.

Discreto, como sempre, o deputado federal Fábio Sousa trabalhou intensamente no interior, buscando ampliar sua base eleitoral. O tucano contribuiu para um feito em Pirenópolis. Nesta cidade turística, ajudou a eleger João do Léo, que, apesar de ter sido candidato pelo DEM, não tem nada a ver com o senador Ronaldo Caiado e com o próprio partido Democratas.
Aproveitando-se de uma divisão na base política do marconismo, João do Léo pôs os pés nas ruas e acabou ganhando a eleição. Agora, como não tem experiência administrativa, aqueles que o apoiaram, para evitar que fracasse — e se torne um novo Fabiano Sem Saneago, o perdidão prefeito de Nerópolis —, têm a responsabilidade de ajudá-lo a gerir a prefeitura.

O médico e vereador Dr. Gian Said, do PSB, é um político articulado e tem o apoio da poderosa Igreja Fonte da Vida, dirigida pelo apóstolo César Augusto. Ele é cunhado do deputado federal Fábio Sousa, uma das revelações políticas do PSDB, dada sua capacidade de articulação (e não mais só dentro da igreja; observe-se que seu candidato a prefeito de Pirenópolis, João do Léo, foi eleito). Porém, mesmo com amplo apoio, o Dr. Gian não se elegeu.
O motivo é prosaico: na verdade, o Dr. Gian foi bem votado. Mas a coligação de seu partido, o PSB, com o PSDB não foi, do ponto de vista eleitoral, um dos negócios para os postulantes do Partido Socialista Brasileiro. Mas há quem afirme, no meio político, que faltou certo empenho da Igreja — uma das que mais tem fiéis em Goiânia — na sua eleição. Há também quem sustente que a Igreja se empenhou, mas o candidato precisa se esforçar um pouco.
Frise-se que teve candidato eleito com menos da metade dos votos do Dr. Gian.

Cinco peemedebistas reuniram-se na semana passada para discutir o fracasso do PMDB na disputa para vereador. Eles concluíram que o deputado José Nelto, do PMDB, não demonstrou força eleitoral em Goiânia, talvez porque tenha se preocupado mais com suas bases no interior.
O vereador Giovane Antônio, depois de quatro mandatos consecutivos, sofreu uma derrota acachapante. Segundo um peemedebista, Giovane Antônio era o “dono” dos votos da populosa região dos setores Urias Magalhães, Crimeia Oeste e Crimeia Leste.
Já Milton Mercês, primo e desafeto de José Nelto, militante da mesma região, acabou eleito. Argumento dos peemedebistas: “Não abandonou os moradores dos bairros e não ficou soberbo”.

[caption id="attachment_27452" align="aligncenter" width="620"] Reprodução / Celg[/caption]
Confirmada a saída da economista Ana Carla Abrão, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), tende a indicar para a Secretaria da Fazenda um executivo ligado ao prefeito eleito de São Paulo, João Dória (PSDB). O nome local mais cogitado é o de Fernando Navarrete, que faz um trabalho apontado como meritório na Celg.

O vice-presidente do PSB em Anápolis, vereador Jakson Charles, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 14, que o partido mantém o apoio ao candidato do PT, João Gomes, no segundo turno. “Seria contraditório ter apoiado João Gomes no primeiro turno, participar do governo petista desde 2009 e, de repente, mudar de lado. Nós consultamos a senadora Lúcia Vânia, presidente regional do PSB, e fomos aconselhados a manter o apoio ao candidato petista”, afirma Jakson Charles. O vereador reeleito diz que nada tem contra Roberto do Orion, Jovair Arantes e o PTB. “Aliás, ninguém do PTB nos procurou para compor no primeiro e no segundo turno. Ficamos sabendo das articulações pelos jornais.”

[caption id="attachment_54502" align="aligncenter" width="620"] Presidente Hélio de Sousa[/caption]
Helio de Sousa é responsável por uma gestão eficiente e ética na presidência da Assembleia Legislativa. Eleitoralmente, não foi muito bem este ano. Ele perdeu em duas de suas principais bases eleitorais, Goianésia e Buriti Alegre. Na primeira cidade, seu candidato, Jalles Fontoura (PSDB), perdeu para o deputado Renato de Castro (PMDB). Em Goiânia, bancou o Pastor Wilson para vereador, mas sem sucesso. Sousa deve ir à reeleição em 2018.
[caption id="attachment_72493" align="aligncenter" width="481"] João Bosco Bittencourt: eficiência e diplomacia[/caption]
Um líder do PSB afirma: “O jornalista João Bosco Bittencourt tem desempenhado papel crucial nos bastidores da campanha de Vanderlan Cardoso. Não faz barulho, mas atua com competência nas missões a ele confiadas. É craquíssimo, um Messi do jornalismo que entende tudo de política”.

De um deputado peemedebista: “Ninguém quer carregar o caixão do PT. Por que suja as mãos e é muito pesado”.
Por isso o caixão do PT permanece em praça pública, decompondo-se, assim como o “cadáver” do partido.

Do ex-deputado Felisberto Jacomo: “Se for eleito prefeito de Goiânia, Iris Rezende vai querer tomar o sangue de Maguito Vilela e Daniel Vilela numa taça de prata”.

Possível ida para Santa Helena pode significar que ele não está animado com a candidatura de Iris Rezende em Goiânia
[caption id="attachment_2176" align="alignright" width="620"]
Jorcelino Braga é cotado para ser o secretário de Finanças da Prefeitura de Santa Helena, a partir de janeiro de 2017.
O filho do ex-governador Alcides Cidinho Rodrigues, João Alberto Rodrigues, foi eleito prefeito de Santa Helena.
A possível ida de Jorcelino Braga para Santa Helena pode significar que ele não está mais animado com a candidatura de Iris Rezende em Goiânia.

Político que perde eleição tende a culpar o eleitor e não a si mesmo. O prefeito de Nerópolis, Fabiano Sem Saneago, ex-Fabiano da Saneago, cortou os programas sociais da prefeitura e exonerou 200 servidores comissionados.
Fabiano Sem Saneago, o tucano mais caiadista-neltista da política de Goiás, teria horror a tudo que é marconista. Pelo menos é o que se diz em Nerópolis.

[caption id="attachment_75346" align="alignright" width="620"] Eronildo Valadares[/caption]
Aliados do prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB) — que perdeu a reeleição para Pedro Fernandes, do PSDB —, sugerem que, em 2018, ele vai terçar forças com Júlio da Retífica por uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás.
Se Eronildo Valadares não disputar, a candidata a deputada será sua mulher, Vanuza Valadares. Ela foi deputada.

Iris Rezende terceirizou de vez sua campanha para o senador Ronaldo Caiado, do DEM, e para o marqueteiro Jorcelino Braga, do PRP.
Postulantes do chamado “marketing do mal”, Caiado e Braga “produzem” uma campanha com ataques maciços a Vanderlan Cardoso na propaganda televisual e no rádio.