O dinheiro teria sido recebido, registra a publicação do Grupo Abril, por Eliseu Padrilha e José Yunes. Este amigo do presidente há 50 anos

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A revista “Veja” antecipou parte de sua reportagem de capa — “Como a Odebrecht comprava o poder — no site. A revista, que obteve acesso à íntegra dos anexos da delação premiada dee Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da rainha-mãe das empreiteiras. “Em 82 páginas, ele conta como a maior empreiteira do país comprou, com propinas milionárias, integrantes da cúpula dos poderes Executivo e Legislativo. O relato atinge o presidente Michel Temer, que pediu 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht em 2014. Segundo o delator, esse valor foi pago, em dinheiro vivo, a pessoas da estrita confiança de Temer, como Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e José Yunes, amigo há cinquenta anos de Temer e assessor especial do presidente”, revela a revista.

Marcelo Odebrecht e Michel Temer: abraçados até o fim?
Marcelo Odebrecht e o presidente Michel Temer: abraçados até o fim?

“Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o dono da empresa, combinando pagamentos a políticos importantes. Eles estão identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”.” Deputados, senadores, ministros, ex-ministros, assessores da ex-presidente Dilma Rousseff — não escapa quase ninguém.