Bastidores

O PSD já tem maioria para bancar apoio à candidatura de José Eliton a governador de Goiás. Vencido internamente, Vilmar Rocha vai subir, ainda que a contragosto, no palanque do tucano.

PP e PSD, se fecharem o acordo, levarão um tempo de televisão excepcional para Daniel Vilela

[caption id="attachment_120506" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
Vilmar Rocha (PSD) deve ser suplente do governador Marconi Perillo, do PSDB, ou da senadora Lúcia Vânia, do PSB.
O empresário José Garrote também é cotado para ser suplente de Marconi Perillo ou de Lúcia Vânia.
Gilvan Máximo é a aposta do PRB para a primeira suplência do tucano-chefe.
Heuler Cruvinel é cotado para ser vice do pré-candidato a governador pelo PSDB, José Eliton. Porém, dada a questão do empoderamento feminino, não será surpresa se o tucano optar por uma candidata, como Flávia Morais ou Raquel Teixeira.

Ante a possibilidade de Ronaldo Caiado, do DEM, ser eleito governador de Goiás, as forças progressistas começam a articular, por enquanto nos bastidores, uma poderosa aliança de esquerda e de centro-esquerda para barrar suas pretensões.
O PC do B de Isaura Lemos e Tatiana Lemos, por exemplo, está cada vez mais próximo do candidato a governador pelo PSDB, José Eliton. O PT vai jogar pesado contra Caiado.
A esquerda avalia o senador Caiado como um político autoritário e uma ameaça aos movimentos populares.


O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, do PP, disse ao Jornal Opção que, apesar de ter se sentido muito bem no governo federal, deve sair no dia 7 para disputar mandato de deputado federal.
O ministro-deputado não vai trocar quatro anos — se for reeleito em outubro — por nove meses de governo. Em Brasília, político sem mandato não tem peso algum. Portanto, Baldy é candidatíssimo. E ele vai lutar para presidente da Câmara dos Deputados.

[caption id="attachment_89165" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
O deputado federal Giuseppe Vecci disse, para amigos, na semana passada, que não está doente (esteve no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas o médico diz que está bem e não vai precisar fazer cirurgia) e que não está inelegível. Ao contrário do que espalha a rede de boatos, o presidente do PSDB garante que será candidato à reeleição.

[caption id="attachment_98260" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
O prefeito de Pirenópolis, João do Léo (DEM) — também conhecido como João do Anti-Turismo (um vereador afirma que ele teria dito que os turistas só “sujam” a cidade) —, decidiu não patrocinar as cavalhadas deste ano.
Célebres nacionalmente, com destaque até no “Jornal Nacional”, as Cavalhadas são um símbolo histórico de Pirenópolis. A notícia da decisão de João do Anti-Turismo espalhou-se como pólvora, em e fora de Pirenópolis (no Congresso Nacional, até o deputado Tiririca teria falado em impeachment do alcaide), e desgastou, de vez, a imagem do prefeito.
O ex-prefeito Nivaldo Melo não era grande coisa, mas a população de Pirenópolis já começa a dizer: “A gente era feliz e não sabia”.

[caption id="attachment_49779" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
José Essado (saindo do MDB) precisa tomar “memoriol”. Em recente encontro organizado pelo caiadismo (e pela “Arena 2”, como está sendo chamada a dissidência liderada por Adib Elias), o ex-deputado disse que, como oposição ao tucanato, jamais aceitaria compor, politicamente, com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Como diria Lula da Silva, é “menos verdades”.
Tempos atrás, José Essado negociou adesão à base do governador Marconi Perillo. Ele manteve conversas — republicanas, diga-se — com o tucano-chefe. Só não integrou a base aliada porque o deputado federal Roberto Balestra (PP) — que disputa com o ex-prefeito as bases políticas de Inhumas — vetou a aliança. Como escreveu o jornalista e escritor Ivan Lessa, “de 15 em 15 anos, o brasileiro se esquece dos últimos 15 anos”. Parece ser o caso.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recebeu vários convites de grandes empresas nacionais e internacionais para compor seus conselhos de administração.
Os empresários e executivos consideram que o tucano é um gestor eficiente e, mesmo sob uma crise nacional das mais pesadas, não deixou Goiás soçobrar. Ao mesmo tempo, sugerem que, aos 55 anos, é um player político nacional considerável.

[caption id="attachment_116541" align="alignright" width="620"] Iris e Mrué: parceria segue firme | Foto: reprodução[/caption]
De um vereador do MDB: “Nós sabemos que Fátima Mrué é médica. Mas, se dissesse que é feiticeira, não duvidaria. Ela enfeitiçou Iris Rezende de tal maneira que o prefeito a trata como uma santa, ou autora do terceiro segredo de Fátima”.
Um médico diz que, como não consegue acompanhar mais os debates modernos sobre quaisquer assuntos, ainda mais sobre saúde, Iris Rezende fica mesmerizado quando ouve Fátima Mrué explicando que Goiânia é uma Shangli-la que só os goianienses não percebem. Se perguntarem a respeito do arrazoado da secretária da Saúde, o alcaide não saberá dizer do que se trata. O fetiche do discurso técnico não ilumina o prefeito, mas, ao confundi-lo, encanta-o.

[caption id="attachment_35863" align="alignright" width="620"] Foto: Alego[/caption]
O deputado estadual Iso Moreira, do PSDB, não quer, mas avalia desistir da candidatura à reeleição.
Moreira alega falta de apoio da base aliada e invasão de suas bases eleitorais. Há gente graúda no MDB e no DEM de olho no seu passe político.

A frase é atribuída ao alcaide de Goiânia, Iris Rezende (a rigor, não faz seu estilo): “Prefiro conversar com o Demo do que receber Jorge Kajuru no meu gabinete”.
Motivo: o vereador é crítico e não se dobra.

Secretário da Saúde disse que até já retirou dinheiro de suas contas particulares