Bastidores

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostra que, na circunstância, um deputado federal representa risco para pré-candidatos a governador e senador (menos para Michelle Bolsonaro)

Wilder Morais pode se apresentar como candidato a governador. É um direito dele. Mas o ex-presidente negocia uma vaga no Senado para Gayer ou Vitor Hugo

Analistas avaliam que, como há duas forças políticas da direita sedimentadas — a de Ronaldo Caiado e a do bolsonarismo — não há espaço para uma terceira força da direita

O nome não está inteiramente definido. Mas um jovem político, ex-deputado federal, estaria na pole position para ser o suplente da primeira-dama

O senador deve assumir a presidência estadual do PSB para montar as chapas do partido para deputado estadual e federal

Se a vereadora optar por ser candidata a deputada pelo PSDB, a tendência é que o PT banque Olavo Noleto para governador. Lula tem citado o senador Kajuru

O artista sertanejo pode tentar barrar a candidatura. Mas aliado do senador diz que ela tem personalidade forte e discurso afiado

Levantamento, feito entre maio e junho, mostra a ressurreição do ex-governador José Roberto Arruda, expõe fragilidade da esquerda e deixa a pergunta: qual será o candidato do bolsonarismo?
Se a eleição para governador do Distrito Federal fosse realizada hoje, terça-feira, 10 de junho de 2025, haveria segundo turno, de acordo com pesquisa (estimulada) de intenção de voto do instituto Paraná Pesquisas. Vale o registro de que a disputa eleitoral se dará em outubro de 2026, daqui a 1 ano, três meses e alguns dias.
A vice-governadora Celina Leão (pP) — que assumirá o governo daqui a nove meses e alguns dias, em abril de 2026 — aparece em primeiro lugar, com 31,1%.

O segundo colocado é o deputado Fred Linhares (Republicanos), com 21,5%.
O ex-governador José Roberto Arruda (PL) aparece com 15,3%.
Leandro Grass (PV) — provável candidato apoiado pelo PT do presidente Lula da Silva — é o quarto colocado, com 8,4%.
Paula Belmonte (Cidadania) é a quinta colocada, com 4,3%.
Ricardo Capelli (PSB) aparece em sexto lugar, com 4,1%.
Em sétimo lugar, com 3%, surge Eduardo Pedrosa (União Brasil). Não sabem/não opinaram são 4,4%. Nenhum/branco/nulos: 7,9%.

Segundo e terceiro cenários do DF
Com margem de erro de 2,6 pontos percentuais, a pesquisa do instituto Paraná ouviu 1.522 eleitores, entre 31 de maio de 4 de junho de 2025.
No segundo cenário estimulado, Fred Linhares aparece com índices melhores: Celina Leão: 34,4%; Fred Linhares: 26%; Leandro Grass: 8,9%; Izalci Lucas: 7,2%; Paula Belmonte: 5,3%; Ricardo Capelli: 5,1%.
Terceiro cenário estimulado: Celina Leão: 42,8%; Izalci Lucas: 9,9%; Leandro Grass: 9,8%; Eduardo Pedrosa: 6,7%; Paula Belmonte: 6,3%; Ricardo Capelli: 5,5%.

Análise do quadro: qual é o candidato do bolsonarismo?
A força de Celina Leão, por aparecer em primeiro lugar, está comprovada. Mas não se trata de uma frente confortável, dada a força do segundo colocado, Fred Linhares. Ressalva: o processo eleitoral, dada a força da máquina, passará pela postulante do pP.
Ao contrário de Celina Leão, Fred Linhares mal é citado como pré-candidato a governador pelos jornais. Por isso, ao aparecer com mais de 20%, mostra força. Vale lembrar que a senadora Damares Alves é filiada ao Republicanos, o partido do pré-candidato a governador.
A pesquisa deixa evidente que, ao menos no momento, a disputa está se dando no quadro da direita.
A surpresa é José Roberto Arruda, de centro-direita. A pergunta sobre o ex-governador é sempre a mesma: desta vez, poderá ser candidato? Se for, com 15,3%, não começa mal.

Porém, o dado mais relevante sobre Arruda é o fato de pertencer ao PL do presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Afinal, o PL bancará candidato a governador em Brasília? Se bancar, isto significa que não apoiará Celina Leão, que, até o momento, é apontada como a candidata do bolsonarismo.
Pelo visto, a disputa será nos quadros de candidatos bolsonaristas. Mas qual será o bolsonarista apoiado por Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Damares Alves? A tendência é que o candidato do bolsonarismo, o oficial, seja o mais forte.
A esquerda, com Leandro Grass e Ricardo Capelli, não aparece bem. Mas, ao contrário do bolsonarismo, o time da esquerda não entrou em campo. Ricardo Capelli, por exemplo, pode ser candidato a senador.
Vale ressaltar que as eleições no Distrito Federal são, por assim dizer, uma caixinha de surpresas. Quem diria, há alguns anos, que Ibaneis Rocha, do MDB, se tornaria governador do DF — eleito e reeleito? (E.F.B.)

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