Bastidores
O vereador de Goiânia Anselmo Pereira (PSDB) diz que a má gestão em Goiânia irá, ao contrário do que dizem os peemedebistas, atrapalhar a candidatura de Iris Rezende (PMDB). Afinal, foi ele que avalizou Paulo Garcia (PT). “Goiânia está com muito entulho e isso enfeia a cidade”, diz o vereador, que também bate na qualidade do atendimento da saúde. Ironicamente, o vereador elogia Paulo, ao ressaltar que a prefeitura não tem portas fechadas para os vereadores.
Corre por Inhumas a seguinte questão: o líder do PP na cidade, o ex-prefeito Abelardo Vaz, pode perder espaço após as próximas eleições. Tendo desistido da candidatura a deputado estadual, a vaga foi preenchida por Pacheco Júnior. Se ele se sair bem, é possível que Abelardo perca o controle do partido, que já vive certa divisão. O grupo do ex-superintendente de Comércio Exterior da SIC, Ronnie Pessoni, por exemplo, está apoiando Vanderlan Cardoso (PSB) ao governo. As especulações ganharam força quando Abelardo não foi ao lançamento da candidatura de Pacheco, porque estava na praia com a família. Porém, o ex-presidente estadual do PP, deputado federal Roberto Balestra, afasta todas essas especulações ao afirmar que é Abelardo o coordenador da campanha de Pacheco, ao lado de Celsinho Borges – que deveria ter sido o candidato, mas que teve alguns problemas e, portanto, não quis assumir candidatura. “Ele [Abelardo] está de corpo de alma na campanha”, afirma Balestra.
Que o deputado federal Sandro Mabel não irá concorrer à reeleição, todos sabem. A questão é o motivo da “desistência”. Chegou-se a ventilar que ele quereria concorrer à Prefeitura de Goiânia em 2016. Ele, porém, desconversa. Diz não ter certeza se irá disputar ou não. Segundo ele, o motivo maior é querer descansar. “Minha saída da política estava planejada desde o último mandato. Só voltei para a política porque o Iris foi me buscar, mas já disse a ele que, terminando a campanha, eu vou embora”, disse ele em tom de brincadeira. Acontece que Mabel é o coordenador-geral da chapa peemedebista. E ele confirma que tem conversado com Iris Rezende para enxugar o discurso. “E ele tem gostado disso. Está animado. O discurso precisa ser mais objetivo e deixar as coisas velhas para trás”. Aliás, Mabel diz ter causado mudança no ânimo do pessoal: “As pessoas que estão na campanha estão aprendendo a levantar às 6 horas da manhã. E já vejo resultados, pois celulares que antes estavam desligados às 9 horas, agora atendem com o raiar do sol.”
O ânimo principal por parte da chapa peemedebista nestas eleições, aparentemente vem de pesquisas. O que circula pelos corredores do QG peemedebista, na Avenida 85, é que várias pesquisas qualitativas têm sido feitas e os resultados apontam para uma renovação. “Com 16 anos, qualquer governo se cansa. Com o PMDB foi assim e, por isso, o governador Marconi Perillo foi eleito em 1998. Agora não será diferente”, diz um aliado de Iris. Ele aposta, principalmente, na rejeição ao nome de Marconi para sair vitorioso neste pleito.
Os eleitores estão acompanhando tudo o que está ocorrendo, independentemente de estarem no interior ou na capital. É o que aponta o advogado e presidente do DEM em Crixás, Willian Xavier Machado. Ele afirma: “Não existe eleitor bobo mais. Aqui em Crixás, por exemplo, todo mundo está sempre conectado na internet e tem visto o quadro político se desenhar e eles irão ouvir o que os candidatos têm a dizer.”
Minaçu é uma cidade em que o PMDB tem importância histórica. Tanto que nas eleições passadas a cidade ficou com Iris por uma diferença de 8% dos votos. Contudo, este ano será mais apertado. Pelo menos, é a análise feita por Maurides Rodrigues (PSDB), prefeito da cidade. Ele reconhece que Iris é forte na cidade, mas acha que o governador deu uma atenção especial ao município durante este mandato e, por isso, o quadro de votos deve ficar equilibrado nessas eleições. Ele diz: “Não tem eleição fácil. O que temos que fazer é já entrar com o time em campo. Precisamos mostrar a nossa capacidade de governança aqui e fazer o povo ver a quantidade de obras que o Marconi tem feito.”
Na lista de processos de impugnação, divulgada pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), o PHS tem três nomes, todos candidatos a deputado estadual: Rui Figueiredo, Eliezer Borges e Alex Batista. Porém, o partido acredita que não perderá nenhum candidato. O diretório estadual está acompanhando de perto a questão. Dos três, Alex Batista é o favorito. Acredita-se que o ex-prefeito de Cidade Ocidental deva conseguir entre 10 mil e 12 mil votos nas eleições de outubro. Entre os favoritos, estão também: Jean Carlo, o Jean da Goiás Fomento, e Chiquinho de Oliveira.
Luiz Bacci se dirigiu a apresentadora da Record com imagem do Instagram que foi entendida por seus seguidores como provocação e reacendeu debate sobre a identidade goianiense

O período oficial de campanha, geralmente, é marcado por embates no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). E Goiás já vivenciou algumas batalhas. A mais nova trata-se de um verdadeiro rascunho de guerra entre a chapa “Amor por Goiás”, encabeçada pelo PMDB, e o candidato ao Senado na chapa do governador Marconi Perillo (PSDB), Vilmar Rocha (PSD). Eis o cenário: a chapa peemedebista apresentou no TRE pedido de impugnação contra Vilmar Rocha. Por meio de seus advogados - Roberto Vilela França e Rosemberg André Batista de Prado, da Prado e França advogados associados -, a chapa utiliza de três argumentos para pedir a impugnação do pessedista. O principal diz que Vilmar não teria apresentado aos autos de seu registro “a prova de sua desincompatibilização ou de sua desincompatibilização tempestiva”, o que contrariaria o “previsto no inciso V, do art. 27 da Res. TSE nº 23.405”. Essa alegação é, entretanto, contestada pela equipe jurídica de Vilmar, que já apresentou defesa junto ao TRE. Os advogados de Vilmar - cinco ao todo - afirmam que o candidato "deixou o cargo em 20 de dezembro de 2013 por meio do Decreto publicado no Diário Oficial Nº 21.739". A defesa anexou no processo: declaração assinada pelo superintendente executivo da Casa Civil, Laércio Peixoto Ferrante, além de exemplar do Diário Oficial e matérias jornalísticas. Mas os advogados de Vilmar foram além e requereram da parte denunciante, isto é, da chapa peemedebista, "pagamento de uma multa em valor a ser arbitrado por esse Juízo". O requerimento feito ao juiz Fábio Cristóvão de Campos Faria, do TRE-GO, foi apresentado com base na Lei 64/90, que diz, em seu artigo 25, constituir em crime eleitoral: "a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé". Vamos aguardar os próximos capítulos.

O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, foi convidado para integrar o conselho político da campanha do governador Marconi Perillo (PSDB). O convite foi feito pelo governador em reunião na tarde desta terça-feira, 15. A função específica de Eduardo será realizar as conversas com os partidos da base aliada.
Assim, ele se junta aos senadores Cyro Miranda e Lúcia Vânia; ao deputado Helder Valin; ao presidente da AGM, Cleudes Baré; ao ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz; e ao peemedebista Frederico Jayme, que já haviam sido anunciados.
Marconi já havia dito que a coordenação-geral ficará a cargo dele e dos demais componentes da chapa majoritária: José Eliton (PP) e Vilmar Rocha (PSD). Porém, Eduardo pode assumir papel primordial nas tarefas da coordenação-geral da campanha. Com essa possibildiade, Eduardo estaria desistindo de sua candidatura a deputado federal.
Candidato a deputado federal pelo PSC, Joaquim Liminha, tem analisado o cenário eleitoral deste ano como extremamente favorável para os novos candidatos a uma cadeira na Câmara Federal. Isso acontece porque, segundo ele, aqueles que tinham “cadeira garantida” não vão disputar. Liminha, que começará a fazer campanha de modo efetivo nesta semana, se refere, principalmente, a: Ronaldo Caiado (DEM), que é candidato ao Senado na chapa de Iris Rezende; Vilmar Rocha (PSD), candidato ao Senado na chapa do governador Marconi Perillo (PSDB); Sandro Mabel (PMDB), que quer sair candidato a prefeito de Goiânia em 2016; e Marcelo Melo, que era o principal nome do PMDB na região do Entorno do Distrito Federal, desistiu, “aparentemente” por não concordar com a atual situação vivida por seu partido. “Com essas desistências, acredito que outras coligações vão conseguir eleger novos nomes”, diz Liminha. Além dele, há mais quatro candidatos a federal pelo PSC: Elias Correia, Jorge Kerpen, Marcelo de Oliveira e Wemerson Queiroz.

[caption id="attachment_3922" align="alignright" width="620"] Júnior Friboi, do ponto de vista, competitivo, era melhor para o PMDB do que Iris Rezende[/caption]
Existe um consenso: se Júnior Friboi fosse o candidato peemedebista no pleito deste ano, o governador Marconi Perillo certamente enfrentaria maiores dificuldades para se reeleger. Os motivos são muitos — e vão muito além do fator econômico:
1) Friboi é neófito, isto é, não tem manchas políticas; 2) É um empresário experiente e de sucesso; 3) É simpático. Prova disso é que conquistou as bases peemedebistas no interior; 4) Seu discurso pode ser trabalhado e aprimorado; 5) Representaria a renovação, no efetivo da palavra, nesta eleição; 6) Tem aparente boa aceitação em Anápolis, considerado reduto eleitoral de Marconi — reduto este que deverá dividir este ano com o ex-prefeito anapolino Antônio Gomide (PT). Acontece que Friboi nasceu em Anápolis e tem bom trânsito entre os empresários da cidade.
O fato é que os governistas comemoraram o fato de Friboi ter se afastado do processo eleitoral e de seu partido. Os palacianos consideravam que a figura do empresário, aliada à estrutura política do PMDB — maior partido em número de filiados e que tem muitas e fortes bases no interior —, poderia causar problemas a Marconi. Não foi dessa vez.
Contudo, uma coisa é certa: se Iris Rezende for derrotado na sucessão estadual, Júnior Friboi deverá ocupar o espaço no PMDB. Nesse caso, será quase impossível segurar a “grita” por renovação dentro do partido. De qualquer forma, em 2018 uma briga está desenhada: Ronaldo Caiado, se for eleito senador, irá para o embate contra Júnior Friboi na disputa pelo Palácio das Esmeraldas.
Um petista relata que, nas reuniões de planejamento de campanha, Antônio Gomide tem sido enfático na seguinte questão: “agir rápido e com o máximo de inteligência”. O petista aponta que Gomide costuma bater na tecla do crescimento do partido: “Precisamos fazer o partido crescer durante a campanha e nos fortalecer visando também 2016. Por isso, temos que agir com estratégia e errar o menos possível. Queremos respostas da nossa militância”, teria dito o prefeito durante um encontro estratégico na última sexta-feira, 11. Mas não apenas Gomide tem batido na tecla do “agir com estratégia”. A candidata do PT ao Senado, Marina Sant’Anna, também tem usado esse mote em seus discursos. Segundo relata o petista, Marina tem defendido que a tarefa da chapa durante a campanha “é fazer a defesa dos governos Lula e Dilma, o que não será feito por Iris [Rezende]. E devemos fazer isso com o máximo de inteligência”. Marina tem defendido uma ligação muito forte com a campanha nacional em Goiás, nos moldes como acontece em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Isso significaria que o que Dilma fizer durante a campanha deverá interferir em Goiás.

[caption id="attachment_9773" align="alignright" width="620"] Experiente, Alexandre Baldy conta com o apoio de vários prefeitos[/caption]
Políticas de desenvolvimento industrial e a busca de investimentos são uma excelente plataforma eleitoral para atrair prefeitos, geralmente ávidos pela industrialização de seus municípios. Nessa seara, o ex-secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, reina praticamente sozinho na disputa para deputado federal neste ano. O jovem tucano arregimentou o apoio de dezenas de prefeitos, sendo oito do PMDB.
A maioria deles era ligada ao deputado federal peemedebista Sandro Mabel que, neste ano, não tentará a reeleição e já afirmou que boa parte de suas bases vai apoiar Baldy, uma vez que defendem bandeiras semelhantes.
Assim como Mabel, Baldy conhece bem o que o setor industrial cobra de seus representantes no Congresso Nacional. Informações dão conta de que, nas reuniões que tem feito pelo interior, Baldy defende a redução tributária, o crédito facilitado, mais segurança jurídica e melhores serviços públicos. “São os principais fatores para a atração de investimentos e a geração de empregos”, diz ele.

[caption id="attachment_1878" align="alignleft" width="300"] Para a senadora Lúcia Vânia, não apenas os analistas políticos estão de olho nos acordos políticos. "A população esá de olho"/ Foto: Fernando Leite[/caption]
Convidada pelo governador Marconi Perillo (PSDB) para coordenar a parte política de sua campanha à reeleição, a senadora Lúcia Vânia (PSDB) diz que ainda, até a sexta-feira, 12, ainda não havia reunido com o restante do colegiado que fará parte do “conselho político da campanha” tucana. Ela se refere ao deputado Helder Valin, ao senador Cyro Miranda, ao presidente da AGM, Cleudes Baré, ao ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz e ao peemedebista Frederico Jayme.
Porém, embora ainda não possa falar em nome do conselho político de Marconi, a senadora não se omitiu a expressar suas opiniões sobre a atual situação da política goiana. Como conhecedora das campanhas anteriores, Lúcia acredita que este ano não será muito diferente das eleições anteriores, visto que o comprometimento demonstrado por Marconi é o mesmo. “O governador é dinâmico e é ele quem dá o tom da campanha. Podemos dizer que esse é o ponto que mais o distingue dos demais candidatos. É ágil e estimula a militância”, analisa.
Sobre as alianças que se formaram neste ano e que tem causado estranhamento aos analistas políticos goianos, Lúcia acredita que isso é fruto da necessidade de uma reforma política, pois não apenas em Goiás ocorreu a formação de alianças inusitadas. “O eleitor tem visto que alianças inusitadas surgiram por todo o país. Então, acredito que isso não deverá pesar na hora do voto. Porém, isso é fruto da necessidade de mudanças. Hoje, grande parte dos partidos não tem identidade com projetos, nem com a população. Por isso, surgem alianças assim. Pois elas são feitas visando o interesse pessoal dos políticos”.
A senadora faz menção, especialmente, à aliança formada entre Iris Rezende (PMDB), Ronaldo Caiado (DEM) e Armando Vergílio (SD). Ela vê um quadro em que Caiado e Vergílio fecharam apoio à candidatura de Iris, mas não conseguiram unir seus partidos em torno do propósito. “O Caiado vai, mas não leva o partido, pois o DEM tem história em Goiás e membros antigos, como [o deputado estadual] Hélio de Sousa, não comungam com alianças estranhas”, afirma.
Agora, por que Caiado precisou fechar aliança com Iris? Para Lúcia, a resposta é simples: “Os eleitores do Caiado, que representa um segmento importante no Estado, os ruralistas, quase exigem que ele se candidate. Por isso, ele precisa buscar espaço onde há.” E Vergílio? “O partido é ele”.