Bastidores
Virmondes Cruvinel acredita que o PSDB tende a bancar Jayme Rincón para prefeito. O PSD tem dois nomes para a disputa (ou para vice do presidente da Agetop): os deputados estaduais Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel.
O deputado estadual Lincoln Tejota, o diretor da Assembleia Frederico Nascimento e o secretário de Gestão e Planejamento do governo do Estado, Thiago Peixoto, apoiam Francisco Júnior para prefeito de Goiânia. Eles todos são do PSD. Ressalve-se que Peixoto é um dos entusiastas da candidatura de Jayme Rincón a prefeito da capital. O problema central do PSD é a falta de estrutura financeira. Resta saber se o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, pode oferecer alguma ajuda para candidatos a prefeitos das capitais.
Durante a inauguração de uma obra na região de Jussara, o deputado federal Roberto Balestra (PP) disse que não está envolvido na corrupção apurada pela Operação Java-Jato. Balestra frisou que, num dos períodos agudos da corrupção, era secretário do governo de Goiás.
Culpam o deputado federal Giuseppe Vecci por quase tudo, até por ser artífice do fogo-amigo contra auxiliares do governador Marconi Perillo. Mas não está entre seus métodos “ataques pelas costas”. Mas um deputado federal sugere que o fogo-amigo contra Jayme Rincón é operado a partir do gabinete de Giuseppe Vecci. Um tucano graúdo garante que não passa de especulação e intriga. “Vecci fala o que pensa de frente, sem subterfúgios”, acrescenta.
Ao saber que Frederico Jayme pode ser candidato a prefeito de Anápolis, o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) reuniu aliados e disse para ficarem tranquilos. Baldy frisou que não vai antecipar a campanha eleitoral, porque isto tem um custo pessoal — desgaste — e financeiro, mas admitiu que será candidato. A única resistência tucana ao seu nome, no município, é articulada por Ridoval Chiareloto.
Tudo começou com uma nota no Jornal Opção. Mas agora Jataí em peso comenta que o tucano Vinicius Luz pode ser o único político da base marconista gabaritado para derrotar — ou ao menos tentar — o candidato do PMDB, Leandro Vilela, a prefeito. O que se comenta é que Vinicius Luz lembra o governador Marconi Perillo, o de 1998, e o empresário Victor Priori (PSDB), o Tio Patinhas de Jataí, remete a Iris Rezende. Humilde e até por não ter estrutura financeira, Vinicius Luz deve apoiar Victor Priori para prefeito.
Do deputado estadual José Nelto, do PMDB: “O Brasil vai amanhecer com outra cara na segunda-feira, 16”. A presidente Dilma Rousseff estará mais fragilizada e acuada pela ira do Brasil. O país real e todas as classes sociais. A insatisfação é geral e irrestrita. Só beneficiados diretos e setores ideologizados estão com a petista-chefe.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaçou abandonar o governo na semana passada e deixou a presidente Dilma Rousseff alarmada. Porque, junto ao empresariado nacional e ao mercado internacional, o economista é a âncora técnica que mantém a petista-chefe com certa credibilidade. Para a petista-chefe Dilma Rousseff, gostando ou não, é a soja na China e Joaquim Levy na Terra. As movimentações deste domingo, 15, devem fortalecer Joaquim Levy. Paradoxalmente.
De um irista de carteirinha: “A desfiliação de Frederico Jayme do PMDB praticamente puxa a saída de Júnior Friboi. Porque ele era o único esteio do empresário no partido”. Júnior Friboi disse a dois peemedebistas que não vai ser expulso do PMDB. Se perceber que não tem chance de ficar, cai fora.
Até a semana passada, Júnior Friboi dizia para seus aliados não saírem do PMDB. Mas alguns de seus apoiadores garantem que o empresário não está sentindo firmeza nos aliados Maguito Vilela, Daniel Vilela e Pedro Chaves. “Sente-se que Maguito, Daniel e Pedro não querem a expulsão de Júnior, mas, ao mesmo tempo, temem confrontar Iris Rezende”, afirma um aliado de Friboi.
A visão tradicional reza que, em defesa de interesses pessoais, o deputado federal Jovair Arantes, presidente do PTB, sempre briga com o governador Marconi Perillo e depois faz as pazes. Pode ser que, desta vez, a visão tradicional esteja errada? Não se sabe. O que se sabe é que Jovair Arantes e Marconi Perillo estão mesmo distanciados e nenhum procurou o outro. Mesmo que haja uma recomposição, a aresta entre Jovair Arantes e Marconi Perillo se tornou gigante. A relação será, por muito tempo, um poço só aqui de mágoas.
Tese de um deputado federal: “O desconforto do deputado Giuseppe Vecci resulta de que que o governador Marconi Perillo não o convidou para articular a composição do núcleo duro do governo e tampouco o consultou para fazer a reforma administrativa”. A reforma foi feita exclusivamente pelo governador Marconi Perillo e redigida por José Carlos Siqueira. Cada vez que voltava às mãos do tucano-chefe, a estrutura do Estado era enxugada ainda mais. Marconi Perillo tinha uma certa “veccidependência”. Não tem mais.
Um aliado do governador Marconi Perillo, do círculo íntimo, sustenta: “Se assumisse o Detran, Jayme Rincón resolveria seus problemas em menos de três meses”. Por quê? “Porque Jayme não é burocrata.”
O embaixador aposentado Jadiel Oliveira, do PSD, vai disputar a Prefeitura de Flores de Goiás. Ele vai tentar derrotar o prefeito José Dias, do PTB, que faz uma administração acanhada e provinciana.
O vice-prefeito da Cidade de Goiás, Rogério Azeredo, começa a aparecer bem posicionado nas pesquisas. A prefeita Selma Bastos (PT), que começou bem, não está conseguindo gerir a máquina. “Até parece que há uma cabeça de burro enterrada no município. Nada dá certo”, afirma um ex-petista.