É fato que o governo de Marconi Perillo (PSDB), ao pagar o salário em duas parcelas, a primeira dentro do mês e a segunda até o quinto dia útil, não está pagando com atraso, porque, se fosse assim, todas as empresas goianas e brasileiras estariam quitando os pagamentos de seus funcionários em atraso.

Mas procede que está mudando a regra do jogo. Durante dezesseis anos, infalivelmente, pagou-se dentro do mês. O que se prova mesmo é o quanto a estrutura estatal é cara para a sociedade.

Cerca de 150 mil funcionários públicos ficam com cerca de 60% da arrecadação do governo de Goiás. Como há uma dívida gigante, além das despesas de custeio da máquina, sobra quase nada para o governo investir em benefício da sociedade.

Pode-se culpar os funcionários públicos pelo inchaço da máquina? Não, porque eles não se colocaram no interior do governo; foram levados para lá por vários políticos, governadores ou não, durante anos.