Bastidores

Há notícia de que um postulante a presidente da Câmara Municipal de Goiânia estaria oferecendo até 100 mil reais por voto. Alguns vereadores estariam “comovidos” com a Bolsa Esperteza.
Parece inacreditável, talvez seja fofoca. Porém, se a notícia for verdadeira, é o que se pode chamar de inominável.

Auxiliares mais próximos de Michel Temer, sempre que encontram o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, dizem: “Como vai, governador?”
Daniel Vilela é sempre tratado com extrema deferência pelo presidente e por sua equipe.
Um deputado quis saber por que os temeristas tratam o político goiano tão bem e ouviu as seguintes palavras: “O presidente percebe que o futuro, bem próximo, pertence a este jovem”.

[caption id="attachment_77760" align="alignleft" width="620"] Daniel e o pai, Maguito | Foto: Alexandre Parrode/ Jornal Opção[/caption]
As declarações de políticos exigem interpretações. Quando Maguito Vilela sugere que está se aposentando, para abrir espaço para o filho Daniel Vilela, o que ele quer dizer é outra coisa. Não está se aposentando e quer mesmo abrir espaço para o pupilo, mas, se ele não emplacar, volta ao palco e se apresenta como candidato a governador, em 2018.

[caption id="attachment_79428" align="alignleft" width="620"] Baldy durante entrevista ao Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Alexandre Baldy, político moderno, não vive de salamaleques e tapinhas nas costas de aliados de suas bases eleitorais.
Mas em Brasília é um deputado atuante, participando dos debates e discutindo, com firmeza, os assuntos de interesse do país.
Na CPI do BNDES, o parlamentar goiano, de tão competente e bem informado, ganhou espaço na mídia nacional.
O líder do PTN não é um político populista, o que às vezes incomoda aqueles que estão acostumados com os políticos tradicionais.

[caption id="attachment_61816" align="alignleft" width="620"] Alckmin e Marconi Perillo | Foto: Eduardo Ferreira[/caption]
O PSB de Carlos Siqueira e o PSD de Gilberto Kassab podem bancar Marconi Perillo, do PSDB, para presidente da República. O PSB gostaria de filiá-lo para que se torne vice na possível chapa presidencial do governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
Acredita-se que a articulação parta de Geraldo Alckmin, que mantém relacionamento estreito com o PSB de São Paulo.

Player político nacional, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, tornou-se um dos principais interlocutores do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, do ministro das Relações Exteriores, José Serra, do PSDB, do senador Aécio Neves, do PSDB, e do presidente do PSD, ministro Gilberto Kassab. No e fora do ninho tucano, é convocado para opinar sobre vários assuntos.

[caption id="attachment_72386" align="alignleft" width="620"] Os senadores Antonio Anastasia e Aécio Neves: ex-governadores de Minas Gerais| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption]
O senador Aécio Neves tem dito aos seus pares mais íntimos que ou volta para Minas Gerais, para disputar o governo em 2018, ou Minas se tornará apenas um retrato na parede de seu apartamento carioca.
Aécio Neves, o mineiro mais cariosa de Minas Gerais, está perdendo contato com o eleitorado de seu Estado. Porém, apesar de todos os percalços e lava-jatos, é apontado como gestor eficiente, de ideias arejadas.
Suas chances de se eleger em 2018 são altas, dada a decepção generalizada com o governador Fernando Pimentel. O petista, tudo indica, perderá o mandato e será condenado pela Justiça. Está enroladíssimo.

[caption id="attachment_79754" align="alignleft" width="620"] Marconi e o ministro da Fazenda | Foto: Humberto Silva[/caption]
De tão afinados, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do PSD, até parecem músicos, quiçá pianistas. Eles conversam com frequência e se respeitam.
Henrique Meirelles tem elogiado com frequência, apresentando-o como modelo, o ajuste fiscal feito pelo governador Marconi Perillo, desde 2014, que praticamente salvou Goiás da bancarrota (o Rio Grande do Sul, espécie de Shangri-la ao contrário, já está parcelando até salários dos servidores públicos).

Sandes Júnior, do PP, frisa que não irá para o Tribunal de Contas dos Municípios. “A fila para se tornar conselheiro é longa e, asseguro, não estou nela.”
O que Sandes Júnior quer mesmo é permanecer na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O prefeito de Palmeiras de Goiás, Alberane Marques (PSDB), vai participar do governo de Marconi Perillo.
Apontado como um gestor eficiente, Alberane Marques é cotado para a Superintendência da Indústria e Comércio.

Há duas teses básicas sobre o assassinato do ex-prefeito de Itumbiara José Gomes da Rocha e do cabo Vanilson Pereira, da Polícia Militar, ocorridas há quase um mês.
Primeira: num surto psicótico, depois de ouvir alguns amigos falando que José Gomes não deveria ser eleito, Gilberto Ferreira do Amaral teria decidido matá-lo por conta própria. Nesta versão, ninguém teria mandado Béba matar o político. Se houve incentivo, teria sido indireto, o que não equivale a dizer que houve um mandante.
Segunda: outra corrente da polícia avalia que já há informações suficientes para considerar que o crime, notadamente o assassinato de José Gomes, mas não o do cabo, foi premeditado e que alguém, não se sabe quem exatamente, teria orientado Gilberto do Amaral a matar o político.
Uma fonte afirma que a polícia não quer revelar detalhes parciais da investigação. Porque, se o fizer, resultará em nada. Por isso, vai deixar para revelar tudo, à sociedade, quando tiver “fechado” o quadro. A polícia quer uma apuração rigorosa, puramente técnica, sem sensacionalismo e estardalhaço.

[caption id="attachment_79960" align="aligncenter" width="620"] Senador e ex-governador do Paraná, Álvaro Dias | Foto: Moreira Mariz/ Agência Senado[/caption]
Pesquisa do Instituto Paraná, encomendada pelo jornal “Gazeta do Povo”, revela que o senador Álvaro Dias, do Partido Verde, é o candidato a presidente da República preferido dos eleitores do Paraná. Ele lidera os dois cenários apresentados pela pesquisa, superando tanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, de Minas Gerais. O ex-presidente Lula da Silva, investigado pela Lava Jato, aparece em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto. Marina Silva, da Rede, é a quarta colocada, seguida de Jair Bolsonaro, do PSC.
No cenário 1, Álvaro Dias aparece com 32,4%, seguido de Aécio Neves, com 16,1%; Lula, com 11,6%; Marina Silva, com 10,5%; Jair Bolsonaro, com 8,6%; Ciro Gomes, com 3,1%; e Henrique Meirelles, com 1,2%.
No cenário 2, Álvaro Dias surge com 33,6%. Geraldo Alckmin, o segundo colocado, aparece com 14,7%. Lula tem 11,4%; Marina Silva, 10,3%; Jair Bolsonaro, 8,5%; Ciro Gomes, 2,9%; Henrique Meirelles, 1,1%.
O Instituto Paraná ouviu 1.418 eleitores entre os dias 1º e 3 de novembro deste ano, em 68 cidades do Estado. A margem de erro é de 2,5% e o grau de confiança é de 95,5%.
Álvaro Dias, sustenta um de seus aliados em Goiás, Edvard Júnior, é o político que “defende a ética na política. Ele “saiu do PSDB porque queria se filiar a um partido no qual teoria e prática caminhem juntas”.
Álvaro Dias marcou audiência com o ministro Zequinha Sarney, do PV, para o dia 7 de setembro. Ele vai anunciar sua candidatura a presidente da República. Vão acompanhá-lo, de Goiás, Edvard Júnior e o vereador eleito Dominguinhos, do PV de Anápolis.

O prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende terá de cortar um dobrado na Câmara Municipal. O vereador eleito Jorge Kajuru promete honrar o voto de seus eleitores, fiscalizando a gestão do peemedebista com lupa. O fato de ser aliado não significa que o político-radialista vai “alisar”. Não vai. Sempre que encontrar alguma errada, vai bater duro, sem contemplação.

Iris Rezende quer um presidente da Câmara que consiga controlar Jorge Kajuru — missão que parece impossível. Clécio Alves, Andrey Azeredo e Wellington Peixoto, trio do PMDB, mesmo que tentem, dificilmente conseguirão controlar os arroubos verbais do radialista. Ele é incontrolável.

[caption id="attachment_78980" align="aligncenter" width="620"] Reprodução/Facebook[/caption]
De um irista que, de tão pré-histórico, está se tornando pós-histórico: “Andrey Azeredo, anote, está com os dois pés na presidência da Câmara Municipal de Goiânia. Além do apoio de Iris Araújo e de Iris Rezende, o filho da jornalista Rachel Azeredo, transita bem, até com habilidade surpreendente, entre os vereadores recém-eleitos, sobretudo na nova geração, aliados ou não do prefeito eleito pelo PMDB”.
O que se teme, entre iristas, é que Wellington Peixoto, dono de uma estrutura poderosa, possa se aliar a setores da oposição para confrontar Andrey Azeredo.