Bastidores

Há uma resistência aqui e ali, mas, no fundo, nenhum líder partidário quer dividir a base governista

Mas os iristas avaliam que o vilelismo deveria apoiar Ronaldo Caiado para governador e indicar o vice

Ronaldo Caiado quer Daniel Vilela na vice, mas o vilelismo resiste e planeja lançar candidato a governador

Peemedebista garante que as emendas do político do PMDB são liberadas mais rapidamente até do que as dos políticos governistas

O secretariado de Iris Rezende é fraco e o prefeito prefere articular com opositores do que com aliados, sustenta o vereador do PMDB
[caption id="attachment_43885" align="alignleft" width="620"] Clécio Alves: “Iris Rezende prioriza somente políticos das oposições” | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal de Goiânia[/caption]
Clécio Alves disse ao Jornal Opção que tem dois projetos: ser um vereador eficiente, a serviço da sociedade, e disputar mandato de deputado estadual em 2018. Para tanto, trabalha para reforçar sua base em Goiânia e no interior.
Inquirido sobre Iris Rezende, Clécio Alves afirma que, até agora, não detectou o que o prefeito da capital realmente quer. “Ele quer ser ajudado? Não sei como responder à pergunta. Como ele tem 60 anos de vida pública, é provável que esteja certo; e eu, errado. Mas o que dizer de seu secretariado, que é fraco do ponto de vista político e administrativo?”
“Para piorar as coisas”, afirma Clécio Alves, “Iris prefere nomear pessoas que fizeram oposição ao PMDB do que a indicar aliados. O coordenador-geral da campanha de Vanderlan Cardoso, em 2016, ganhou um cargo de secretário, e não se sabe exatamente por qual motivo.”
Por que Iris Rezende não tem um líder do governo na Câmara? “Simples: antes de ter um líder, é preciso ter uma base política na Câmara, e Iris não tem. Hoje, apenas sete vereadores votam com o prefeito. Aliás, seis, porque o presidente, Andrey Azeredo, não vota. Insisto, portanto: Iris não tem como ter um líder no Legislativo, e nem quer, pelo visto.”

PTB de Jovair e Henrique Arantes e o PSDB de Marconi Perillo e José Eliton estão mais do que afinados para a disputa de 2018

A chapa do senador Ronaldo Caiado para 2018 começa a ser desenhada. Ele disputa o governo, possivelmente com José Mário Schreiner, hoje no PSD, na vice e Jorge Kajuru, do PRP, para senador. A outra vaga para senador está reservada para três políticos: a senadora Lúcia Vânia ou os deputados federais deputado João Campos (PRB) e Waldir Delegado Soares (PR). A ressalva é que o PRB não quer João Campos vinculado a Ronaldo Caiado. Assim como Magda Mofatto quer puxar o PR, seu partido e de Waldir Soares, para o campo de apoio a José Eliton. Só que o delegado-deputado não quer apoiar o postulante do PSDB. Ele prefere ficar com o presidente do DEM.
A professora Telma Gomes, mãe da procuradora-geral da Prefeitura de Goiânia, Ana Vitória, assinou manifesto dos intelectuais em defesa do líder do PT

Pré-candidato a deputado estadual, Renato Bernardes deve fazer dobradinha com Sandes Júnior, postulante a deputado federal, em Goiânia e, entre outros municípios, em Nova Aurora. Sandes Júnior, por sinal, espera obter mais de 120 mil votos nas eleições de 2018. Para não ficar como suplente e não ficar na dependência de outros postulantes. Renato Bernardes pertence ao grupo de Sandes Júnior e afirma que o PP vai reeleger o senador Wilder Morais.
O Hospital São Paulo, dirigido por associação de Ipameri, está prestes a fechar as portas, devido às suas instalações precárias e à falta de dinheiro. Quando dirigentes do Hospital São Nicolau, de Catalão, decidiram assumir o controle do prédio do hospital, para recuperá-lo, encontrou resistência dos médicos. A prefeita Daniela Vaz, o vereador Alisson Rosa e Fauze Abdalla defendem um novo hospital para a cidade, como o São Nicolau. O que salva a população é a qualidade do pronto-socorro municipal.

O vilelismo estaria prestes uma nova panelinha no PMDB? Não se sabe. Mas, ao deixar o JBJ, Leandro Vilela pode ser candidato em 2018
[caption id="attachment_94359" align="alignleft" width="620"] Daniel Vilela e Leandro Vilela | Fotos: Reprodução[/caption]
O vilelismo pode bancar dois políticos da família para a disputa eleitoral de 2018. Leandro Vilela, que já foi parlamentar federal, estaria planejando voltar à Câmara dos deputados. Tanto que deixou o JBJ — grupo dirigido pelo empresário Júnior Friboi —, que atua tanto na área de frigorífico, o Mataboi, quanto na área de construção civil. A Lava Jato, que investiga a JBS-Friboi mas não a JBJ, parece ter assustado o jovem executivo. O deputado estadual José Nelto, que vai disputar mandato de deputado federal e esperava contar com os colégios eleitorais de Daniel Vilela, pode ficar a ver navios — se confirmada a postulação de Leandro Vilela. O segundo postulante do vilelismo é o deputado federal Daniel Vilela, que articular para disputar o governo de Goiás.
Vilelistas sugerem que Leandro Vilela vai cuidar dos próprios negócios e, pelo menos no momento, não cogita disputar mandato. Mas admitem que é preciso esperar 2018 para saber o que realmente o ex-deputado planeja fazer. Sua mulher abomina, mas ele gosta de política.

O vice-governador José Eliton compareceu e foi muito bem tratado pelos representantes do vilelismo, como Daniel Vilela e Gustavo Mendanha

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás já é cotado para a disputa do governo em 2022
[caption id="attachment_82742" align="alignleft" width="620"] Foto: Reprodução Alego[/caption]
Candidato a reeleição, o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti, começa a ser apontado como um político qualificado para o chamado pós-Marconi Perillo. Ele tanto pode disputar a Prefeitura de Goiânia em 2020 quanto o governo do Estado em 2022.

Do vice-presidente do PP metropolitano, Renato Bernardes: “José Eliton vai ser eleito governador de Goiás em 2018 por cinco motivos. Primeiro, porque representa a renovação da política de Goiás. Segundo, porque não tem desgaste. Terceiro, porque tem experiência e conhece Goiás. Quarto, porque é um político democrático, que pensa para frente, sem rancores. Quinto, porque sua base política representa um exército eleitoral poderoso”.
Renato Bernardes sugere que José Eliton é o candidato de um projeto político e administrativo vitorioso e aprovado pelos eleitores de Goiás. “Nós fomos testados e aprovados pelos eleitores”, afirma.

[caption id="attachment_94351" align="alignleft" width="620"] Deputado Frederico Nascimento | Crédito: Marcos Kennedy |[/caption]
Candidato a deputado estadual, Frederico Nascimento deve deixar o PSD. Acredita que, filiado a um partido nanico, tem mais chance de ser eleito.
Frederico Nascimento, que já foi deputado estadual, acredita que, se filiado a um partido como o PTN, tem mais chance de voltar ao Legislativo. Hoje, é diretor da Assembleia de Goiás.