Base governista está praticamente fechada com José Eliton para governador

13 maio 2017 às 12h55

COMPARTILHAR
Há uma resistência aqui e ali, mas, no fundo, nenhum líder partidário quer dividir a base governista

LEGENDA PARA VÁRIAS FOTOS: Flávia Morais, do PDT, Magda Mofatto, do PR, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto, do PSD, Jovair Arantes e Henrique Arantes, do PTB, Wilder Morais e Sandes Júnior, do PP, João Campos, do PRB: todos estarão no palanque de José Eliton; trata-se de uma armada poderosa
Um lua azul da intelligentsia do PSDB disse ao Jornal Opção que, sob a liderança do governador Marconi Perillo, José Eliton vai comandar uma das mais poderosas alianças políticas dos últimos anos.
Mas o PSD não está resistindo ao projeto de José Eliton? “O problema não é José Eliton. O partido, na verdade, quer participar da chapa majoritária, o que avalia como um direito. De fato, o PSD é forte, tem deputados. É provável que o deputado federal Thiago Peixoto seja indicado para a vice de José Eliton. O que se deve sugerir é que dificilmente Vilmar Rocha e Thiago sairão da base governista, ou, como preferem, marconista. Os dois são umbilicalmente ligados ao governador Marconi Perillo.”
O PTB, depois de certa resistência, cujo objetivo era fortalecer sua participação no governo do Estado, compôs e apoia integralmente a candidatura de José Eliton a governador de Goiás. O deputado federal Jovair Arantes e o deputado estadual Henrique Arantes estão, mais do que nunca, na base tanto de Marconi Perillo quanto de José Eliton.
O PRB vai apoiar José Eliton. O deputado federal João Campos, bancado pela Assembleia de Deus, postula disputar mandato de senador, depois de anos na Câmara. Se não for candidato a senador, leva o PRB para a base do senador Ronaldo Caiado, virtual candidato do DEM a governador? Não leva. O PRB fica com Marconi Perillo e José Eliton. Por isso, mesmo se quisesse, e aparentemente não quer, apesar do desejo de disputar o Senado, João Campos deve permanecer na base governista.
O PR da deputada federal Magda Mofatto pleiteia que dispute o Senado. Mas, como o meio-campo está absolutamente congestionado, o mais provável é que dispute a reeleição, mas sem sair da base marconista. A parlamentar está cada vez mais afinada com José Eliton. Quanto ao deputado federal Waldir Soares, a história é mais complicada. Ele tem dito que prefere apoiar Ronaldo Caiado para governador, mas, se o partido fechar questão com José Eliton, terá de apoiá-lo, ou então deve deixar o PR. Prestigiado pelo partido em Brasília, mais do que em Goiás, o deputado-delegado tem dito que não quer sair. Pode acabar compondo com a base governista? Pode, até porque já pertenceu (e até foi eleito pelo) ao PSDB.
O PDT da deputada federal Flávia Morais está fechado com a candidatura de José Eliton para governador. A pedetista faz um trabalho silencioso, mas, quando os votos são contados, sempre aparece como um dos nomes mais bem votados. Ela e o marido, o médico George Morais, sabem fazer política, ou seja, conquistar votos em todo o Estado.
O PP do senador Wilder Morais e do ex-deputado Sandes Júnior está fechado com José Eliton. O deputado federal Roberto Balestra resiste menos a José Eliton, a quem respeita, e mais a Wilder Morais, que lhe tomou o comando partidário. Mas, leal ao governador Marconi Perillo — ele sempre foi leal, nos bons e nos piores momentos —, Balestra subirá ao palanque de José Eliton, e com motivação. Tanto ele quanto Felisberto Jacomo, seu cunhado e um dos principais aliados.
Os maiores partidos de Goiás — excetuando, claro, o PMDB, o DEM e o PT (há uma tendência do partido, a do ex-prefeito Paulo Garcia, que quer subir no palanque de José Eliton, porque se considera discriminada pelo PMDB de Iris Rezende) — bancam José Eliton para governador. É, de fato, uma armada poderosa para a grande guerra que se anuncia.