Grupo de Jovair Arantes vai dirigir secretaria com controle total de superintendências

13 maio 2017 às 12h44

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PTB de Jovair e Henrique Arantes e o PSDB de Marconi Perillo e José Eliton estão mais do que afinados para a disputa de 2018

No governo de Henrique Santillo, na década de 1980, tentou-se um método democrático de se gerir a máquina pública. Havia o secretário titular e o secretário-executivo. Acontece que, por vezes, quando o titular era do grupo Santillo, o executivo era do grupo de Iris Rezende. Os dois líderes pertenciam ao PMDB. Resultava que não raro um secretário travava as ações do outro, além de se produzir intrigas paralisantes com frequência. O governador Marconi Perillo (PSDB), com o objetivo de economizar, reduziu o número de secretarias, indicando um secretário titular e criando superintendências. Há secretarias que funcionam por música, sem atritos. Mas há secretarias nas quais há problemas. Há superintendentes que, protegidos por alguns políticos, resistem às determinações do titular da pasta. O tucano-chefe está de olho no problema e, em alguns casos, decidiu intervir diretamente para resolvê-lo.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) é uma das mais poderosas do governo. Mas o titular, Francisco Pontes, às vezes fica engessado devido a auxiliares burocráticos ou que não atendem ao seu comando. Por isso, nos próximos dias, vai proceder, por orientação do governo, à remontagem de sua equipe, agora com autonomia para escolhê-la. Os superintendes poderão ser mantidos ou substituídos. Patrono de Francisco Pontes, o grupo do deputado federal Jovair Arantes avalia que, com as mudanças, a pasta se tornará menos burocrática e as ações poderão ser desenvolvidas mais rapidamente, em benefício do governo e do Estado.
A mudança na SED, criando uma estrutura poderosa para o grupo de Jovair Arantes e do deputado estadual Henrique Arantes — que se estende para além do PTB, com influência inclusive no tucanato —, fortalece a aliança entre o PSDB do governador Marconi Perillo e do vice-governador José Eliton e o petebismo para a disputa eleitoral de 2018. O que se pretende é fazer política, mas sem deixar de pensar, de maneira firme, em gestão.