Por Yago Rodrigues

Livro
Literatura Goyaz
Com organização de Adalberto Queiroz, a obra, “Literatura Goyaz — Antologia 2015” reúne 46 poetas e contistas, entre consagrados e inéditos.
Autor: Adalberto Queiroz
Preço: R$ 28,00
Música
Cleopatra
Conhecida pelo sucesso “Ho Hey”, a banda norte-americana lança seu segundo álbum de estúdio, “Cleopatra”, que inclui os singles “Ophelia”, “Angela” e “Cleopatra”.
Intérprete: The Lumineers
Preço: R$ 29,90
Filme
Marilyn Monroe – The Red Collection
O box reúne os clássicos filmes “Adorável Pecadora”, de Cukor; “Almas Desesperadas”, de Roy Baker; e “Quanto Mais Quente Melhor”, de Billy Wilder.
Direção: Vários
Preço: R$ 62,90

[caption id="attachment_63143" align="alignnone" width="620"] Reprodução/Tumblr[/caption]
Paulo Lima
Especial para o Jornal Opção
Como dizem os portugueses, visita é sempre uma coisa boa: ou quando chega, ou quando vai embora. A chegada daquele homem de terno impecável, sapato e maleta de couro preto lustroso, não cabia em nenhum dos casos.
Não havia um horário específico para realizar suas visitas rotineiras e obrigatórias, normalmente uma por mês ou bimestre, eventualmente uma a cada quinzena. Naquele dia ensolarado na cidade espanhola de Mérida, comunidade autônoma da Estremadura, ele bateu às quatro horas da tarde à porta de mais um cliente, que arregalou os olhos ao ver o estranho chegar com um sorriso simpático e sincero de quem traz uma boa notícia.
— Boa tarde. Permita que eu me apresente. Sou seu novo alfaiate!
Sua estranha rotina começara muitos anos antes, quando recebeu a incumbência de costurar um terno para um desconhecido. Sua primeira encomenda foi paga regiamente. A quantia, que lhe chegou adiantada em cédulas novas, zerou seis meses de dívidas acumuladas e ainda sobrou para o mês seguinte. “Dom Alejandro não deveria ser tão má pessoa assim.”, pensou.
Ficou demasiado surpreso quando soube do passamento repentino do favorecido, a quem chegou a se afeiçoar durante aquela semana, um dia após finalizar o que julgou ser sua melhor peça já produzida. E horrorizado ao saber que a morte fora deliberada pelo mesmo que a mandou fazer, cujas atividades criminosas eram sobejamente conhecidas na Espanha dos anos 1950.
Precisava interpelar Dom Alejandro sobre o ocorrido, mas teria que ser com jeito, pois não estava falando com qualquer um e tinha um filho para sustentar. Pediu audiência, receoso, mas foi atendido prontamente.
— Sei que o senhor é homem mui ocupado. Agradeço por me receber e me perdoe incomodá-lo com meu pedido de entrevista. É que tudo se sucedeu muito de repente e ainda estou confuso e assustado com os últimos acontecimentos...
— Entendo perfeitamente, Sr. Cortez. É um artista da costura que resolvi prestigiar, homem não plenamente acostumado ao grande mundo dos negócios.
Após breve pausa para uma baforada num charuto caro e cheiroso, seu interlocutor não demonstrava qualquer perturbação, o que o alfaiate julgou ser muito bom.
— Como sabe, não sou homem que gosta de dar explicações sobre o que faço ou deixe de fazer, mas lhe abrirei uma exceção. Serei direto e entenderá por quê.
Desta vez o costureiro permaneceu mudo, mais apavorado e ainda mais curioso do que nunca.
— Meus negócios são muito complexos e o senhor jamais entenderia como funcionam. Às vezes, tenho que tomar medidas extremas e não ouso hesitar. Isso certamente já devem ter-lhe contado. E é justamente aí que o senhor se encaixa.
A conversa começou a ganhar contornos mais temerosos.
— Desculpe. Receio não ter entendido...
— Quando alguém que decido não mais deva pertencer a este mundo, nem sempre sou movido por rancor ou vingança, como imagino que muitos pensam. Até porque existem outras maneiras de punir. Somente a necessidade absoluta me motiva, quando a medida é extrema. Em alguns casos, porém, procuro proceder de forma distinta, por respeito ao finado, à família e seu círculo de amigos. Para que entendam que o fiz porque era meu dever fazê-lo, e que o eleito teve de mim a maior consideração. Nesses casos, faço questão de que sejam velados e enterrados com impecável vestimenta. Se assim chegarão ao mundo de lá, não sei dizer. Mas me conforta patrocinar uma partida do mundo cá com toda a consideração que o momento inspira.
Sr. Cortez permanecia em silêncio. Seu comedimento se refletia até no piscar de olhos, lento e espaçado como sua respiração.
— Objetivamente, esta é a minha proposta: doravante, quero que seja meu alfaiate exclusivo. Atenderá a clientela que eu te mandar e nenhuma outra mais, por preço algum. Basta dizer sim e terá compromissos suficientes para se aposentar com abastança em poucos anos. Lembrando que o sigilo faz parte do contrato, que por isso mesmo é verbal. Tem a minha palavra e espero que ela lhe baste!
A forma direta com que Dom Alejandro lhe dirigiu a proposta o fez recostar-se na poltrona, como se seu corpo fosse jogado para trás por uma lufada repentina. Estava em visível estado de choque. Do outro lado da mesa, no entanto, seu colocutor permanecia impassível, com a atenção mais voltada para o isqueiro e o charuto. Tentando ganhar tempo, falou o que primeiro lhe veio à cabeça.
— Sinto-me honrado por haver apreciado meu trabalho, a ponto de me apresentar tão generosa oferta. Nem sei direito o que dizer...
— O sim é uma resposta — emendou o homem forte à sua frente.
— Mas, Dom Alejandro, essas pessoas...
— Não está em suas mãos! Terão o mesmo fim, passando ou não pelo seu corte primoroso. Cabe ao senhor dar o seu melhor para proporcionar-lhes um momento final de dignidade.
Não havia tempo a perder e os riscos eram muitos caso optasse por dizer não. Refletindo sobre aquelas palavras, o Sr. Cortez Javier Henrique aceitou o novo ofício, ciente de que seria o único alfaiate da província, talvez do país e do mundo, a ter um emprego tão incomum. Antes disso, Dom Alejandro aleijou qualquer tentativa de relutância por parte dele ao lhe prometer por cada trabalho um valor duas vezes maior do que havia pagado pelo primeiro serviço.
Aos poucos, o mestre-alfaiate buscou convencer-se de que, a despeito da estranheza da nova ocupação, havia nela certa honradez e alegria, além de grande responsabilidade. Procurava demonstrar isso a cada visita. Afinal, para o próximo da lista, mesmo diante do inevitável, pairava o atenuante de pertencer a um seleto grupo de pessoas que não seriam encontradas esquartejadas, com o corpo jogado em qualquer esquina e a boca cheia de formigas. Aos especiais era reservado um ritual diferenciado: uma única bala, no coração, em sinal de que havia sentimento no ato que culminaria no desfecho de sua existência.
Não era a rapidez que o diferenciava dos seus pares. Era a sensibilidade e o entendimento da profissão que abraçara desde pequeno por pura paixão. Muito além de transformar tecidos em roupas, aquele homem parecia entender a linguagem secreta do corpo humano, analisando-lhe os contornos e os movimentos, traduzindo seus desejos na forma num terno impecável, belo e único.
Focado, em não mais que uma semana dedicava todas as suas energias no que considerava sua prioridade absoluta. Tirava as medidas do cliente, riscando os moldes em seguida antes de cortar o tecido seguindo rigorosamente o traçado. Peças alinhavadas, bastava uma prova no corpo para efetuar ajustes e... Pronto! Concluía mais uma obra de arte, que reunia a personalidade do dono e o apurado senso estético do escultor.
Dom Alejandro tinha fama de afetuoso para com os seus amigos e principalmente a família. Talvez por isso mesmo era do tipo que odiava traição. Acompanhava de perto a vida dos que lhe rodeavam e gostava de recompensar a peso de ouro a lealdade. A mão ficava inversamente pesada diante da infidelidade. Acabou se afeiçoando ao seu costureiro exclusivo, como a um parente mais próximo que não lhe questionava as ordens e que, além de obedecê-lo, o fazia sem queixas, sempre com criações da mais alta qualidade. Ao tomar conhecimento de que o Sr. Cortez tinha um filho único já adolescente, procurou saber de que maneira poderia ajudá-lo.
Por motivos óbvios, era desejo do empregador que o jovem seguisse os passos do seu velho. Já este, por motivos mais óbvios ainda, lhe desejava outra coisa da vida. Nas poucas vezes que tiveram contato, desconversou, dizendo-lhe que também era seu maior desejo, mas o rapaz não levava o menor jeito para a coisa. Insistia em ser engenheiro e, portanto, achava melhor não frustrar os planos do garoto. Dom Alejandro silenciou e mudou de assunto.
A verdade, no entanto, era bem outra. Seu protegido desde cedo demonstrou não apenas interesse pelo ofício do pai, como um talento natural, além de raro. A convivência contribuiu para que nele se desenvolvesse o dom aliado à técnica apurada do genitor. Mas, diante das perspectivas de emprego no país e ciente da atemorizante possibilidade de herdar uma atividade singular como a dele, investiu seus ganhos na formação do futuro engenheiro. A contragosto, o pequeno Pablo obedecia ao pai, como lhe cumpria fazer.
Bem remunerado, pagou as melhores escolas até chegar a tão esperada data em que o mandaria para a universidade. Foi justamente naquele dia, às 10 da manhã, que cinco batidas breves na porta, acompanhada de um envelope sob a fresta, mais uma vez lhe trazia novo pedido. Era sempre um momento singular, pois temia que um nome conhecido e amigo lhe chegasse, pois que a ele cabia ser o anunciador informal e secreto de uma morte certa. Ao abrir a encomenda, empalideceu e perdeu a respiração. As letras, impressas em máquina datilográfica com tintas escuras e firmes sobre um papel alvíssimo, não deixavam margem para dúvidas:
Pablo Javier Henrique.
Calle Augusta, Barrio Córdoba.
12 horas.
Duas horas depois, seu filho chega mais alegre do que nunca. Apesar de não estar a caminho do curso dos sonhos, a mudança para a capital lhe abriria muitas oportunidades que uma cidade menor jamais ofereceria. Jovens gostam de desafios e ele era um deles. De tão animado, não percebeu a figura empalidecida e estacada na poltrona, olhar distante, com expressão moribunda. Nem parecia estar ali.
— Olá, meu pai! Que cara é essa? O trem só sai ao final da tarde. Deixe essa cara de tristeza pra depois! Vamos almoçar juntos pela última vez e não quero choro. Não era o que o senhor tanto queria?
Voltando a si, como quem retorna do mundo dos mortos, levantou-se subitamente do móvel de curvim marrom, numa reação quase mecânica.
— Claro, claro... Tem toda razão!
Não querendo encarar o próprio filho e a realidade por trás daqueles últimos momentos, foi para a mesa posta que ele nem viu que a empregada preparara. Enquanto o jovem soltava a língua, falando sem parar de planos e expectativas, ele ouvia em absoluto silêncio tentando não deixar transparecer o que se passava intimamente. Precisava manter a calma, a compostura. O que sempre fez, aliás. Com muito custo, terminou a refeição dizendo em voz baixa:
— Tudo vai dar certo, Pablito. Tudo vai dar certo...
Passados quinze dias, cinco a mais do que o tempo máximo que gastava para compor um novo traje, martelava-lhe o espírito a premência de dar a resposta de sempre: jogar um envelope por sobre a mureta de uma casa discreta a duas quadras da sua, sem nenhuma escrita por fora e, dentro, apenas uma amostra do tecido utilizado. No próprio invólucro lhe chegariam as notas de cem pesetas sempre novas como pagamento. Mas desta vez não o fizera. Optou por mandar o filho para Madri, mantendo o plano original.
Teria que ir se explicar pessoalmente ao seu empregador, o que não significava muita coisa. Poderia nem ser recebido. E, mesmo sendo, sua atitude seria interpretada como traição e ele bem sabia o significado prático dessa palavra. Com o passar dos dias, passou a temer pelo filho longe. Os braços de Dom Alejandro eram longos e poderiam alcançá-lo em qualquer lugar do país. Um pensamento que não o deixava dormir.
Naquela manhã, ignorando uma vez mais o desjejum, abatido e já delirante, começou a pensar em voz alta. “Tenho certeza de que ele está me testando... Só pode ser! Sim, claro, Deus fez o mesmo com Abraão, pedindo a vida de Isaque. Bom, entre Deus e Dom Alejandro existe uma diferença enorme, mas... Ambos têm poder para abusar, quer dizer, que Deus me perdoe, não quero dizer com isso que ela seja abusado, é que...”.
Seus delírios foram interrompidos por cinco toques estalados sobre a madeira na entrada da casa. Como num ritual, outro envelope é passado por baixo, com a discrição característica. Ele corre, se agacha, rasga de uma vez a borda lateral. Respira fundo. Retira o papel branco, onde se lê a sequencia de frases com a secura de sempre:
Carlos Suarez Ibaña.
Calle Rulfo di Aquino, Barrio Aguero.
17 horas.
Primeiro o nome, depois o endereço, por fim a hora da visita que haveria de fazer pontualmente, sem protelação. Não precisava perguntar qual data. Era sempre para o mesmo dia. Não havia necessidade de confirmação, porque era sabido que o dedicado ordenança não o exigiria.
Alívio! “Devia mesmo ser um teste!”, concluiu.
Nunca se dedicara tanto a uma peça como àquela. Da tomada das medidas ao corte, preparo e ultimação do conjunto, com esmero e rigor descarregou toda sua experiência nas pensas e bolsos, enquartando frentes, ilhargas e mangas. Caprichou nos acabamentos internos, acolchoando entretelas, lapelas e baixo de gola. Queria a perfeição, pois aquela poderia ser literalmente a última peça. Talvez para ambos: ele e o cliente. Como de costume, fazia tudo sozinho, inclusive o papel de passador. Quando finalizou, sentiu-se tremendamente feliz.
...
Passaram-se dois anos desde que recebera a última carta do filho, postada na agência dos correios da Universidade de Madri, bem próximo do tempo em que findaria o curso. Relia todos os dias, tamanha a saudade. Já não ansiava pelo diploma, mas por qualquer notícia do ser mais amado. Estaria ele bem? E, principalmente, vivo?
De todas as frases da longa carta, duas ficaram gravadas na memória: “Ainda farei com que tenha orgulho de mim”. Por quê? Ele já tinha tanto... Não precisava se preocupar com aquilo: seu filho agora já deveria ser um engenheiro! “Estou a caminho da realização de um antigo sonho, meu e seu.”. Que sonho seria? Por que nunca lhe contou? Um pai merece ouvir esse tipo de coisa, e os filhos têm o dever de compartilhar com quem os gerou o que vai no coração.
Lembrou-se então da mãe que Pablo não teve. Quando nasceu, ela ainda pode vê-lo pela última vez nos braços, antes de partir definitivamente. Não resistira ao parto. Ficou por sua conta fazer o papel de ambos e se culpava por não ter encontrado alguém com quem dividir a missão. Uma genitora teria sido importante na educação do seu Pablito, mas o ainda moçoilo Cortez Javier Henrique não conseguiu dividir seu amor com outra que não fosse sua preciosa Maria. Desde o momento da despedida, sonhava revê-la, onde quer que estivesse. O menino cresceu ouvindo isso.
Nova batida à porta. Estranho. “Carteiros não costumam chegar a essa hora.”, lembrou-se ele da única pessoa que lhe visitava, e ainda assim raramente, após a sesta.
Ao abrir, arregalou os olhos como quem vê um estranho. Seria ele mesmo? Claro que sim: era sua cópia fiel. Como o tempo passou! E ainda tinha o indisfarçável sorriso simpático e sincero de quem traz uma boa notícia, característico da família. Coração ansioso, gritou estendendo-lhe os braços:
— Filho! Meu filho!
De tão emocionado, o costureiro aposentado não percebeu que, com seu abraço forte, o já homem feito, deixara cair uma maleta de couro preto lustroso.
— Serei breve, meu pai. Permita que eu me apresente. Sou seu novo alfaiate!
Paulo Lima é redator publicitário desde 1988, caminhando para 26 anos de atividades ininterruptas. Contista por natureza, vocação ou sina, escreve desde mini contos a contos maiores. Nesse balaio, inclui algumas crônicas.

Bora descobrir as músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção, nesta semana? É só dar play! Cassiane – 500 Graus Cazuza – Faz parte do meu show Chico Buarque e Nara Leão – Com açúcar, com afeto Clarice Falcão – Oitavo Andar Comeback Kid – Wake the Dead Disturbed – The Sound Of Silence Iron Maiden – The Trooper Janis Joplin – Mercedes Benz Paul Rodgers – Simple Man Sabotage – Um Bom Lugar Vintage “Bluegrass Barn Dance” – Blurred Lines (Robin Thicke Cover)

[caption id="attachment_63005" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação/Sesc[/caption]
Na noite da quarta-feira, 6 de abril, o Núcleo Vinícius Piedade e Cia, de São Paulo, apresentam o espetáculo “Identidade”, nos palcos do Teatro Sesc Centro. A peça conta a história de um publicitário que sofre uma amnésia repentina, justamente quando assina um contrato com uma empresa de sabão em pó para uma campanha publicitária chamada “Identidade”. Nesta crise criativa desencadeada pela amnésia, ele decide ir ao encontro de amigos de adolescência para saber se o que ainda resta de sua memória, de sua fase de construção de identidade, é sua imaginação ou se de fato são lembranças suas.
Serviço
Espetáculo “Identidade”
Data: 6 de abril
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 15, a inteira e R$ 5, comerciários e dependentes

Apresentação compõe o III Simposío de Trombones do Estado de Goiás que tem diversas atividades na cidade [gallery type="slideshow" size="full" ids="63003,63006"] No objetivo de divulgar e desenvolver a arte musical do trombone e realizar uma confraternização entre os trombonistas amadores e profissionais, incluindo, é claro, admiradores do instrumento, a Associação Internacional de Trombone ITA (Intenational Trombone Association) realiza o III Simposío de Trombones do Estado de Goiás. São diversas atividades, como máster-classes e concertos em diversos formatos, realizados no Centro Cultural da UFG (CCUFG) e no IFG. A coordenação é do Coletivo Trombones Goianos. Também conhecido como BoneWee-Goiânia ou ainda International Trombone Week (ITW), o projeto tem seu primeiro concerto na quarta-feira, 6 de abril, nos palcos do CCUFG. Dedicado a música de câmara para trombones e interpretado por professores participantes da BoneWeek, o concerto traz no programa peças que vão do barroco ao século 21, com composições de Heinrich Schültz, Johanne Brahms, George Wengenseil e Edmundo Villani-Côrtes. Os pianistas Robervaldo Linhares Rosa e Martha Martins e a cantora Angela Barra são convidados especiais. Serviço Concerto do III Simpósio de Trombone do Estado de Goiás Data: 6 de abril Horário: 20h Local: Centro Cultural UFG Entrada Franca Mais informações www.facebook.com/boneweekgoiania

O projeto envolve diversas ações, como palestras e publicações, e tem como foco produtores e artistas goianos. As inscrições estão abertas [gallery size="full" type="slideshow" ids="62941,62940"] Entre abril e julho, pesquisadores argentinos visitam a capital goiana e dão a produtores e artistas goianos a oportunidade de residência e oficinas sobre Gestão Autônoma em Arte e Cultura. Financiado pelo Fundo Estadual de Cultura, o projeto visa oferecer intercâmbio, profissionalização, aprofundamento e aperfeiçoamento do trabalho de gestão em artes, diferenciando os aspectos do trabalho de campo, da política cultural e da economia das artes e dos demais produtos e bens de cultura; isto através de seis módulos, contando cada um com a presença de um convidado externo, seja nacional e/ou internacional. Abertas desde a segunda, 4 de abril, as inscrições para a primeira residência seguem até o dia 18. O primeiro módulo, realizado de 27 a 30 de abril, contará com a presença do crítico de arte Jorge Sepúlveda e da artista e gestora independente Guillermina Bustos, ambos da Argentina. Os interessados devem encaminhar um currículo resumido e uma carta de motivação para o e-mail [email protected]. O resultado será divulgado no dia 20 de abril. Convidados Antes do início de cada residência, um dia será reservado para um curso-seminário que será ministrado pelo professor, pesquisador e idealizador do projeto, Marcio Pizarro. Ao final, também haverá uma aula de Márcio, que fará o encerramento do projeto, no dia 6 de julho. As residências começam então no dia 27 de abril. De 4 a 7 de maio, a residência será com a também argentina, a investigadora de arte contemporânea, Ilze Petroni. Em junho, de 12 a 18, é a vez da mexicana gestora cultural Erandi Fajardo ser a responsável pela troca de experiências. Já entre os dias 29 de junho e 02 de julho, será o gaúcho produtor cultural, ator e bailarino Miguel Sisto. Importância Segundo o idealizador do projeto, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás, Marcio Pizarro Noronha, há 30 anos a questão da gestão em cultura e arte não preocupava os profissionais que atuam neste ramo, mas hoje, o tema ocupa um lugar importante em suas atividades. Pizarro, que também é pesquisador e ele próprio um produtor, complementa: “É importante pensar a gestão como parte do processo criativo e da prática artística como um todo. Observa-se que a criação de escolas, companhias, academias e grupos não tem sido acompanhada de uma expansão dos horizontes de compreensão e de atuação política e econômica destes mesmos grupos. A composição da cena artística e de seus projetos de criação e de produção artístico-cultural necessita ser acompanhada de uma reflexão sobre a produção dos lugares da cena e da organização do campo de ação”. Publicação e Continuidade Ao fim do curso, haverá duas publicações distintas. Ainda durante o curso, em junho, haverá uma edição especial da revista Arte da Cena, da Universidade Federal de Goiás, com textos em versões curtas dos convidados e daqueles envolvidos com o curso ou com o debate. Ela terá uma versão eletrônica e também um número impresso. O lançamento ocorrerá durante o encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA) que, em 2016, será sediada em Goiânia. Ao fim do curso, haverá, ainda, a publicação de um e-book destinado aos participantes do projeto, em especial aos convidados. Já o conteúdo desta publicação contará com textos teóricos de maior fôlego. Ele também será disponibilizado para ser baixado e compartilhado. Serviço Residência e Seminário de Gestão Autônoma em Cultura e Arte Inscrições: 4 a 18 de abril E-mail: [email protected] Pré-requisitos: envio de currículo e carta de intenção (no máximo, duas laudas) Residências e Seminários: 27/04: Palestra de abertura com Marcio Pizarro Noronha (GO) 28 a 30/4: Jorge Sepúlveda e Guillermina Bustos (ARG) 04/05: Seminário com Márcio Pizarro Noronha (GO) 05 a 07/05: Ilze Petroni (ARG) 18/05: Seminário com Márcio Pizarro Noronha (GO) 19 a 21/05: nome a confirmar 13 a 18/06: Erandi Fajardo (MEX) 29/06: Seminário com Márcio Pizarro Noronha (GO) 30/06 a 02/07: Miguel Sisto (RS) 06/07: Marcio Pizarro (GO) – encerramento Horários: de quarta a sexta-feira, das 19h30 às 21h30, e aos sábados, das 9h às 12h

[gallery type="slideshow" size="full" ids="62930,62931"] Considerado um dos maiores nomes da música feita em Goiás entre os chamados “novos artistas”, Fernando Manso, que já tem seis anos de estrada musical, com composições suaves e criativas, é o convidado da Série Músicas do Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG). Ele apresenta o show “Abaixo do Nó” às 20h da terça-feira, 5 de abril. Manso tem como referência músicos nacionais como Leo Ramos, Leandro Léo, Maria Gadu, Maglore, Cícero, Tiago Iorc e Bruna Mendez; e, entre os internacionais, os músicos John Mayer, The Script, Jonny Craig e Tyler Carter. Como diz o jornalista, produtor e compositor Carlos Brandão, “Fernando Manso é, sem dúvida, entre os novos nomes da música de Goiás, o artista que mais cresceu nos últimos cinco anos, no Estado”. Serviço Show “Abaixo do Nó”, de Fernando Manso. Data: 5 de abril Horário: 20h Local: Centro Cultural UFG Ingressos: R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia

Na terça-feira, 5 de abril, o ator e diretor Bruno Peixoto conta a história de Gentil, um homem que, quando criança, sofre inúmeros preconceitos
[caption id="attachment_62920" align="alignnone" width="620"] Foto: Layza Vasconcelos[/caption]
Gentil é um homem do interior do Brasil. Quando pequeno, sofreu inúmeros preconceitos por se ver dono de uma delicadeza atípica aos meninos de sua idade. Depois de uma conturbada adolescência, ele serve o exército, contrariando maldosos comentários de sua vizinhança. Entre descobertas e lembranças, Gentil então faz um “balanço” de sua vida e revela-nos o inesperado. Este é o enredo do monólogo “Balanço”, de Bruno Peixoto, que ganha os palcos do Teatro Sesc Centro na terça-feira, 5. A apresentação, que conta com a direção de Edson de Oliveira, começa às 20h.
Serviço
Espetáculo “Balanço”
Data: 05 de abril
Horário: 20:00
Local: Teatro Sesc Centro
Ingressos: R$15, a inteira e R$5, comerciários

Em sua quinta edição, projeto selecionará cinco grupos que receberão prêmios especiais; evento ainda conta com a apresentação da banda Violins [gallery size="full" type="slideshow" ids="62917,62915,62914,62913,62918"] O Centro Cultural Martim Cererê vira palco no sábado, 9 de abril, da 5ª edição do Tacaboca, um concurso em forma de festival. Promovido pela Fósforo Cultural, o projeto, a fim de descobrir novas bandas e propiciar shows e lançamento de discos e singles, seleciona através de um júri especializado cinco bandas que receberão diversos prêmios. Desta vez, a banda Violins, que há 15 anos representa a qualidade do rock independente goiano, se apresenta como headline do festival. Nas últimas semanas, o projeto recebeu mais de 100 inscrições de todas as partes do País. Dentre os selecionados, estão grupos de Goiás, Distrito Federal e Tocantins; são eles: Maddox (TO), Sixxen, Bolhazul (DF), COMMODITIES (DF), Entre Os Dentes, Ousel, Beijo Fantasma, Primavera, Lorranna Santos, Brancunians (DF), Budwater, VMG – Vagabundagem Mil Grau, Tese, Danny Queiroz e Mausoléu de Helena. Parte direta da Falante Records, selo entre Goiânia e Rio de Janeiro responsável pelo lançamento de discos, organização e produção de shows, o concurso já apresentou 60 bandas em quatro anos de continuidade, realizado pela primeira vez há 12 anos. As bandas Lake, Fun Box, o músico Diego de Moraes, e a Mugo são os ganhadores das últimas edições, também com shows no Martim Cererê. Dentre as premiações estão gravação de músicas em estúdio, show de lançamento, divulgação de fotografia, assessoria de comunicação e distribuição digital. Serviço 5º Festival Tacaboca Data: 09 de abril Horário: a partir das 16h Local: Centro Cultural Martim Cererê

Nas tardes modorrentas de terça-feira, você leitor encontra aqui, no Opção Cultural, versos de poesia inédita. Quer participar? Envie-nos seus poemas; o e-mail é [email protected]. Para dar início ao projeto "Terça Poética", segue abaixo "FIGURAS", de Hellen Lopes de Carvalho.
[caption id="attachment_62905" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução/Tumblr[/caption]
Hellen Lopes de Carvalho
a noite hoje tem a cor das minhas tuas olheiras
o vácuo do dia dilacera dedos num papel:
exaurir versos é a única opção.
debruçadas nas pálpebras permanecem, intactas
por poucos segundos caminham na ponta do lápis
estão ali aqui, e agora não mais
Hellen Lopes de Carvalho é formada em Arte Dramática e cursa, atualmente, Letras-espanhol na UFG.

[caption id="attachment_62835" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Carlos Alberto Dória vai tratar das tendências na gastronomia e as perspectivas de negócio no pós-crise
O principal pensador da culinária brasileira, o sociólogo e escritor Carlos Alberto Dória, vem a Goiânia na segunda-feira, 4 de abril, para ministrar o workshop “A Cozinha Brasileira no Encontro entre a Modernidade e a Tradição: Oportunidades de Negócio”. A oficina será realizada às 19h, no Metropolitan Mall, no Jardim Goiás.
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em sociologia pela Universidade de Campinas (Unicamp), Dória é um dos raros profissionais da área com experiência prática e formação teórica em alimentação, culinária e gastronomia.
O pensador é famoso por derrubar mitos da gastronomia brasileira e por propor um novo mapeamento da culinária tupiniquim, diferente da divisão por região, sociopolítica, que, segundo ele, só serve para a indústria do turismo.
Dória vem a Goiânia a convite de sua ex-aluna, a nutricionista goiana Carol Morais, em parceria com a EBM Desenvolvimento Imobiliário. Grande admiradora do trabalho do sociólogo, Carol Morais explica que o pesquisador vai propor uma reflexão sobre o momento do setor e as perspectivas de negócio pós-crise, apresentando um panorama do momento atual e discutindo projetos apresentados pelo público.
“Ele vem falar sobre tendências na gastronomia, como aproveitar esse momento para dar uma tacada certeira no ramo de alimentação. Goiânia ganha muito com essa visita porque ele é referência no Brasil e tem reconhecimento internacional”, afirma.
Serviço
A Cozinha Brasileira no Encontro entre a Modernidade e a Tradição: Oportunidades de Negócio
Data: 4 de abril
Horário: 19h
Local: Metropolitan Mall

[caption id="attachment_62827" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A seccional goiana da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) lança o curta-metragem “Nódoas”, de Ângelo Lima. O filme é baseado no conto “O torturador ele só em sua noite, sem sua turma e longe da putíssima senhora sua mãe”, do escritor Valdivino Braz, membro da diretoria da seccional. A sessão é às 20h, no Cine Cultura.
Serviço
Filme Nódoas
Data: 04 de abril
Horário: 20 horas
Local: Cine Cultura (Centro Cultural Marietta Telles Machado, Praça Cívica)

[caption id="attachment_62825" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Em cartaz até a sexta-feira, 8 de abril, a mostra visa aproximar acadêmicos de história, antropologia, sociologia, biologia e demais ciências afins à arqueologia
A Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás recebe a mostra “Arqueologia Brasileira”. Em exposição de 4 a 8 de abril, com monitoria das 8h às 12h e 13h às 17h, o projeto apresenta réplicas confeccionadas a partir de moldes dos originais do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Elas foram trazidas do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, de Ponta Grossa (PR), por meio do Centro de Estudos Arqueológicos no Cerrado (CEAC).
Os artefatos foram confeccionados pelo PhD em arqueologia, professor e doutor Moacir Elias Santos, que é egiptólogo e especialista em técnicas de restauração e réplicas. O objetivo é aproximar acadêmicos de história, antropologia, sociologia, biologia e demais ciências afins à arqueologia ao contato direto com parte da história e pré-história brasileira.
Serviço
Arqueologia Brasileira
Local: Biblioteca Central/UFG, Campus Samambaia
Exposição: 4 a 8 de abril, monitoria das 8h às 12h e 13h às 17h
Site: http://www.centrodearqueologia.com.br/

[caption id="attachment_62814" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
Na quinta e sexta-feira, 7 e 8 de abril, a Vila Cultural Cora Coralina vira palco do Festival Experimental de Arte Refluxo. Proposto por estudantes e professores da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), o projeto celebra os 100 anos do Cabaré Voltaire, um lendário reduto da anti-arte dadaísta. Com apresentações diversas, o festival aglutina propostas de intervenção urbana, videoart e performances, selecionadas por meio de um processo aberto ao público. O festival será realizado no turno noturno. A Vila Cultural fica na Rua 3 com a Avenida Tocantins.

Dona de volumosa fortuna crítica, a literatura da escritora paulistana é explorada por seus variados aspectos marcantes, como o feminino, o amor e o sobrenatural