Por Thiago Burigato
Petistas de várias correntes, em tom de desespero, conclamam Lula a enfrentar Marina — num duelo de Silvas.
O problema é que Lula da Silva, que planeja disputar a Presidência da República em 2018, teme ser derrotado por Marina Silva e sair desmoralizado.
Na semana passada, devido sua ascensão fulminante, a candidata do PSB a presidente da República começou a ser chamada, nos bastidores, de Alemanha da Silva. Ao saber disso, Marina riu e concordou com a brincadeira.
A presidente Dilma Rousseff, que pelo menos esperava ser chamada de Brasil Rousseff, tem sido tachada de “Dunga da política brasileira”.
Marqueteiros disseram ao candidato a senador pelo PSD, Vilmar Rocha, que uma virada eleitoral pode ocorrer em poucos dias. Chegaram a citar o exemplo de Marina Silva.
Vilmar Rocha está confiante que vai derrotar Ronaldo Caiado. A virada é prevista para a segunda quinzena de setembro.
O candidato a senador pelo DEM, Ronaldo Caiado, bateu tão duro no vice-governador José Eliton, num comício em Posse, que até as paredes das casas do município tremeram.
Irado, até possesso, Ronaldo Caiado chegou a chamar José Eliton de “mandruvá”. Até alguns de seus aliados avaliam que o deputado federal excedeu na deselegância.
Embora tenha divergências com Ronaldo Caiado, José Eliton nunca o agrediu verbalmente. Trata-se de um político cordial.
De um peemedebista, irista de verdade: “Não se sabe o que Sandro Mabel e Barbosa Neto estão realmente coordenando”.
O irista sugere que estão coordenando os próprios interesses. Uma coisa é certa: iristas de carteirinha não querem pôr grana nas mãos da dupla. Não se sabe por quê, pois tanto Mabel quanto Barbosa são honestos, ricos e não precisam do dinheiro do irismo para sobreviver.
No programa de rádio, Vanderlan Cardoso é apresentado como moderno. Porém, quando fala, acentuando errado algumas palavras, como déficit, o eleitor fica com a impressão de que é caipira.
Como sabe o marqueteiro de Vanderlan Cardoso, Jorcelino Braga, o corpo fala. Não adianta garantir que é moderno, mas apresentar-se com um português de segunda e com uma fala arrastada, engolindo as letras finais das palavras.
Vanderlan Cardoso é, na verdade, um empresário moderno. Porém, do ponto de vista da linguagem, como sugere o “professor” Sandro Mabel, precisa ser “adestrado”.
Lucas Vergílio, candidato a deputado federal mais jovem destas eleições, tem intensificado sua campanha na região do Nordeste Goiano.
O candidato, de 27 anos, é orientado pelo pai, deputado federal e candidato a vice de Iris Rezende (PMDB) ao governo, o experimentado Armando Vergílio (SD), a fortalecer sua presença naquela região — considerada estratégica ao projeto político do líder do Solidariedade.
Armando foi responsável por levar várias emendas parlamentares para a região consideradas a mais carente de Goiás, e caberá a Lucas Vergílio a continuação deste trabalho que tem como projeto principal a construção de um hospital regional de grande porte na cidade de Posse. A unidade de saúde vai atender a demanda dos moradores do Nordeste Goiano que, hoje, precisam se deslocar até Brasília ou Goiânia para atendimento médico especializado.
Outro projeto em pauta é a implantação de cursos técnicos profissionalizantes em escolas públicas, para a qualificação da mão de obra da região, o que facilitaria mais investimentos privados e mais geração de mais emprego, renda e desenvolvimento.
Aécio Neves, o Chico Bento de Ipanema, dormiu candidato a presidente pelo PSDB e acordando entendendo que o partido o trocou por Marina Silva, do PSB. José Serra e Fernando Henrique Cardoso deixam a impressão de que são “marineiros” desde criancinhas.
Entretanto, tanto o cristianizado Aécio Neves quanto FHC e José Serra — que deve ser ministro do Meio Ambiente ou da Saúde de um possível governo marineiro — entendem que não é positivo, para o PSDB, que Marina Silva seja eleita no primeiro turno. Por isso, Aécio Neves será mantido no páreo, para garantir o segundo turno e, assim, fortalecer a posição tucana no jogo político.
Os tucanos querem que Marina Silva os procurem no segundo turno, porque, assim, poderão participar de seu ministério.
A candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva, vai apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso, do seu partido, a governador de Goiânia. Mas sem uma presença física e ideológica mais ostensiva. Por vários motivos. Apresentemos dois.
Primeiro, a ligação umbilical de Vanderlan Cardoso com Ronaldo Caiado desagrada profundamente Marina Silva. Quando a candidatura o vetou na aliança com Eduardo Campos, Vanderlan procurou o então candidato a presidente e tentou atropelá-la. Marina Silva jamais esquece este tipo de conduta. Segundo, Vanderlan não defende suas ideias ambientalistas.
“Marineiro” de primeira viagem, Vanderlan Cardoso não agrada em nada a turma de Marina Silva, que, por pragmatismo político, vai tolerá-lo.
Em Brasília o eleitor parece que não quer apoiar nenhum candidato cujo nome tenha seis letras e comece e termine com vogais — Arruda e Agnelo. No caso “Arruda” deu azar para o José Roberto. E o Queiroz é chamado de “Argh!nulo” pelo leitor.
A capital se tornou a terra das consoantes. Para governador, candidato que tende a ser eleito é Rodrigo Rolemberg. Para senador, o mais cotado é José Reguffe. Lá, sem Arrudazar e Agnulo, é a terra do “R”.
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O PSDB é um PT mais moderado e com menos inserção na sociedade e nos movimentos sociais e sindicais. Por isso dificilmente conseguiria arrancar o PT de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff do poder. É provável que iria se tornar freguês durante anos, até desistir de disputar e apoiar o candidato de outro partido. Ao bancar Aécio Neves, que não deslanchou, ficou evidenciado que o problema não era a chatice paulista de José Serra. O problema é o PSDB com sua falta de enraizamento na complexa sociedade brasileira.
O que se percebe com a ascensão de Marina Silva é que, para ganhar do PT, precisa, isto sim, de uma ex-petista, de alguém que conhece seus meandros e sabe como conquistar o eleitorado, acrescentando sua pitada de novidade. Não é à toa que a turma de Lula da Silva, mais agressiva que a turma de Dilma Rousseff, chama Marina Silva de “operação cavalo de Troia”.
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Com 49,5% das intenções de voto válidos, Marconi estaria a menos de 16 mil votos para vencer no 1º turno, caso as eleições fossem agora. Com nova variação negativa, Iris Rezende registra queda de 4% desde abril. Ronaldo Caiado inverte tendência de queda, volta a variar positivamente e mantém liderança folgada. Instituto ouviu eleitores sobre programas eleitorais: Marconi apresenta mais propostas e Iris é quem mais ataca. Dilma ainda lidera, mas Marina consegue empate técnico. Governo é aprovado por 49% e Marconi tem aprovação de 55% dos eleitores